Poesia Carinho Machado de Assis
EXPLICAÇÃO DA PARADA
A vida é uma incerteza de confundidade
um horizonte cego...
Um barco, sobre o oceano de indagação
sentimentos, sensações...
Esperanças em meio as, atrocidades.
Nascer sob o tempo... Suspiro!
Tic-tac movido por um pedaço de carne.
E a alma? Que alma, que nada!
Vem a vida, estou vivo, vivo!
A parada explica o ser,
eu você... Nós todos vivemos aqui!
E a morte esta, vivendo por ai,
para com seu desencanto...
Explicar o inicio, a tecelagem,
e a malha furada do fim.
Antonio Montes
BOLHA DE GOTA
Para que, esse olha,
não olha...
Esse molho, esse olho,
olhe o malho... Alho orvalho
Tire a toalha do varal!
a chuva esta vindo, veja o temporal!
Ainda é tempo...
Não pense na gota,
na bolha...
A moldura da sua calçada,
pode esta zarolha,
enquanto, não molha as rolhas!
Recolha.
Antonio montes
LOUVOR & HORROR
Os dados foram dados...
Mesas postas, apostam com louvor
e na contrafeita, apostas feitas,
agora... Tudo é questão de jogo
de um piscar, de um vacilo...
Eu fico com tudo aquilo que
você nunca falou!
Do que adianta esse amor...
Se o poder por aqui é abrasador...
As orações estão fazendo sucesso
e pela fé, pobres estão enriquecendo.
Vamos para a igreja, vamos orar
a esperança nos espera com show business
os aliados então contracenando
e os nossos pastores...
Estão pregando horrores,
e até chora para enricar.
Antonio Montes
BRILHO DA INOCÊNCIA
Passos dados, dados jogados
a mesa esta coberta de horror
Você aposta eu aposto
esperamos que as ofertas
abra a nossa, trancada porta.
Eu vou sorrir para ludibriar...
Eu vou chorar para você cair,
eu só quero ganhar!
Se possível chorarei por você
farei de tudo para me propagar,
nos degraus do seu tre-le-le.
Vou ofertar p'ra te pegar!
Me fingir de bom...
Assim como doce bombom
o qual, primeiro você sente o gosto...
depois, perderá o brilho do seu batom.
Antonio Montes
A VOZ DO SILÊNCIO
Os degraus são da dor e do sofrer,
Só os calam as vozes da virtude,
Mas o lodo da vil vicissitude
Faz o tolo, de início, esmorecer.
Quem se prende a esta lama sem saber,
Gasta muita beleza e juventude,
E, depois da total decrepitude,
Se despede da vida sem viver.
O brotar dos sagrados germes n’alma
Do andarilho, na dor e paz, o acalma
Entre os juncos do ser que é sua senda.
Cada vício é o riso de uma hiena,
E a virtude é a voz meiga e serena
De quem forja na queda a própria lenda.
Posso roubar beijos de você
Posso roubar sorrisos
Posso roubar tua inocência.
Só é uma pena
Eu não poder roubar suas dores
Para que estas não te perturbem mais.
CARA TORTA
Há um sinal atrás da porta,
piscar de uma cara torta
uns entram, outros entortam
Psiu! Você ouviu?
Será uma voz ou,
corrente macia de um rio...
Rio, sem elo, sem velo
sem linha, sem novelo...
Seria melhor telo.
Cadeado sem cuidado
passos, alinhados sem fado,
vamos marcar a musica...
Rodopiando no quadrado.
A noite assim é pequena
como uma menina serena,
sereno de uma brisa fina
lua cheia, noite rima...
ouça o pio da coruja
enquanto a estrela brilha
junto a lua, lá em cima.
Antonio Montes
CONGELO DE FELICIDADE
Eu vou tirar, a foto do seu rosto,
um prisma, meigo, contente, rindo...
