Poesias sobre Preocupação Social
Agradecimento Especial a Dona Sônia Borba e Dona Janicleide de Souza Santos Barbosa (Jane)
Gostaria de dedicar um agradecimento especial à Dona Sônia Borba e à Dona Janicleide de Souza Santos Barbosa, conhecida como Jane, duas ativistas que, com muito carinho e dedicação, se empenharam para garantir a doação de cestas básicas, trazendo um diferencial para a confraternização deste ano.
Infelizmente, não pude estar presente no evento devido a motivos de saúde, mas a generosidade de Dona Sônia me tocou profundamente. Ela gentilmente guardou uma cesta básica para mim, e eu sou imensamente grato por essa atitude.
As cestas, sem dúvida, farão a diferença no Natal de muitas famílias e na minha, apesar de morar sozinho. Essa corrente do bem que ambas criaram nos enche de esperança e solidariedade.
Agradeço de coração pelo trabalho maravilhoso de ambas, que, com sua união e empatia, trouxeram alento a todos nós neste fim de ano.
Fernando Kabral
Olinda, 04 de dezembro de 2024
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a criança que passa fome, tromba, rouba
se marginaliza e não vê perspectivas.
Quando quem pode não faz, quem faz quase nunca pode.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando embriagado pelo poder,
o homem engana, trapaça e mente
Quando crescem os prédios e diminuem o verde.
Quando a desgraça bate à porta de uma família
e os vizinhos fecham as suas para não ouvirem os gritos.
Quando faz frio e não há manta ; faz calor e não há água.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando quem deveria dar exemplo, peca.
Quem deveria dar segurança, oprime,
Quando há doces e brinquedos na vitrine,
A criança pedindo e o pai, no bar, bebendo,
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a mentira é amiga do dia
e a vergonha se esconde na noite.
Quando a coragem termina e
a testemunha não comparece.
Quando o barulho ultrapassa a capacidade do sentido
e o ar quase impossível de se respirar , é vida.
Quando aos domingos e feriados suas ruas ficam desertas
Fica tão triste a minha cidade !
Quando há na segunda-feira, o choro, o cheiro da morte.
o carro batido, o cansaço, a estrada e a velocidade.
Quando o ônibus passa de manhã e a tarde,
com gente pendurada, com os pés dentro e o corpo fora.
Quando a alegria é a síntese de um momento bom,
e a desgraça é duradora, analítica e densa ..
Quando há o grito de gol e a alegria se agita,
a torcida se irrita, o pai de família e a criança,
antes de voltarem para casa passam no pronto-socorro.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando o homem é triste,
pois a cidade triste é o homem triste.
Monstros ou Humanos?
Humanos sem humanidade ainda podem ser considerados humanos?
Não se parecem mais com monstros?
Seres incapazes de sentir empatia
Seres que além de não sentir a dor do outro,
Ainda ri da desgraça alheia
Seres que matam
outros de sua mesma espécie
Por causa da religião que esses têm
E até da que não tem
Seres que torturam, perseguem e matam
Pessoas em nome da pátria!
Em nome da moral e dos bons costumes!
Covardes! Não passam de assassinos. Poltrões!
E sabe o que eles se tornam?
Ditadores,
Fascistas
Que são aclamados por falsos moralistas
E por “cristãos”
Esses seres
São como parasitas
Que se apoderam
De cérebros alheios...alienados
E os transformam em sua propriedade
Manipulam as pessoas
Criam fantasmas
Como o do comunismo
(sem nem saber o que é)
E vestem a capa de “herói”,
Salvadores da pátria!
Podemos considerá-los humanos?
Não!
- Sheila Tinfel
13/08/2021
"Quanto mais o tempo passa, pior as coisas ficam"
Foi isso que minha mãe me disse esses dias...
Bom, na realidade, ela está correta e com 100% de razão! Quanto mais o tempo passa, mais crianças na favela morrem de fome ou entram no mundo das drogas, quanto mais o tempo passa, mais populoso o mundo se torna e menos agradável de se viver, menos recursos, menos insumos, menos qualidade de vida.
Já assistiu Vingadores Guerra Infinita? Segundo o vilão do filme, o planeta fictício "TITÃ" tinha "muitas bocas para alimentar", estou começando a perceber que a Terra é igualzinho Titã... eu já não me impressiono quando vejo o preço das coisas disparando no supermercado, eu sei, de toda minha alma, que tem um monte de gente morrendo de fome nesse exato momento, então, eu me pergunto: será mesmo que eu preciso de mais alguma evidência fora as palavras da minha mãe para entender que "quanto mais o tempo passa, pior as coisas ficam"?
Um problema do Brasil:
A grande maioria do povo brasileiro talvez não queira ver um Brasil de maioria de classe média, se minimizando a pobreza e a miséria como nos outros países com um PIB semelhante. Nunca ouvi de ninguém disser algo assim. O que acontece?
A "filtralização" das coisas
nos conforta, mas nos cega,
nos alegra, mas nos ilude,
nos faz feliz, mas nos engana...
As redes sociais dividem com a televisão o oligopólio sobre o que pensam
uma parte significativa da sociedade.
vista uma nova história
perfume-se dum novo amor
retoque maquiagem dos sonhos
tire amarras dos pés
calça a vida dentro de si
e lute feito Angela Davis.
