Poesia sobre Cidade

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⁠⁠[O CAMINHANTE E O TEXTO URBANO]


Ao caminhar pela cidade, cada pedestre apropria-se de um sistema topográfico (de maneira análoga ao modo como um locutor apropria-se da língua que irá utilizar), e ao mesmo tempo realiza este sistema topográfico em uma trajetória específica (como o falante que, ao enunciar a palavra, realiza sonoramente a língua). Por fim, ao caminhar em um universo urbano onde muitos outros caminham, o pedestre insere-se em uma rede de discursos - em um sistema polifônico de enunciados, partilhado por diversas vozes que interagem entre si (como se dá com os locutores que se colocam em uma rede de comunicações, tendo-se na mais simples ‘conversa’ um dos exemplos mais evidentes).

Enfim, se existe um sistema urbano - com a sua materialidade e com as suas formas, com as suas possibilidades e os seus interditos, com as suas avenidas e muros, com os seus espaços de comunicação e os seus recantos de segregação, com os seus códigos de trânsito - existem também os modos de usar este sistema. A metáfora linguística do universo urbano aqui se sofistica: existe a língua a ser decifrada (o texto ou o contexto urbano), mas existe também o modo como os falantes (os pedestres e habitantes urbanos) utilizam e atualizam esta língua, inclusive criando dentro deste mesmo sistema de língua as suas comunidades linguísticas particulares (dentro da cidade existem inúmeros guetos, inúmeros saberes, inúmeras maneiras de circular na cidade e de se apropriar dos vários objetos urbanos que são partilhadas por grupos distintos de indivíduos)


]trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.43-44 ].

Inserida por joseassun

⁠Eu estava atravessando uma velha ponte de madeira e notei que estava vazia.
Não costumo ver ninguém atravessando quando estou na ponte. A maioria das pessoas dirige carros para não ter que andar muito.
E reparei os detalhes que passam despercebidos atravessando as árvores dos dois lados da ponte são altos e verdes um pequeno riacho que atravessa ao outro lado da rua e nelas peixes de varias espécies observei os prédios em volta e como que daquele pequeno espaço que eu estava fosse outro mundo apesar de estar no centro da cidade.

Inserida por leleh123

⁠Airosa Paranaguá.
Paranaguá, bem-apessoada cidade romântica banhada por águas que por ali nadam muita história e tradição.
Tens o tão deleitoso e gentil Rio Itiberê onde navegam os barcos coloridos e as mais felizes famílias.
Abriga o pulcro Rocio, fonte das bênçãos da Santa e admirável Nossa Senhora do Rocio.
Possuí um clima tropical e amarelo que faz os moradores esboçarem um belo sorriso toda manhã.
O caloroso e amigável sol cobre os coloridos e variados casarões onde lá pertencem os clássicos e antigos museus onde contam as mais velhas estórias.
Parabéns Paranaguá, pelos seus 373 anos.

Inserida por mariapitella

⁠Depois de tudo.
O tumulto das águas que descem
deixam rumores nas ruas da cidade
colocamos ladrilho de palavras boas
encontramos resposta a tudo
uma prece
em pequenas porções
por tudo até aqui.
Que a paz volte a reinar entre nós.

Inserida por AmeliaMariPassos

⁠Ela assim sempre reclamava da vida:
"Meus problemas são como cidade pequena...
Tudo o povo se mete e aumenta"

Inserida por JorgeJacinto

⁠E hoje me invadiu uma estranha saudade, talvez tenha sido o frio que chegou sorteiro a esta cidade, ou talvez seja a distância entre os mares.


Hoje me veio um devaneio ligeiro, era uma lembrança alimentada em meu peito, vazio leito sem um fio de esperança.

Hoje algo me abraçou forte, me levou em reviravoltas a momentos tão curtos, onde vi em relances o brilho infindo do teu sorriso espalhado em teu olhar, revelando a serenidade de uma vida encantada

Inserida por naldo_silva_1



No envento da minha morte as evidências confirmarão que eu estou vivo em algum lugar, minha jornada terrestre tem terminado. Mas acabei de chegar nos portões de uma cidade, ela se parece com uma joia no universo.

Inserida por celso_augusto_soares

H⁠oje Antes mesmo
Das estrelas ascenderem o céu
O seu sorriso já iluminava toda
cidade do meu coração.

