Coleção pessoal de Missbelle

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⁠Viver é difícil
Como é difícil viver
Mesmo na felicidade
Eu penso lentamente em morrer.

Se eu pudesse voltar
A ser poeira cósmica
Com certeza eu estaria
Muito mais feliz.

Eu tenho incerteza
Nada exala clareza
Nem mesmo a pureza
De um ser divino.

Meu senhor,me mate
Ou melhor,me salve
Antes que se apague
A esperança que eu ainda tenho de viver.

⁠A morte parece gostar muito de mim.
Mas eu também gosto dela,pois a cada momento eu sinto a sua presença.

Os suicidas muitas vezes se matam porque têm medo de morrer. Não suportam a tensão crescente da vida e da espera do pior – e se matam para se verem livres da ameaça.

Todo nascimento supõe um rompimento.

Não devemos responder as perguntas do universo,devemos responder as perguntas de nossa existência,porque enquanto vivermos,nunca⁠ saberemos qual o sentido de existir.

Essa noite – de ventania – sonhei um sonho tão gratificante. Era um menino de 14 anos e uma menina de 13 que corriam um atrás do outro, se escondendo atrás de árvores, e às gargalhadas, brincando. E eis que de repente eles param e mudos, graves, espantados se olham nos olhos: é que eles sabiam que um dia iriam amar.

Ângela é ainda um casulo fechado, como se eu ainda não tivesse nascido, enquanto eu não abrir em metamorfose, Ângela será minha. Quando eu tiver forças de ficar sozinho e mudo – então soltarei para sempre a borboleta do casulo.

⁠Em um dia frio
Quase calor
Os cantos da sala
Transpiram amor.

⁠Nuvens

Nuvens são vácuos
No meio do céu.
Todos gostam de olhá-las
Pois elas formam figuras,
Figuras que uma criança,
Com um sorriso e uma lembrança
Pode imaginá-las.

Quando olho para cima
Vejo muitas imagens
Que me lembram muitas coisas
Como uma bela paisagem.

Eu vejo uma princesa
Montada em um dragão.
Eu vejo uma bruxa
Voando em sua vassoura.
Eu vejo um pirata
E sua tripulação.
Eu vejo crianças
Brincando de pedra,papel e tesoura.

Mas eu não preciso de tudo
Para poder imaginar
Porque apenas com a nuvem
Posso uma história criar.

A bruxa com grande nariz,
O unicórnio com barriga para cima,
Há um duende rabugento
E uma professora que não ensina

Posso ver várias montanhas
Posso ver um grande rei,
Governando todo o enredo
Do que eu imaginei.

Olho para janela
E vejo muitas nuvens
Por isso posso dizer
Que eu imagino !

Calendário Lunar
A Lua aparece
Se você esperar.⁠

Eu adoro queijo

Nada lhe pertence mais que seus sonhos.

Os professores da minha escola

A professora de Matemática,
com suas contas complicadas,
falando em equações,
no Teorema de Pitágoras.

A professora de Português,
com seu modo indicativo,
falando em advérbios,
interjeições, substantivos.

A professora de Geografia,
com seus complexos regionais,
falando em sítios urbanos,
em pontos cardeais.

A professora de Ciências,
com seus ensinamentos ecológicos,
falando em evolução,
em estudos biológicos.

A professora de História,
com seus povos bizantinos,
falando na Idade Média,
no Imperador Constantino.

A professora de Inglês,
com seus don't, do e does,
falando em personal pronouns,
na diferença entre go e goes.

A professora de Artes,
com suas obras e seus artistas,
falando em artes ópticas,
em pintores surrealistas.

O professor de Educação Física,
com suas regras de voleibol,
falando sobre basquete,
em times de futebol.

Os professores da minha escola,
com suas matérias que às vezes não entendemos,
falando em todas as coisas,
que aos poucos vamos aprendendo.

Poesia por acaso

Sem inspiração
estou agora.
Tento atiçar a imaginação
mas ela demora.
Não consigo pensar em algo
que faça rimas.
É como querer acertar o alvo
com a flecha apontada para cima.
Não acho um bom assunto
que se organize bem em versos.
Mesmo sabendo que no mundo
há mil assuntos diversos.
Que coisa chata,
não consigo imaginar.
Isso quase me mata,
porque é horrível não poder pensar.

Mas espere um momento,
mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo,
vejo que é um poema!

⁠Mera imensidão

A Lua iluminada,
Vejo da minha janela,
Bonita e aclamada,
Penso na beleza dela.

Vejo uma constelação,
Eu estou admirada.
Por que há tanta beleza,
Numa estrelinha de nada?

As Marias andam juntas,
Gosto de observá-las,
Pois a culpa é das estrelas,
E ninguém pode julgá-las.

Eu queria ser a Lua,
Satélite deslumbrante.
Eu queria ser as estrelas
Para brilhar na escuridão.
Mas o triste é saber
Que eu não seria um ser pensante
E a coisa mais frustante:
Eu não teria um coração!

⁠Quando eu chorar,
sentirei muita dor,
Mas se você se desculpar,
Não guardarei rancor

Se me perder, não pare para me procurar, e se me encontrar, me deixe, pois não estarei no mesmo caminho em que você está.⁠

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

⁠Eu vejo estrelas todos os dias,
Mas aquela estrelinha
Brilha mais que todas as outras.

Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever.