Relva
A MOÇA E A RELVA
A moça canta e sua tristeza enfeia
Preenche o momento e os arrabaldes
De sua candura inebriada
E ausenta-se da forma como estava
Apanhando uma cesta de rosas
E o tempo de sua alegria
É o mesmo tempo das rosas.
Um andamento que não se prepara
E anda sequentemente por todas as estações.
Sabe a linda moça que do seu retorno
Das nuvens onde se alojou.
Lá reconheceram a sua voz
E as músicas que cantava.
Por ser repetitivo o tempo
Contado à maneira como se quer
A moça linda dá-lhe o andamento
De quando volta para a casa
Atestada de flores, no movimento
Diferente quando emergiu a altura de cima
O céu e cada estrela que lhe saudaram.
Névoa rara, rogação de paz
Concórdia no seu amor andarilho
Que todos os dias vai às campinas
Nos tarjes quase sempre iguais
Que não é porque é pobre, não tem
É que lhe caem muito bem
Lhe embelezando mais
Os seus vestidos dos varais.
Regue todos os dias
a relva da diversidade.
E nunca se esqueça do
replantio da solidariedade...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Sopra a brisa nas colinas acariciando a relva, canta pássaros, correm lobos, dormem as corujas, cai a orvalheira da alvorada. É a primavera anunciando a passada do sagrado ciclo, sem fim, da Grande Mãe Terra que cria e abriga seus filhos na poeira do tempo.
meu caminho
tem a cor da esperança
tem cheiro de relva molhada
tem luz que ilumina e brilha
tem brisa amena e serena
tem beleza e paz interior
tem jeito de selva
tem flores coloridas
tem obstáculos vencidos
tem pássaros cantando
tem um banco pra descansar
tem meus medos
tem borboletas dançando
tem alegria no ar
tem anjos me seguindo
tem felicidade me perseguindo
tem Jesus a me guiar!!!
Magia antiga,
no crepúsculo as eras tomam formas,
na relva da sentido de liberdade,
quando sons da noite atravessam o momento.
quando os bestiais da floresta se dão
conta que a noite é passageira,
de outras auroras a fome consome corações,
seus olhos sobrevivem a mudança brusca...
adversos estante frusta a transição...
quando o vento suprime o verso se descontrai...
em formas que jogo de palavras te tomam na solidão.
A jovem serena,
Linda e morena,
Que corre ao vento,
A relva que trema,
Com tanta beleza,
Pureza e simpatia,
Que dão harmonia,
É ela Thais,
Que sonha e que brilha!
Mãe tem a alma da natureza, que defende a cria na selva, na relva, na escola, na ponte ou no telefone. Mãe é umbigo com umbigo transmitindo emoções. Depois de certa idade, não precisa de cordão, basta olhar em seus olhos. Ela saberá. Ela saberá exatamente do que você precisa sem que tenha que palavrear uma única vogal. Mãe é o sentir inexplicável, o transbordar do fogo que acalma, é ela que lava nossa alma com sabão de amor, nos deixando novinhos em folha para um novo alvorecer na terra. Colo de mãe é espaço que não se sonega em qualquer idade. Sensação de amar a mãe é como desapercebidamente avistar na praia um golfinho. Mãe é presente enviado com fita colorida embrulhada em caixa especial com seu nome na etiqueta: De - Deus, Para - Você.
OS MEUS SENTIDOS
Hoje, meu som vem da natureza, frente aos meus olhos, cheiro de relva e um pequi sendo preparado, cujo sabor já chega aos meus sentidos antes mesmo de saboreá-lo...
mel - ((*_*))
Como a serpente que rasteja em meio à relva, o coração do desleal é um labirinto de enganos, e suas palavras, como um rio sinuoso, escapam à verdade.
meu caminho
é da relva
é da plantação
é da colheita
é do coracao
é da alma
é da razão
é da partida
é da comoção
é do sentimento
é da emoção
é da liberdade
é da intenção
é da solidariedade
é da tentação
é da claridade
é da sensação
é da positividade
é da contenção
é da espiritualidade
é do pé no chão!!!