Inserida por silmaranogueira

⁠“Todo dia, morre um romântico na cidade.
A sua grande maioria, morre pela indiferença, uns de amor, outros de saudade.
Sinto, que aos poucos estou morrendo, morro pelas mãos da ausência, daquela beldade.
Rogo aos céus, para que ela não me mate.
Já não existe em mim, o pujar de outrora, aquele sentimento da puberdade.
O amor é como fogo, e quem não o alimenta, vai perdendo seu calor, a sua claridade.
Talvez, já não exista mais o brilho no olhar, talvez nossos corpos, já não mais baile ao som da valsa, da intensidade.
Sei que sangro, e ao coração que ama, fazer sofrê-lo, é maldade.
Aquele beijo, que a tempos me ressuscitaria, hoje, parece-me, rouba a minha vivacidade.
Hoje, encontraram meu corpo, frio, sem alma, sem ela, normalidade.
Hoje, estou morto, pois todo dia, morre um romântico na cidade…”

Inserida por wikney

⁠Boa Noite

Que a chuvinha pareça de outono
em sereno como chuva invisível
e desejo que todos tenham bom sono
numa noite que se faça aprazível
Que toda chuva seja calma
não produza mais nenhum dano
que deixe sossegada a noss`alma
e não cause a ninguém, desengano!

Inserida por neusamarilda

Terra alegre, acolhedora
Filha do Sol do Equador
Tem belezas naturais
Um povo cheio de amor
A graça jovial que te recobre
És linda de perto, encanta de longe
Nunca mudaste, tu és nordestina
Minha amada Teresina
Com nome de imperatriz
Os meus olhos atentos
Permanecem em Ti
Cidade verde contente
Brindando cajuína
Orgulho de ser teresinense

Inserida por lirioreluzente

Teresina, terra adorada
Pérola do Piauí
Cidade verde esperança
Lugar da gente simples
O raiar do sol
Na faceirice nordestina
Amada ponte estaiada
Abaixo dela o Poti
A luminescência
De um povo acolhedor
Quem conhece
Não se esquece jamais!

Inserida por lirioreluzente

⁠Curitibacana

No olhar é Curitiba das noites frias,
Das congeladas madrugadas.
Pessoas das bebidas quentes
Nas mesas dos bares debruçadas.
Mesmo que se leve em sua fama,
Uma cidade de gente fechada e estranha,
De forma a antipáticos comparável.
É em cada experiência experimentável
Quem realmente a conhece se encanta
E se perfuma com flores de Curitibacana.

Jorge Jacinto da Silva Jr.

Inserida por JorgeJacinto

⁠Dizem que cidade grande
É o melhor canto que há
Que tem tudo nessa vida
Que se possa imaginar
Mas na roça tem igual
Mais bonito e natural
Basta a gente comparar
.
A cidade tem o carro
O metrô e o caminhão
Não tem pássaro no céu
Não tem bicho pelo chão
A roça tem sabiá
Pato, boi, tamanduá
Cabra, peixe e pavão
.
A cidade tem farol
Com a sua luz acesa
Mas não tem o cintilar
Nem o brilho da beleza
O roçado tem luar
Com estrelas a piscar
No clarão da natureza
.
A cidade tem barulho
O roçado, amenidade
A cidade tem agito
A roça, serenidade
Na cidade, o tempo voa
No roçado, eu fico à toa
Na maior tranquilidade

Inserida por RomuloBourbon

⁠RECORDAÇÃO DO MEU TEMPO NO SERTÃO
Versão Urbana ou Pardal
Eu já fui Curió,
Que só vive no mato,
Não vive na cidade.
Hoje sou Pardal,
Que não vive no mato,
Só vive na cidade,
Por circunstâncias,
Ou por necessidade.
Acho que sou um Curial,
Mistura de Curió com Pardal.
Acho que sou um Pardió,
Mistura de Pardal com Curió.
Como não consigo definir,
Deixa assim que é melhor.
Vez em quando dói o coração,
Na cabeça vem recordação,
Do meu tempo no Sertão.
Quando não aguento a saudade,
Junto vara de pesca e carabina,
Deixo a cidade e vou pro sertão,
Pescá recordação e matá saudade.

