Praça
Praça
Praça vazia.
Por ela ando perdido, olhando os prédios
todos fechados, luzes acesas em alguns apenas,
talvez ali, alguém que como eu o sono esqueceu,
e permanece acordada.
Encantador é pela praça andar, em plena madrugada,
só as luzes dos postes iluminam seu espaço.
Nosso pensamento ali voa e não descansa, pelas
ruas passeia, em cada esquina uma figura se vê.
Por entre as casas, o amor dorme.
Só o nosso desejo quer acordado ficar, quem sabe
o amor acorde e pela praça venha passear.
Saudades de quando me acompanhavas por ela,
beijava-te a luz da lua.
Acho que te esqueci entre as casas, só não sei qual.
Sei que estás presente, sinto teu respirar
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
O Jasmim
Numa noite escura
numa praça à beira de uma estrada
com uma garrafa de vinho e palavras afiadas
uma conversa fora iniciada.
Encontrei-me com a Razão e o Amor
e depois de tanto falar, enfim uma conclusão chegou:
a Razão dissera que o amor é uma perda de tempo,
que a vida lá fora trazia liberdade e intensos momentos.
O Amor retrucara, dizendo que sem ele a vida não teria sentido
e o sentimento puro é o que transcende o tempo e o espírito.
A Razão, não contente, pôs a se opor, dizendo que nem mesmo o amor
entende do amor, e que a razão supera qualquer dor até mesmo as mentiras do amor.
Então o Amor pronunciou-se: como um Deus, eu sou feito de adoradores, até mesmo os escritores morrem de amores. Além do mais, sou a inocência, a abundância e a vivência que queima nos corações de quem não enxerga só a beleza, e sim a necessidade daquela existência.
A Razão, inexperiente, retornou a falar, dizendo que o amor deixa fraco, sensível, despreparado e arruinado. E que a razão preza pela liberdade do ser, pelo entendimento da vida e todo o seu saber.
Então a Vida pela primeira vez levantou-se e disse: sem vocês eu nada sou, não tenho a razão, não tenho o amor. De que me vale o tempo, se nem por um momento posso tê-la em pensamentos? Se o amor só é presente em mim, e não no Jasmim que habita o meu jardim? E de que vale o meu julgamento, se a razão que tenho é presa neste tempo, que me torna incapaz de poder distinguir o real do momento?
O Amor então responde à vida: Eu sou a chama que queima em ambos corações, eu sou a paixão, eu sou a amizade, e eu sou a eternidade. Não cabe a mim definir, qual deles o Jasmim devera sentir, sou somente aquilo que se sente, que se transforma e se mostra presente.
E a Razão, por sua vez: E agora? O que fará? Sabendo que a reciprocidade que existe em ti, nela nunca existiu... o amor pode até viver em ti, porém, ninguém há de contemplar-te como tu, não amar-te-á como tu e não há de conhecer-te como tu.. porque somente tu conheces o que ninguém mais conhece
E a Vida dizia: mas o que fazer se toda vez que a vejo o corpo chega a estremecer e o sorriso toma conta do meu ser, a minha boca seca e eu me perco nela? O que fazer quando ouço músicas e todas me lembram ela? O que fazer? Uma flor tão simples que em tudo me atrai, meu peito arde em dor só de pensar que em um momento eu terei que esquecer tudo aquilo que eu jurei saber merecer.
E o Amor disse: Mas você pode amar; eu sou a faca que corta e sou o machucado que cicatriza, eu sou o tudo e o nada; só eu posso curar a dor de um amor com amor. Procure por outra flor, existem milhões delas, só vá.
E a vida se pronunciou: o que pensas que sou? Um brinquedo? Eu a amo, e a quero, já amava antes de ser amor. Por sonhos caminhei, por planos idealizei, e a encontrei; a possibilidade de uma outra flor em minha vida não existe se não o Jasmim.
A Razão se contrapôs: tolo és achando que algo dela virá para ti a não ser a amizade. Viva o teu momento, viva a tua vida e deixe-a ir. O Jasmim, que deixa suas pétalas por onde passa, não te olhará com outros olhos; ela vê uma segurança em ti, mas ela não quer ser presa; ela quer a liberdade assim como eu proporciono, e tu és tolo por se render ao amor.
