Praia, Mar, Areia
Náufrago
Perdido, desperta desalentado,
Com o corpo aspergido da água, salgado do mar
A areia conglutinada na face e nas partes nuas do corpo
Em meio à angústia proporcionada pela cena,
Vagarosamente coloca-se de pé,
Na busca da compreensão do que fazia ali.
Olha o entorno e vê uma ilha
coberta de vegetação mista, com árvores enormes e verdes
exala o perfume das flores: gardênias, jasmins, lavandas, cravos...
Sobressai-se o cheiro inconfundível de mel das álisso...
O silêncio ruidoso de sua mente é quebrado pelo canto dos pássaros: pintassilgos, canários, corrupiões, azulões e corruíras - uma mágica sinfonia.
O céu azul, cintilante, reflete nas águas mansas
Sente uma leve brisa...
Um náufrago, confuso, à procura de uma saída.
Mesmo que sua alma sinta a doçura do lugar,
Como desvendar o mistério e partir?
O que era eu? Pergunta-se
E o que é essa saudade de alguém, de qualquer coisa que angustia?
Busca explicações, mas só encontra um vácuo dentro de si:
Uma ilha cheia, mas ninguém para lhe fazer companhia.
Como aquela, existem outras ilhas desconhecidas,
Construídas por mãos divinas...
Vê seu reflexo nas águas...em seus olhos uma dolorosa instabilidade, sem sentido.
A brisa é fresca, monta uma fogueira
Nela coloca as impurezas da ilha,
Aqueles gravetos, as lascas sem razão.
Espera encontrar alguém, embora ainda não saiba quem...
Sentado imóvel, olhando na direção do horizonte,
Ouvindo os pássaros, sentindo o perfume das flores,
ainda sente como estivesse naquela ilha cheia de vida,
Que embora tão real dentro de si,
é um tesouro abstrato da sua imaginação.
Aquela noite junto com você,sentado na areia olhanda as estrelas ouvido o barulho que vinha do mar, foi ali que percebir como é gostoso pode amar.
Menino do Mar
Na vasta areia, sereno e sujo, juntando as pedrinhas que vinha do mar, o jovem garoto olhava o horizonte, seus olhos brilhavam e encantava o lugar. Contava ao vento os seus pensamentos, criando histórias com a imaginação, enquanto escrevia em um pequeno papel, palavras importantes, refrão por refrão. - Porque está sozinho pequeno garoto? ''Será que uma criança vai saber falar''. - Não sei o motivo de estar sozinho, quero achar um jeito de poder voar. ''Não entendi nada, senti sua inocência e rapidamente ele perguntou''. - Se eu sentar nas nuvens posso ver de perto brilhantes estrelas que pro céu voou? - Talvez se você pedir ajuda a lua, descubra um jeito de como alcançar, quem sabe por escadas, até uma corda, um trem flutuante, com balões de ar. A simples criança me olhou confiante, talvez minhas palavras pudessem ajudar, pegou sua caneta e escreveu no papel e disse que um dia iria tentar. - Você deixaria ver o que escreve? - Você me ajudou então posso deixar. Peguei a cartinha e li bem baixinho os versos daquela criança do mar.
''Mamã e Papá, esto a pocura di achar um jeto di podê voá, a vovó me dise qe viraram estelas, colado no céu voces sempe vão ta, eu amo voces e esperem qe um dia eu vou achar um jeto dai alcançar, vo faze uma lista e achá um jeto, me esperem qe chego, ta.
- pulando
- agarrando no pasarinho
- pedindo as asa pa meu anjinho potetor
- subi na avore
- pedi ajuda a lua
- escada
- ou coda
- balao de a
- trem voador''
A vó do garoto chamava-o de longe, pegou sua cartinha e ali partiu, de costas corria feliz, não sabia, que dura escolha você decidiu, achar um motivo ingênuo, difícil, sua pura inocência iria o guiar, nada eu falei, nem mesmo tentei, a única coisa que fiz foi chorar.
O sol esquenta a terra, a areia, e o mar, e se encarrega de iluminar o dia, esquentar nossos corpos, e nos fortalecer a cada dia, como é bom acordar, ver o Sol, e saber que ele vai embora no fim da tarde, mas que já já torna a aparecer, vamos esquentar nossos corações com mais amor, e fraternidade, hora de olhar para o lado, e perceber que algo está sendo dito, e não estamos escutando, Deus fez todos nós pararmos para olhar ao lado, mas cegos inúteis continuam sem ver, estacionados todos esquecemos que um simples olá, como está? está bem? Precisamos ouvir sem que ninguém fale nada, porque não é preciso palavras, para entendermos que é hora de olhar para natureza, para coisas simples, deixarmos a luxúria de lado, e encontrarmos aquilo que não estávamos procurando.
Areia clara
Areia molhada
Mar revolto
A meia lua
Meia noite
Noite crua
Meia taça
Inteira nua
Você pura
Eu e tua
Com plumas
De ternura
Nós nas alturas
Eu sou
Sou um grão de areia do mar.
Sou vida quando aprendo amar.
O pó da terra.
Um sopro do vendaval.
Uma gota do oceano.
Sou vida eterna quando vivo santo ano.
Sou a poeira do tufão.
Uma larva negra do vulcão.
Uma bomba na guerra.
O pecado da terra.
Quando permito a presença santa.
A esperança vem e canta.
Passo a ser alívio e solução.
Eu sou refrigero e dor.
Sofro porque ignoro o amor.
Sou a cruz e a chibata.
Paulo e Judas.
Joio e trigo.
Sou distribuição sou umbigo.
Covarde e amigo.
Eu sou a natureza humana.
