Poesia de Vizinhos

Não tenho nada contra os meus vizinhos ouvirem suas músicas com o volume alto, mas desde de que tenham o bom senso de não cantarem junto com as elas.

Chega de descasos e vizinhos descalços. Chega de guerras sem sentido, chega de amores não revelados. Chega de dias nublados, chega de ser complicado. Meu coração é uma metamorfose, ele se dilacera por dentro de raiva, ele se quebra em pedaços pequenos, ele não aguenta tanta pressão. Então a perguntas, tem tantas coisas a serem perguntadas. E absolutamente nenhuma resposta. Tenho tentando construir uma castelo de areia , me aprisionar lá dentro e não sair mais. Deixar o sol entrar somente a meia-noite. Caminhe , caminhe por aquela rua onde se perdeu seus sonhos, resgate seu passado. Então voe, voe até cair. Você merece uma punição. Então precisa de alguém lá em baixo, está chovendo e não consigo ver. Volte ao passado, realize pesadelos. Sonhos são desejos ocultos, sonhe... Voe , voe o mais alto que puder. Caia e deseje estar naquele castelo, onde tudo começou. Tenho memórias, em que invade meu quarto escuro, e me assombra a noite toda. Não posso ver, o subsolo. A menina, em que foi embora. Ela sente sua falta. Ela chora por não ter dado certo. Ela vê seu rosto em todo lugar. Voe, voe para encontrar o castelo, onde tudo começou. Voe, e caia.

⁠Sinto muita falta da minha infância humilde, a gente não tinha internet, não tinha vizinhos por perto e nem televisão, não tínhamos problemas.

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