Poeta
Alguém certa vez me perguntou, como tu faz isto? Falei, todo poeta, tem com quem se inspirar, comigo não diferente!
O pobre coração de Poeta, ama as mulheres do mundo, ama as mulheres, mulheres... meu coração vagabundo!
Quando criança, pensava muito que somos isso ou aquilo. Ser bailarina, compositora, poeta, fotógrafa.Tornei-me uma adulta, quero ser escritora e terapeuta.
A inspiração de compor me invade.
A adrenalina me completa
e eu me transformo
num poeta que beira a insanidade.
O sentimento intenso de liberdade
me faz cantar até a saudade
e mostrar pra ela o quanto estou vivo...
Não sei se isso é alucinação.
Também não espero uma opinião.
Sou apenas um poeta
em êxtase criativo.
Não me defino como poeta,
pois não me vejo como tal.
A meu ver, poeta é um pessoa
que tem pleno domínio,
sobre um vasto vocabulário.
Eu, no entanto,
sou apenas um sujeito
que se deixa dominar
por um determinado número de palavras.
O poeta tem como sua sina,
ser afortunado, devido à poesia;
pois traz consigo a permissão divina
para usar e abusar da utopia.
POETAR
Ser poeta é, por sua vez,
questionar os inúmeros “porquês”;
é roubar do tempo a rapidez
e querer o que a vida desfez.
É expressar os gritos da mudez
e fazer ouvir ruídos na surdez;
é ver no translúcido a nitidez
e saborear o doce da acridez.
É tatear o morno da tepidez
e transformar a frieza em calidez;
é despir de pudor toda nudez
e despertar a libido da frigidez.
É desembaraçar-se diante da timidez
e agigantar-se em pequenez;
é fartar-se em plena escassez
e permitir inquietação à placidez.
É tratar com suavidade a rispidez
e converter indelicadeza em polidez;
é fazer da aspereza maciez
e revelar humildade à altivez.
É propor prudência à insensatez
e buscar a cura para a morbidez;
é estar sóbrio de embriaguez
e mostrar-se demente de lucidez.
É dotar a estagnação de fluidez,
e extrair as cores da palidez;
é dar às vontades humanas solidez
e aos corações empedernidos flacidez.
E nas linhas que no papel se fez,
rascunhar, com leveza e avidez,
os desalinhos da alma, de vez,
com todas as certezas de um talvez.
(Selecionada no “5 º Concurso Nacional de Poesia”, da cidade de Descalvado-SP, e publicado na coletânea “Marcas do Tempo VIII”, no ano de 2006)
Não sei dizer, ao certo,
se o poeta é alguém confiável,
para si mesmo.
Basta sentir alguma coisa,
com mais intensidade,
que já vai logo contando tudo,
e em detalhes,
para todas as linhas
que encontra pela frente!
O poeta...
Ele senta;
Ele escreve;
Ele sonha;
Ele ama.
Ele sofre;
Ele chora;
Ele sente;
Ele entende.
E por ser poeta, ele escreve apenas escreve...
A Felicidade do Poeta
No livro que o ano escreve em segredo,
nas páginas que o tempo molda ao vento,
escrevi a terceira, mas desde o começo,
meu pensamento voava em desalento.
Felicidade não bate à porta fechada,
não adentra o peito de grades cercado.
O poeta, com a alma em fogo cravada,
abre-se ao mundo, mesmo que marcado.
Nas palavras, o riso às vezes se esconde,
mas a busca é constante, nunca em vão.
A felicidade, quando o poeta responde,
é sentir o pulsar da própria criação.
Que venha o novo, a página por virar,
e que o poeta, ao escrever seu caminho,
encontre na alma, no ato de criar,
a chave para abrir o mais doce destino.
SimoneCruvinel
O poeta aventureiro, singra os mares da utopia. Vive um sonho, vira o dia. Na vigília de encontrar, seu bocado de magia. Navegando entre borrascas, ele exerce a poesia.
Como Dizia o Poeta
Nossa famosa garota nem sabia, que este rio que de amor que se perdeu. Somente o amor e o encontro, apesar dos desencontros, são os que justificam e significam nossa existência em nossa certeza de cada tristeza de reinventar de novo o amor.
O Poeta Lúdico e o Louco
Na insegurança
Das decisões
A angústia
Da ansiedade
Na incerteza
Do que está
Por vir
O temor
Onde
O tempo
Livre
De toda
Matéria
De que
São feitos
Os medos?
Quando
O tempo
De realizar
O que
Se aspira?
De recusar-se
A morrer
Sem ter
Vivido?
Que dizer
Da ética
Do agir
Sujeita
À ação
Da violência?
À tragédia
Do desamparo?
À submissão
Da incompetência?
À catástrofe
Do terrorismo?
À dramaticidade
Da tortura?
Ao sofrimento
Da descompaixão?
À insensibilidade
Da ambiguidade?
À tristeza
Que emudece?
À arrogância
Que asfixia?
Às esperanças
Frustradas?
Aos fantasmas
Dos medos?
Nada
Mais aterrador
Que cristalizar-se
Num estado
De maturidade!
No rescaldo
A sensação
De diluição
De algo
Imprescindível
Por vezes
A loucura
Só é lúdica
À distância!
Desanuviar o Olhar.
Tal qual o poeta
Venho colecionando sóis
Para
Que minhas retinas
Não esqueçam do que é bom
As coisas têm o valor do aspecto
E
O aspecto depende da retina
Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano. Assim, para este, os ideais arquetípicos são a vontade de verdade, a vontade do escravo, do ressentido. No entanto, quem de nós pode ser plenamente livre desses ideias? A ideia de além-homem, super homem, é também um ideal arquetípico, uma utopia de uma mente desesperada. Não tem como, não há como fugir realmente: ou cremos que há uma transcendência ou vivemos na ilusão arquetípica do nosso próprio desespero.
O Horto Botânico
O poeta de olhar dormente
O orgasmagórico desce do espaço
Enquanto, poeta,
Vai pela rua
Obcecado
Observando a vida
Que
Ainda pulsa
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