Minhas filhas me dão tanta alegria,
Enviando fotos e vídeos de pescaria,
Ver os nétos aprendendo a usar vara,
Prá pesca lambari, bagre, lobó, piapara...
Não importa tipo e modelo de vara.
Nem espécie e tamanho de peixe,
Mas só a alegria de pescar,
Escutando seus pais falar:
Sobre catar e chupar guavira,
Guabiróba, guapeva, jaracatiá,
Coquinho pindó, macaúba, bocajá,
Comer marolo, goiabinha do campo,

Comer ariticum cagão,
Pouco prá não dar diarréia,
Comer jabuticaba do mato,
Pouca prá não entupir,
Tirar palmito, mel de európa e jatei...
Essas e muitas coisas que eu vivi...
Por isso é tanta recordação...
Quanta saudade do sertão...
Saudades dos parentes,
Povo bom e boa gente,
A grande maioria vivia,
Em sítios e fazendas,
Dentro dos sertões.
Longe das cidades.
Tantas recordações,
Quantas saudades...
Marsciano

Inserida por MaNantes

⁠🌿🌿🌿Intimidade ancestral 🌿🌿🌿
Entoe seus canticos sagrados , reze , ore, medite , converse ! expante os males , vai curando , vai pelas estradas , vai pelas aguas , vai acalmando , agradeça as andanças e dance pra soltar , sarava vôs misê , sara as forças maior , sarava , vossa banda... Sua bença , que o bom deus lhe cuide.

Inserida por Leticia17

⁠"Eu já não tenho mais pudor, eu quero te ver em toda face.
Me ame, meu amor, rogo para que esse louco amor, não me mate.
Essa doença me faz bem, tudo bem; não se vá, mas se for, já vai tarde.
Tarde demais para as lágrimas; muito cedo pra saudade.
Busco conforto em cada esquina da cidade.
Tento encontrar-lhe.
No cheiro das flores, na calmaria dos parques.
No bailar de cada árvore.
Nos semáforos, nos prédios, no cinza céu, nas mesas dos bares.
Não passa, aquele nosso amor, que jurei ao meu eu, ser só uma fase.
Deus, que fase!
Eu queria que a saudade fosse aquele tipo de lâmina, que não rasgasse a alma, somente a carne.
Queria que, ao sentir seu cheiro no vento, aquela antiga ferida, não sangrasse.
Me acostumo com a dor, pois já não tenho mais pudor, eu quero te ver em toda face..."

Inserida por wikney

⁠TRISTEZA MARAVILHOSA
.
.
Rio de Janeiro,
sob teu corpo de concreto
teu santo padroeiro
dorme, como um feto.
.
Ainda não nasceu, teu santo,
ainda é cedo para o milagre;
e a lágrima doce do teu pranto
não é vinho, é só vinagre.
.
Baía de Guanabara,
como mente o teu postal.
Vejo fome em pau-de-arara
sob a camada social.
.
Queria entender teu segredo,
tua miséria, tua mentira;
mas o que vejo é o degredo
que escapa da tua mira.
.
Seres humanos migratórios
compelidos à mudança
cujos mortos compulsórios
são produtos da esperança.
.
Rio, Deus te abençoe,
e do alto do Corcovado
em pedra o Cristo nos perdoe
por teu índio dizimado.
.
Cidade Maravilhosa,
herança dos guaranis...
na tua culpa misteriosa
guarda a lembrança dos brasis.
.
Rio, cidade poesia,
olha teu negro na construção;
não lhe conceda alforria:
tu és a própria escravidão.
.
Rio, alguém que tardia
espreita em teu carnaval;
sobre a tua fantasia
jaz a beleza de um postal.
.
Rio de Janeiro,
teu caminho não é reto;
ao sul do teu cruzeiro,
um voto vira um veto.
.
Ainda não nasceu teu quebranto,
ainda é cedo para o céu;
e a cachaça do pai de santo,
não é néctar, é só mel.
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgência, 2023]

Inserida por joseassun

⁠É a maneira como você vê a cidade que a cidade vê você.
Viva cidade, ver a cidade, seja a cidade.

Inserida por engelsmiranda

OO Viajante de Deus a cidade santa.

Pelas madrugadas saio apressadamente, e cedo me ponho de pé, as madrugadas afora preparo minhas malas, para me encontrar com meu Rei, de longe me alegro a entrada da cidade Celestial, a Nova Jerusalém, de longe, trago meus pertences e os meus, para me congratular nessa maravilhosa e encantadora cidade feita sobre medida por Deus, e nesta esperança que olho, com perspectiva distorcida do que realmente será, mais uma coisa eu sei, é com grande alegria que eu e os meus tesouros encontrarão nos tabernáculos eternos para todo sempre.

Poesias Líricas ao Rei Jesus

Inserida por Luizdavi