Póstumas
Se o nosso amor é apenas memórias póstumas, quem é esse vento que sacode as minhas lembranças com tanta força, que açoita meu coração com tanta fúria e enche-me a alma de saudades?
Não quero homenagens póstumas.
Pensar em mim e querer chamar fanfarras, fechar a avenida, colocar meu nome em placa de rua, quando eu me for. quando eu morrer...
Não aceito! Quero, sim,
peço, rogo a você que me ajude a carregar meu fardo.
Só uma coisa.
Reconheça-se em mim no dia a dia.
Grato, muito obrigado!
Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro.
Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos andassem de carruagem.
Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; e ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.