Retalhos
Sou retalhos de lembranças não findas.
Memórias eternizadas feito tatuagem.
Ninguém conhece o meu sentir
Está oculto
Mistério não revelado.
A minha maior decepção foi quando eu descobri que estava em seus retalhos...
Era alí que eu morava...( num canto qualquer, numa gaveta qualquer).
nas sobras do seu precioso tempo!!...
sacou?
..
Colcha de Retalhos
Colcha de Retalhos assim chamamos,
A vida é um conjuntos de retalhos
Cada um conta sua historia
Quantos emendas costuramos ao meio do caminho
Quantas vezes temos que desfazer aquela costura
Quantos retalhos falta para finalizar aquela emenda
Que toca a alma difícil imaginar se não começamos
tudo de novo, cada um costurando ao meio do caminho
como uma colcha de retalhos, uns capricha outros emenda
Quantos tecidos precisamos terminar nossa colcha?
Quanta cor usará?
As cores escuras o preto é fidelidades um compromisso
As cores alegres sua alegria
As cores neutra seu silencio
O vermelho sua paixão!
O branco sua liberdade
Cada quadrado um ano...
Quantos quadrados precisamos usar?
Essa ilusão que preenche nosso ser!
Costuramos fio a afio linha a linha cada mudança de nosso ser
muda as cores são tantas obrigações ligadas no pedaço de pano
cada tecido costurados é uma missão de vivências numa colcha
de retalhos.
bordava vestidos para as bonecas
com retalhos e pedaços de roupa
outrora escrevia, enrolada nas cobertas
confusas palavras e não eram poucas
hoje bordo a pele com que escrevo
tecendo cada centímetro
sem saber o que vai ser
um casaco de lã, talvez um vestido
eu decido quando por fim me cansar
há quem duvide, há quem se encante
apesar do fio ser frágil
e eu costureira iniciante,
espero tocar
não somente na pele,
no que tens de artificial
aqui tem dor e alívio
verdades que não calo
mentiras que não falo,
escrevo
bordo
RETALHOS DE UM VIDA...
Já amei tantas vezes sem ser correspondida. É triste dizer também que sofri por inúmeras despedidas. Agora guardo retalhos de lembranças só minhas, de histórias que somente eu sei contar.
Músicas, fotografias, até mesmo papéis com algo escrito fazem-me lembrar...
Momentos que marcaram, amigos que partiram, amores que se foram...Independente do que passou ou o que há de vir, é preciso fazer valer a pena existir.
Porque choras coração
Porque cantas a chorar
Que retalhos de solidão
Andas tu a namorar?!
Porque teimas incerteza
Em aninhar-te no meu peito
Tu semeias a tristeza
Ao teu gosto e ao teu jeito.
Porque escorres solidão
Pela vida num olhar
Tu queres ter uma afeição
É só cantas a chorar.
Não insistas coração
Em bater tão magoado
Que afinal a solidão
É mais um verso do meu fado.
"Porque choras coração"
IN FADO
Retalhos...
Há um pedaço de saudade,
um fragmento de qualquer coisa
que resolveu ficar ali.
Há sementes derramadas sobre o tapete
e sob ele, gritos abafados,
com retalhos de emoções
corroídos pelo mofo.
by/erotildes vittoria
Bom dia meu MS amado...
Nossa cultura é feita de retalhos, de sonhos e emoções, de lutas e verdades! eterno, aquele que nesta cultura deixa um pedaço de sua alma...
(Zildo De Oliveira Barros)
"Família é como colcha de retalhos que você vai acrescentando pedaços de deferentes formas e texturas, para no fim ter um lindo conjunto de diferenças que te aquecem e te confortam nos momentos que você mais precisa na sua vida."
Feliz dia da FAMÍLIA. ❤💜❤💜❤💜
J.G.M.O
Sou um pouco de cada coisa, porém, nada demais... Faço de mim uma colcha de retalhos, vou levando um pedacinho de cada canto e de cada gente que cruza meu caminho. Misturo pedaços das terras que visito, carrego comigo as palavras preciosas das mulheres e dos homens sábios, sou fruto desta grande troca com cada ser humano. Vou guardando tudo na bagagem da vida. Tenho um pouco de todos que vivi em mim. Me vejo em cada um que aqui habita e me permeia.
