Preso
De vista, parecia livres, mas os vi presos, tristes e encarcerados pelas suas próprias e exacerbadas paixões.
Que não vivamos enclausurados nas decepções do passado, nem muito ansiosos pelo porvir. Devemos aproveitar bem o presente!
É tão apavorante se dar conta de que toda a sua vida tem sido numa caverna que é mais fácil continuar ali, preso, do que reformular sua realidade.
De todos os universos múltiplos e paralelos infinitos eu estou PRESO em um com a versão dela que não quer nada comigo... tem algum EU querendo trocar??!!!
Se hoje consegui me desprender do bando, voar meu próprio voo, me tornando um líder que consegue conectar pessoas e inspirar nelas o desejo de voar mais alto, é porque um dia estive preso ao chão, sentindo o peso das asas que não conseguiam bater por conta própria.
Eu sinto essa necessidade de criar uma coisa do nada, de inventar. Tem uma coisa complicada no jornalismo: ele te obriga a ficar preso na realidade.
Estagnado
Preso sem correntes
O medo vence o desejo
Reverter o quadro, como?
Sair do ordinário, como?
Emergir à superfície, como?
Sem ar, preciso respirar, mas como?
CADEIRA CATIVA
O ser humano diz amar liberdade.
Tanto, que sua perda é punição.
Mas muitos de nós, na verdade,
Arquitetamos nossa própria prisão.
É que “ser livre” para você
Pode não ser o mesmo pra mim.
Há prisões que não se vê
Que também são agonia sem fim.
Há prisões cheias de bandidos.
E muitas prendem homens de bem.
Mas os cárceres mais escondidos
Tomam sua mente refém.
Não sei qual tipo é pior,
Mas na mental não terás um vizinho.
Mesmo cercado de gente ao redor
Estará profundamente sozinho.
Nada mal se apiedar do apenado.
Mas antes, siga um pequeno conselho:
“Reconheça o prisioneiro acanhado
Que você enxerga no espelho”
Pois o que você e eu percebemos,
Há tempos em que é tão rara!
A liberdade, que há muito perdemos,
Para ter de volta, ela é cara...
É irônico, pois cabem fisicamente
Numa só prisão, muitos párias.
Mas nos domínios da mente,
A prisão não é uma, são várias!
Tentei encontrar a chave
Para ser livre entre os mundos,
Mas essa clausura é tão grave
Que adentrei a níveis profundos
Cansado e sem mais a fazer,
Minha própria chave inventei:
Criatividade para mim é lazer.
Então minhas prisões adornei.
Pois tal como passarinho,
Por muito tempo fechado,
Se liberto, está fora do ninho.
Prefere não ser libertado...
Podes experimentar a condicional,
Repousando em sono profundo.
Mas a liberdade total,
Lhe garanto não ser deste mundo.
Então nas boas prisões,
Me enclausuro por hora.
Tentando aprender minhas lições,
Por que das ruins, estou fora!
Tudo o que possuís esteja sob o domínio do vosso espírito, para que não fiqueis presos pelo amor das coisas terenas, sendo por elas dominados.
O que me trará de bom aquilo que agora me prende, se o simples fato de sentir-me preso parece não estar fazendo de mim uma pessoa em ascensão ?
Aportado na Bahia dos meus pensamentos, que por sinal estão bloqueados, presos em uma cela escura e sem vida.
Daria tudo para libertá-los, pois minha vida depende deles.
Será que alguém no Universo me houve? Será que existe vida após a desilusão? Não sei, só sei que vivo morto às margens dos meus pensamentos, e quase não ouço meu coração.
Saudade é um violino preso no peito, vibrando as cordas numa canção que sufoca, mas a queremos tocar e reviver em cada nota o que se passou no palco de nossa vida.
