Poesia eu sou Asim sim Serei
Agora, sob a sombra da morte, sou a roseira que seu amor não pode mais abraçar,
me transformei na flor que você amava, mas que, em sua indiferença, já não pode mais tocar.
Deus. (Deuses)
Sou vulto
vulgo
o emanar alem do mar
extravasado
sobre um deus o e manjar
talvez existo completamente
delinquente
preso em sua mente
pensas diferente que a maioria
que seja.
a tua alma pode ser minha
mas o viver e seu,
faça tudo
mas poupe me dessas cismas
cabulosas
fabulosas
fanáticas
nas suas religiões
aceite me em convicção
como a razão
procure ser diversificado
arrebatando a si
o resto ha vaidade.
trabalhe para santificar- se
seja deuses
gregos ou não
(faça fama como Zeus.
cria seu mundo
seja breve
salva- se .
me busque aonde não estou
quando chegares mande rosas
e veja o quanto es importante
e infinito
sendo simplesmente eu.
Meu visual e minhas palavras
Não me definem
Sou de poucos amigos
Pois a maioria das pessoas
Preferem a beleza
No lugar do caráter
Valorizam as palavras
No lugar da atitude !
Sou tolerante
com a indiferença
a mim servida
por aqueles que insistem
na minha inexistência
a superioridade é cega
e julga preconceituosamente
a humildade e a simplicidade
como se fosse uma doença terminal!
Não espere brisa, sou furacão
Não espere que o mar esteja calmo, sou tsunami
Não espere faíscas, sou incêndio
Sou um vulcão ativo.
Nem sonhe que sou a metade da laranja,
Não me venha com metades, sou inteira,
Sou intensidade.
Não me queira pela metade, pois não me terá.
Sou um conjunto, sou o infinito, só sei ser eu por completo,
Não sei brincar de amar e nem brincar de ser quem não sou.
Ou mergulha nas minhas trevas para descobrir a luz que existe no fim do meu túnel,
Ou contente-se com outras metades.
Ou é meu por completo e me aceita por inteiro,
Ou me veja ir embora.
Sou melhor com palavras escritas,
Embaralho-me quando tento diz-las
Minhas poesias são meu "eu" criptografado em palavras,
Existe um mundo dentro de mim,
Mundo feito em palavras,
Como sopa de letrinhas, mas, mais organizado,
Às vezes não...
Então não me entenda,
Leia-me,
Decifre-me,
Pois não sou igual, nem diferente,
Apenas feita de palavras, quase nada faladas, muito menos ouvidas,
Ou compreendidas,
Mas, escritas, esperando ser decifradas,
Em outras palavras...
Sou feita de palavras, e hoje transbordo...
Sem explicação pensamentos presos se tornam soltos em papel e caneta,
Posso ser quem sou num papel,
Mutável,
Penso que posso pensar melhor,
Pensando assim,
Talvez use um lápis da próxima vez...
Muito fácil saber quem sou.
Basta mergulhar em meu som,
Nele me acho,
Me faço,
Desfaço,
É quando palavras de mim se escondem,
Em nada me respondem,
Notas que surgem como um Porto,
Em meio á um mar revolto,
Acolhendo meu ser,
Num ninar profundo,
Levando consigo todas as tristezas do mundo.
Sou um livro de poemas sinceros,
Publico-me sem clareza.
Loquaz, gosto de desperdiçar as palavras,
Como num conto abstrato,
Pintado em letras.
Descobri que poeta não sou,
Pois não sei o que é o amor.
Disseram -me assim
Que só sei falar de mim.
Mas como falarei de alguém que desconheço?
Sou dessas pessoas que voa de pés no chão,
Sou do tipo de pessoa que acredita no amor,
Sou do tipo de pessoa que fantasia uma vida perfeita,
Só eu você que não sei quem é.
Sinto muito, mas não vivo por isso,
Sou um mar de intensidade,
Nunca me dou pela metade,
Se for pra pular, seja com os dois pés,
Se tenho medo?
Quem sabe no que vai dar?
Minha sensibilidade não me torna fraca,
Mas sim diferente, desse mundo doente,
Cheio de gente sem amor e sem fé...
Eu acredito nas pessoas,
E continuarei,
Não importa quantas vezes me quebrem a confiança,
Eu já aprendi a me reconstruir.
A vida me violenta a cada dia,
A dor de ver o ser humano se perder num lamaçal de ego,
A falta de amor me dilacera,
Mas não desisto,
Choro de alegria ao ver a bondade,
Mesmo que seja uma raridade,
A alegria alheia me toca,
Assim como o sofrimento,
Não sou imune aos outros,
Me alegra, me dói, sinto.
Que não seja isso motivo de fraqueza,
Mas de mudança, afeto.
Ame.
Mude.
Seja melhor pra si.
Pra mim.
Pra todos.
Sou uma amante profunda das artes,
E existe lá arte maior que o corpo humano?
Feitos imagem e semelhança do próprio Criador?
A arte que se exprime nos sorrisos,
No companheirismo e proximidade que as atividades físicas propiciam,
Sou poeta,
Sou compositora,
Pessoas são minha inspiração,
Existe lá inspiração maior do que o afeto?
A arte de tornar uma vida mais saudável,
Sociável e feliz?
A arte que se expressa através de movimentos,
A arte de motivar,
A arte de poder tornar de cada ser humano sua melhor versão...
Passando pelo conservatório,
Aperfeiçoei a técnica em tocar um instrumento,
Pela Educação Física,
Aperfeiçoamos a técnica de poder tocar o instrumento da vida,
Nosso corpo,
A arte nos toca,
Faz-nos crescer,
Nos torna mais sensíveis,
Mais próximos,
Qualquer semelhança, não é mera coincidência,
Educação Física, é sim uma arte,
Para mim e muitos outros,
A arte do afeto.
Sou,
Inteira demais para aceitar migalhas de alguém,
Inteira demais para aceitar metade ou meias respostas,
Sou,
Inteira demais para longos monólogos,
Inteira demais para aceitar-te em partes,
Para ter minha atenção,
Necessita-se ser por inteiro.
Vou te contar um segredo,
Nunca ninguém viu em mim um aconchego,
Sou farta,
Cheia de idéias raras,
Fadada ao fardo do pensamento ligeiro,
Quase nunca certeiro,
Quase nunca passageiro,
Já,
Tentaram me acompanhar,
Pegaram carona,
Vestiram suas dolmas,
Tentaram sim,
Me cozinhar...
Não deu,
Enquanto me cozinhavam,
Minhas idéias os fritavam,
Sem reação,
Um à um me deixaram,
Porque se fizeram,
De boas conversas não eram,
Entenda,
Afrodisíaco pra mim,
São as idéias,
A beleza que vai além da retina,
A que por ela também já me enganei,
Agora sei o que quero,
Mais ainda o que não quero,
Não quero ser escrava de enganação,
Abro bem minha visão,
Com olhar de lupa,
Fechei a porta do meu coração,
Para que não haja mais decepção.
Prefiro tornar-me em versos,
Para que em delicadeza decifre-me,
Não sou adepta à unilateralidade,
Criptografo-me,
Fiz-me em labirinto,
Escolho-me bem,
Às palavras retorno,
Dançando uma dança,
Numa única esperança,
Salvar-me de mim,
Salvar-me de tão grande torpeza,
Salvar-me da minha inteligência,
Que enquanto só cresce,
A todos espanta,
Repele e fere,
Escravos da dureza e ignorância.
Não sou dada à monólogos,
Prefiro a dualidade dos diálogos,
Não sou dada à joguinhos emocionais,
Sou o que sou em construção de um ser melhor,
Evolução.
Sou uma garota nascida em Julho,
Uma garota que almeja o Amor,
O Amor verdadeiro,
Enquanto ele passa,
A dor escorre pelos dedos,
Fere os cantos,
Derramam-se em prantos,
Todos os corações despedaçados,
Ameaçados por tanta desilusão,
Coração.
Maléfico,
Enganoso sangue que corre em minhas veias,
É como o canto das mais belas sereias,
Se entrelaçou e morreu,
Dentro de si morreu.
Dissolve-me,
Reduz-me à pó,
À pó que sou,
Amor meu,
Pouco se fez,
Manteiga,
Se desfez,
Pó, líquido,
Do só,
Contido,
Aflito,
Pouco solicito.
Sou um Grito de Arte,
Uma escritora falida,
Num estrondo de silêncio,
Ensurdecedor,
Minha Arte vive em mim,
Mas, não posso viver da minha Arte,
Sou um Grito,
Estrondoso,
De silêncio,
A vida é uma violência à minha inteligência,
Onde todos os dias,
Sou violentada à deixar a esferográfica de lado para os versos,
E colocá-la entre os dedos,
Para melhor atendê-los,
Essas são as grades do capitalismo selvagem,
Onde,
Um uniforme, para alguns é capaz de ditar regras de julgamento,
Onde deixo meu mundo das ideias,
Escritora que sou, para escutar insultos,
Falta de educação, falta de empatia, não de todos,
Mas, de muitos,
Que julgam-se melhores por estarem por detrás de uma mesa...
Ou com um crachá de cargo à mais,
Tanto faz.