Sou esta mistura mesmo, meio vira-lata e não importam as credenciais, me veem como a todos vejo, com simplicidade. Me visto de amor, escrevo com minha emoção e iluminação divina enquanto fizer por merecê-la. Sou apenas isto e vocês sempre me encontrarão em textos e canções...
Melhor ser sempre inteiro que recolher partes de outras pessoas. Melhor ser você que retalhos de outros.
RETALHOS DE AMIZADE
Ao longo de nossas vidas...
Vamos construindo
e remendando
novos sentimentos
intensos , genuínos , de igualdade ...
Costurando nossas feridas
em cima de cada retalho
Descobrindo
novas cores
novos ventos
novos ares
novos olhares ...
É como um gesto e-eterno
de pura simplicidade .
No fundo ...
Somos como retalhos
que a cada ponto
se unem a uma vivência
e lembrança
E que juntos se firmam
numa linda
história de Amizade.
Retalhos da Memória
..................................
(O CONTRASTE DO GARI MAIS POLITIZADO DA PARAÍBA)
Por: Anna Paula Oliveira. jornalista
No dia 11 de janeiro de 1972, num barraco da maior favela da cidade, a Cachoeira, nascia José Martins de Paiva, O Gari . Sentindo-se um pré destinado à miséria, com ar de tristeza e desolamento, contou-me sua história, definindo suas lembranças de criança como “infância do pesadelo”.
A fome, maior bandida de sua vida, o devorava e enfraquecia. Sua refeição diária era um prato preparado com um bocado de farinha, cebolas cortadas em pequenos pedaços e uma pitada de sal o banquete descia goela abaixo acompanhado por 3 ou 4 copos de água. Em dias que nada tinha para preencher os buracos do estômago espetado pela dor que roncava, o menino dormia anestesiando a fome que atormentava , e que apunhalando forte, por vezes o fez desmaiar.
As lágrimas presas no semblante escurecido ficaram nítidas, ao falar sobre o sonho de criança: ir à escola.Mas, seu desejo foi roubado pelos ratos que além de morde-lo durante à noite, roeram seu registro de nascimento , documento que na época custava caro e era imprescindível para matricula na escola. Angustiado , lembrou-se ainda do diálogo com a mãe:
_ Mãe, me bote na escola!
Que aos tapas lhe respondia:
_ Pra que que tu quer estudar miserável? Caderno de pobre é o roçado e a caneta a enxada. Vai trabalhar vagabundo!
Já que filho de pobre não ia à escola, sua rotina se alternava entre as esmolas que pedia nas ruas e as víceras de galinha procuradas entre as penas nas sarjetas das granjas.Entre as lembranças remoídas , falou com olhos distantes sobre a história da galinha preta, morta, abandonada em um córrego sujo.Obrigado a descer à margem, a mãe o apedrejou, por ele não ter forças de trazer o jantar do dia para cima. Um engenheiro que trabalhava em uma obra observou a cena e chocado,e aos prantos o ajudou a subir. Passando as mãos carinhosamente pelos cabelos do menino que chorava disse:
_ Minha senhora, não faça isso com seu filho...Tome esse dinheiro e joga isso fora, que isso não é comida de gente. Agradecidos, mãe e filho se despediram do homem generoso, e enfim, quando já não havia mais ninguém à vista, voltaram ao córrego, apanharam a galinha e comeram.
Crescendo dentro da favela, recebeu os beijos de rejeito e viu-se em um dilema: a revolta ou a conformação. Entre lutar para crescer ou roubar par viver, trilhou os dois caminhos _mas não sem medo. Afinal sua mãe o repreendia com palavras duras, ditas sempre com um facão em punho:
_ Olha desgraçado, no dia que você roubar, eu meto essa faca no teu bucho e corto seu pescoço, seu infeliz miserável.
As palavras secas e cruas ecoaram por muito tempo em sua cabeça perturbada pelo destino difícil. Quando adolescente, apesar das ameaças da mãe, passou a viver como menino de rua. Sem trabalho e oportunidade de estudar, acompanhado por uma tropa de meninos, quebrou vidros de carros, pegou morcego em ônibus e derrubou muitos tambores de lixo, onde o proibiam de catar os restos.
