Poesia sobre Silêncio
O silêncio as vezes é tão barulhento em minha cabeça,
que não me deixa pensar.
Gosto de vozes, de abraços, de gente do lado, adoro pensar entre gritos e risada, faz meu cérebro delirar.
Coisa mais sem graça é ficar sozinho. Entediante não ter nada para fazer, ninguém para ver e sozinho as vezes sofrer.
Gostoso mesmo é agitação, gritos de emoção, sorrisos de montão entre amigos e irmãos.
Como seria bom, reunir toda galera para ouvir o mesmo som, conversar, abraçar, namorar e sonhar.
Mundo silencioso jamais será gostoso, mundo sem amor, somente causará dor, mundo sem paixão, com certeza doença no coração.
Então fica aqui decidido, permaneceremos todos unidos, fica aqui decretado todo mundo animado
Fica aqui determinado, barulho e felicidade para todo lado e aquele que dormir primeiro fica considerado o chato o ano inteiro!
Sergio Fornasari
Silêncio
Fale menos
Ouça mais
Julgue menos
Observe mais
Respeite a proporçao da natureza
Reserve-se mais, exponha-se menos.
Tudo na devida proporção e momentos é positivo, caso contrário, não.
O rio vai correndo
Levando suas águas claras
Faz barulho e faz silencio
Indiferente
ao que a gente pensa
O rio corre. Só corre
Correndo forma regatos
Forma arroios, remansos
Corredeiras
Traz areia, faz argila
E corre
Molhando as folhas
Molhando os galhos
Corre todos os dias
Correu minha vida inteira
Desde o primeiro dia
Molha as pedras
Não pára para olhar
quem o olha...
só corre
Arrasta as pedras para o fundo
todo mundo sabe
O quanto são escorregadias
O rio corre
e nesta corrida
Vai distribuindo vida
Permeando a terra
Grama, flores, insetos
Peixes
Águas limpas, às vezes turva
Quando a chuva desaba
Corre sempre
Essa corrida nunca acaba
Acaba a vida
Que o rio recria
Correndo todo dia
Forma até o aluvião
Só não consegue formar
Gratidão no coração
indiferente a isso
corre o rio
Muitas vezes é preciso acreditar que o silêncio, seja a melhor opção, mas engana-se, aquele que fecha o livro de uma história de terror e não lê o resto dos capítulos na certeza de que assim, se livrará dos pesadelos das páginas que já foram lidas.
by/erotildes vittoria
O silencio naquele lugar se predomina a cada instante, mas não é um silencio normal como o de uma sala de cinema. É uma coisa mais reprimida, um silencio agoniante que te incomoda em estar presente.
Ruim ao ponto de você chegar perto e perceber que tem algo errado com aquele lugar.
As pessoas que estão presente agem de uma forma triste, no olhar delas reflete uma dor inexplicável, mas por incrível que pareça algumas pessoas não intendem, não conseguem ver ou saber o porque daquilo.
O silencio e a dor que são refletidos pela morte.
"SILÊNCIO MANSO"
Silêncio agudo da espada de ferro
Cresce, cresce, sobe e suspende-nos
Palavras que rebentam a nossa solidão
As fragas partem-se às inconformadas arestas
Recordações, esperanças do grito que se desvanece
Queremos gritar as mentiras desbocadas no silêncio
O mundo está em chamas e só vejo fogo na imensa ruína.
Aflito pranto rasga o peito com o sombrio véu, dor acerba.
Cruel, pungente suspiro que no peito encerra do celeste roubo
Cala-te, voz maldita que me grita nos dias de tempestade
Mundo soberbo, extraviei-me no tempo do pensamento
Já não ouvem nem falam, estão dispersos dos vivos ou mortos
Visões diferentes, perverso, inocente, no cálice persigo um tempo
Pés descalços na inquietude das madrugadas, que ficarei só
Escreverei a minha melancolia em versos que deixarei na tua ausência
Chegar de mansinho sem quebrar a tua solidão, que também é e será a minha.
Pó alérgico
Desafiante é calar o silêncio noturno
Escrito na profundidade oceânica
De uma voz insistente que nada diz.
Sou na vida apenas um atrapalhado aprendiz.
Sou regra
Desconheço a exceção.
Aprendi a dar
Mesmo sem receber perdão.
Sinto o ácido correr-me a alma
Letal e amargamente sem pressa.
Dizer a quem?
A ninguém interessa.
O pó alérgico da insônia me faz suspirar
E fico sem sono para deitar.
Perdi a matricula para a escola do viver.
Não sei como é.
Assim é minha vida.
Assim são meus dias.
Assim pra sempre há de ser.
Quando estou com você, sorrio à toa,
até fico em silêncio, tamanho é seu encanto,
sua voz suave, seu carinho me enchendo de alegria!
Chego a pensar, mais um dia ao seu lado, mais uma conquista realizada.
Me apaixonarei a todas as conversas feitas nas nossas madrugadas.
Você foi algo para tirar minha monotonia que sentia todos os dias!
O MEU AMOR TI!
Sinto o teu silêncio, a tua distância, orgulhosa...
Busco nos teus passos as respostas para o meu amor
Porém o teu sentir, nada expressa, ficas silenciosa...
Entregue aos sonhos profanos, causando-me pura dor.
O meu amor por ti, tão maculado, nessa ilha,
Solidão emerge do teu orgulho, acima de tudo.
Desconheces as belezas e as maravilhas do amor.
Assim, a mais bela flor, a cada dia me deixa mudo.
A contemplar o perfume que se esvai ao cair das pétalas.