A e Vida prosseguia: mas é tudo tão estranho; o que eu sou? Por que existo? Para sofrer? E amar? É difícil porque se você ama, você sofre, e se você sofre, você estará sofrendo por amor em todos os quesitos. Porque se uma pessoa se for, você chorará por ela ter ido e não poder tê-la mais: isso é amor. Em todos os ângulos possíveis o amor existe e nada é feito sem ele, uns aos extremos e outros não, mas eu tento ser algo para ela, e ainda sim não a tenho. O que é preciso? O tempo? Mas o que resta é viver com isso.
Amor: a existência que ganhaste, não foi para sofrer, terá que procurar pelo motivo para qual existe, terá que ser livre e terá que amar, terá que sofrer, terá que aprender, para se tornar algo; as coisas são assim, é necessário para o engrandecimento da alma. Você não existe para viver por outro, e sim por você; não pode deixar que suposições façam com que você a ame, pois eu não sou feito de suposições. Eu existo, eu sou sentido, não posso deixar que sofra por algo que não tenha um sentimento definido. Quero que viva e deixe tudo no seu tempo. A existência não precisa necessariamente de outra pessoa; o afeto é uma troca de necessidade entre dois seres, e você pode não ser tão necessário para ela, assim como ela é para ti. Então a deixe, deixe o tempo. Dê tempo ao tempo.
A Vida: procuramos em tudo um motivo para qual existir, nos agarramos na primeira segurança que sentimos ter e nos entregamos com toda a força, mas não necessariamente existe a reciprocidade. Eu só quero a completude de estar ao lado de quem amo e de quem desejo, mas como o amor disse, não podemos viver de suposições. A verdade é que eu me apaixonei pela personificação que criei, e hoje eu entendo que a tornei naquilo que eu mais precisava; eu a imaginei da minha forma, eu sonhei um sonho bom, porém, ela não é aquilo que desejei, e assim terminarei dando tempo ao tempo, e esperando pelo momento em que ela possa se tornar a minha realidade.
e hoje a nossa querida e amada chuva
nos deu o ar da sua graça
passou com alegria na praça
e se foi, nos deixando sem graça
volta pra não mais ir embora
pois tem quem chora a sua falta aqui
saudades imensa de voce
saudades da felicidade
de quando voce esta por perto
saudades, saudades e mais saudades!!!
Praça
Rostos desconhecidos
Tão pouco aparecidos
De onde Deus sabe donde
Estão misturados frente a frente
Nesse universo tão grande
Que apavora,amedronta e assusta
O que é isso?
Sementes do mau
Plantadas ao redor de todos
Sempre prontos a destilar seu veneno
E sair por aí,a falar mentiras e crueldades.
Por ser um mundo assim, só veneno
Tão pequeno para tantas igualdades
E que penamos e sofremos
Sentindo talvez uma certa liberdade
Oh!loucura abençoada
De todos a maldade a mais amada
Nesse mundão que eu nem conheço
Respondo a tudo com intuição
Não temendo repressão
Serei louca?abestalhada?
Que o diga esses pombos que aqui estão
A fazer da praça sua mansão
E a pegar do chão grão por grão
O que vai lhes dar sustentação.
Coração na praça
Boquiaberto está meu coração...
surpreendido e rendido!
bendita e bem traçada as ondas quânticas
em sua trança dança
sagrada andança...
Praça palco encontro beijo
ensejo desejo sem receio...
corpos em recreio
piquenique abraços laços
cesta de agrados alados...
Abraçados em linhas que se buscaram
e... “rabiscam” um enredo sem medo...
Literatura arremedo em linhas bem traçadas...
Nossa dança arrepia e (re)cria
poesia principia amar!
Medo mesmo, ou mesmo medo.
Eu tenho muito medo do mesmo, mesmo banco, mesma praça, mesma rua, mesmas pessoas, mesma casa, mesmo carro, mesmo jardim, mesmas flores e tantos outros mesmos. E um mundo de mudança e velocidade, já imaginou ficar prisioneiro do mesmo ?
Medo de sair, não é sair com medo e sim, se sobressair. Coragem, não é ausência de medo e sim, coragem de enfrentar o medo. Estar equilibrado não é estar imóvel, estar equilibrado é mover sem se desabar. Alguém que diz não ser medroso, ela não quer dizer ser corajosa ou medrosa, e sim inconsequente.
A melhor maneira de ficar vulnerável, é achar que está invulnerável. A melhor maneira de ficar desprotegido, é achar que já está completamente protegido e assim a segurança psicológica entra em ação e a mudança de comportamento acontece, como dizia um amigo meu e já falecido: "a sorte segue a coragem".
Seja no beco ou seja na praça
Os carros me sugam com a sua fumaça
Não sei se é abril, fevereiro ou março
No tempo eu esbarro, da vida disfarço
Asfalto de rua, tampa de bueiro
Sem uma cama e sem travesseiro
Durmo com medo e acordo cansado
Não tenho futuro, eu vivo o passado
Em um vilarejo ao entardecer,
O céu tingido, sol a se esconder,
Na praça pequena, roda encantada,
Surgiu a festa: Sábado Naba Lada.
Com risos e danças, sem nenhum pudor,
Crianças brincavam, num redemoinho de cor,
Senhores cantavam histórias passadas,
E os jovens teciam novas jornadas.
A música ecoava, doce e sonora,
O tambor marcava a batida da hora,
"Venham todos!", gritava uma fada,
É tempo de vida, Sábado Naba Lada!
Na mesa comprida, delícias surgiam,
Bolos, especiarias, as mãos dividiam,
Entre abraços e laços, a mágica morava,
O dia perfeito, Naba Lada celebrava.
E quando a noite, de estrelas vestida,
Cobriu a festa com a sua saída,
Restou a memória de uma risada,
De um sábado único, Sábado Naba Lada.
Título: Velha amiga.
Ó velha amiga, que saudades, minha querida!
Saudades de brincar na praça,
De correr descalço na calçada,
De pegar na sua mão e dançar em ritmo de balada.
É, minha amiga, o tempo tem passado,
Mas me diga, como vai aí desse lado?
O tempo traz memórias e floresce o imaginário:
O que poderia ter sido, mas impossível ser alterado.
É, amiga, meu cabelo agora está ficando branco,
Parece que o tempo não espera meus pecados.
Quem sabe te encontre em um caminhar qualquer,
Talvez já esteja nos braços de quem lhe fez mulher.
A fábula do Fumante, do Sábio e do Tolo
Certa vez, três homens se encontraram em uma praça: o Fumante, o Sábio e o Tolo.
O Fumante, com um cigarro entre os dedos e a voz rouca pelo vício, disse:
— Me escutem: não fumem. Esse hábito corrói os pulmões, enfraquece o corpo e mata devagar, de forma cruel e dolorosa.
O Tolo franziu a testa, riu por dentro e pensou:
— Que hipocrisia! Ele prega contra o cigarro, mas não tira um da boca.
Já o Sábio permaneceu em silêncio e refletiu:
— Justamente por sentir na pele as consequências, ele é a pessoa mais indicada a me alertar. Quem melhor para avisar sobre a dor, do que aquele que já sofre com ela?
🌱 Moral da história:
Nem sempre o valor de um conselho está no exemplo de quem o dá, mas sim na verdade que ele carrega.
Até mesmo alguém que não consegue vencer seus próprios erros pode ser o melhor a te aconselhar, porque já provou do amargo fruto das escolhas erradas.
No banco da praça, vejo a modernidade,
transformando tudo em mercadorias,
a arte, o amor, e também o messias,
pessoas vagando, perderam a autenticidade.
Fito os olhos, vejo a maioria,
como formigas, andam sem questionar,
vivendo em uma constante letargia,
uns omitem, outros se orgulham,
não sentem vergonha da ignorância!
Estão vendendo suas mentes,
distração em lucro transformando,
Vivendo a vida de 10 em 10 segundos,
celular à mão, dedos deslizantes.
Jogados em um mar de conhecimento,
cabeça cheia de informação barata,
Parecer é melhor do que ser,
Muita dopamina, para esquecer o sofrimento.
A identidade se perdeu na multidão,
e apenas vejo crescer a solidão,
Deixaram a modernidade,
o moldar em mero objeto,
Vive em um mundo conectado,
Sem perceber que está isolado,
Trocando, profundidade por velocidade,
A internet que um dia foi novidade,
Tornou-se uma doentia necessidade.
BOM DIA!
Experimenta parar um pouco hoje.
Sentar com calma num banco de praça
e observar as crianças brincando.
Desejar "Bom dia!" pra quem passa.
Deliciar-se com a algazarra das maritacas
que se confundem com o verde das copas.
Olhar as formigas e as borboletas,
se ainda tiver a sorte de vê-las.
Sentir no rosto o carinho do vento.
Bater um papo com a sua alma.
Experimenta viver um pouco hoje,
voltar a ser criança.
Estrelas brancas...
