Pranto
ÁVIDO
Esteja o amor em mim,
Sem pranto e sem choro.
Seja eterno querer-te bem...
Quem sabe queira-me o mesmo bem.
Meu coração em flagelos,
Que dantes buscou o teu amor
Sem saber se iria encontrar,
Sem você, desfez-se em lágrimas...
Que me condene o mundo
Por não deixar de te amar...
Sem tua presença,
Estou entregue a solidão.
Mas o amor ávido em mim,
Livre, clama-te, e à chama...
Está em ti meus pensamentos
Pra viver meus sentimentos.
Edney Valentim Araújo
LETRA NOVA PARA UMA VELHA CANÇÃO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
É tanto pranto
para chorar,
que é como ter
um mar em mim...
Guardo as águas
de muitas mágoas;
dor sem fim.
Em minha estrada
sem horizonte,
não acho ponte
pra outro amor...
Morro aos poucos,
na solidão
dessa dor.
Estou sem céu,
sem lua, estrelas,
meu caminhar
é infinito...
Abafo angústias
e meu silêncio
devora o grito.
Nem mais espero
a quem amar
como te amei
num tempo findo...
Já não vivo,
percebo apenas
que vou indo.
Agora eu sei,
não há no mundo
um sentimento
mais denso e fundo...
Este amor
é minha sorte;
vida e morte.
UM POUCO SE VAI
No olhar se perde o encanto
No pranto se despede o riso
Nas correntes da equidade
Renasce a vil desigualdade
E um pouco se vai...
O dia nasce na hora indevida
Degola da madrugada a vida
Restos de fins sem começo
Almas prisioneiras no avesso
E um pouco se vai...
Nas emoções, nas acções
No nada febril e nas orações
Se prende o pouco do muito
Que com esperança devia ficar
Mas, ainda assim, lá se vai
Enfim, nascemos a padecer.
QUERIA SER COMO UM RIO
Queria tanto beber em meu pranto, está seco, já não sei nem mesmo chorar...
Um rio inteiro podia cair, inundar por completo esse meu mundo deserto
Não sei bem de onde vem, é lá bem do fundo e dói tanto o meu peito vazio
Destruir é sempre mais fácil que reconstruir,
descer é mais simples que subir
Meu coração é forte, aguenta a pressão,
Mas não sou eu, eu sou vago, sou triste
Sou só.
Caminhos mil eu andei, atravessei desertos fantásticos na escuridão extrema
Me dei por completo, traí, confiei, busquei um jeito de não ser vazio
Aqui dentro o meu peito
Como dói o vazio, corrói mais que ácido
Me entrego a tortura de mim, meu peito me cala
Queria tanto poder ser abrigo, um canto qualquer, não quero ter paz
Nasci no inferno, em trevas profundas,
Eu quero ver luz, não sinto meu corpo, só tenho alma e vazia
Explode meu peito, nasci como um deus, agora sou homem, ando na vida
Cansado de tanto assim ter vivido,
Caindo sempre de canto em canto, de vida em vida...
Trazendo sempre a dor profunda, que faz de mim conhecimento
Queria tanto cair como um rio, o mar secou, a vida é árida
Tudo o que é belo não me pertence, nasci um deus
Que seja então eu deus de mim, que seja eu meu próprio pai
Eu vejo o mundo, mas não é meu, terá sido um dia?
Ando aqui e nem é por mim, eu nada sei, eu tudo sinto
Que venha o pai, que me resgate, que me dê vida, que seja eu um rio inteiro
Que seja pranto, mas que seja algo que não seja assim...
Assim me dói tanto.
Viver num mundo que não é meu, eu ando aqui, mas nem é por mim´
Foi sempre assim, nasci assim, nasci um deus, sem pai para mim
Queria tanto fazer sair aqui do meu peito o mundo inteiro
Para quê lucidez de uma vida, se ela atormenta?
Eu queria o canto do mundo, um canto lindo, um canto calmo
Queria ser rio, queria inundar o meu mundo inteiro
Queria ser louco, queria ser livre, queria partir, sair daqui
Que venha o Pai, que me consuma, que eu já não sou mais dono de mim
Eu nunca fui, eu fui sempre assim, nasci vazio
Nasci um deus
Sem pai para mim
Queria ser como rio, nascer numa fonte, descer pelo monte
Por campos verdes andar, ser forte corrente, e bem lá na frente, voltar a ser mar
Inundar o abismo, o vazio de mim, poder no meu tempo evaporar
Subir lá pró alto, meu peito abrir, livrar o tormento
Queria chorar, chorar forte pranto, vir lá do alto
Tomar as entranhas da terra, subir a montanha, ressurgir numa fonte
Queria ser como um rio, por vezes tranquilo, mansinho
No tempo fugaz, trazer na corrente do meu pensamento
Somente um conto do vale encantado, ter sido por mim
O mundo criado.
Não sei, sou assim, sou meu próprio destino
Eu sou o meu canto, não, não vejo meu pranto
Porque no meu mundo, eu sou deus de mim.
(Adilson Santana) (Queria Ser Como um Rio)
ISBN: 9789898080790 - Arquivo. Biblioteca Nacional de Lisboa - Portugal
RAÍZES.
Nem a seca, nem o pranto
me arranca essa raiz
a beleza e o encanto
faz nossa terra feliz
falo oxente e te garanto
que o nordeste vale tanto
quanto vale esse país.
