Quase
Pra mim tá tudo no sei lá, talvez, pode ser, tanto faz… Pra mim essas palavras são quase iguais, são usadas quando não estamos muito confortáveis para responder. Ô vazio, por que toda noite insiste em me visitar, toda noite? Quer saber, tá tudo estranho, sabe Zé? Pode me entender? Ei, Zé, tá me ouvindo? Viu, até minhas conversas estão dando sono, tô muito desinteressante, tô muito diferente, estranha, to muito, muito… muito nada. Exatamente, tô toda errada, toda nada. Tô fria, tô seca, acho que gastei tudo o que sentia nesses últimos anos e pelo visto não sobro nada. Quer saber Zé, tô melhor assim e simplesmente foda-se.
Tem Dias
Tem dias que acordo querendo chorar, olho pra fora da janela do meu quarto e quase que automático meus olhos se prendem em algum lugar... É verão mas está frio, e chove um pouco lá fora fazendo encher o rio, o curioso é que o pássaro canta como se não ligasse para meu jeito brava de acordar.
Tem dias que eu quero simplesmente amar, tem dias que eu penso em atravessar horizontes e crescer, tem dias que meu quarto é tudo que eu quero ter.
Tem dias que te desejo, tem dias que não te quero mais, tem dias que sonho com teu beijo, e dias que quero ficar sozinha e em paz... Tem tantos dias em mim mudando meu emocional, meu eu e tudo que você já deve estar cansada de conhecer, mas nem mesmo meus dias, e meus tempos mudam o que eu vivi com você!
E o calor amarelado quase que vermelho pingando de seu rosto... como de supetão as idéias dão as mãos e fazem um círculo em forma de neve... mas como se agora a pouco estava tão quente e fervendo. O frio... ah o frio congela quem escreve e escuta o silêncio dos flocos de neve como se fossem renda aqui no nordeste. Mais agora eles ganham cores, infinitas cores iguaizinhas as estrelas do céu e tem um cintilamento sem igual.
Hoje é o dia e eu quase posso tocar o silêncio, a casa vazia, só as coisas que você não quis, me fazem companhia, eu fico à vontade com a sua ausência, eu já me acostumei a esquecer tudo que vai, deixa o gosto, deixa as fotos, quanto tempo faz, deixa os dedos, deixa a memória, eu nem me lembro, salas e quartos somem sem deixar vestígio, seu rosto em pedaços, misturado com o que não sobrou do que eu sentia, eu lembro dos filmes que eu nunca vi, passando sem parar em algum lugar !
Recordo que quase perdi a voz, e murmurava baixinho que eu ainda o amava de todo o coração e pedia pra que alguém me acalentasse os cabelos, enquanto eu tremia e espumava de tanto nervoso.
Quando tudo parece estar na mais perfeita estação, eis que surge o passado quase que presente para nos proporcionar diversificadas emoções e muitas delas indescritíveis, para nos fazer sentir medo de continuar, medo de fazer sentir a escolha errada e acabar jogando fora a oportunidade dos seus sentimentos concretizarem como sempre esperou que fosse. Assim, acontece cada capítulo da nossa vida. Temos que ter cautela a cada dia que se inicia, para que não tomemos decisões precipitadas, levando-nos assim a um mar de culpa pela escolha errada.
“Ria sozinha quase sempre, uma moça magra tentando controlar a própria loucura, discretamente infeliz…”
Sempre sofri quase em silêncio. Escrevo, mas a leitura do que deixo para sempre marcado é baixinha ou silenciosa. Fica na mente, quem sabe na tua. Na minha está tudo tão marcado.
Quase nenhum sol,
quase nenhuma brisa,
quase nada para ver,
apenas o rouxinol,
não se cansa dessa vida,
e continua na luta
do buscar para vencer.
Não tenho medo do escuro, não tenho medo da distância, sou forte pra quase tudo, menos pra te perder.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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