Poesia sobre Cidade
Praças são lugares feitos para pessoas serem elas mesmas com outras pessoas na insegurança e movimentação de uma cidade.
Amanheceu, na selva de pedra e o rugir do leão ecoa em cada ser, individualmente, ironicamente ninguém escuta. Os leões da selva de pedra gritam mais que qualquer outro, gritam forte. Um bramir imaculado, gritam por liberdade, gritam para dentro dando voz ao interior. E nesse ritmo a selva de pedra cria em cada um o seu mundo particular, e o leão (preso, não cabe na selva, não cabe no mundo) ainda quer se libertar!
“A grande cidade que que se formou com seus prédios imponentes, servindo de paredões e se esquecendo do passado que se encontra ao fundo, pode ser esquecido ou nunca imaginado por alguns, mas por mim jamais, não podemos nunca esquecer nossas origens, sem origens somos uma árvore sem raiz, fácil de ser derrubada”
Morar longe da selva da pedras te deixa sempre mais perto de algo significativamente maior que a cidade grande.
Já nos veneraram. Lembra-se? Eles se sacrificavam por nós. Hoje tem um nome diferente, mas ainda somos importantes para as pessoas desta cidade.
Não basta que Joinville ostente o título de 'Cidade das Flores', é preciso que ela seja a 'Cidade das Flores' de fato.
De nada adianta as muitas manifestações nas ruas da cidade, se elas não chegarem às periferias do interior de cada um!
As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos que mescla com barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de veludos, almofadas de cetim. E quanto estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo.
Quando tens prosperidade, nunca tenhas a mania que um quintal é uma herdade. Hoje podes ser cidade e amanhã uma freguesia.
O prefeito da cidade, tem uma cidade. O governador tem um estado e um presidente tem um país inteiro. Mas dentre eles, apenas o Senhor tem a autoridade máxima.
A vida na cidade e as facilidades da tecnologia nos afastam não só do mundo real, mas também de nossa própria essência.
Uma brisa fria batia-lhe no rosto na medida em que andava, ao mesmo tempo em que contemplava cada detalhe daquela cidade, quantas vezes havia passado por ali, mas a pressa não o permitiu se prender a pequenos detalhes.....
Muitos me perguntam o porquê da minha enorme admiração pelas árvores. Minha resposta é: Diferente dos elefantes brancos encontrados por toda a cidade, as árvores nos ensinam grandes princípios. O principal deles se dá pelo seu sábio poder de reconstrução [e de autoalimentação] fotossíntese.
Nunca se sabe quando se está só ou acompanhado, e já no caminho de uma nova história meu sangue corria rasgando as minhas veias, eu sentia o cheiro da saudade, todos iam ficando cada vez mais para trás, um novo tempo começava e eu me tornava maior, um primeiro passo, um olhar ao redor de mim, tinha chegado a minha nova casa minha nova vida, respirei fundo pus as malas no chão e já quis chorar. Queria conseguir tudo que sonhei aqui, mais tudo que me fez feliz estava lá, não pude me entregar, escolhas são feitas e como adulto resolvi enxugar as lágrimas. No pequeno apartamento não havia nada a não ser a escuridão, a luz estava cortada, sem luz eu só conseguia ouvir o barulho que vinha da avenida, os carros, motos, ônibus, todos buzinavam e a cidade parecia nunca morrer, já era tarde e tudo ainda gritava. Eu me tornava apenas mais uma aqui na cidade grande, apenas uma menina do interior que chegou com as malas cheias de sonhos e o peito cheio de medo.
O professor de sociologia do Ensino Médio deve estar em constante ATUALIZAÇÃO dos conteúdos. O livro didático traz muito conhecimento teórico, se colocarmos essas teorias com a realidade de Geminiano isso pode causar dois impactos: POSITIVO, onde os alunos agora podem exercer a capacidade de relacionar o conteúdo estudado com a realidade vivida. NÃO POSITIVO, MAS INTERESSANTE: causar provocações na mentalidade politica da cidade.
No calor do fim da tarde de uma segunda-feira, observando o ir e vir das pessoas no centro da cidade, desfiguradas de quaisquer sentimento de amor ou alegria, sou surpreendida por uma senhora. Devia ser uma mulher na flor dos seus 50, 60 anos... Caminhando a passos rápidos, por um instante vagarou o seu andar e olhou fixamente para o meu rosto. Passou por mim... hesitou. Virou-se para trás. E, com um sorriso meio desajeitado, disse: "Eu parei para observar seu rosto... A sua pele é tão bonita! Quer dizer... Você é linda." E, por um instante, o meu dia esteve completo.
As madrugadas da cidade não se compara com as do campo, invés de ouvir os cantos dos pássaros o ouço o ronco dos motores, ao invés de sentir o cheiro do mato sinto o da padaria que e logo ali, a luz que vejo e a luz dos postes não a do luar lutando com a do sol que vem surgindo, o ser humano evoluiu mas essa evolução por completo não me agrada pois prefiro as madrugadas frias do campo do que as madrugadas aconchegante da cidade.
cidades entupidas de automóveis, e a cada dia carros mais potentes, motoristas mais imaturos e com excesso de confiança, o que podemos esperar?
Mas descobri que em São Paulo é sempre assim. Ou você se acostuma com a poluição, ou se muda para bem longe dela. Eu fiz o contrário: decidi me acostumar com a poluição.
Em sampa vc nao se sente sozinho, voce esta sozinho! Eu sento no chao e observo as pessoas irem e virem, ninguem liga pra voce! Ninguem quer saber se vc precisa de algo, a selva de pedra nunca fez tanto sentido... Cada barraco, cada viela, cada pessoa, mostra a realidade da qual queremos nos proteger com medo de um dia por ironia do destino acabar ali no mesmo lugar que um dia nos horrorizamos, e no fim.... SOMO TODOS IGUAIS... Acho que essa é a maior ironia.