Por vezes procuro lugares
Mas me pergunto: -Qual é esse lugar? Onde não haja pranto nem dor neste mundo contaminado por seres egoístas!
N'alguns quartos da vida o pranto corre, a nudez encanta, o sonho apodrece, a esperança se veste e rima à toa com a bonança...
Oh Deus Meu! Oh Deus Meu!
Ela amaria logo eu?
Que tento tanto
Mas minh'alma acaba em pranto?
Deus o que fiz pra ela?
Amo ela, mas,
Qual a palavra e o gesto
Que ela adoraria?
Com seus olhos brilhantes
Olhar penetrante
Que não deixa ser vencido
Será mesmo ela meu destino?
Amo o jeito que olha
E traz conforto,
Paz e alegria
Gosto porque isso mostra a vida
Seu sorriso me encanta
Minh'alma dança ao ve-lo
Sorriso unico, que me faz
Sentir vivo
Seu sorriso me alegra
Meu coração o venera
Mais lindo que o Mar Cristalino
É o sorriso dela
De aparência incomparável
Nunca visto pelo mundo
Bela e que não a comparação
Senhor acalma meu coração
És tão linda minha amada
E nunca vou me cansar de dizer
Espero que pelo menos entenda
E com vc que quero viver
Mas o que mais me encanta
E o seu coração puro
E cheio de lembranças
Que me faz querer mais você
Sentimentos fortes
Mas você sempre luta
Coração que emana amor
E sempre disposta a tudo que for
Sei que
Não gosta destas coisas
Por se tratar de amor
Mas, entenda minha dor
Se for ter que esperar a vida toda
Eu espero e muito pelo que for
Se não me quiser
Ainda sim vou sentir amor
Ah Senhor! A Senhor!
Por favor! Que seja ela
Pq não tem melhor
Faço o que for
Tudo para ter
AQUELE AMOR❤️
Soneto do eterno pranto...
Teu desamor fez-se em mim eterno pranto
E a dor na alma fez morada em minha vida
De minha boca emudeceu de vez o canto
E a tristeza fez-se dor em minha lida
A dor que sinto, dói de mais forte em meu peito
Machuca a alma me abre fundo uma ferida
O mal presságio agora é o meu preceito
O teu sorriso foi um dia minha guarida
O teu carinho era a coisa mais perfeita
Mas se desfez e deixou triste o meu viver
Logo você que fora minha flor eleita
Fez a minh'alma e o meu peito em mim doer
Não sei porque tu me fizeste tal desfeita
Negou-me o amor fez minha vida padecer.
IMPERFEITAMENTE
Sem explicações
Tudo mudou
Até a chuva, pranto meu
É feliz de amor
Nas minhas contemplações
Visito momentos teus
Tudo adivinhação
Daquilo que não tenho a mínima noção
Fico observando bem quietinha
Pra nada interferir
Não é sacrifício nenhum
Ser nobre por ti
Seja uma fantástica idealização,
Quimera,
Falácia da projeção
Não importa
Quando a saudade aperta
Leio em silêncio
Pro tempo escutar
Tempo não perca seu tempo,
o meu amor não será esquecido,
é único e verdadeiro
me faz inteira e capaz
de amar aos pedaços,
os amores
que me são permitidos
Da frustração do tempo,
envelhecemos pedindo
que o amor nos espere
Amor
Meus olhos destilam um pranto suave
Fruto de dor e sofrimento
Esse pranto cai mensalmente
Pelos os meus olhos cansados
Você vai retornar pela porta aberta
Penso na beleza do nosso amor
Lembro-me da cor de seus lindos olhos
Quando me olhava com aquele jeitinho lindo
Quero sentir
Quero ser gente
Quero amar.
A sua caminhada não tem sido fácil.
Diversos desafios você tem enfrentado, não é mesmo?
O pranto às vezes banha a sua face.
Na pouca força que lhe resta chega a pensar em desistir, mas a presença de Deus tem ajudado a prosseguir.
Por mais que o trajeto seja difícil, não esmoreça!
Mesmo diante das inúmeras montanhas de obstáculos, encare os degraus da escalada, pois é durante esse processo que sua força será revelada.
Espinho na rosa
Sem ter você sou todo pranto
Sou a voz do canto que chora
A ausência da flor
Sem ter você sou qual fevereiro
Sem Carnaval a festa acabou
Sem ter você sou chuva lá fora
Sou o passarinho que não beija flor
Sou a falta de amor
Sou a Bahia sem Alegria
palavras sem poesia
Sem ter você sou seca no chão
Sou dor cortante no coração
Sou a própria solidão
Sem ter você sou a fúria do medo
Sou ser sozinho na multidão
O desafino da canção
Sou nota sem som, música sem tom
Sou o espinho na rosa
Sou o rosa mas tenho espinho
sou um verso ruim
O inverso de mim
Sem ter você sou nada
Sou a estrada sem fim
Oração sem fé
Marcos Decliê
Dois Amantes -
Sem ti minh'Alma fez-se pranto,
escura, escusa como a Bruma,
e da esperança nasceu espuma
e a dor velou o Canto!
De repente chegou o vento
que levou o teu olhar,
apagou meu pensamento,
calou o meu cantar!
Distantes, assim nos situamos, ofegantes,
loucos, perdidos, dois Amantes ...
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