meu caminho
é o do coracao
regado a emoção
com cheiro de relva
de mato
de suor
ao percorrer
o destino
que me leva
à evolução do espírito
passo desfilando
com o coracao saindo pela boca
ou com ele na mão
porque tudo me foge à razão
tem momentos que fico perdida
sem nenhuma noção
olho para o fim da estrada
e não encontro
olho à minha volta
e não vejo flores
olho para o Alto
e vejo a luz
olho para mim e vejo
meu interior
meu coracao está a mil
em disparada
abro um sorriso de satisfação
acho que estou no caminho certo
porque é através dele
que chegarei até Deus!!!
(Na tela, a lua cheia ilumina a noite, o céu com nuvens, uma árvore solitária e a relva verde em torno cobrindo o solo completam a imagem)
A noite incide na raiz do silêncio de quem presencia a madrugada lunar. A sombra permeia a solidão da silhueta nativa, enquanto a relva recebe as lágrimas do orvalho frio. As noites são mais longas quando os olhos não querem que os pensamentos durmam. A existência manifesta o quanto nosso destino está preso ao lugar onde iniciamos nossa partida. Tudo se resume no tempo em que permanecemos neste lugar.
Além da imagem.
Antros.
Na relva rasteira e verde,
Dou compassos nas minhas inspirações.
Alegria em viver,
No solo fértil do sertão.
Astros me convidam,
A compor com meu violão.
Se as cordas falassem elas diriam tudo,
Da felicidade do meu coração.
Fomentado pelo sol,
Vejo pássaros cantarolando.
Ah! Se eu pudesse expressar,
Tudo que vem na imaginação.
Até as andorinhas me fazem companhia,
E choram comigo nas letras que me fazem sofrer.
Oh ! Versos dos meus olhos,
Inspira em mim inesperadas melodias
É você!
Oh ! Alma sertaneja....
Instrumento que me atormenta.
Inquieta tu és,
Quando quer fazer de mim, você consegue tudo que quer.
Faz eu ser...
Um sonhador sofredor,
E Poeta sertanejo.......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Quando a relva fina, seca e rasteira parece não suportar mais nem um dia, quando num lago enlameado os peixes começam a desvencilhar do barro, quando as folhas secas parecem não pertencerem mais aos galhos e caem, aí Deus com sua suprema e infinita bondade e sabedoria manda a chuva e a natureza já esverdeada volta a favorecer a vida.
floresta
tal qual um herbívoro
pastaria, lento,
nessa relva úmida —
beberia orvalho
(um doce noturno)
até que a floresta
toda se desmanchasse em chuva.
(e eu, fitófago)
ao morder teu broto
e inundar-me dela,
jamais secarei:
porque após a chuva
fica entre as folhas
o brilho da falta —
água que não evapora.
mas não há fim
para quem bebeu
de tua fonte:
o gosto que
a boca guarda
(não se perde)
— é eterno
como sede.
e teu rio,
que em mim virava mar
brotava até o que não era semente,
na boca de outro herbívoro —
secou.
antes que ele pudesse beber.
(risos)
Penso em uma bela manhã, o orvalho nas folhas de árvores, nas flores, na relva...
O cheiro de café fresquinho e o coração cheio de fé...
Te desejo alma da minh"alma sedenta, para chegar na relva e descansar meu cansaço.
A visão turva, lábios ressecados, o corpo trêmulo, as forças se esvaindo, as mãos firmes, procuram molhar a secura dos lábios, buscando a fonte em meio à penumbra. Molhe meus lábios com teus beijos, para saciar o meu cansaço.
O GUANACO
É parente do camelo,
Uns pequenos, outros grandes,
Come a relva da estepe,
Lá na região dos Andes.
Mas não chegue muito perto
Pra não levar coice certo,
Deixe que eles vão e andem.
