Poesia sobre Cidade
Fui colorindo minhas esquinas,
pra ter um arco-íris onde eu virar,
pras cinzas dessa cidade
não me apagarem.
Pra eu não me adaptar,
deixei de arrastar correntes.
Dessas, criativamente presenteei-me
com um belo colar.
Hoje apetece que o cigarro saiba
a ter fumado uma cidade toda.
Ser o anel onde o teu dedo caiba
e faltarmos os dois à nossa boda.
Hoje apetece um interior de esponja
E como estátua a que moldar o vento.
Deitar as sortes e, se sair monja,
Navegar ao acaso o meu convento.
Hoje apetece o mundo pelo modo
Como vai despenhar-se um trapezista.
Abrir mais uma flor no nosso lodo:
Pedir-lhe um salto e retirar-lhe a pista.
MINHA CIDADE.
Eu quero a minha cidade de volta,
cidade roubada pelos políticos,
cidade furtada pelos malfeitores,
cidade agredida pela policia,
cidade abandonada pelos seus amantes,
cidade esquecida pelos políticos,
cidade punida pela justiça de Deus !
Eu quero a minha cidade que um dia foi maravilhosa,
cidade que hoje sucumbe a uma chuva copiosa,
eu quero a minha cidade de volta,
roubada por governadores e prefeitos,
eu quero a minha alegria de volta,
e ter de volta o orgulho de ser carioca.
eu quero a minha cidade maravilhosa,
cheia de encantos mil,
orgulho do meu Brasil.
Aqui não é Sodoma ou Gomorra,
aqui é o Rio de Janeiro,
alegria o ano inteiro,
e que não pode chorar tanto assim !
orgulho do meu Brasil !
.
O último poema do último príncipe
Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta para te ver dançar.
E isso
diz muito sobre minha caixa torácica.
Necessidade, Vontade e Desejo
Numa esquina movimentada da cidade, durante o sinal vermelho, um menino vendia bombons aos motoristas. Ao ver um entregador parado numa moto, suspirou:
— Ah, se eu tivesse uma moto como essa... ia ganhar dinheiro mais rápido e ainda andar com o vento no rosto.
O entregador, suado e cansado do dia de trabalho, olhou para o lado e viu um jipe moderno, com tração nas quatro rodas. Pensou alto:
— Num jipe desses, agora eu estaria era nas dunas, curtindo a praia, não nesse trânsito maluco.
No jipe, uma jovem bem-vestida, aflita com o relógio, olhava para o carro à sua frente — um luxuoso Mercedes. Sussurrou, irritada:
— Se eu estivesse naquele Mercedes, com motorista, já teria chegado ao meu exame. Assim, vou perder a consulta.
No banco de trás do Mercedes, sentada em silêncio, estava uma menina. Ela tinha um motorista à disposição, conforto de sobra, mas não podia mover os braços nem as pernas.
Com o olhar perdido no menino da calçada, que vendia bombons e corria entre os carros, ela pensou:
— Se ao menos eu pudesse andar como ele… Não precisaria de nada mais.
Guarulhos é a cidade onde o povo trabalha duro, sonha alto e enfrenta o abandono com coragem — um gigante adormecido entre promessas não cumpridas e potencial desperdiçado.
EduardoSantiago
Asfalto e Estrelas
Verso 1
O asfalto reflete o céu nublado, mais um dia igual.
A cidade pulsa, um ritmo acelerado, um ritual.
Procuro um mapa, uma bússola pra me guiar,
Nesse deserto de concreto, onde o tempo parece parar.
(Refrão)
E a vida segue, num eterno vai e vem,
Entre o que é real e o que a gente quer também.
Um grito abafado na multidão,
Engenheiros do Hawaii, na nossa canção.
Verso 2
As vitrines exibem sonhos já virados pó,
E a esperança se esconde em algum lugar só.
Coleciono momentos, fragmentos de um querer,
Enquanto a rotina insiste em me convencer.
Verso 3
A tela brilha, um universo virtual,
Onde a verdade se confunde com o superficial.
Promessas vazias em cada telejornal,
E a alma clama por algo mais real.
(Refrão)
E a vida segue, num eterno vai e vem,
Entre o que é real e o que a gente quer também.
Um grito abafado na multidão,
Engenheiros do Hawaii, na nossa canção.
Verso 4
Coleciono palavras, frases de efeito e canções,
Tentando decifrar os meus próprios corações.
Em cada esquina, uma nova estação,
Buscando um sentido pra essa imensa solidão.
Ponte
Será que o futuro já foi escrito em algum lugar?
Ou somos nós que traçamos o nosso caminhar?
(Refrão Final)
E a vida segue, num eterno vai e vem,
Entre o que é real e o que a gente quer também.
Um grito abafado na multidão,
Engenheiros do Hawaii, na nossa canção.
Daniel Vinicius de Moraes
UMA BUSCA POR TI
Te procurei em cada canto dessa cidade. Te procurei no cheiro das flores, na imensidão do mar, nos raios do sol. Te procurei no orvalho, no entardecer, na brisa que tocava o meu rosto. Te procurei na luz do luar, na brisa do mar, nos cantos dos passarinhos. Te procurei nas belas canções apaixonadas, nos bons vinhos, mas não te encontrei.
Chamei, gritei por você em todo canto dessa cidade. Procurei para o moço da padaria, para a senhora que estava sentada na calçada. Falei com o porteiro do seu prédio, com a criança que brincava na rua, mas ninguém sabia do seu paradeiro. Te procurei em todo canto dessa cidade, mas você não estava em nenhum deles. Parecia o fim, eu achava que havia te perdido. Parei em uma esquina próxima, sentei e lembrei que deveria ter te procurado onde ninguém mais te encontraria a não ser eu, DENTRO DE MIM.
Quer saber?
Em algum momento da sua vida, as pessoas da tua casa, do teu bairro, da tua cidade, do teu país ou da tua confiança, serão muito duras com você. Mas quem decidirá se isto será bom ou ruim, ainda será você. Em outros momentos, pessoas irão pisar justamente no lugar em que mais dói em você. Naquele lugar que já foi machucado por diversas vezes. Naquele lugar que representa tua fragilidade... e você, vai ter que superar a dor na marra e continuar seguindo a tua vida como sempre fez. Não se deve dar tanta importância as críticas, mesmo algumas tenham uma certa relevância. Não importa o quanto esteja sendo difícil superar a dor, pois no final, se trata sempre da força que você investe para sair do lugar que limita a tua visão. E para chegar ao lugar que muitos dizem que você jamais será capaz de chegar! Levanta esta cabeça e comece a ser o protagonista do filme da sua vida, pois o papel principal desse filme está em suas mãos, ele é seu! Agora erga esta cabeça é vá brilhar, pois como todo filme precisa de um bom ator, todo ator para ser e fazer alguma coisa precisa de ação!
A DESMEMÓRIA
Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade, ao redor de um dos edifícios mais altos do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago está cheia de operários.
Ao chegar ao bairro de Heymarket, peço aos meus amigos que me mostrem o lugar onde foram enforcados, em 1886, aqueles operários que o mundo inteiro saúda a cada primeiro de maio.
— Deve ser por aqui – me dizem. Mas ninguém sabe. Não foi erguida nenhuma estátua em memória dos mártires de Chicago nem na cidade de Chicago. Nem estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada.
O primeiro de maio é o único dia verdadeiramente universal da humanidade inteira, o único dia no qual coincidem todas as histórias e todas as geografias, todas as línguas e as religiões e as culturas do mundo; mas nos Estados Unidos o primeiro de maio é um dia como qualquer outro. Nesse dia, as pessoas trabalham normalmente, e ninguém, ou quase ninguém, recorda que os direitos da classe operária não brotaram do vento, ou da mão de Deus ou do amo.
Após a inútil exploração de Heymarket, meus amigos me levam para conhecer a melhor livraria da cidade. E lá, por pura curiosidade, por pura casualidade, descubro um velho cartaz que está como que esperando por mim, metido entre muitos outros cartazes de música, rock e cinema.
O cartaz reproduz um provérbio da África: ‘Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador’.
A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça!Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!
Espinheiro
Politicagem virou política.
Política virou ingenuidade.
A cidade foi descuidada,
ela já não pertence ao cidadão.
O homem é um animal apolítico.
O poder não está a serviço.
Não existe o bem comum.
Não há espaço na política,
está preenchido pela politicagem.
A nação é conduzida
pela ignorância da nação.
Uma nação sem consciência
protesta contra si própria.
A democracia aparente
virou ditadura velada.
Sua origem está na perversidade.
O homem é um meio e não um fim.
Se a política é liberdade,
a politicagem é a prisão.
Não há ódio e nem amor.
Há apenas interesses,
instrumentos e inimigos.
Perda de tempo é
fazer política para inúteis.
A maior das dores
Eu me lembrei.
Andando pelas ruas.
Na cidade da garoa.
Lembrando de dores
Lembrei da maior.
Dos olhos perdidos de um avô.
Em um final de tarde
E no final da vida
Viu o que ninguém
jamais deveria ver.
Um avozinho e o netinho.
Indo para aula de inglês
decidiu ir de ônibus,
pois não estava enxergando bem.
teve medo de pegar o carro.
Chorava ele o seu erro.
Em uma perseguição policial
os bandidos atiraram
contra um ponto ônibus
No desempeno final.
Fazer a policia parar.
Socorrer os feridos,
acertaram a cabeça
do menino, do netinho.
Que estava deitado e morto
Em uma sala de pronto socorro
Na frente do avozinho
Parado de pé
De lado de fora da porta.
Olhando a criança morta.
Com sua cabeça rota.
