Coleção pessoal de gutorios

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⁠Ode à Despedida
A brisa que agora me acalenta,
Outrora lhe escorreu pelo rosto,
Ao que me obriga ao silêncio,
Sem demora lhe ofereço o calar,
A encantar o que busco ao olhar,
É teu sorriso encontrar,
Minha alma me desperta o pensar,
Compensando sua ausência me boto a tramar,
Como meus lábios irão lhe encontrar,
Na certeza que devo chorar,
Pois bem sei que não queres brindar,
À vida como meu par,
A me abraçar e viver esse amor,
Que é incapaz de saudar a tristeza que pesa em nosso olhar,
Vinda do necessário afastar de duas almas que nasceram para se completar.

⁠À Moraes que preocupa-se com o pagamento do ato fúnebre. À Cortella que flexibiliza o legado pela ausência sentida. Ambos permeiam o destino inevitável do rompimento do ato contínuo da existência, quando a consciência se dissipou e o que restam são memórias terceirizadas, cálidas, insípidas e inodoras. A sublime arte do viver reside no instante da beleza, bem no ponto onde o imperfeito é percebido com perfeição!

É imprescindível a liberdade de expressão que nos é tolida sob a égide de uma minoria reunida, por ela se flui os pensamentos.
Sob o código lascivo de uma auto-outorgada elite intelectual apática e tão distraída consigo que se refestela ao reflexo de um espelho da discórdia que desfoca imagens e alude ao precário vulto na parede de uma caverna.

⁠o calar fere mais que palavras

⁠Caminhei na vastidão secular onde a areia beija o mar, onde o sol nasce para te iluminar, sonhando com teu olhar me lancei a nadar na imensidão do seu beijar, sonhando um dia lhe resgatar.

⁠Única face que importa é a invisível aos olhos, mas contemplada pelo espelho

A beleza humana é⁠ permitir ser tocada pela cálida grafia de verbetes, cuja intensidade e intenção é demonstrar o enorme apreço ao próximo.

⁠Contemplo a beleza do nascer do sol, o despertar à vida em um tempo que ainda é meu na lembrança da experiência vivida!

⁠Tolice é se permitir viver nas lacunas temporais em detrimento da linha temporal

⁠Insanidade é amar infinitamente e manter esse sentimento dentro de uma caixa trancada.

⁠Num piscar de olhos tudo muda. Numa fração de segundos. Numa decisão errada. Numa interpretação equivocada. E tudo muda! Nuances da vida, provocadas pelo livre arbítrio. O céu e o inferno entremeiam numa provocação do destino, como se fôssemos marionetes, tolas, alternando entre a euforia e a depressão, num looping enlouquecedor. A saída está dentro do ser, que provoca as escolhas e então tudo volta ao ponto inicial, indefinido, intangível. Tão fortes e tão frágeis, dificultando o que poderia ser simples ou tentando simplificar o impossível.

⁠Somente onde há a dádiva do amor é que a humanidade prospera, enfrenta a fera e se libera da dúvida e do pudor, onde a liberdade prendia e o estar junto libertou!

⁠A crueldade não habita o mal e sim a ausência

⁠Maturidade é entender que o impossível se manifesta,
Que o melhor nem sempre ganha
Que o incrível pode não ser suficiente
Que há energia de magnitude imensurável
Que o perfeito não habita o campo das soluções
Que há um abismo subjetivo entre querer e poder

⁠Derrepente nada mais faz sentido, um estalo é preso no momento, um instante se dilata em uma dimensão atemporal eternizada pelo pensamento, o gosto, o cheiro e o desejo se fundem na harmonia da paz e o vazio da saudade baila na ausência, surda e intrépida. Cálido espera pelo tempo, ofegante e taquicárdico caminha na direção do Sol em busca de sua luz em forma de um sorriso angelical e um olhar que tudo diz e nada fala.

⁠No limite da insanidade reside a clareza do pudor

⁠Como o gigante da pátria ao receber os beijos do mar, e no ardor fico a contemplar toda sua vastidão ora impetuosa ora afetuosa, aos pés desse encontro espuma branca remetendo a nuvens do céu, tudo real tudo tangível mas nada atingível, devo viver a sonhar e acompanhar a água do mar a penetrar no interior da pedra, que regozija ao imaginar pêssegos a brotar.

⁠No abraço me esforço à beira do poço, descalço ... soluço, roço, encosto e gosto. Me retorço nesse esboço sonhando com o espaço, desfaço o laço e me contrasto com o que posso, toco, embaraço e com olhar de um palhaço sorrio e vou!

⁠As críticas de incautos criam verdadeiros gigantes.

A profundidade dos tópicos é associada à capacidade do receptor da informação