Quantas vezes você
Quantos corações eu destruí para aprender a amar...
Quantas pessoas magoei para aprender a perdoar...
Quantas almas eu consumi para o monstro acalmar...
No fim das contas a vida é justa, paguei o preço exato para o "exatamente" saber.
Palavras.
Quantas foram minhas palavras, largadas em cartas de papel velho, sem retorno algum?
Quantas foram minhas palavras, abafadas num telefone público, sem ninguém de verdade do outro lado?
Quantas foram minhas palavras, cantadas em lágrimas de chuva noite a dentro?
Quantas foram minhas palavras, atiradas ao vento como folhas secas no jardim?
Quantas foram minhas palavras, naquele olhar de adeus?
Quantas foram minhas palavras?
Elas não foram. Nunca foram.
Nunca foram palavras! Ou nunca foram nada além de palavras? Será?
Na verdade, singela materialização, sonorização, condensação de um sentimento que nunca pude explicar.
Palavras, palavras e mais palavras.
Quebrarei minha cara quantas vezes por necessário, não por burrice. Mas por acreditar na Justiça de Deus.
Quantas vezes me dizeram que eu era corajosa.
Mais o que não entenderam, era que a vida não me permitiu ter medo.
Simone Vercosa.
Cada dia o tempo passa
E eu aqui a pensar
Quantas palavras lindas
Que a você devo externar
Meiga e pura
Simples e cordial
Esplêndida e garbosa
Egrégia e sideral
Foi de repente
Que me fez te admirar
Por toda sua beleza
E seu jeito espetacular
Se um dia partir
Morrerei de saudade
Pois não vou conseguir
Ficar sempre cheio de alacridade
-Quantas vezes vai ter de sofrer?
Quantas vezes forem necessárias!
-Até quando vai continuar com isso?
Até eu não aguentar mais!
-Não acha que você chegou no seu limite?
Eu estou no meu Limite já faz muito tempo!
Certamente, não saberia responder por quantas vezes estive apaixonada na vida. Apenas, por alguns segundos. Era no silêncio do desconhecido que tudo acontecia em mim. Outono em Copacabana, Maeve Phaira
Ciclos
Perdi as contas de quantas vezes morri
Algumas vezes fui apunhalada sem misericórdia
Assassinada pelas mãos de quem jurou estar ao meu lado
Outras vezes fui levada ao suicídio
Pelo desejo em findar a dor
A dor das feridas abertas em minha Alma.
Perdi as contas de quantas vezes morri
Mas todas as vezes que a morte me beijou a vida me abraçou
Me fazendo perder as contas de quantas vezes renasci.
Existem vários homens querendo culpar alguém, principalmente nós enquanto filhos, pois, quantas vezes quisemos culpar os nossos pais por tudo aquilo que aconteceu em nossas vidas.
Pare de olhar para trás e dizendo quantas coisas você perdeu ao longo do tempo, e sim olhe para frente e veja o quanto Deus livrou você de certas coisas apenas agradeça por cada momento que teve a mão Dele.
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Espelho
Quantas vezes paramos diante do espelho e não gostamos de quem está diante de nós. Não gostamos da pessoa refletida do outro lado do espelho.
Em alguns momentos travamos uma guerra com o nosso espelho interno, e esse é o nosso maior inimigo, ele aponta o dedo sem piedade.
Você olha e não consegue encontrar atrativos para admirar a pessoa que está ali, parada, olhando para você!
Tudo o que desejamos nesses momentos, é uma fada madrinha para realizar o milagre da transformação. Mas que bom que existe o mundo real, aquele que nos chama para a realidade e faz você olhar novamente e perceber que a única pessoa que pode realizar um milagre na sua vida, é você.
Você é a responsável por mudar essa situação, ficar parada sentindo pena de si mesma não vai resolver nada!!
Eu estive por um bom tempo nessa situação, tudo o que eu desejava era fazer o espelho desaparecer diante de mim ou que refletisse uma pessoa diferente.
Foi uma fase muito difícil!
Uma fase de falta de amor próprio e baixa autoestima!
Fase onde o "esconda-se" era o melhor a fazer.
Fase solitária e silenciosa, muitas vezes, passamos por esses momentos sozinha e afastada das pessoas.
Quantas vezes eu chorei em silêncio dentro dos provadores, nada ficava bom em mim, nada deixava-me feliz. Comprar roupas passou a ser uma tortura.
Posso te falar que esse é o pior sentimento para uma mulher, quando ela deixa de se amar, quando tudo o que deseja é desaparecer e ser esquecida por todos.
Se eu falar que foi fácil entender que alguma coisa precisava ser feita, que eu precisava mudar, eu estaria mentindo!!
