Poesia de Medo
GENERAL
Poucos saberão o enredo
Daquele olhar meio zambaio
Quem sabe já teve até medo
Mesmo sendo um tanto zagaio
E tratado como brinquedo
Revestido como um cipaio
Atado na ponta dos dedos
Fazendo da vida um ensaio
Havia de ter seus segredos
O nosso amigo Nanaio.
LANHAÇOS
Bem no momento do desafio
Anda na espinha um arrepio
Apesar de algum golpe do medo
É na coragem que eu me sedo
Indolor às peleias da vida
Vão lacranando o homem da lida
Lesam afora o peso dos anos
Meio domando o sonho aragano
Com toda força há que prosseguir
Na mesma senda de um David.
DINAMITE
Eis que estás por explodir
E mal cabes em ti mesmo
Os problemas implodir
Um a um perdendo o medo
Sempre há brecha pra sorrir
Dinamite no rochedo.
LABIRINTOS
Saudosos medos de infância
Em mitológicos centauros
Mas na firmeza da confiança
Vão se espantando os minotauros
Velhos temores são extintos
E quando tudo há de ser áureo
Vem outros novos indistintos
Mais importante é estar no páreo
Para enfrentar os labirintos.
QUE(M) (H)ORA?
E então chegou a hora
Hora de ir embora
E nem chegou a aurora
Medo que esconde a mora
Ofusca a luz de outrora
Fé que o passo vigora
Busca o mundo lá fora
Sempre há chance no agora!
ARRE"MEDO"
Muitas vezes é o medo
Que freia o teu futuro
Receio de arremedo
De escombros e entulhos.
MEDO DA CHUVA
Não, eu não perdi
Medo que não tenho
Amigo do raio
Sempre resisti
E com muito empenho
Fecho a porta e saio!
PARTO
Do aconchego de um ventre
Nasceu em meio a seus medos
Com sua tarefa ingente
De os transformar em sossego
Foi essa sina premente
A que gestou este Alfredo.
ABANDONO
E então chegou o medo
Abandonando a ti
Acabando o sossego
Tentando se iludir
Mentindo pra si mesmo
É hora de rugir
Buscando novo enredo!
INCERTEZAS
Que bom vê-la coagida
Em voltar brincar com a vida
Assim, meio na chibata
No açoite que arrebata
As incertezas do medo
Permitindo um novo enredo
Deixando o que não importa
Virar chave à outra porta!
Aberto como um livro
Despido por completo
Andando no vazio
Vulnerável
Procurando em cada esquina
O pedaço que faltava
Falta?
A quem, o quê?
A mim?
Lei da rotação
O mar é confuso,
é algo misterioso,
mas mesmo que de medo
não é tão perigoso.
Também tem o sol,
caloroso e intruso,
ele alegra as criancinhas,
e ilumina o mundo.
O sol, porém, tem um defeito,
tem um pouco de obsessão,
sempre que vê o mar,
começa uma absorção.
Vou tentar explicar,
o sol rodeia o mar,
cada raio obsessivo,
é um modo de carinho.
Sinto-me como desenhando
Em uma tela pequena
E tudo
Parece um conto de fadas!
De repente
Vejo-me em uma tela grande
O medo, a ansiedade e o pânico aflora
Pensei que estivesse no controle!
O mundo, o medo e o Alzheimer!
A doença de Alzheimer é uma das “piores enfermidades” que existem. Aos poucos, ela devora pedaços da vida das pessoas, tornando-as pequenas e frágeis. É uma condição terrível, pois faz a pessoa perder sua identidade e integridade. Foi extremamente doloroso ver minha mãe, outrora forte e destemida, se transformar em um ser tão frágil e indefeso. Seu caminhar se tornou solitário, preso em um mundo ao qual eu não tinha acesso, um mundo cheio de medo, onde suas lágrimas caíam copiosamente. Esse medo roubou-lhe o apetite e aumentou seu sofrimento. Eu conhecia muito pouco desse universo. Sinto muito, e às vezes choro por não ter pedido desculpas, desculpas por não ter podido curá-la com o meu imenso amor. Mãe, te amei e ainda continuo te amando. Sua benção.🙏🏼🦋
É natural ter medo do desconhecido, de enfrentar as adversidades e de lidar com as incertezas que o futuro nos reserva. Mas percebi que é justamente nessas situações que tenho a oportunidade de me superar, de me reinventar e de descobrir novos caminhos.
Ao confrontar minhas inseguranças, estou me permitindo florescer. Estou deixando de lado as preocupações excessivas e abraçando a confiança em mim mesma. Afinal, não é sobre evitar as ervas daninhas, mas sim sobre aprender a conviver com elas e a transformá-las em adubo para o meu crescimento...
- Edna Andrade
Ser quem se é, sem medo ou receio,
é um ato raro, um sopro alheio.
Pois quem se encaixa e perde o brilho,
talvez descubra que nunca foi inteiro.
Não tenho medo de ficar sozinha,aprendi a nutrir-me de:
AMOR, CORAGEM, ESPERANÇA e FÉ!!
Sentimentos básicos para sobrevivência!
Haredita Angel
23.03.2013
Trovoada
O ruído do trovão é uma complexa onda de pressão, precedido dum clarão; resultado de uma ionização. Astrofóbicos ou não, todos encurvam-se com pescoços ao chão.
Para os pessimistas de plantão, eis aqui a minha consolação, sempre após o dia cinzento haverá uma coloração.
Que a minha prece seja, não para ser protegido hoje dos perigos, mas para não ter medo de enfrentá-los.
Que a minha prece seja, não para acalmar a dor, mas para que o coração a conquiste e não procure aliados, mas as minhas próprias forças.