Os dias passam inúteis, na espera dos lábios que não se tocam.
No desejo de um beijo, amor profundo, e palavras belas,
Não tocam o teu coração, e o cais são os dias que passam.
Pois sei que sempre fará sofrer aquele que te ama...
Ainda fará crivado de feridas, que a alma inflama.
Sem que queiras ouvir falar do amor que por ti clama!
Ó bela rosa orvalhada, que veneno no meu coração derrama.
Contemplar-te é como estar no alto da colina e ver o mundo,
Sem poder tocar a beleza que tem a mais linda campina,
Louco coração, surdo, silencioso, que me deixa mudo.
A navegar no corpo, nutrido de desejos por ti menina.
Fere o meu coração, e deixas os meus lábios secos por amor.
Teu coração, e teus olhos cegos para o amor, não amam,
Sem destino certo, sem a doçura, e o perfume da bela flor.
Vivo a amargura de um amor que aos meus desejos sufocam!
Ronaldo Balbacch
São Paulo-SP, 29 de abril de 2.014.
NO SILENCIO
Viver é plantar amor em teu coração
Lançar diversas formas de sementes
Para cada dia uma rosa possa abrir
Florir e sorrir na colheita que a de vir
Tenho sido um jardineiro preocupado
Florindo no tempo do teu caminho
Permitindo que vague boa fragrância
Sobre os ventos do outono
Nele quero ser um pequeno beija-flor
Para sugar o néctar como fonte de vida
Saboreando boas lembranças da vida
Dos deuses polinizadores do amor
Também como jardineiro eu semeio palavra
Tenho pensado o momento do seu cultivo
Seus poderes e efeitos. Capaz de viver
Como sementes em seu singelo coração
Espero que tenha achado pelas vielas da vida
Um jardim que pudera ser visto de longe
Um porto seguro para ancorar meu amor
Que sobrevive pregado no meio do silencio
Simples reflexão
A doce brisa do vento
Esse suave silêncio
Em meio a um turbilhão de pensamentos
Tudo se esvai ao relento
E me vem a ideia de um mundo
E eu me pergunto:
“tentamos trilhar um caminho de paz e harmonia
Porém construímos um mundo de guerras e agonia”
O mundo é feito de hipocrisias
Regidas por nós humanos
Não há ninguém longe desse poder
Da mesma forma que não há ninguém com força para combater
E achar a cura para este mal
O câncer da humanidade.
Constatação
Chove nos edifícios, nas árvores e nos sapatos.
Um silêncio mudo invade meu olhar distante.
Sou aquele que espera a resposta do vento
e acredita explodir todos os porquês.
Não mendigo razão, nem uso maquiagens no coração...
O que fascina meu olhar é o inesperado,
a ausência de regras descoloridas.
Abro a porta, castro a covardia,
saio sem capa de chuva pela tempestade da incompreensão.
Gosto dos pingos da chuva acariciando minha nuca,
beijando minha face...
Busco a sensação peculiar
que a naturalidade pode oferecer aos lábios sem prisão,
sem cortes, sem escudos, sem perfeição.
Sou lagarto se adaptando ao clima da vegetação.
Sei dizer, sei escrever... sei também que
de certas coisas,pessoas e momentos...
O silêncio fala mais.
Nosso silêncio aos outros é indecifrável.
Deixemos... interpretem como queiram.
Não nos tornemos reféns da mórbida
curiosidade alheia... Confesso:
Sermos alvo de tantos que nada
representam... me faz sorrir.
É tão difícil
- Ó música que impiedosamente me castiga!
Escrever conceituando o silêncio
Sua brancura é demasiada
Sua negrura tão excessiva
- asfixiante ! –
Que a surdez
Inviabiliza a boca
- Ó beijo atmosférico que me rejeitas ! ... –
Fechando-a
Na mente que busca em vão
A anestesia
Para a palavra ferida
Távola de Estrelas - Inaudível
pensas tu que sou insensível, teu sofrimento pra mim é invisível
sofro em silêncio com tristeza no olhar, pois certas coisas não posso demonstrar
pois sou eu que enxugo o teu pranto
pra seu corpo muitas vezes sou um manto
muito vezes me sinto só como o sol poente observando o lago
meu coração não é visto pois esse preço é o que eu pago
Solidão a Dois
Pensamentos frustrados
Na penúmbra do quarto...
Do silêncio o clamor.
Sonhos despedaçados
O ressentimento é farto,
Já não existe amor.
Nas amarras do cinismo
Fenecem os sentimentos,
Cada vez mais escassos.
Aprisionados no abismo,
Entre dolosos lamentos
Resumem tal fracasso.
Esta solidão a dois
Disfarçada alegria,
Já não satisfaz a alma.
Fica tudo pra depois...
Foi embora a fantasia,
É sofrer que não acalma.
No ar, o medo e o silêncio sepulcral
a invadir
os primeiros raios da manhã
Corações sobressaltados
em prece e oração…
muitos sem saberem sequer rezar
No trilho traiçoeiro
espreitava a morte a cada passo
que se desse em falso
na picada
Sem perder de vista o combatente
à nossa frente
perscrutávamos, no lusco fusco do alvorecer,
as sombras que se dissipavam
por entre as silhuetas das bissapas
Nas mãos doridas,
por matar,
o peso da G3 engatilhada
dos soldados
De repente o grito e a dor
pelo estrondo e pela morte trazida
no estilhado e no sopro da granada
As lágrimas morriam afogadas
pela raiva e ódio surdo
nos corpos amputados
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
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