Também não sei como tudo aconteceu, em que momento resolvi dar a volta por cima e sair dessa situação, mas só sei que eu precisava mudar!
Eu precisava me renovar de alguma maneira!!
Quando você entende que precisa fazer alguma coisa, fica tudo mais fácil para dar o pontapé inicial e foi assim, que iniciei o meu processo de mudança.
Mudança no meu exterior, mas principalmente no meu interior, tinha que eliminar mentalmente tudo aquilo que não me pertencia, tudo aquilo que causava dano à minha saúde, ao meu físico, à minha saúde mental e principalmente emocional. Mas todo esse processo tinha que iniciar na minha cabeça, eu precisava aceitar algumas mudanças na minha vida para conseguir o meu objetivo.
Foi um ano de limitações, mas sem sofrimentos ou grandes sacrifícios, acho que minha vontade de mudar foi tão grande, que tudo acabou acontecendo de maneira suave e tranquila. Aos poucos a minha tão sonhada "transformação" foi acontecendo.
Já não sofria tanto ao entrar em um provador e o prazer de ficar diante do espelho foi voltando. Já conseguia admirar a pessoa que todos os dias falava comigo no espelho, ele já não era mais meu inimigo, mas passou a ser meu aliado. E aos poucos, fui perdendo peso, ganhando confiança e a alegria voltando novamente para minha vida.
Hoje o espelho é o meu melhor amigo, ele fala o quanto valeu passar por todo esse processo de transformação e que todos os dias eu posso melhorar um pouco mais. Eu ainda estou na categoria de obesa, mas uma obesa feliz!
Hoje eu posso falar que na vida tudo é aprendizado, nada é eterno, até mesmo os momentos difíceis que passamos todos os dias. Eles acontecem para ensinar que somos muito mais fortes e poderosas do que imaginamos e que quando desejamos algo, pode ser a coisa mais difícil, se o seu desejo é verdadeiro e sincero, você consegue realizar qualquer coisa.
Então não desista se seu espelho fala com você todos os dias ao acordar.
Enfrenta ele, mostra que você pode sim mudar essa situação na sua vida!!
Só você tem o poder da transformação!!
Nesse processo todo a fotografia foi minha grande aliada, passar horas brincando diante da câmera do celular e observar as mudanças em meu corpo, passou a ser prazeroso e muito gratificante. E hoje é tudo tão espontânea e natural!!
Hoje sou uma pessoa mais solta, aprendi a AMAR a pessoa que todos os dias eu vejo refletida diante do espelho e que tem a capacidade de se reinventar todos os dias.
Então acredite, você pode mudar também!!
O poder está em suas mãos!
Texto: Espelho
21/10/2019
EU, EU MESMO (soneto)
Eu, nos cansaços, as saudades
quantas as lembranças estilam
que o passado no exato pilam
assim, cheios de passividades
Afinal, tudo no tempo expilam
eu, eu mesmo nas fatuidades
duvidei, imperfeito, vontades
me levaram, na baixa bailam
Pois tudo é eu, sem metades
eu sou eu, e nada anteviram
e do meu eu, sai as verdades
E eu, que no eu, me inspiram
dele um passado, variedades
que do uno eu, “áses” extraíram
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
Aflições
Por quantas aflições passa um
coração apaixonado?
Por quantas ilusões de um amor
mal resolvido e acabado, vive ele.
Quando ele só fica, permanece
envolvido nessa dor.
Quantos danos causamos nós à ele.
Mas pouco nos importamos, e sem que
notemos, novamente na teia do amor,
nos envolvemos.
Pobre coração, das dores e dos amores
vives no redemoinho do nosso egoísmo
mesquinho, na inconsequência dos nossos
falsos sentimentos, és a vítima maior,
dos nossos descaminhos.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
As vezes é preciso voltar ao passado,não para sofrer,mas para relembrar quantas flores merecidas e quantas bênçãos recebidas.
Quantas mãos ontem estiveram levantadas em oração pedindo a Deus paz para o mundo?
Quantas mãos hoje negam um aceno para um irmão?
Estas mãos serão as nossas?
Cio da alma
Quantas linguagens existem
Quantas leituras fazem
Quanto o silêncio diz
Quantos poemas já fiz?
Não sei se é preciso contar
Porque o que importa a mim
É a resposta que tenho a dar
Á Deus que destinou meu fim!
Se mil vezes poemas crio,
Sem muito que preocupar
Deve existir alma no cio!
Ou eles descem lá do luar
Pois, não sinto gelido frio
Se na noite mergulho no mar!
Não importa quantas palavras sejam ditas. Você sempre vai escrever e falar as pessoas simplesmente irão ignorar Ou irão esquecer .............
