Poesias de Pedro Bandeira Mariana
E você vai chegar no sonho
E já terá outros para realizar
Vera que importante mesmo é o sonho
Nunca deixe de sonhar.
Separação é assim ruim,
Uma serra cortando em dois
O que enganadamente se juntou,
Mas que um inteiro nunca foi.
Sou a favor do não bater,
E fã do carinho ao invés do grito.
Se agredir fosse educar,
Não existiria bandido.
O povo reclama do crime
Do bandido ser tão desumano,
O povo só esquecer de lembrar,
Que o bandido já teve dois anos.
GAZA aGonizante.
GAZA
aGoniza.
AGORA. E fica o nó preso na
GARGANTA do mundo omisso.
GATILHOS de metralhadoras destravados
GRITAM foGo e bombas
GERMINAM do céu, anjos neGros da morte.
GANIDOS dolorosos se espalham
GRILHÕES das almas tenras se fecham numa
GUERRA cruel e desumana.
GRUNHIDOS e lamentos tinGem nossas páGinas em
GROSSO, robusto e verGonhoso
GRAVÍSSIMO
GESTO de lavar as mãos. Tentamos o cessar-foGo
GABAM autoridades do resto do mundo.
ENGROSSAM, alguns, o poderio do armamento que já
estranGulou mais de trezentas crianças indefesas.
GENUINAMENTE inocentes, mas ai, que ainda
GEMEM os esfacelados sobreviventes...
Hoje meu gatilho foi a saudade, um nó na garganta, um vazio, um silêncio...
Em saber que não verei mais seu sorriso, ter o seu abraço, jogar conversa fora, mas creio que nunca será um Adeus, e sim um até logo.
Vou-me embora de Pasárgada
Aqui sou o alvo do rei
Aqui não sou a mulher que quero
E sei que nunca serei
Vou-me embora de Pasárgada
Vou-me embora de Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Aqui a vida é dura
E com a tristeza de tal modo conivente
Que Joana, a (confrangida) de Espanha
Rainha e de astúcia inexistente
Continua a nos reverberar tristemente
Sua imagem injustiçada de frágil e inclemente
E como viverei sem amarras
Andarei de mãos dadas
Estarei do outro lado
Do lado de fora do...aquário!
Meu choro não mais será mar
E quando o amor me encontrar
Poderei enfim sem qualquer temor amar
Mandarei chamar Robespierre, Danton, Marat
Pois mesmo longe daqui, ainda terei um pequeno assunto a tratar
E mandem pintar Delacroix
O sofrer de quem um dia me fez clamar
Vou-me embora de Pasárgada
Em Pasárgada não tem nada
Aqui não existe qualquer civilização
Viver não me é seguro
E tenho comigo a convicção
De que a tantos outros também não
Já não mais temos vontades
Pois morrem na cidade as prostitutas
Que o capital mandou matar
A tristeza sempre dura
Não tem mais jeito
Se por aqui ficar
Em duas ou três noites acabarei por me matar -Aqui sou o alvo do rei-
Aqui não sou a mulher que quero
E sei que nunca serei
Vou-me embora de Pasárgada
Vou-me embora, pois desta tardia alvorada
Vejo que tudo o que me prometera Bandeira
Era uma utopia disfarçada
Vou-me embora, sonho intenso, vou-me embora, raio vivido
** Valente Luísa_
Vou escrever até ter forças
Amo a vida demais para ficar parada
Levanto as mãos ao céu e agradeço
Elevo meu amor ao Pai plenamente
Num sopro de palavras escritas
Tento assim saciar minha alma
Erguendo a bandeira para o mundo
Luzes iluminam teu caminhar
Uma vitória seguindo contigo
Infinito é o AMOR
Sacia-o quando chegar a hora
Ama a vida porque Ela é bela!
Vida gostosa!
Quem é que não gosta de viver?
Todos temos problemas na vida... uns mais que outros mas, todos juntos conseguiremos erguer a BANDEIRA!
Sei, que muitos perdem a vontade de viver por inúmeros motivos.
...
Também já tive os meus; mas, tentei dar a volta por cima... e, conseguindo ver as coisas diferentes hoje. Por tudo isto só posso agradecer...
Se teu amor é intangível
Vivo desonroso ostracismo
Dipsomaníaco contumaz
Arguição da dor mordaz
Vá linda moça
Acautele Bandeira
Para pasárgada irei
Juntos evocar Recife; trovarei
Do meu Arrudão ao Espinheiro
Boa viagem á Casa amarela
Da tarde de Valença és a mais bela
Deixe-me no Rosarinho, cantar para ti à capela
E quando em pasárgada
Lembra-te do meu amor
Ide
Ide para lá
Mas vá e fique linda moça
Pois quando o ócaso raiar
Poderei ter a mulher que desejar
E se ficares, lá ela estará
Minha Alucinação
Agora não. Em outro momento, outra hora, outro dia; dia de intensa agonia, revoada de emoções, instante agonizante, desgraça em sintonia.
Fujo e rogo no dia a dia; me refugio na filosofia e pergunto amiúde à Alma Mater: “O que é a teogonia?”
Sem entender seu significado, cambaleio desnorteado. Caio, grito, choro, vou a nocaute outra vez.
Volvendo à caminhada, me surpreendo: Eu encontrei minha Pasárgada! Meu Deus, que alento!
Tempo bom já foi passado e à Bandeira, meu amigo do rei, eu agradeço, mas já chegou certo tempo em que muito provavelmente já dizes: “Certo, perdeste o senso”.
E eu vos direi, no entanto: “Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não, eu canto”.
Eu canto novamente: para entender a mim - falso, louco, demente – e a teogonia que venha a ser contraparente, terás que, como Bilac, ouvir estrelas.
Tudo azul
O amor deve ser azul,
a cor da alma, também !
quase tudo que de belo existe,
muito dessa cor, contem
É preciso varrer todos esses pobres homens e ideias conservadoras. É preciso varrê-los de todos os lugares! O futuro apresenta perspectivas maravilhosas. Nâo sei exatamente o que, mas sinto muito claramente e vejo que só os jovens poderão realizar o sonho de uma vida melhor. Eles devem portar as nossas bandeiras e devem ser os novos comandantes". (Dr. Stockmann, médico)
(Um inimigo do povo)
Ai a pessoa te pergunta... O que você ganha se doando tanto...
Simples parceria... Realização pessoal, quer algo que ninguém nunca vai te tirar é isso: realização pessoal.
Quem me conhece sabe que sou movido a desafios, que me entrego por completo as bandeiras que levo.
Na vida as melhores coisas não dependem de dinheiro, dependem mais do sabor que acrescentam à ela mesma!
Quero ter a certeza de que fiz tudo que queria, quando queria e como queria, que não me apeguei a roteiros e nem padrões, apenas segui o que senti como verdade, fluir de dentro de mim.
Felicidade não se paga, não se compra, nem se vende.
Ai que me refiro!
DIÁRIO DE UM ALMIRANTE
Da nostalgia do último sopro
vive as apagadas velas
dessa pobre embarcação
Veste luto na bandeira
e pelas águas que vagueia
traz pesar em seu timão
Por ironia do destino
viu a frota naufragar
Por que só os meu amigos
falta água nesse mar?
Não restaram dias de glória
navegando essa memória
até Netuno apagar
"O bom remador sabe
as artimanhas do mar;
além última onda forte
há calmaria a apreciar"
[...]
Piso em solo fértil,
sei as dificuldades
para nele continuar
Solos pantanosos,
ricos em húmus,
afundam os pés
de quem ainda não
aprendeu a caminhar
Solos áridos rígidos,
deixam uma leve
sensação segura
até a amargura,
por fim, chegar
Dói lembrar o silêncio,
a omissão dos amigos,
as fofocas dos imorais
e as lições de moral,
sem dó nem piedade,
da boca dos hipócritas
Reli minhas tentativas infrutíferas
e baixei a guarda por um instante;
relutei pela vitória, isso é o bastante
para as frustrações serem prescritas
Cada alma vagante,
no momento certo,
solicita licença a si
para se reencontrar
Silencia-se, sem temer
o som dos automóveis
e os noticiários na TV
Sabiamente, doma o tempo,
trazendo para si este amigo,
senhor de todas as causas
Esse experimento é
uma bandeira branca,
um pedido de calma
ao nosso bem maior
Lembre que a linha regente
da causalidade da existência
não oscila com carga extra;
deixe os outros aprenderem
Minha atual versão de paz
não irá se sobrepor à vida
de quem conflita uma lição
"Se o momento pede paz,
não compre guerra alheia;
curta bem essa sensação"
QUEM SÃO?
Há muitos e muitos anos, um poeta revoltado
Escreveu Navio Negreiro, pois estava indignado
Com o povo que emprestava a bandeira para cobrir
A infâmia e a covardia que se viam por aqui!
E no palco da cidade, ao som do toque do tambor
Ouvia-se o poeta clamando ao Nosso Senhor:
“Senhor Deus dos desgraçados!
dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura...ou se é verdade,
tanto horror perante os céus?!”
Quem são estes miseráveis sem acesso a habitação?
Nas praças, sob as marquises
Buscam no lixo seu pão
Quem são? E de onde vieram?
Quem são? E por que miseram?
Quem são? E o que fizeram
Para tal condenação?
Quem são estes que, transportados, piores do que gados, vão?
Subempregados, suburbanos, exaustos na condução
Sem ter moradia digna, nem acesso à educação
Sem saneamento básico, com parca alimentação
Quem são estes cidadãos?
Quem são? Quem são? Quem são?
Tantos anos se passaram, mas tão pouca evolução
Ainda se usa a bandeira para encobrir a inação!
E no centro da cidade, ao som do toque do tambor
Ressoa a voz do poeta, clamando ao Nosso Senhor:
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se eu deliro...ou se é verdade,
tanto horror perante os céus?!”
Um sonho a mais...
Jamais desista dos teus
sonhos ainda que estejas
cansado para seguir em
frente, esforça-te, só
os corajosos conseguem
chegar ao topo e erguer
a bandeira da vitoria.
Maravilha
Desejo alegrias a todos
Neste mundo que derrama
Sangue tão negro.
Desejo as sete maravilhas,
Para ver o seu sorriso
De acalanto.
Desejo sorte, para ressuscitar
Os seus olhos distantes,
Que não querem enxergar
O belo.
Desejo o progredir, o amém,
Para você...
Porque sei que é preciso
Amar a si mesmo,
Amar a vida,
E erguer uma bandeira
Na amplidão.
Primeiro lugar
Como eu gostaria de subir no pódio.
Assim que fosse a sensação de ser considerado o melhor
Assim que fosse a gratificação por todo o esforço no passado
Assim que fosse tudo o que tive que passar
Logo agradecer a todos que me deram o apoio
Logo chegar e falar que eu consegui àqueles que duvidaram.
