Poesia eu sou Asim sim Serei
Eu sou a areia do tempo, dentro da ampulheta da vida e deixo que a vida me molde grão a grão
A.Kawaza
EU NÃO TENHO A ALMA DE UM CORRIMÃO
Eu sou mais elo, de liga e do laço.
Respeito para mim é coisa fina,
assim como o abraço.
Mais do que as transas e os beijos,
as mãos dadas me parecem mais sinceras.
Tão ruins quanto as promessas
são as esperas.
"Eu era tempestade, você veio, sou calmaria.
E hoje? Sou tempestade.
Eu era frio, você veio, sou calor.
E hoje? Sou frio.
Eu era tristeza, você veio, sou felicidade.
E hoje? Sou tristeza.
Eu era escuridão, você veio, sou luz.
E hoje? Sou escuridão.
Eu era solidão, você veio, minha companhia.
E hoje? Sou solidão.
Eu era algo sem rima, você veio, sou poesia.
E hoje? Não tenho mais rima.
A saudade é minha sina.
Ah, aquela menina.
Você veio, você se foi.
Hoje só me resta na memória as lembranças do que eu era antes de nós dois..."
Modernismo
No fundo, eu sou mesmo é um romântico inveterado.
No fundo, nada: eu sou romântico de todo jeito.
Eu sou romântico de corpo e alma,
de dentro e de fora,
de alto a baixo, de todo lado: do esquerdo e do direito.
Eu sou romântico de todo jeito.
Sou um sujeito sem jeito que tem medo de avião,
um individualista confesso, que adora luares,
que gosta de piqueniques e noitadas festivas,
mas que vai se esconder no fundo dos restaurantes.
Um sujeito que nesta reta de chegada dos cinqüenta
sente que seu coração bate mais velozmente
que já nem agüenta esperar mais as moças
da geração incerta dos dois mil.
Vejam, por exemplo, a minha cara de apaixonado,
a minha expressão de timidez, as minhas várias
tentativas frustradas de D. Juan.
Vejam meu pessimismo político,
meu idealismo poético,
minhas leituras de passatempo.
Vejam meus tiques e etiquetas,
meus sapatos engraxados,
meus ternos enleios,
meu gosto pelo passado
e pelos presentes,
minhas cismas,
e raptos.
Veja também minha linguagem
cheia de mins, de meus e de comos.
Vejam , e me digam se eu não sou mesmo
um sujeito romântico que contraiu o mal do século
e ainda morre de amor pela idade média
das mulheres.
Diante do mar
Oh, mar, enorme mar, coração feroz
de ritmo desigual, coração mau,
eu sou mais tenra que esse pobre pau
que, prisioneiro, apodrece nas tuas vagas.
Oh, mar, dá-me a tua cólera tremenda,
eu passei a vida a perdoar,
porque entendia, mar, eu me fui dando:
"Piedade, piedade para o que mais ofenda".
Vulgaridade, vulgaridade que me acossa.
Ah, compraram-me a cidade e o homem.
Faz-me ter a tua cólera sem nome:
já me cansa esta missão de rosa.
Vês o vulgar? Esse vulgar faz-me pena,
falta-me o ar e onde falta fico.
Quem me dera não compreender, mas não posso:
é a vulgaridade que me envenena.
Empobreci porque entender aflige,
empobreci porque entender sufoca,
abençoada seja a força da rocha!
Eu tenho o coração como a espuma.
Mar, eu sonhava ser como tu és,
além nas tardes em que a minha vida
sob as horas cálidas se abria...
Ah, eu sonhava ser como tu és.
Olha para mim, aqui, pequena, miserável,
com toda a dor que me vence, com o sonho todos;
mar, dá-me, dá-me o inefável empenho
de tornar-me soberba, inacessível.
Dá-me o teu sal, o teu iodo, a tua ferocidade,
Ar do mar!... Oh, tempestade! Oh, enfado!
Pobre de mim, sou um recife
E morro, mar, sucumbo na minha pobreza.
E a minha alma é como o mar, é isso,
ah, a cidade apodrece-a engana-a;
pequena vida que dor provoca,
quem me dera libertar-me do seu peso!
Que voe o meu empenho, que voe a minha esperança...
A minha vida deve ter sido horrível,
deve ter sido uma artéria incontível
e é apenas cicatriz que sempre dói.
Não há ninguém como ela,
Ela nem sequer fala comigo por isso vou sempre de vela,
Eu sou prisioneiro, estou em conjunto com a rapariga na cela,
Mas mesmo assim ela na totalidade é bela,
Veste-se bem parece que vai para a gala,
Adoro a maneira como ela fala!
O meu amor por ela já à muito rebentou com a escala,
E tanto rebentou que tive de enterrar o resto na vala!
Mas acho que ela disso ainda não deu pala,
Mas vai perceber já que temos aulas na mesma sala!
Sou poetisa em negação
Não mostro meus poemas
Eles sou eu,
Derramada em tela
Descuidadamente
Como aquarela,
só que em lágrimas
Como tinta olhos
Seria mais que pornografia
Pois com grafia
Poesia
Nas areias do tempo
Sou eu quem lhe dar as mãos solidão
.
.
Texto de Renata Pereira (Relopes)
Dê os créditos se gostar e copiar
Realmente é cafona, sujo, brega e esdrúxulo.
Por isso me sinto em casa, é formal.
Por que sou eu na forma material desse estabelecimento banal, em uma metamorfose de cadeiras geladas e duras.
SOU POR TI. ..
Sou feita de um eu quebradiço, frágil ser. ..
