Poesia Fita Academica

Cerca de 73 poesia Fita Academica

A fita métrica do amor

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Martha Medeiros
Non-stop: crônicas do cotidiano. Rio de Janeiro: L&PM Editores. 2001. 171p.

O laço de fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.

Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.

E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!

Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.

Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.

Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Meu Deus! Como é engraçado.
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.
Uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não embola.
Vira, revira, circula e pronto, está dado o laço.
É assim que é o abraço (...)
Ah, então é assim o amor, a amizade, tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas não pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.
Então o amor, a amizade são isso.
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Maria Beatriz Marinho dos Anjos

Nota: Adaptação do poema de Maria Beatriz Marinho dos Anjos.

Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.

Manoel de Barros
BARROS, M. Memórias Inventadas: A Segunda Infância. São Paulo: Planeta, 2006.

Viajante

Amor é assim mesmo.
É laço de fita que une nossas almas.
Luz que nos inquieta.....
Ele segue nossos passos,grita nossos
nomes,bate a nossa porta.
Insiste em ficar,corre a nossa frente e nos
espera até o fim....
Ele padece nossa ausência....
Ele sempre nos dá força para recomeçarmos...
Amar é assim mesmo...!
Nos inquieta,nos enche de risos,e as vezes de
mágoas e de lágrimas também.
É não ter medo de errar,nem de acalentar
nossos receios.
O amor nos faz crescer,mas nunca nos
estabelece....
Longe de ti,tudo fica triste a minha volta,
meus olhos ficam vagando ao longe na solidão.
Perto de tí,a solidão já não existe mais,e
um novo dia desponta cheio de luz,trazendo
me notícias de coisas boas.
Longe de ti,o meu coração se esvaí,aos poucos
se perde dentro da sua saudade.
E fico perguntando ao coração,quando chegarás.
É preciso que venhas para que o meu olhar se
encha de luz, e meu coração faça para ti uma
canção de alegria,é preciso que venhas para que
eu possa dizer-te,
O quanto eu te Amo,
e te quero bem...........

O amor é como laço de fita
Num momento é belo e formoso.
Num piscar de olhos se desfaz!
Parecendo um emaranhado de não sei o quê!

Um simples laço

Laço? Sim um laço!
Um simples laço de fita
Que sempre acompanha o presente
Mas que no fundo a gente nem liga

Como é um simples laço
As vezes nem é lembrado
Mas por não ocupar muito espaço
Espera sempre ser guardado

Para o laço, envolver-se ao presente
É a razão de sua existência
Pensar no laço e pensar na gente
Me fez ter a consciência

De que também podemos ser laço
Se for verdadeiro o que se sente
E então envolvê-la com um abraço
Como o laço envolve o presente

Com você me sinto um laço
Meio enrolado eu sei, esse sou eu
Mas sempre que eu te abraço
Me sinto envolvendo um presente de Deus

Como um laço envolvendo o presente
Imagine eu te dando um abraço
Não sei se você me entende
Mas sou feliz por ser um simples e "enrolado" laço!

"A Escola"

Fita o mundo em derredor
E a vida que te bendiz;
Soma as bênçãos que te cercam,
Não te digas infeliz.

Onde estiveres, anota
Ao senso que te conduz:
O sol igual para todos
É fonte jorrando luz.

Respirando, dia e noite,
Gastando ar e mais ar,
Pelas bênçãos que assimilas
Nada precisas pagar.

Toda mata é um quadro lindo
Em tela verde e formosa;
Ninguém explica na Terra
A beleza de uma rosa.

Águas claras rolam perto,
Caminha...podes colhê-las;
Tens a noite iluminada
Por lampadários de estrelas.

Atravessas mares, montes,
Primaveras encantadas;
Desfrutas árvores, frutos,
Cidades, campos estradas...

Terra!... Eis a escola bendita,
O lar tantas vezes meu!...
Não te digas infeliz
Na escola que Deus te deu.

O que diferencia os jovens que fracassam dos que têm sucesso não é a cultura académica, mas a capacidade de superar as adversidades da vida.

Há pessoas tão pobres que só têm dinheiro. Há pessoas tão incultas que só têm cultura acadêmica.

Tinha vontade de fazer um embrulho de mim, com papel de seda, lacinho de fita, e mandá-lo pra você. Aceita?

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Maury Gurgel Valente, escrita em 6 de janeiro de 1942.

...Mais
Inserida por alines2

Como acontece a alguém que fita o sol dourado, e vê depois em tudo um círculo encarnado, tal eu, quando não estás e o meu sol é posto, vejo, em tudo que vejo, o brilho do teu rosto.

Edmond Rostand
Cyrano de Bergerac. São Paulo: Scipione, 2019.

Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais. Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos. E que seja doce tudo que tiver que ser.

Rebobina a fita da vida e volte no tempo, antes do aborrecimento que a ausência causou. Te conheci, esqueci o sinônimo do sofrimento, a vida me quis feliz e a tristeza passou.

Ser o mau da fita aos olhos de um hipócrita é a coisa que menos importa para uma pessoa no seu perfeito juízo.

Você

Todos os professores são importantes
Em nossa formação tanto acadêmica quanto como cidadãos.
Mas entre todos eles, há um que merece destaque,
Você.

Você, que tem nos acompanhado desde o início.
Que nos viu crescer dentro desta escola,
E que daqui a pouco, nos verá partir.

Você, que durante esses três anos
Nos mostrou o que era necessário
Para nos tornarmos pessoas melhores,
A educação.

Você, que nunca nos abandonou.
Sempre esteve presente quando nós mais precisávamos,
Nos auxiliando da melhor maneira possível.
Mesmo sabendo que poderíamos acabar ficando mimados.

Por essas e muitas outras razões somos gratos
Por ter tido você como nossa mentora
Durante todo esse tempo
Que agora se resume a este singelo agradecimento.

Inserida por Henry34

ILUSÃO ACADÊMICA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Os felizardos eleitos,
depois dos atos formais,
podem morrer satisfeitos;
agora são imortais.

Inserida por demetriosena

MENSAGEM DE MINHA AUTORIA !Gislene Pascutti.
PROMOVENDO A PAZ ACADEMICA !

Que Deus lhes traga a Paz e a União nescessária !
Quadros ficaram nas paredes !
Titulos ficaram nas gavetas.
Mas o maior Titulo que todos nós levaremos daqui será a união e Humildade !
De cada gesto e cada amigo no coração !
A vida e feita de cores ..........Assim foi primeiro o Arco Iris mostrando a Aliança de Deus.
Antes de ser quem somos !
Deus nos fez presentes e não ausentes .
Um grupo e formado de Amor, Paz, União............!
Sem todos esses mecanismos necessários as nossas almas .
Nem um Titulo tem Validade .
Valorizemos mas nossos semelhantes promovendo !
CORES DE AMORES ACADEMICOS .

Inserida por GislenePascutti

Que já vivi dores é certo. Delas me embriaguei, elas decorei.
Decorei a dor com laço, apertei o passo, prossegui.
E esse caminho que hoje eu sei de cor, a dor vem enfeitada com laço em fita de cetim.
Ficou tão bonita que por muitas vezes até esqueço que ela mora mim.

Inserida por tabatac

Menino da fita azul
Nas tardes de minha infância
Meus sonhos se misturavam aos seus
Minha vida começando, sua vida se encerrando

Homem do anel prateado
Como dói o tempo passando
E nós dois nos esquecendo
Ando pensando e lembrando o que não vivemos

Sofrendo com sua ausência
Idealizando uma realidade inexistente
Amo-te cada dia mais incondicionalmente
Alimentando-me de ilusões.