Poesias de Dor
É notável a necessidade que tenho de olhar no fundo dos teus olhos, como quem cuida de uma flor, e deixar que as lágrimas descrevam em atitudes o que sinto.
Reconheço que as palavras proferidas pela minha boca, não são capazes de minimizar, as atitudes executadas pela obra das minhas mãos... Mesmo sabendo que sobre elas não havia consciência alguma.
Minha vontade é de abraçar-te, nem que seja o nosso último contato... Talvez assim eu encerre a nossa história ou me afunde cada vez mais nesse abismo secreto.
Assim com fujo de um raio, me escondo embaixo de uma árvore de você, e sigo escutando dentro de mim trovões, que com tremores me dizem: "volta!".
Tive o desprazer de ver inúmeras pessoas tirando suas próprias vidas, o grito de discussões soava aterrorizante aos meus ouvidos... como doeu ver o olhar frio dos que matavam uns aos outros a sangue puro.
Tudo isso ocorreu no momento em que a mentira deixou de existir, e a sociedade não obtinha outra opção a não ser, falar a verdade.
Me vejo a todo instante sendo indagado pelos meus próprios pensamentos, que incessantemente me dizem: "E se tivéssemos menos ignorância e mais compaixão e empatia pelo próximo, será que a nossa verdade machucaria tanto assim?"
A FEIÇÃO DO SEMBLANTE É LEAL
Houve dias em que minha felicidade tomou o dia para si, e agora me pego desprevenido e indefeso na limitação do que sou.
A alegria domina o semblante, o garçom grita: "5 segundos para o meio-dia", ao escorrer dos cinco segundos, o semblante que era rico em alegria, se torna rico em tristeza, medo, dor, angústia, gatilhos... Palavras não são suficientes para descrever, pois o que sentia, não soava apenas um sentimento, mas vários.
A verdade foi revelada, ou, estou julgando alguém impiedosamente? No exato momento que a ficha caí, olho para os acontecimentos sem venda, e em minha frente contemplo um quebra-cabeça que se completa por inteiro.
Nunca torci tanto para que eu estivesse errado, pois aceitar essa realidade, alimenta a ansiedade que já não me deixa sossegado.
Quando senti a facada em meu mundo de fantasia, ela doeu! Mas sentir-la em realidade, machucou, e talvez o sangue tenha sido jorrado dentro de mim.
Para aliviar o que eu sinto, determino que estou em um sonho lúcido, mas quando vejo o mundo ao redor andando normalmente, percebo que falhei miseravelmente, e tomo para mim a culpa de que não mereço.
E ele sentou-se solitário à beira do caminho e chorou... chorou todas as lágrimas guardadas a sete chaves desde sempre... aprendera a disfarçar seus sentimentos, vivia um tormento... por dentro... só por dentro... por fora, bem... por fora havia costurado um sorriso tão sorridente que sorria pra toda gente - mesmo na hora de lágrimas, ele estava a sorrir... era só o que sabia: fingir.
As palavras dançavam diante de seus olhos... 'malditas palavras!!' porque elas decidiram aparecer diante de seus olhos!? Antes fosse um analfabeto... aquelas palavras permaneceriam apenas o que eram: simples palavras... não teriam encontrado o caminho pro seu coração...
...mas encontraram e agora as nuvens negras no céu mais negro sob sua cabeça faziam todo o sentido... era assim que sempre havia se sentido: triste e na solidão... era tão só seu coração.
"Há de chegar o dia em que não serás feliz"... malditas palavras apareceram pra escancar que a felicidade existe... existe e ele era sempre tão triste... tão destituído de ser feliz...
O que lhe doía mais!? Descobrir que a tristeza era seu capataz!? Que um dia de ser feliz não seria mais capaz?
Não, não... o que lhe doía era não ter percebido muito tempo atrás de que havia sido enganado... há no mundo sim alguém que de ser feliz é capaz...
NÓS SABEMOS
Seu coração bate no peito, mas o silêncio corriqueiro te deixa escutar.
Você claramente se sente só, a multidão já percebeu, e ainda continua a se esquivar.
É nítido a dor que está sentindo, mas cadê sua força para puder gritar?
Vermelho,
Verdadeiro...
Luzes...
Bastidores...!
Palavras apenas...!
Vazio do peito...
Queimação,
Mares navegantes...
Céus que elaboram os ventos,
Elementos,
Frio e calor...
Chuvas torrenciais...
Sentimentos que transcendem...
Voz que inundam,
Desilusão,
Mares nas sombras,
Sentimentos que navegam...
Arte nua e crua...
Lágrimas que nunca mais voltei a sentir,
O vasto sistema da alma...
Os labirintos do abismo...
As consequências...
O fazer poético,
No embasado do frasco primordial...
Sopro do interior...
Seus traços ressaltam...
Em presença de um acontecimento desgraçado já ocorrido, no qual, por conseguinte, não se pode mudar nada, não devemos nos abandonar à ideia de que poderia ser de outra maneira; menos ainda refletir sobre o que poderia ter sido feito para que fosse diferente. Porque isso simplesmente intensifica a dor até o ponto em que se torna insuportável, e assim nos tornamos "aquele que atormenta a si próprio". Pelo contrário, devemos estalar os dedos e nunca mais pensar nisso. Aquele que não é bastante leve de intelecto para conduzir-se dessa maneira deve refugiar-se no fatalismo e convencer-se da verdade de que tudo que ocorre, ocorre necessariamente e, portanto, inevitavelmente.
Não obstante, essa regra só tem valor em um sentido. Em um caso de infortúnio, é útil para nos proporcionar alívio e consolo imediatos; porém, quando, como acontece muitas vezes, a culpa é de nossa própria negligência ou irreflexão, então a meditação repetida e dolorosa dos meios que poderiam ter impedido o acontecimento é uma autodisciplina saudável que nos serve como lição e aprendizado, isto é, para o futuro. Não devemos tentar desculpar, atenuar ou diminuir as faltas de que somos evidentemente responsáveis, mas confessá-las e trazê-las claramente ante nossos olhos em toda a sua extensão a fim de tomar a firme decisão de evitá-las futuramente. Temos, é verdade, de nos infligir o doloroso sentimento do descontentamento de si mesmos; entretanto, o homem não castigado, não aprende.
O DIA QUE EU MAIS CHOREI
Quando embalsamei o meu corpo
No elixir sagrado - Vinho Panteístico
Que os deuses sorvem do ''místico''
Rebanho - salguei-me, absorto!
Chovia em todo meu ser, navalhas,
Perfurando-me o peito e os olhos;
E o mar, que chocalhava-me os ossos,
Chocalhava também as minhas falhas.
E só, no se ir das ondas, eu naufraguei
Meu barco nos corais: tanta beleza
Tinha no olhar, tanta sede; - Afundei
No azul de um céu que encontrei...
E ao beber de minha própria profundeza,
M'embriaguei, Tornei-me Deus, e me afoguei!
Itamar FS
Enquanto minhas lágrimas percorrem junto com a água do chuveiro
Percebo que estou só;
Só eu, e mais ninguém.
Ninguém para presenciar minha dor,
Nem meu grito ensurdecedor.
Nos meus piores dias,
Tive que me curar sozinha.
Ainda dói bastante.
Um dia, talvez...eu encontre
Um antídoto nessa estante.
Tem coisas que vão doer e te tirar o chão.
E não tem outro jeito!
O problema não é sofrer e sim querer viver sem dor, não tolerar um vazio, não saber lidar com as frustrações, perdas, incertezas, rejeições e por aí vai.
É não aceitar o inevitável lado avesso da vida e das emoções.
Quando aceitamos a dor, ela atravessa a gente e sabe o que acontece?
Ela PASSA e tudo se ajeita.
A ausência dói em formato de saudade,
Permanece a vontade,
O desejo,
Do cheiro,
Do toque,
Da pele,
Do peito,
Do carinho bom,
Das noites viradas,
Das tretas homéricas,
Da confusão que já era,
Desejo infinito,
Infindo,
De algo inacabado,
Vontade de um beijo roubado,
Dessa boca macia tipo seda,
Te encontrar numa esquina,
Te chamar de minha menina,
Te botar pra ninar.
Fazer meme estando fora da guerra é fácil;
Quero ver fazer meme estando dentro dela;
Não brinque com a dor dos outros, pois amanhã poderá ser a sua dor.
E se foi o índio mais forte de nossa aldeia, se encontra agora dissipado entre as estrelas do céu. Meu tio amado, amigo e escritor favorito.
Se foi cedo demais por não ser compreendido, mas que será lembrado com carinho em meu coração.
A dor lateja no peito, tudo isso nem parece que é real.
Desde cedo aprendi que nada dessa terra vale a pena, tudo é passageiro e insignificante, tudo é vazio, nada aqui faz algum sentido e você nunca terá respostas.
Pessoas boas morrem cedo e sofrem com mais intensidade as dores da vida.
Não importa o que faça e nem pra onde vá, tudo aqui será trivial.