Que peca, erra.
Porém tem esperança.
Tem a fé.
Eu tenho certeza.
Sou sonho.
Por vezes loucura.
Novamente fé.
No que sara e cura.
Cruz, amor e Jesus.
Sou eu o desejo de entender a cruz.
Porque sou também reclamação.
Sou descompasso.
Sou embaraço.
Também sou direção.
Quando permito.
Novamente a fé comigo.
Domínio do coração.
Giovane Silva Santos
Se deixarmos a nossa vida no rio, o rio levará ao mar; se deixá-la no mar, o mar jogará na areia da praia. Se deixá-la na areia da praia ficaremos parados e sem direcção nenhuma, até aprendermos a movimentar-nos com os nossos próprios pés! A vida é areia da praia!
MUDAR
O limite entre o mar e a areia é modificado a todo tempo, a areia que é banhada pela onda, nunca estará da mesma forma, da mesma forma a onda nunca será a mesma. Então seja como a onda que busca sempre a areia, busque o novo!
Também seja como a areia que se renova e modifica a cada onda.
Não espere por fatores de mudanças, mas seja o fator de tais transformações.
ela it’s alive
em casa, no bar,
no meio da semana;
na areia do mar,
na sacada, na cama;
na Rua da Praia,
em qualquer lugar;
na Mario Quintana.
MEU AMOR
Amo-te como a lua quer o sol
Como o mar quer a areia
O meu corpo no teu corpo
Tocando o céu numa ousadia despida
Entre um sopro de amor nesta paixão sentida
Com coração, com alma para amar-te assim
Eu só quero amor, meu amor.
Caminhei na vastidão secular onde a areia beija o mar, onde o sol nasce para te iluminar, sonhando com teu olhar me lancei a nadar na imensidão do seu beijar, sonhando um dia lhe resgatar.
Obra Perfeita
Milhares de tão pequenino cristais
Espalhado na areia do mar...
Onde nosso silêncio
cobre o nosso caminhar...
Sol da manhã cheio de energias
para o mar a terra e nós...
Nunca pensei que a fonte
Era o sol dos seus olhos.
E o céu da tua boca
Como libélula livre no ar...
Que balança com ternura e elegância,
és mulher que dança no universo sideral
Da alma minha agora!
Que mistério é esse que dança...
como lobos em bandos na mente.
E a gente tentando apenas se fortalecer.
Procurando reter do amor,
Sem saber do poder e a dor...
Temos medo do apagão da lua?
Somos o medo do escuro do Mar?
É o medo da própria sombra da memória?
Qual seria o pecado inventado por kairós?
Então, qual história?
E quais pensamentos
que nos mantém de pé agora?
Eu sei que a vida é uma senhora
E canta e lava suas roupas
no rio de pedras após a aurora...
Por isso o horizonte é logo ali
Onde mora Deus...
Esse poder superior
cuidando de tudo com louvor...
O amor sem presa e com prosa.
A vida ė como o cristal, se não quebrar...
A sua beleza só é vista e tocada
Se acaso tiver no céu uma faísca de sol.
Uma luz de fė natural
Para realça em nós o brilho
da obra perfeita e original.
Fruta no quintal de todo sabor.
Você é minha dor o amor.
Que tenho a sorte o calor de ter...
E saber que em você me completo.
Eu e tu, tu e nós...
E o resto é só metamorfose...
Sempre vivi ao pé do mar;
Sempre me habituei a sentir a areia a arranhar nos pés;
Sempre via o pôr do sol no horizonte do mar da minha terra que me viu crescer;
Sempre soube que era um rapaz da cidade, mas o mar sempre me fez tão bem
eu preciso saber qual a cor do mar;
sentir o sal na pele;
sentir a areia entre meus dedos;
sentir o sol arder em minha pele;
sentir o refresco das águas;
preciso sentir o mar
preciso saber oq é amar
Baianinha
Uma moça como aquela
não se encontra em qualquer mar
Quando passa na areia
quem brilha é ela,
causando inveja às estrelas-do-mar
Aqueles olhos cristalinos
com as ondas a combinar
e quando te olha de voltar
faz você sorrir e sonhar
Uma moça feito ela
uma deusa, um luar
na noite quem uiva é ela
deixando os lobos
sob o seu cantar
Quando fala em seu ouvido
faz suas pernas bambear...
Enquanto os beijos dela
estão em sua boca a beijar...
Ai, como eu queria
que uma moça assim como ela
fizesse da minha janela
o cheiro das flores belas
a lua iluminante
e o sol a brilhar
se todo dia
eu tivesse com ela
... faria dos dias dela
um barco à vela
uma comida de dendê
e um prato de vatapá...
coisa linda essa minha preta,
uma baininha tão bonita, cientista
toda cheia de inteligência
e vivacidade a espalhar...
dança, brinca, encanta, baianinha
que meu canto que te canta
ainda não sabe a melhor forma de te encantar...
Hoje fui ver o mar, pisei areia descalço
Olhei para o meu lado e em redor
Vazio me senti, não tinha os seus passos
Segui em frente, com dor
Apesar de tudo, é bom sentir Amor
Não importa se vou sozinho
Pois dentro de mim, sinto o seu calor
E seus passos simplesmente adivinho
Eu estava na areia da calmaria e alegria, quando o mar da tristeza, solidão e vazio molhou meus pés, depois minhas pernas, depois minha barriga e meus braços, e quando fui perceber, já estava me afogando nele, mas não pedi socorro, nem sequer tentei, pois era assustador, mas também, acolhedor.
Não tenho medo da escuridão, eu tenho medo da forma que eu possa reagir à ela.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp