Quase Morto
Toda a experiência de vida passa por se estar com pessoas. A solidão
parece-se quase com a morte. No momento em que se afasta da
multidão, afasta-se igualmente da sua personalidade. Isso é muito
perigoso.
"Trecho do livro "O livro das virtudes para geração Z e Alpha"
"Eu quase não reconheci o homem, que não se abrigava, daquela chuva ferrenha de Inverno.
Era o fim de tarde, de uma quarta feira, e só pude reconhecê-lo, por conta do terno.
Fitava, estarrecido, um pedaço de papel, que se desfazia em suas mãos, pela força da chuva, já era ilegível, é certo.
Mas aquele papel, parecia o contrato o qual, vendera a alma para o próprio diabo, parecia aprisioná-lo, entre os purgatórios do próprio inferno.
Consegui executar alguns lanços, para me abrigar da chuva, hoje me pego sempre lembrando.
Consegui ver bem, mesmo na forte chuva, era ele, o velho do casebre, estava chorando.
Chorava, chorava, chorava, a forte chuva, parecia uma única gota, perto do seu pranto.
Era apenas um copo; naquela face, eu vira, transbordava um oceano.
Passou-se alguns anos, mas descobri o que dizia a carta, o porquê, o mais frio dos homens, eu vira chorando.
A carta era da algoz, que o abandonará naquele mesmo dia, naquele mesmo canto.
Naquela mesma esquina, onde o ipê, que florescera junto com o amor dos dois, se desfazia, a cada rajada de vento, a cada relâmpago.
Ele fora um solitário apaixonado por 10 anos, estavam juntos, a outros tantos.
Aquele dia, era dia de algo, era um dia especial, para ambos.
Quando ele guardou, o charco de carta que lera, deixara a enxurrada levar o buquê de rosas e girassóis, o que me causou espanto.
Antes de atravessar a rua, olhara para o céu, pela última vez, pelo o que eu soube; abaixara a cabeça, me olhou rápido, meio de canto.
Tentei alcançá-lo, mas o ódio dá certa pressa a nós homens e repudia qualquer ser que respira, que tenta ir ao seu socorro, amenizar-lhe o pranto.
O meu amigo morrera naquela esquina, fuzilado por palavras em um pedaço de papel, sozinho, encharcado, agonizando.
O homem que me olhara, ao atravessar aquela rua, naquele fim de tarde chuvoso, não era meu amigo, era um estranho.
De terno, engravatado, de luto, os olhos transbordando.
Eu não reconheci, quem naquela chuva, não se abrigaria, não o reconheci; mas reconheci o olhar, acabara de nascer ali, um insano..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador - O Estranho na Chuva
Obrigado por me amar tanto assim, e todos os dias fazer feliz, esse coração quase parou , por um triz, por um triz.
Perder a sombra é entrar numa esfera de quase ser, de estar atrás do espelho, dentro da imagem invertida e, dali, ver o mundo acontecer sem ter vontade de sair.
Tem dias brandos, quase tranquilos. Tem dias dolorosos que ardem, hoje está ardendo.
Eu, que uso as palavras para expulsar a dor, estou em silêncio. Não consigo o tom certo, a sílaba, não consigo alcançar o centro disso tudo e arrancar com minhas próprias mãos até sangrar, pois é sangrando que me curo, mas hoje pareço distante de mim mesma, eu não me alcanço. Então só por hoje estou em silêncio, amanhã eu reinicio.
Não olho para trás
Quase nunca
Não tenho medo
Não tenho sonhos
Não tenho
Tenho Eu
Tenho passado
Dele tenho feridas
Cicatrizes
Tenho que ser
Pois sendo eu sou
Olhar o que não é
E olhar o que não foi
Ser hoje o que se pode ser
Para ser enquanto se dá
Agarrada a essa maldita dor,
Carregando um fardo que é quase impossível de se carregar.
Tudo prestes a chegar no limite,
Mas nunca há de chegar.
Agarrada a esse maldito fardo,
Meu amigo, quase uma parte de mim.
Devo aprender a amar ele,
Antes que esse mesmo cause meu fim.
Ser convicto que os hipócritas dominam quase todas as classes possíveis nesse mundo, me traz grande alento para não ter decepção.
...
Quase quinquagenário
Virei trovador
Não sei qual foi o cenário
Que me percebi escritor
Acendi uma nova verdade
Extingui a visão realista
Uma nova possibilidade
De virar um idealista
Talvez o luto de um irmão
A distância de uma ninhada
Ou a fuga de uma opressão
Uma estrofe, angústia versada
Só sei que virei um poeta
Na quinta às cinco, aos cinquenta
Foi quando surgiu o alerta
Palavras como vestimenta
Vesti meu verso
Despi minha prosa
Olhei acima Universo
Plantei abaixo uma rosa
Um tributo linda trova
Atributo bela bravata
Obtive singela prova
Um soneto com serenata
Testemunhei cá poesia
Outrora, composição
Me livrei de toda heresia
No pulsar do meu coração
E aí entendi o motivo
Da rima como osmose
Do meu ar conotativo
Da minha metamorfose
Abrindo um velho caderno, ruído as traças,
quase desmanchando aos dedos, lembrei de você, exatamente da forma que eu via, a poeira entrando ao nariz não fez eu deixar de sentir o seu cheiro, perfume de primavera, quase clichê.
Fecho o caderno, olho para cima, dou um leve sorriso e me lembro das tardes em que o vento trazia uma leve briza, cumplíce das tardes com nuvens em aquarela, laranja, azul e vermelho, o espetáculo da vida.
Memórias em um velho caderno, em uma velha memória e poesias de outro tempo em que se conquistava uma mulher com um papo furado pautado em um poema tirado de um velho caderno.
Viva seus sonhos ou viva o sonho dos outros
Que quase nunca vão te dar a verdadeira satisfação na vida.
Quadrantes -
Trago a a alma quase morta
na raiz do pensamento
de palavras e revolta
num rimar de sofrimento.
Trago a vida indiferente
- sem ternuras nem amor -
aos olhares desta gente
que me deram tanta dor.
Trago em mim tantos cansaços!
Silêncio triste que me arrasta
na ausência dos teus braços ...
Trago em mim o que sonhei,
o que sonhei e nunca tive
e o que tive mas não dei!
É quase impossível vivermos, sem que em
algum momento venhamos a infringirmos
as leis do nosso coração
Hoje de uma maneira quase suicida durmo e não quero acordar,
Não só para escapar do caos dos problemas e da minha caótica vida,
Mas sim para permanecer nos meus sonhos
Onde sou tudo aquilo que aqui não consigo ser,
Onde tudo pode acontecer,
Onde tu nem pensa em ir embora.
Acordar é uma violência comigo mesma,
Como posso viver se quer mais um dia nessa realidade fútil e falida após sair da terra dos sonhos?
Onde minhas bochechas doem de tanto sorrir,
Onde os dias são uma aventura,
Onde o amor sempre prevalece,
Apenas hoje entendo porque o Peter Pan não queria deixar as crianças partirem da Terra do Nunca,
Pois nunca mais se contentariam em apenas serem livres nos em seus sonhos.
DilenaLove
Já nem me assusto com a tristeza, trato ela quase como um lar. Já faz tempo que moramos no mesmo lugar.
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