É na morte que vemos o quão insignificante é a vida de um ser humano, não importa como tenha vivido, não importa se amou ou se chorou, não importa seus estudos, diplomas e suas escolhas, não importa muito menos o caminho que seguiu, no final das contas tudo é escuro e solitário para todos.
Eu te amava muito, mesmo em meio as tuas loucuras, não esquecerei de cada conselho, conversas, escritos e livros, não me esquecerei das risadas, das artes e nem muito menos das pinturas, estais eternizado em minha mente e alma, porque coração nem sei se tenho agora. Para tio Etinho com amor de sua sobrinha favorita.
A morte para a grande maioria é um grande pavor. Quem em sã consciência quer morrer para encarar o desconhecido, e eperar a recompensa do céu ou inferno?
A vida toda escutamos tantos absurdos sobre o desconhecido.
Mas a morte é o descanso, a tranquilidade,eu adoraria poder morrer tão cedo, não tenho nada nesse mundo que me dê prazer.
Luxos, amores, status? Não . Nunca os tive e talvez seja pela falta de fé comigo própria que não sentia prazer na vida.
Como um verme passando na avenidas escapando dos carros em movimento para não ser esmagada, minha alma já estava condenada a solidão, triste e desamparada.
Correntes e grilhões da morte era ouvido a quilômetros, era o chamado pro mundo obscuro.
Tristeza e melancolia pairava sobre minha cabeça.
Vontade de se auto multilar apenas pra sentir dor fisica, porque as outras dores eram insuportáveis
Não condenem minha pobre alma ao inferno, deuses olhem para esse ser inútil e tenham piedade.
"Às vezes é muito ruim ser independente
Ninguém se importa com você
Não procura saber se está bem
Se precisa de colo, proteção, atenção
Você se perde em si mesmo
Não consegue sair do lugar
Pensa, pensa, pensa e nada importa
Seria bom se as pessoas se importassem mais com o que sentimos
Queria ter alguém em quem confiar
Falar tudo o que me destrói
Me abrir e saber que serei ouvida e compreendida
Mas não acontece isso
Me afundo na solidão do meu eu
Desafio a mim mesma a ser mais forte sem ser compreendida
Ser proteção quando o que mais queria era alguém para me proteger
Me abraçar quando desesperadamente busco por um abraço
Na vida, a roleta gira e não devo esperar nada de ninguém
Porque quando se espera só vem ingratidão
Melhor é confiar em si mesmo e seguir em frente essa longa jornada
Nada é para sempre
Nem a vida, nem a morte, nem a tristeza e nem a felicidade
Continuar sendo independente parece ser o remédio para a cura da alma."
Só é amor se amar
Quem ama não tem medo de perdoar
Mas sempre terá medo
Do que o amor pode se transformar
Dor e angústia o amor pode causar
Podem machucar, aterrorizar
Transformar-se no que mais odiamos e nos distanciar
Fazendo com que duvidemos da pureza do que é amar
Nunca tema o amor
Tema jamais se apaixonar
Esquecer de que o amor
Por mais dor é angustia que pode causar
O amor sempre ressurgirá
Só é amor se amar
Quem ama não tem medo de perdoar
Mas sempre terá medo
Do que o amor pode se transformar
Testamento de uma paixão.
Eu não sei ao certo como escrever isso, estou triste e desamparado, sendo corroído por uma lamúria silenciosa, mas escrevo também como forma de expurgo, um desabafar crepitante de memórias e sentimentos que me acompanharam durante este dia vazio.
Amar é como uma fogueira ardente, de chamas lustrosas e empodeiradas, queimando a tudo com seu "fogo da paixão".
Vejo fogueiras pequenas, feitas com calma e paciência, brilhando no tom do sol poente, numa chama calorosa e agradável, aconchegante para a todos que estão perto.
Vejo também grandes pilhas fumegantes, num emaranhado de galhos e entulho, exalando o cheiro fétido de podridão e infidelidade, numa chama que a tudo consome, fadada a reduzir-se ao pó.
Sou incapaz de verbalizar tamanha angústia, flagelada, retida por tantos anos na geleira de meu coração, fossilizada nas paredes do tempo.
A ti, meu amor, que se perde nas linhas desta sina, permita-se aventurar nos labirintos da nossa existência, experienciando os devaneios que a ti proporciona, veja assim como eu, no lúgubre, a luz da esperança.
Eu sei que não é fácil,
Tem horas que fica insuportável.
Dias que não da pra sorrir,
E momentos que o coração quer sair.
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