Lá no meio da praça,
cresceu um pé de magnolia
e quando as flores desabrocham,
viram estrelas tão brancas
que se parecem,
com a paz de um coração tranquilo
transbordando delicadeza
e fazendo a gente pensar
como é possível uma flor,
fazer de uma vida atribulada,
um imediato, serenar.
by/erotildes vittoria
Menina linda, por que choras? Perguntou uma senhora a uma menina sentada no banco da praça.
Por que esta doendo, senhora. Respondeu a cabisbaixa menina. A senhora então, sentindo um mix de curiosidade e preocupação, sentou então ao lado da menina e lhe perguntou, você se machucou? O que aconteceu? A menina então levantou a cabeça com os olhos cheios de lagrima,olhou para senhora e respondeu, não senhora, não me machuquei, quer dizer, me machuquei, mas não da maneira que você está pensando. A senhora então ja muito curiosa, olhou nos olhos da menina e disse : entao explique me o que aconteceu. A menina entao decidiu explicar e disse: sabe, descobri que não tenho capacidade de fazer o homem da minha vida feliz, sei que sou nova para falar essas coisas, mas isso me decepcionou tanto, e o pior é que eu estou o perdendo de pouco em pouco, ele nao reparou isso ainda, mas quando reparar, ele dirá adeus e eu nao quero ouvir isso. Acabando sua explicação, uma lagrima surge escorrendo no rosto da linda menina. A senhora com uma expressão facil triste, pegou na mão da menina e disse: O amor é complicado, eu sei. Mas eu sei tambem, que tem como descomplica-lo. Pequenos gestos,pequenas atitudes podem ajudar a melhora-lo. Sei que esta doendo ai dentro mas fique tranquila. Isso é normal,minha jovem! O amor é como uma rosa, te encanta pela flor, mas te machuca com os espinhos. e sabe, tem como ficar so com a flor, você apenas tem que tirar o espinhos, demora? Sim. Tentando tirar os espinhos você pode se machucar? Sim. Mas no final, você so terá a flor, e valerá a pena.
Sinto falta dos belos momentos entre nós dois, das longas conversas sem sentido no chão da praça ao amanhecer de um novo dia. Sinto falta do que eu era antes sem você, da minha paz e calmaria. Sinto falta da época em que não te conhecia, da época que tudo era maravilha. Sinto falta do seu olhar certeiro que acertou meu coração em cheio, da sua voz, do seu cheiro. Sinto falta do seu jeito grosseiro e estupido de me fazer feliz. Sinto falta do que eu era sem você, mas acima de tudo, sinto falta de você. E hoje, só restou esse enorme paredão de orgulho, impenetrável, feito aço.
Quando eu completar dezoito anos quero que me enforquem em praça publica para mostrar o quão patriota sou.
O POMBO
Um homem sentado numa praça
de Curitiba, São Paulo, Recife, Londres...
Aquele homem é o mesmo
em todas as praças do mundo?
Um homem pousa num banco
e seus pensamentos voam igualmente
como o pensamento de todos os homens
sentados numa praça qualquer
Eis um homem pousado voando
pelo mundo
Esse homem é um pombo
Esse homem é a paz
Será por isso que existem praças
para os homens pousarem
e soltarem as suas asas?
Lá estava ele, parado, sentado no banco da única praça da cidade, tão lindo, tão meu. Eu sabia que ao me aproximar, uma onda de dor me atacaria pelo simples fato de eu não poder chegar em você. De não poder sorrir pra você. Pensei em atravessar a rua para não passar na sua frente. Mas ainda assim fui, aproximei-me e como dito, eu não poderia nem ao menos sorrir pra você, para não mostrar nos meus olhos a angustia de não tê-lo ao meu lado. Eu me aproximei:
- Oi, ele disse.
- Oi.
- Senta aqui, preciso falar com você.
E eu, sem dizer uma palavra me sentei.
- O que aconteceu? Porque tá sendo assim comigo?
E eu, uma uma gota de lágrima desceu dos meus olhos. Eu fiquei tonta, era como se eu tivesse ouvido a lágrima cair no chão. Virei de costas pra ele, para secar minhas lágrimas e respondi:
- É que eu... te amo tanto, que não teria forças suficientes pra suportar a dor de olhar pra ti, e ver que é só um sonho.
E no momento em que me virei para ver a sua resposta. Percebi que já era tarde. Ele já tinha sentido, já tinha visto, com uma lágrima ele percebeu o que eu sentia. E me deixou ali, sentindo a leve brisa do vento nos meus cabelos. Eu quis morrer, não tinha mais sentido viver em um mundo onde o seu amor, não fosse a força pra me levantar e seguir em frente.
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