Interesse Cruel
Há algumas pessoas que possuem um interesse cruel (semelhante a terroristas) e que infelizmente ocupam uma posição social de status como empresário ou político. Ambos lidam com pessoas inferiores a eles, e que dependem deles. Mas os seus líderes estão cegos que não enxergam a importância de lidar com inúmeras vidas. Eles estão presos na cegueira da ganância; da prepotência e do interesse cruel de querer levar vantagem sempre em tudo mesmo que isso prejudique outrem.
Ajudar os amigos é uma obrigação devida, uma conta, e contas, a gente paga.
Isso é, basicamente, a síntese de uma sociedade!
Quarentena: dia 431
O recado do tempo é desacelerar: se a pademia tivesse durado apenas seis meses ou um ano eu teria retornado "ao normal" como se não houvesse amanhã, tirando o atraso do isolamento, talvez.
Fique Zen, adapte ao seu "né me quitte pas" ou se deixe raptar para uma cama boa.
Mas, o que fazer com as bactérias em formato humano que ficam mais evidentes e fazem par com o vírus pandêmico espalhando dissabores? escolha não associar-se a eles, modo soneca neles até que se autodestruam, fodam-se entre si, redundatemente, os maus darão sempre no próprio peito o último tiro. Paciência!
Não é sobre cessar fogo, é sobre nunca ter dado o primeiro ou segundo tiro e apenas desviar-se dos ataques.
A solitude é o azimute da vez e é preciso ficarmos bem de corpo, mente, consciência e alma consigo até que venha a nova era pós pandemia, com novas surpresas.
Só por hoje atraversiamo, acreditando na loucura da alegria e da paz, com ou sem voz!
Silencie-se
Entre tantos e tantas, entre o ego dos abutres.
Silencie-se;
Há quem diga, não.
Digam suas manchas pintadas no discurso;
A história não parece ser daqueles que pintam, mas sim daquela audição que só projeta seu próprio discurso.
Manchas, são tantas manchas e manchetes por aí. E o editor é você.
Silencie-se;
Antes de ouvir, eles já haviam feito as manchas de seus problemas.
Por ela, Silencie-se.
As relações sociais são como as águas.
Há uma certa beleza na superfície,
mas na profundidade
um mar de possibilidades.
“SOBRE MENINOS&LOBOS III”
É tragicamente irônico que pessoas que vivem em sociedade tenham tanta resistência em investimentos em políticas “SOCIAIS”,é como um ser Humano não investir em aprimorar sua Humanidade…
Quando que consentimos, que condutas antinaturais tornarem se tão “comuns”, como por exemplo, destruir a continuidade da natureza!
Mostrarão progressos falsos,
as cidades adiantadas,
enquanto houver pés descalços
em suas ruas calçadas !
Sem perdão
aqueles que lavam as mãos
de costas pro mal que se expande
não as lavam com água e sabão
mas sim numa tina de sangue
"Parei de me esforçar para explicar, quando percebi que os meus olhos falavam melhor que meus lábios e, o meu sorriso de canto de boca se tornou a última página do livro".
Sergio Junior
Não sei se um dia verei.
Os humanos lutando contra fome
e o descaso. Mudando o rumo da
desigualdade social e batalhando
individualmente para vencer
a própria corrupção.
Pandemia dia 754:
Até aqui, desde 16/03/2020, já foram dois anos e seis dias com o corona vírus circulando mundo afora.
Continuamos mascados, mas estamos menos assustados, já que a vacinação, a máscara e o álcool em gel juntos reduziram as fatalidades e as contaminações estão baixando.
Sigo acreditando que este será o último ano!
Com muita Fé em Deus, confiança na ciência e apoiados por autoridades que barram e combatem o negacionismo, movimento que tenta ignorar (soando aliado) do vírus e gratidão a todos que se esforçaram para minimizar o sofrimento das pessoas na pandemia: profissionais de saúde, motoboys, setor de alimentação pronta, supermercado, farmácias.
Agradeço também aos nossos artistas que amenizaram a nossa tristeza com a sua arte.
PANDEMIA MOZA
Paciência, foi o modo activado no período atípico, registado nos últimos 36 meses
Agraciados por muros de Berlim, erguidos por uma rede internacionalmente viral
Não foi de todo possível beneficiar-se de abraços fraternos, nem pelas biogéneses
Doravante, passamos a viver uma nova realidade, instaurada de modo transversal
Envergando a máscara reiteradamente e adicionando-a ao código deontológico
Manteve-se como uma norma de conduta linear, sem se deixar que fosse infectado
Incansáveis, desinfectámo-nos garantindo em alta o nosso sistema imunológico
Assegurando portentosamente o negócio, ao ritmo do movimento implementado
Mozabancarizando em distanciamento social, foi possível recatar serviços mínimos
Ombreando com a concorrência, com distinção, arrecadamos prémios continentais
Zelando sobretudo, sobre todas adversidades à volta, hoje vemo-nos fortíssimos
Ainda que se manifestem contínuas, com rigor e excelência seremos sempre os tais