Aos 15 anos, mesmo sem registro de nascimento, começou a freqüentar clandestinamente a escola. Porém a hostil bagagem das ruas o tornou agressivo ao ponto de em uma briga na escola, furar com um lapiz um colega de classe. Mais uma vez o sonho de aprender, escapou de suas mãos.
Com o tempo, muitos amigos morreram tragados pela criminalidade das ruas ou assassinados pela polícia_ polícia essa que na favela da Cachoeira, entrava batendo nos “ciladrões”, porque ali todos eram culpados até que provassem o contrário.
Aos poucos com ajuda de amigos, aprendeu a ler e aos 18 anos, passou no concurso para gari, onde foi batizado com nome que o tornou conhecido, Gari da Cachoeira. Durante as coletas do lixo, os livros que para uns não tinham mais utilidade, eram levados para casa como peças valiosas. As obras eram lidas entre os intervalos do trabalho e as folgas no fim de semana. Ao longo dos anos tornou-se sindicalista atuante na categoria. Através de programas sociais de alfabetização de adultos concluiu o ensino fundamental e posteriormente o ensino médio por meio de supletivo.
Sua participação na luta por condições dignas de moradia aos moradores da favela da Cachoeira, foi determinante nas ações sociais que foram aplicadas na habitação e saneamento básico da comunidade.
Hoje a favela já não existe mais, A Cachoeira virou bairro da Glória, e embora as paredes sejam de concreto e não de taipa, o desemprego, a fome e o sofrimento causado pelas diversas faltas, permanecem ainda ali impregnados nas pessoas que continuam sem efetivas oportunidades de mudança.
O Gari da Cachoeira, casado, pai de 4 filhos, sindicalista, político atuante, candidato por duas vezes a cargos públicos, estudante de Direito, continua engajado em ações sociais que contribuam para mudanças no quadro infeliz de miséria sentido na pele, onde carrega ainda muitas cicatrizes.
Burrice do Saber
"Nada muda na vidaDe quem não quer mudar,Nascer burro e morrer cavaloÉ mera utopia,Pois a pior fantasiaÉ não querer aprender.”
José Martins de P, gari da cachoeira
RETALHOS DA VIDA
A vida é uma colcha de retalhos.
Com muitas cores, tem também o preto,
às vezes se precisa usar da cor branca;
Sem tem várias lembranças
e muitos amores.
Muitos encontros,
e diversos encantos;
Algumas amizades que deixam saudades.
Coleciona-se, se costura quando
se deixa cair lágrimas de choro,
algumas de prantos sérios,
muitas por alegrias
e diversas por desencantos.
Se faz os nós e os pontos,
quando se tem segredos que causa espanto;
Se segue enigmas , se quer às claras
e se finge muitos mistérios, mas se deixa nos cantos.
Estende-se conveniente, se tira as fotos,
e se guarda alguns bons momentos;
Os meus tranco à sete chaves,
pois, são os meus cortes, recortes, meus tacos e nacos
Essa é a minha vida, como uma colcha de retalhos.
...E foi assim...Refazendo-me... Colando os meus cacos, costurando os meus retalhos, colorindo os meus dias cinzas, florescendo meus desertos... Virei obra de arte. Artista de mim mesma!!
Não permita que uma relação te machuque, não sai cheio de retalhos de um relacionamento. Ame e não esqueça de amar a si mesmo.
É tarde, últimos retalhos de sombras já cobrem e se despedem da cidade que dá espaço a noite
Os minutos passam e é apenas mais um dia que se vai e se perde na lembrança
Te vejo ali em um espaço movimentando aonde crianças correm e sorrir
Casais enamorados aprecia a lua que já abre as cortinas desse cenário de enlace
Te vejo sentada apenas com um livro de um cotidiano não muito distante, mais seus olhos se enchem anseio para saber o fim da história
Linda em uma noite onde até mesmo as emoções se curvam aos seus pés
Seus cabelos negros dançam com o vento sobre seus ombros e meu coração bate mais forte
Ao aproximar-me, você levanta o olhar e casam com os meus e no interagir você faz soar as poucas palavras ...
Quanto tempo a mais iria deixar me esperando?
Com poucas ações e palavras respondi... Desculpe-me, espero com um beijo curar esta ausência
Em noites que agora seriam diferente..
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp
