Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
você é impiedosa, assombrosa e calma, olhe todos ao seu redor...qual o critério que você tem? Qual é a sensação de estar possivelmente gostando do que vê? você sempre foi assim, sempre foi..triste e medíocre, sempre foi algo que dava pena e era um sentimento diferente dos outros, você chorava com aquelas lágrimas negras e sujas.
Sempre olhei pra você como uma incógnita no meio do túnel, tapando a luz que eu via e você apenas estava parado esperando alguma coisa? como eu disse você sempre era diferente, um sentimento diferente e escuro. O mar era um caminho sem volta, você gosta de dizer que está tudo bem mas você está sempre mentindo pra si mesmo, tentando transparecer sua mediocridade, lutando sem motivos.
trilhando algo que nem sequer é uma garantia, abrindo mão do que lhe é sagrado, desejando um coração puro e com esperanças para no fim esmaga-lo com suas próprias mãos, andando sem seu amigo pela noite que lhe acalma nas profundezas do seu abismo, olhe pra mim e diga que nada disso é real, que nada disso é um truque seu para me manter preso nessa droga de lugar. Olhe...por si só, como é revoltante sua volta a este recinto que um dia foi sua casa, sempre tudo é melancólico e sem vida? por que escrever sobre coisas que você sequer vivência para descrever?
O luto, a tristeza, a angústia, a mágoa tudo isso é algo que no seu céu cinzento te faz ser o que é, sem um teto, sem um espaço, sem um mundo. Tudo é sempre tão triste né? seu amigo ainda volta hoje pra você? eu espero que sim, ele é uma boa pessoa, uma pessoa com esperanças e desejos... você realmente quer sugar isso dele né? sua inveja é distorcida e incerta, você escreveu tão forte que a folha rasgou, seus punhos cerraram e sua raiva tomou conta do seu ser e em meio a tamanho devaneio e mobília quebrada, sua mente ainda é a mesma né? a mesma que sempre dizia pra si mesmo o quão insignificante você é pro mundo injusto lá fora, seu medo de pessoas é algo realmente perturbador...você sequer consegue conviver com alguém? o que te faz pensar que é um merecedor?
Não olhe mais pela porta pra me dizer que é a última vez, que é apenas um jogo, que é apenas seu jeito... no fundo você sabe que eu não quero seu mal.
saudades de algo que jamais terei, saudades de algo que está extremamente longe do meu alcance e provavelmente feliz por isso. Não nego que por mais que as coisas tendem a serem desastrosas, no fundo não existe certeza de que tudo vai ficar bem não tem como garantir isso, a vida sempre foi assim incerta com apenas uma única certeza da qual eu sequer preciso citar.
Penso que no alto da sua complexidade molecular ainda sim existem coisas que não entendemos, coisas que talvez demorem muitos anos pra finalmente serem compreendidas mas talvez, sem propósito? Você não precisa de muito pra não conseguir entender você mesmo porém você não é obrigado a compreender TUDO em você, seja como for somos únicos mas com traços parecidos. Só uma louca ideia sem rumo.
pergunte ao andarilho que nada teme, pergunte ao marujo que enfrentou tempestades, pergunte ao sábio sobre seus conhecimentos ou até mesmo pergunte a si. Por que? porque você é assim? não é algo ruim ou algo que você deva ter medo, apenas um apreço por coisas simples e boas na vida, é como se a luz do mundo fosse infinitas estrelas radiantes em um céu completamente negro e sem vida, você olha pra direções e mais direções tentando encontrar algo que lhe agrade a visão mas em vão, todos dirão que você é louco ou quiçá uma mera pessoa incompreendida com visões de um passado tortuoso e sem esperanças mas veja só, você deu a volta por cima de tudo isso e cá estamos sentados em uma velha cadeira com uma mesa de madeira maciça da qual você tomou aquele vinho com você mesmo.
Foram tempos dos quais eu e você sequer queremos lembrar mas o que tinha que ser feito, foi feito e por nossas mãos, ande repreendido e um dia você é quem os vai repreender, sei que muito do que falo não faz sentido algum, não tem coerência ou sequer uma linha a se seguir mas aí que mora a graça nisso tudo, pelo normal ser sem graça e com poucas alternativas em sua essência, seja incompreensível pois quem dirá o que é ou não compreensível é vosso leitor, buscando referências de algo da qual eles querem muito entender. Não se sinta frustrado ou triste com tais palavras no fundo sabemos que uma árvore frutífera sempre dará seus frutos aos mais famintos de conhecimentos e livres de seus árduos trabalhos porém fartos da mesma e velha cidade com seu poder de nunca mudar e estacionar no tempo.
Olhe para si, em meio ao devaneio mais profundo e distorcido da sua mente, procurando por respostas impossíveis de serem respondidas de uma forma coesa e com certezas. Tudo nesse bendito mundo é sem explicação, nós humanos achamos que temos controle de tudo porém não. Nós somos apenas as peças comuns e sem propósitos, entretanto apesar de tudo isso que escrevo ser uma grande ironia ao destino certeiro que todos nós temos... que é a morte. Viva do seu jeito, sem ligar pra tudo que a sociedade impõe visando ser o jeito certo de achar a felicidade. Não existe um jeito certo ou errado, existe apenas escolhas.
Julgar ou ser julgado, ser o centro das atenções?! Olha, ninguém liga pra isso, nós não estamos em um palco com um grande público para assistir nossas escolhas, burradas ou questionamentos mais profundos. Sempre se pergunte: isso realmente importa?
Vagar em um dilema, abstrato de ideias infundadas sem relevância alguma, acreditar que o amanhã sempre será um dia melhor que o anterior, anda de cabeça erguida diante da dor e do ódio.
As vezes a apatia surge, do imenso nada... Dizendo que tudo que você estava sentindo até então, não importa. Os gritos agonizantes da alma e da mente se cessaram por um período entretanto em contra partida isso veio a ser uma faca de dois gumes... Uma confusão é tudo que resta, uma mente vazia, uma indiferença no interior da sinapse humana, do absoluto nada... As palavras não surgem, a mente tenta mas logo se cansa e encerra qualquer pensamento ou até mesmo sentimentos, quando isso acontece o jeito de tratar os semelhantes se torna oblíquo e muitas das vezes você quer evitar esses encontros, se retrair ou deixar de lado, a estranheza caracterizada pela confusão mental que se tem em momentos assim é completamente indecifrável aos olhos de quem está passando por isso e para os outros. O triste disso é não saber lidar de uma forma adequada quando acontece, o sentimento de querer algo e não querer ao mesmo tempo corrói a alma em uma agonia lacerante.
O corpóreo encanto da vida tem o seu trágico fim no meio dos escombros escolhidos pelo destino, vagar pelo vale sem lei da terra tornar-se o momentâneo suspiro do adeus incorporado a alma distorcida do ser humano que sequer pôde uma vez, ver o que se chama de paraíso.
"O NOME
O nome que se encerra em meus lábios
não é de gente, nem de bicho,
nem cabe no estampido
de um fonema solto ou comum.
O nome que meus lábios sepultam
está além da palavra,
por isso se cala e se cola em minha boca
na saliva espessa do silêncio.
Que nome é esse que me queima a língua
e se deita frouxo
na monotonia do grito cansado,
carente de vida e de voz?
Esse mesmo nome cheio de pecado
e da nociva perplexidade
é aquele nome abstrato, quase sêmen,
quase um mantra, quase sagrado,
que cura toda a tribo quando se evoca
e entra na dança, entra na história,
e se faz verso, se faz lido
na capa negra de um livro.
O nome que caminha
entre a alvura dos meus dentes
e neles se senta
porque nas pernas não se sustenta
como se um velho fosse
sendo uma tenra criança ainda.
Louco de fazer-se ideia.
Código de guerra
num vasto tapete de procissão.
O nome que sufoca o ‘não’,
que desmancha o ‘sim’,
que desfaz o tempo impreciso do ‘talvez’
e salta à tez...
E amanhece mulher
na palma da minha mão.
Poesia errante
Que às águas do papel se precipita.
E se afoga na intenção obscura
do sentido.
E vira mito.
O nome que morre sem nunca ter sido,
Sem nunca saber quem foi,
para o poema poder nascer."
Quando a depressão chegar,
Coloque a mão no queixo...
Repare, observe, veja se algum membro lhe falta, se falta...
Se em seu corpo, esse monstro não lhe tocar, não lhe ferir, tente encarar da mesma forma e também rir de volta pra ele.
Autor do livro Brincadeira de Pássaros
me tolerando
Viva ao meu lado, mesmo que não encontre amor nisso.
Sustente o olhar nas noites sombrias,
Ainda que seus olhos desejem fugir para longe de mim.
Teus suspiros, mais claros que palavras,
Expressam verdades que hesitas revelar, mas por quê?
Malas sendo preparadas, olhos revirados,
Este lar parece agora uma prisão.
Oh Mara, oh Mara, tentei tanto,
Por que o amor escorreu como água entre os dedos?
Por que não sou valorizado como mereço?
A cada dia, suporto a escuridão desta casa,
Com olhos frios e lábios secos,
Tu, que não os hidratas,
Ignoras o clamor do meu ser.
Vejo-te partir, como uma criança desamparada,
Impotente diante desse destino melancólico que minha mente formou.
Lembrará, ao menos, do amor que um dia floresceu?
Do fervor nos meus olhos quando nos encontramos pela primeira vez…
Fique e me tolere, ao menos mais uma vez apenas…
meias noites
Na meia-noite, monstros dançam,
Como sombras, somem sem paz.
Afundam em mim, como Dab Tsog,
Sufocando, deixando-me sem folego.
Acelerada: minha respiração,
Visão turva, sem direção.
Pele pálida, lábios feridos,
Em tormento, perdido, ferido.
Ergo as mãos em desespero,
Mas no eco, apenas um lamento.
Negados os pedidos, sem saída,
Será frescura essa agonia tão dolorida?
Racham as paredes em meu quarto,
Nas ansiosas meias noites, sinto o esparto.
Às 3:33, num pesadelo profundo,
Flutuo, meu ser queimando no mundo.
Lágrimas negras, em torrente,
Caindo, inundando a mente.
Meu castelo de barro se desmancha,
Na escuridão, a dor se lança.
Marcas surgem, em meu corpo, dores,
Sangue que acalma, em pulsos, fortes.
Em coma, apagado, aprisionado,
Na cela da mente, sou adolescente, condenado.
A Minha Solidão!
No silêncio do meu quarto, olho a rua
pela vidraça da janela. Ouço o barulho
do vento lá fora, aqui dentro a solidão
me apavora.
Quero te esquecer, mas não tem jeito,
saudade aperta o peito, o pensamento
voa em sua direção.
Eu queria ter o poder de voar agora, e
ir para onde está o meu coração, me
aconchegar em seus braços, e saciar
essa paixão.
Impossível Fugir Do Amor!
Não adianta procurar o amor, porque o amor
não quer ser encontrado. O amor é soberano
e seu prazer é invadir os corações solitários
quando menos se espera, sem perguntar se
é a pessoa certa, se é a hora exata ou se o
lugar é apropriado.
Quando o amor acontece, não há como escapar,
o jeito é se entregar a paixão, já que não dá para
desligar o cérebro, bloquear a imaginação, nem
deletar do coração, porque é impossível fugir do
fogo, quando a chama arde dentro do peito
DIA DO CACAU
.
Hoje é o Dia do cacau
Bahia é o maior produtor.
Dele, faz-se o chocolate
Eu primo por seu amargor.
Além de mais nutritivo
Evitar doce é preciso
Cuidado com a insulina!
Diz meu prudente doutor.
<>
Atualmente, o Brasil assume o posto do quinto maior produtor de cacau do planeta, sendo que 95% da produção nacional é da Bahia.
......
26.03.2024
NÃO SABE O QUE TÁ PERDENDO
.
Eu digo e ela não acredita
Ela é bonita demais ♫
Por mais que eu diga
Ela não me dá cartaz.
Vou falar pro Geraldo
Que ainda dou um caldo
Além de ter muito gás!
.
Eu vou pedir também -
Azevedo - avise pra ela:
Não sabe o que tá perdendo
E que deixe de esparrela.
Que um homem igual a mim
Não se acha em qualquer passarela!
CULTURA DA EMBALAGEM
.
O mundo em que nós vivemos
É o da cultura da embalagem
Que despreza o conteúdo
Priorizando a imagem:
Da pessoa que tem riqueza;
A prendada de beleza;
Da virtude e da coragem.
Esse pacote de virtude
De nada importa ter
Basta apenas que se cuide
Do disfarce em parecer!
.
Poesia inspirada no texto de Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio (1940-2015)
VIVVER TRANQUILO
.
Para evitar mais uma dor
Faço ouvidos de mercador.
Se ela diz: faça isso, faço aquilo
E eu finjo que obedeço
Viver em paz não tem preço
É melhor viver tranquilo
Ela merece... eu mereço
Cuidar do nosso amor!
DANUZA LEÃO
.
Morre Danuza Leão!
Modelo e jornalista
Júri na televisão
Promoter e ainda cronista...
Dizer tudo que ela fez
Não há espaço dessa vez
Tem de ser noutra lista!
...........
22.06.2022
SOU POETA... SOU FELIZ!
.
Seu brilho é diferente
Se você vive a verdade
Isto sim é que importa
Chama - se maturidade!
Sou poeta sou feliz
Foi assim que eu me quis:
Cultuando a liberdade.
CONSUMO INTELIGENTE
.
É tão simples que revolta
O consumo inteligente
Está além da economia e...
... Não mais que de repente!
O Planeta se energiza
Dá tudo que se precisa
Para o corpo e nossa mente!
SACOLA DENTRO DO PEIXE
.
De pronto senti pavor
Ao escutar esta conversa
Que me pareceu ficção
Mas é real e perversa:
.
“𝘛𝘦𝘮 𝘴𝘢𝘤𝘰𝘭𝘢, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳?
𝐄𝐥𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐝𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐢𝐱𝐞.”
.
O peixe vira sacola
E a sacola vira peixe
O Homem mata e esfola
Pra vender tudo num feixe.
.
A gente comendo plástico
E a mídia entrando de sola
Divulgando: “isso é fantástico!”
Que nos resta? O que nos consola?
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