Isso tem de acabar.
quantas crianças mais
vão precisar faltar
Quantos morto vivos
Vão precisar sobrar.
MINHA CIDADE NATAL E BELO HORIZONTE.
MEUS PAIS E DE ITABIRITO.
DE BELO HORIZONTE VIM
PARA SÃO PAULO DESCI.
EM MIRACATU MOREI.
EM MIRACATU ESTUDEI.
EM MIRACATU VIVI.
DE LA EU VIM PARA EMBU.
ONDE SERA QUE FICA ESTA CIDADE.
NÃO SABIA ONDE FICAVA EMBU.
POR MUITO TEMPO MOREI E AINDA MORO.
MAS NUNCA CONSEGUI ME ESQUECER DE BELO HORIZONTE NEM DE ITABIRITO.
HOJE NÃO MORO MAIS EM EMBU.
POIS EMBU NÃO EXISTE MAIS.
MORO EM EMBU DAS ARTES,QUE E O NOVO NOME DESTA CIDADE.
MAS BELO HORIZONTE MINHA TERRA NATAL AINDA E BELO HORIZONTE.
ITABIRITO QUE E A TERRA NATAL DE MEUS PAIS AINDA E ITABIRITO.
MAS A CIDADE ONDE MOREI QUANDO CRIANÇA,ESTUDEI,ME DESENVOLVI,ME FORMEI,HOJE HOMEM SOU,MAS TRISTE ESTOU PORQUE NÃO MAIS E EMBU MAS EMBU DAS ARTES SE TORNOU.
PORQUE SERA QUE MUDARÃO O NOME DESTA ILUSTRE CIDADE.
DE EMBU PARA EMBU DAS ARTES.
E AGORA QUEM SABE UM DIA PARA LA VOLTAREI.
PARA A MINHA TERRA NATAL QUE A CIDADE AINDA E CIDADE.
A BELA CIDADE BELO HORIZONTE.
POR AD.M.VAZAME
"Você aproveita e valoriza sua cidade?"
Parando pra pensar, nós não aproveitamos nossa cidade. É fácil criticar os defeitos, problemas e insegurança. Difícil é ser um bom cidadão e cumprir com suas obrigações de cuidar do lugar onde mora.
Nosso chão não se faz sozinho, não adianta reclamar, quem move tudo isso somos nós. A cidade é o espelho dos seus moradores, portanto é bom repensar antes de lançar as criticas.
É uma pena, um local como esse não ser aproveitado. Região tropical, litoral do Brasil e alvo dos primeiros visitantes estrangeiros ao nosso país. Uma parte da história do Brasil se encontra aqui e em cidades vizinhas, como São Vicente.
Evoluir, essa é a palavra exata. Precisamos evoluir, cuidar do nosso lugar, cobrar quem governa, cooperar para a evolução e aproveitar o máximo nosso lugar. Essa é a única solução para os problemas que presenciamos, mas podemos mudar o amanhã agindo.
Son las laderas de la vida...
Que deixo em ti cidade, as nuvens de meus pesares
levando para fora o que tenho de mais bonito aqui dentro...
La felicidad.
Leandro Seminoti 12/08/2014
Junho chegou
O ano esta na metade
La no interior
E até mesmo na cidade
Diz o povo com propriedade
Ano miou
Ano acabou
E isto é verdade.
RUAS AFLUENTES
Ruas da minha cidade
São para elas que o rio acena
Em suas passagens tortas
Procissão dentro da caatinga
Cheio de água, de saudade
Pois sabe que a cada ponto
A volta se é mais improvável
E sua espera é certeza.
Do mar de outras cidades
Que não acena às suas ruas
Molha as suas encostas,
E nunca foi passageiro
Sempre ele vai, ele volta.
Um tubarão de espreita
Que engole o rio, sem pena
O rio que deixou saudades
Que à borda dele passaram.
Rio de minha cidade
Para ele as ruas acenam
Em pontos tão esperados
Que um gesto dista do outro
Que passa afogado em saudade.
___________________
Naeno* com reservas
De onde sou feliz, minha cidade é um buraco, as pessoas se tornam cada vez menores, e eu cresço, cresço de todas as formas que se pode crescer, eu que já ia me sentindo cada vez melhor, me transformo em mim... em Mickey Mouse, em Hitler, Estátua da Liberdade, morador de Amsterdam, viajo pra lugares que existem apenas em mim. Na pedra onde sou feliz, ninguém me alcança.
O tempo vai passando e a consciência pesando... é hora de voltar...e isso tem um gosto mais ou menos, a intensa alegria me da vontade de viver por lá, mas o mundo pede realidade, e isso me mata por dentro.
O meu interior é cidade grande
Meu exterior é vida de campo
Meu quintal é o mundo
Meu jardim é você
Meu espaço é infinito
Minha galáxia é próxima
e meu universo é unir versos ao redor de você.
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