Poesia de Boca

Da sua boca saiu as palavras que sempre quis ouvir de uma mulher e que, todas as outras não tiveram a capacidade de dizer.

Depois de ficar um longo tempo fazendo respiração boca a boca com a insanidade, você também se pergunta: será que sou real? E talvez a única resposta plausível, seja...nunca passei de um mero joguete metafórico...

Um abraço, dois abraço, um carinho, um beijinho no canto da boca, uma piscadinha, aquela jogada de cabelo, um sorriso, uma risada, o andar, o falar. Dentre outras coisas, que eu amo em você.

O amor não é uma condição para o coração dos hipócritas. Quando você abre sua boca, e declara que O tem. ele mesmo se encarrega de testar seu coração e saber se o que você disse realmente é verdade.

CHEGA! Suas pretensões não são minhas intenções. Não coloque palavras na minha boca, nem vontades no que eu faço.

Devemos sempre nos lembrar que Gaia nos deu duas orelhas e uma boca, quem sabe devemos escutar duas vezes mais do que falar.

Existem jeitos e jeitos de dizer as coisas. Não dá pra abrir a boca e despejar palavras. Elas precisam se alinhar, uma tem que segurar a mão da outra, fazer um carinho, prestar atenção, conversar. Elas precisam dançar e sair da boca com leveza. Dizer tudo que pensa de uma forma agressiva não é motivo de orgulho. Acho, inclusive, vergonhoso. Sinceridade não é grosseria, muito menos falta de educação. Sinceridade é ser fiel ao que você sente e passar isso para o outro da melhor e mais bonita forma possível. Caso a emoção seja violenta, sinceridade é ser fiel ao que você sente e passar isso para o outro sem a intenção de magoar ou ferir. Sinceridade não é dizer o que pensa, mas cantar o que sente. Simples assim.

Beijos amargos de uma amarga vida, dizem à boca pequena, que não existe poema, que dê jeito em sua rima.

Sua boca era minha confusão. Em seus lábios me sentia em uma intensa rebelião, de sentidos, de sorrisos e de verdades. Tudo o que eu tinha como concreto, perto de ti se desfazia, e se transmutava em perguntas. E as poucas respostas que possuía, você as consumia, com apenas o roçar de sua língua em minhas vontades.

Você esvaziou meu copo, mas mesmo assim eu me senti embriagado pela boca que de mim roubava a única dose que poderia beber. Rascunhos de uma obra inacabada, perpetuada pela vontade de nunca parar de escrever.

Poderia descrever sua boca em cada centímetro que tem. Descreveria seu gosto buscando na minha memória a falta que ele faz. É quente a lembrança que tenho, é forte a presença do seu olhar. Recebo no presente o presente de querer você.

Salgada era a água que escorria pelo meu corpo e doce era o gosto da sua boca, assim descobrimos a fórmula perfeita do soro que nos hidratou, tratando de encurtar o caminho que talvez demorássemos muito tempo pra seguir. Como saber? De uma hora pra outra o errado virou certo, o oculto se tornou notório, as omissões foram confissões e no intervalo de uma hora iniciamos a história que já tinha quase uma vida de duração.

Em cada ânsia por respostas, a busca de novas perguntas que norteiam a boca calada. Em cada silêncio recluso, a vontade desenfreada de entrelaçar as mãos em seus cabelos e tornar-me escravo das correntes que me prendem sem pensar.

Tem coisas que a boca não fala,os olhos não dizem e os ouvidos não escutam,porque a mente não pensa,porem... o corpo reclama!

Chuva e frio me remetem a vontade de ter você aqui na minha cama, chocolate quente, beijo na boca, carinhos sem fim, palavras de amor ao pé do ouvido... só falta você, topa?

Se as pessoas fossem recíprocas tudo seria mais fácil. Todo mundo tem boca pra julgar, mas ninguém tem decência em se colocar no lugar do outro. Antes da cobrança deve vir à ponderação. Se eu faço, você tem o direito de fazer, se não, cada um tem o direito de se sentir como quiser, bem ou mal. As relações independentes de quais forem perderam o valor, o egoísmo cega o que deveria ser levado em consideração, admiração,... Ninguém enxerga além do seu próprio umbigo. Ninguém nasceu pra ser perfeito, mas “valores” vem de berço é o que distingue e o que te diferencia dos demais.

Eu odeio o sorriso dele. Odeio a boca dele. Odeio o jeito dele. Odeio o abraço. O cabelo. Os olhos. O seu carinho. Sua birra. Seu bico. Eu o odeio por completo. Tudinho nele. Mas.. Já ouviu dizer que amor e ódio andam lado a lado? Pois é, eu odeio tudo isso, porque amo cada detalhe disso tudo.

Não dê ouvidos aos gritos dos pessimistas, ouça os cochichos de sonhos e esperanças que saem da boca das crianças.

Não dá para acreditar que as pessoas falem palavras apenas da boca para fora, até você ter a certeza de que acabou de ouvi-las.

Não me importam os vinhos, vodkas ou champagnes que entram por tua boca, me importam as palavras que saem dela...