E d'essa forma, eu congelarei a sua
alegria. Quem sabe assim, eu terei
a sua imagem de felicidade, tal qual
um arco-íres, escancarado só para
mim. Eu vou colocar, a sua foto
na moldura, e logo, pendurarei, na
parede do meu quarto. E quando
lá eu me achar só... Eu tenho certeza
que minhas lagrimas caindo se
levantarão só para fitar na parede...
O sorriso da minha paixão.
Antonio Montes
Corrente, fivela, argola,
Picinez, óculos, anel,
Livro, revista, papel,
Arame, bordão, viola,
Mala, maleta, sacola,
Perfume, lenço, troféu,
Roupa, sapato, chapéu,
Eu não posso conduzir
Quando for para eu subir
Na santa escada do céu.
Na loteria da vida,
Cada um faz o seu jogo
E o ponteiro da sorte
Empurra todos no fogo
Dá a cada um seu prêmio,
Sem ninguém lhe fazer rogo.
QUA, QUA, QUA
Nem que, que, qui
nem, cá qua, qual...
O que p'ra que?!
aqui acolá, de quem?
P'ra que vão, onde não cabe,
p'ra que ficar p'ra bailar,
se a zica é covarde...
Compadre, deixe rolar.
A noite densa, se faz crua
soluço lagrima na rua
promessa aos pés da lua
na encruzilhada... sarava.
Se o rio se faz corrente
canoeiro passa remando
e o amor de lá, de cá, dá li...
Qua, qua, qua!
Antonio Montes
ALARIDO
Lá vem a boca da noite...
Vem de baixo, vem de cima
vem para eles, vem para elas...
vem tecendo a sua, fúnebre rima.
Mandíbulas abertas, sem trela...
Rápida arisca, como se fosse uma gazela.
Ela vem mordendo o tempo,
sem seus dentes, mascando vida...
Toda banguela! Vem...
Dando dentadas pelas ruas escuras
espreitando figuras, de agruras,
sombras que assombram, almas inseguras.
O bêbado, de bafo azedo, cospe,
e fala grego, todo abobado...
O menino no lixo, chora congelado
ladrar de cão, frio de lua...
Ninguém viu nada!
Todos estão na casa, na sua.
Mendigos? Estão perdidos, largados
como se fossem descarte de mercado.
Assovio estridente, de um beco qualquer...
arrepios, desencadeia um aviso
Mulheres vagam pelas áreas de riscos
balas sem nome, nem código de barras
saindo, sem asas com seus estampidos!
Mais um projétil esta perdido.
um caso para o seu doutor, espanto, alarido...
Mais uma fêmea sem marido.
Antonio Montes
Fixa-me,
Como fixo-me em tua direção!
Sorria e brada, ativamente!
Assim diz meu coração.
Você basta,
Não és metade de nada e de ninguém!
Não és o acaso,
Nem miragem,
Para chamar-te de seu maior bem!
Tal como sonhos doces,
Que cultivam-se às vezes sem querer.
A poesia veio como se fosse,
Não querer nada além de ser somente você!
Porque tu és intensidade,
Menina!
Tu não anseias metade alguma de ninguém,
Porque já és completa de verdade!
Um coração de um em 100.
Que te transborde,
E somente te faça sentir e sentir a reciprocidade!
Que tu vens e trazes sempre linda,
Em teu fixo olhar que as vezes julgo:
É de verdade?
Porque já te imaginaram num quadro,
Mas, és irredutível para caber numa moldura.
Já te imaginaram numa canção,
Mas, nem todos sabem ler uma partitura!
Já te imaginaram num Outdoor,
Mas, logo de ti se esqueceria.
Já te imaginaram até em um curta,
Mas, em poucos minutos falar de ti não caberia!
Já te fizeram equação,
Mas, você não pode ser definida!
Já pensaram em ti até como teoria,
Mas, você fica melhor sendo vivida e sentida,
Não refletida!
Porque assim és!
Um pedaço de céu e além mar.
Que se escreve ao por do sol num dia qualquer,
Só para ter a graça de sorrir ao lembrar!
Quem sabe se por isso,
Exista beleza a mais na nostalgia.
O poeta te imaginou eterna,
E assim te fez nessa poesia!
NOSSAS ALMAS SE ABRAÇARAM...
COM O MESMO AFETO QUE UMA MÃE ABRAÇA UM FILHO...
E DESDE ENTÃO NUNCA MAIS SE SEPARARAM...
MESMO OS CORPOS DISTANTES PERMANECEM UNIDAS...
TAL QUAL O PARASITA A ÁRVORE...
QUE SE LARGA... MORRE...
DORES DA VIDA
A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.
Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.
A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.
Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.
A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.
Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.
No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.
Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.
A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.
Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.
Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.
A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.
Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.
A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.
Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.
A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.
Antonio Montes.
Um país entregue a corrupção
Quem vende o país governa
Vai preso aquele que rouba um pedaço de pão
O povo omisso fica calado
E ainda os reelege na eleição
Clamam por justiça
No dia do voto se vendem por qualquer tostão
Tem muita gente culta que repete essa frase
Só que se vende mais caro, por algum benefício ou cargo de sua intenção
Esse é meu Brasil, caminhando rumo ao abismo
Com ele vai a sua nação.
Eu apenas me pergunto
Nossas crianças que futuro terão ?
Com esse exemplo de educação
Não respeitam uma fila
A furam e ainda acham que tem razão
Nem sequer dão uma descarga
É o branco contra o negro
O heterossexual contra o homossexual
o homem contra a mulher
O católico contra o evangélico
O rico contra o pobre
E vice-versa e o país sendo roubado por uma mídia corrupta em conluio com banqueiros
Sob regime de crime organizado por politiqueiros.
Nossa Amazônia
Já está nas mãos dos estrangeiros
DEPOIS QUE TE VI
Oi amor...
Estou lhes enviando o meu coração,
todo apertado,
N'uma caixinha de peito...
depois que eu te vi,
todas as vezes, que visualizo você!
ele pulsa satisfeito.
Oi amo, ao te ver descobri...
Que sem ti, não tem felicidade
e que meu coração,
não bate mais por mim,
e essa minha vida, virou saudade.
Depois que eu te vi...
O meu coração,
anda por ai, todo perdido...
Aonde quer que estou!
Ele esta contigo.
Tenho certeza, que eu estou aqui,
por esse vasto espaço...
Sem asa sem chão
vagando, remando até você!
apenas seguindo o desespero
d'esse coração que abraça...
Essa tensa e loca paixão.
Antonio Montes
Eu tenho um desejo intenso
Se realizar não consigo
Mas nele eu persisto e penso
E ele a vagar vai comigo.
SE ROBÔ EU FOR
Se eu me for, e retornar,
eu quero voltar robô.
Desse jeito assim...
prestarei socorro sem amor,
e ninguém vai odiar a mim
Porque... viverei sem viver,
trabalharei sem receber
não terei pensão nem aposento
nem saudades de você.
Assim, robô...
Não terei hora nem historia...
escadas, degraus nem gloria
não caberás honras em mim
nem minha foto na moldura
não terei dia feliz, nem infeliz
nem remédios para minha cura.
Se eu me for, e retornar...
Eu quero voltar robô! Assim...
Não terei lei nem salário,
doente não ficarei...
Nunca vou rir nem vou chorar
e nem vou entender do seu baralho.
Não sentirei dor nem sentimentos
Não terei que pagar água
aluguel, gaz luz e comida,
passarei pelo passado sem lembranças,
não reclamarei do tempo,
nem das malhas d'essa vida...
Não precisarei de chuva nem de sol
nem ventos pelo arrebol.
Quando eu voltar robô...
Nunca darei enfoque a lambança!
Não terei recordação da juventude,
nem nunca saberei se fui criança.
Antonio Montes
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