Pranto
"Que eu seja levado a um canto em que o pranto não me ache.
Que eu não me deixe levar pela sombra que escurece a minha visão.
Que eu perca a fala somente porque o riso se fez melhor encaixe.
E que seja dia, mesmo que em noite de escuridão".
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Tão vazio são meus olhos, por não ver-te .
Há tanto pranto em meu riso e tú ser amado,
tão longe do meu abraço.
Então, ledes e diz-me!
Será assim tão insensato o coração?
Verti em vão todo o sentimento
e por muitas vezes temo a cada passo,
que do seu caminho desencontrou.
MERCEDES
De canto em canto
Pranto e mais pranto
Cheia de encanto
Caminhava a moça chamada Mercedes
Nome esquisito, motivo de chacota
Ela nada se importa
Nem se acha marmota
Tampouco se comporta
Mercedes travessa, sapeca
Mercedes educada, estudiosa
Como pode esquecer sua beca
Na porta da escola?
Pobre, Mercedes!
Desencantos desde pequenina
Porém, sempre alerta, astuta
Poderia ser uma mulher divina
Mas preferia a heroína
Nas esquinas se despia
Aos olhares do povo, mulher objeto
No seu íntimo, mulher sensível, igual a um feto
Certo dia, tal heroína acabou com Mercedes de uma só vez
Toda a cidade desabou em tristeza
Agora, como será sem a graciosa e desvairada Mercedes?
Como lembrança, guardo uma simples recordação
Um bracelete de ouro de Mercedes
O que corta, ainda mais, o meu coração.
Escrita em 17 de Maio de 2000, SP.
Apressar o tempo a dor do meu eterno pranto...
era primavera lá traz quando eu caminhava
havia flores mais lindas de todos os tempos pelo campo
mas para meus olhos tudo estava cinza, era em outono que meus sonhos estava
vivia a vida a espera do amanhã...
Hoje quando acordo, já é outono!
me lembro quanto tempo esperei e ansiosa fiquei, mas chegou tão rápido
Quis andar tão depressa para receber folhas caídas no chão
deixei despercebido o brilho daquela única primavera
Quanto tormento!!!
Pra que querer atropelar o tempo?
Se podemos viver intensamente cada segundo que não volta mais...
A vida é curta, pense nisso!!!
VERSEJADO
Tenho falado mais de outras vezes
O que dor do meu pranto todo o ano
Por onde eu passe quem não só, você
Calada a tua não um desengano.
O amor pede a confirmação das horas
Que tem tempo de andar e de sair
Amando o tempo quem não me descora
E fez comigo, tudo o que já vi.
E esta dor me tem desanimada
Por ti, me perde até varrendo o dia
Não, que pareça não valer nada
Tenho por ti a serventia.
E de aí, quem sabe é só ventura
E antes de chorar me faça a queixa.
Que o amor conforte a cama lua
E se deixe pronto na peneira.
Queria costurar todos os traçados por onde correram seu pranto, suas lágrimas
Talvez você queira remendar meu coração, tão machucado que às vezes fala tanta besteira
Meu sentimento, às vezes nem sabe o que diz...
Permitimo-nos?
Deixamo-nos curar um ao outro?
Vai! Abraça a vida!
Envolve-te por completo, seja inteiro.
Faz poesia do pranto, seja riso o teu canto!
O olhar que se vê seja atento, pra que não passe de ti a felicidade do encontro.
E este, quando posto face a face exale o perfume do amor.
Faz a vida valer, mostra pra ela o que é crer!
Aviva a tua lucidez de viver.
Traz cores, formas, faz de ti um novo florescer.
Palavras são como lamúrias que discorrem pelo pranto e que venera o tempo da mais sincera saudade e que abrange todo o amor e sabedoria do coração.
Temo a vida e não a morte
Se na cova o descanso
E na vida eterno pranto
Temo a lida e não a sorte
Musa ou maldita, destes versos
Nem a morte, coisa alguma hei de ver
Se teu querer a sorte me trouxer
Viverei do teu ser e amor eternos
Em seu olhar.
Eu sei se as lágrimas são por pranto ou alegria
O que seria capaz ou jamais faria
Se estarei contigo ou me abandonaria
Mas decifrar-te, talvez não ousaria.
Quem me encanta
com o mais suave canto
canta,
gorjeios
cheios
de tristeza e pranto
por não mais
beijar suave
os lábios meus
do mais puro amor que era só seu.
E o Tempo dono de todas as coisas
ensina quão provisório é o pranto e a gargalhada,
por isso não recuso nada.
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