Transito entre mundos ainda desconhecidos
Hora sou folha aos ventos, quase à perecer
Hora vendaval que açoita oceanos perdidos.
Mas de tudo que permanece, palpável rocha
É tua presença sólida, inalterável fundamento
Como o antever da primavera que desabrocha
Ou as águas que impelem os moinhos de vento!
Pois és o chão onde firmo meus passos
O travesseiro onde repouso minha cabeça
Na doçura da tua boca, no calor dos teus braços.
Porque sou feita de dores e medo. Não de flor!
E se ainda sou verso, sou por ti. Não se esqueça!
Na carícia da ternura, na doçura do amor!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados
"Quem é você para julgar a minha dor?
Nas noites frias, na solidão do corredor, sou eu quem sente o vento soprar dentro do meu estômago vazio.
Sou eu quem dança na sala deserta.
Sou eu...
num ritmo de vai e vem,
num ritmo de que não sabe mais quem é quem...
E você, quem é você para julgar a minha dor?".
eu que nada sou.
que nada sei.
só tenho de mim
o meu corpo.
e faço dele,
histórias que
jamais conseguirei
contá-las.
Atemporal
Eu te amo, amo sem exceção.
Dizem que sou louca
Por tal declaração, mas não
Sabem do ano que carrego
Por você dentro do meu coração.
Para uns o amor é um fardo,
Mas que amor é esse
Que te leva para baixo.
Amor de verdade te leva,
Te leva para o alto, te eleva.
Para outros o amor é passageiro,
Onde estão somente de carona.
Caroneiros que são, não
Sabem, nem vivem o amor
Verdadeiro.
Digo a ti meu amor, que seja,
Apenas que seja amor.
Que seja infinito enquanto durar,
Porque juro a ti amor eterno.
Mesmo em face do teu pranto,
Farei das minhas lágrimas
O mar a te conduzir com
Amor e zelo até o fim.
Canto maior
Eu sou como gente-chuva
Cai, levanta, gira, sofre
E corre para o mar.
Aprendi
Que o meu espaço
Sou eu mesmo que o faço
Para eu poder viver.
Eu sou como gente-fogo
Vai, enfrenta, briga, alastra,
E foge para o ar.
Quero a dor da gente
Dor que o povo sente
Volto a gritar ferir.
Não me faça um estandarte
Ponto e vírgula
Esta arte
Pode acontecer.
No meu cordão
Em meu refrão
Não há lugar incerto.
Livro: Travessia de Gente Grande
Ademir Hamú
Hoje eu perguntam o que mais me incomoda
andar com a cara fechada não diz que sou hostil
Nessa vida de erro, tudo ficará suspeito,
difícil de se expressar pela arte, mas é o que amo e não tem outro jeito...
Uma hipocrisia sem meio e não se sabe se tem fim
pode ser até desesperançoso que isso parte do próprio povo
Não sei qual os limite que isso ultrapassa,
caminhe ao lado contrario e nunca junto a massa.
Vou comparar-te ao paradigma e vou comparar o paradigma a uma função,
Eu sou a anomalia porque sou o número que não te pertence, não!
Vamos substituir o nosso paradigma por um novo para ocorrer a científica revolução,
Por ti entrei em crise,
E depois de me fazerem uma análise,
Diagnosticaram-me com depressão,
Porque por ti está desesperado o meu coração!
Dizem mal de mim e nisso não há engano,
Há sempre haters que dizem que eu sou profano,
E isso devia ser considerado pecado,
Já disse muitas vezes que esses não chegam a nenhum lado,
Eu sou o Deus da poesia moderna portuguesa,
Eu digo a toda a gente com convicção e clareza,
Que eu estou tão imortalizado com estes poemas,
Como Pitágoras com os seus Teoremas!
Haters de baixo e haters de alto,
Para chegarem a mim têm que dar mais que um salto!
Haters de perto e haters de longe,
Quero vos dizer que o hábito faz o monge,
E agora escrevo melhor a cada dia,
E é por isso que sou o Deus caminhante da poesia
Eu sou uma cobra,
Ando atrás de ti à caça,
Amor tenho de sobra,
Para te dar e agora o que queres que eu faça?
Eu sou um caçador,
Tenho de caçar uma presa,
Para lhe mostrar o meu amor,
E mostrar-lho com clareza!
Bem, eu sou do tempo que amor é para sempre.
Acorda, vivemos tempos de relacionamentos líquidos.
Céus, o que faço com meu amor eterno?
Talvez seja isso mesmo.
Eu sou alguém com bagagens até demais.
Então me perdoe por desabar.
Eu sempre me preocupei em agradar, mas hoje eu só estou tentando me segurar.
Ainda existem perguntas sem respostas, então não ligue pro meu silêncio.
Considerações aos meus demônios de papel.
Eu sempre estou no céu eu nunca me esqueço, eu nunca deixo de sentir.
Quando tudo está escuro, cada gota se transforma em corredeira.
Não existem sombras para me esconder agora.
Estar na beira de um colapso e não gritar.
Pensar e respirar, me segurar e não chorar.
Talvez seja só isso o que eu sempre fui.
É o que eles veem, nada mais.
Eu sou uma peça sem quebra-cabeça,
girando e forçando o meu encaixe.
Tentando entender os barulhos a minha volta.
E mesmo assim, eles ainda cobram o que eu nunca pude pagar.
Me perdoe se eu não quiser falar.
Exedi o meu limite de sentir, exedi a minha forma de gritar.
E eu sinto muito se isso desagradar, mas se quiser ficar, pegue um lugar.
Se quiser ficar, entenda o meu lar.
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