Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
A verdade só se mostra à consciência individual e se dissemina na autêntica interpenetração das consciências, a qual só é viável no diálogo pessoa a pessoa, nunca num discurso coletivo uniforme.
Minha idéia da revolução cultural surgiu com a leitura dos livros de Lima Barreto, onde eu confirmava da maneira mais dramática a minha convicção de que o mal do Brasil era o desprezo geral pelo conhecimento, secundado, como compensação imaginária, pelo amor idolátrico aos símbolos convencionais do 'status' intelectual: cargos, diplomas, honrarias, essa merda toda. Quando me convenci de que, sem corrigir isso, era inútil discutir 'problemas brasileiros', achei que estava na hora de fazer algo a respeito.
Muitos escritos filosóficos são de alto valor literário, mas nem sempre os grandes filósofos são também grandes escritores. Não cabe comparar os voos poéticos de Platão com os rascunhos compactos de Aristóteles, a elegância e a graça de Leibniz com as desesperadoras circunvoluções verbais de Schelling ou a limpidez cristalina de Louis Lavelle com a complexa engenharia lógica de Edmund Husserl.
A base de TODA formação cultural é o domínio estético da linguagem. Você pode ler milhares de livros de sociologia, economia, filosofia, política, teologia e ciências naturais. Sem uma extensa CULTURA LITERÁRIA -- ficção, poesia, teatro, ensaios --, você continuará sempre um selvagem enfeitado.
Marxismo, pragmatismo, nietzscheanismo e freudismo nada nos dizem a respeito da realidade, mas tudo a respeito da mentalidade de seus adeptos. São os quatro pilares do barbarismo contemporâneo.
Reconhecemos uma paixão pela facilidade com que, por ela, nos privamos do resto. Ubi amatur, non laboratur. Aut si laboratur, labor amatur.
Há anos eu descobri que isto é um princípio: jamais aceite explicações sociológicas quando elas estão ali para substituir a verdadeira explicação histórica, que é a narrativa real do que aconteceu, efetivamente como se passou.
O burguês nada despreza tanto quanto à pobreza, que ao cristão, pelo contrário, inspira uma espécie de temor reverencial como imagem fiel da condição humana inteira. Não foi à toa que a Igreja fez dela uma obrigação sacerdotal. Desprovido da fé cristã, o pobre sente vergonha de não ser um burguês, e, quando não consegue tornar-se um por suas próprias forças, se apega às promessas do socialismo. Se essas promessas sempre falham, não é porque sejam traídas no caminho. É porque são, desde a base e a origem, uma farsa macabra: ninguém pode libertar o oprimido começando por escravizá-lo à escala de valores do opressor.
Todo aquele que usa os termos do debate político no sentido atual que têm na mídia, sem levar em conta a história da formação do seu significado, nem portanto as ambiguidades camufladas que ainda carregam, é um charlatão.
O objetivo da Revolução Cultural Chinesa era o mesmo da sua equivalente ocidental, frankfurtiana e gramcista: extirpar da sociedade todos os resíduos de tradições milenares que pudessem obstaculizar a construção do 'novo homem'. A única diferença era que pretendia realizar isso por uma operação estatal rápida e fulminante, enquanto no Ocidente vigorava mais a idéia de uma influência cultural de longo prazo. O maio de 1968 foi uma tentativa frustrada de imprimir à revolução cultural do Ocidente um ritmo 'chinês'.
Nenhum historiador profissional aceita hoje a idéia -- ainda um dogma, para os intelekituar brazuca -- de que o fascismo foi uma reação do grande capital ao avanço do proletariado. Nenhum ousa contrariar a conclusão unânime dos grandes -- François Furet, Ernest Nolte, Emilio Gentile, A. James Gregor -- de que o fascismo foi parte integrante do movimento revolucionário mundial.
Mao Dzedong foi o maior genocida e torturador de todos os tempos, pondo no chinelo Stalin e Hitler. Só cretinos de marca podem imaginar que um movimento revolucionário inspirado nas idéias dele tivesse algo a ver com liberdade e direitos humanos.
Escarafunchar intenções malignas ou mesmo toda uma estratégia ideológica por trás de palavras ditas a esmo é a essência da polícia "politicamente correta" da linguagem. Não preciso dizer que essa coisa não tem base científica nenhuma e em noventa e nove por cento dos casos é puro chute. Essa atividade não se torna mais decente quando praticada em nome de valores "conservadores".
Pouco importando qual seja o modo de produção, para um sujeito ganhar alguma coisa é preciso que alguém ganhe MUITO MAIS.
A lei do sacrifício é universal e irrevogável. TUDO no mundo depende de que alguém dê alguma coisa sem receber nada em troca. Karl Marx nunca entendeu isso, embora com "O Capital" ele jamais ganhasse nem o suficiente para tratar das suas hemorróidas.
Quando alguém diz "Estou com dor de cabeça", ele se refere a uma cabeça e a uma dor que existem fora e independentemente da frase e aliás do sistema linguístico inteiro, no qual não há cabeças nem dores, apenas signos e relações. Dizer que não existe significado transcendental, que tudo só existe no sistema linguístico, é abolir a diferença entre ter uma dor de cabeça e dizer que tem dor de cabeça.
"Primeiro o aborto é autorizado, depois recomendado, por fim imposto obrigatoriamente. É sempre assim. Cada novo 'direito' contém em si o germe de uma imposição totalitária. Quando vão entender isso?"
Mesmo nas universidades brasileiras ditas melhores, o que de mais digno e elevado se vê, pelo menos na área de "humanas", é só o cumprimento rotineiro de obrigações regulamentares, sem nenhum entusiasmo pelo conhecimento, sem nenhuma paixão pela descoberta da verdade.
"Deus nos perdoa e portanto nos aceita como amigos novamente, como convidados para ir ao Céu conviver com Ele pelos séculos dos séculos. Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou a pedir na oração do Pai Nosso: 'Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido', e se nosso conceito de perdão se resume à exclusão da presença da pessoa perdoada, Deus fará assim mesmo conosco. Perdão de verdade é perdão ao modo do amor divino, e não existe outro. 'Perdoar' e excluir a pessoa é vingancinha, birrinha de gente que não tem a mínima noção do quanto e como Deus nos perdoa, até os limites inimagináveis."
"À intransigência feroz que devemos colocar na defesa de valores e princípios que são superiores a nós corresponde, simetricamente, a presteza que devemos ter em perdoar, sem discussão nem nhem-nhem-nhem, toda ofensa pessoal que recebemos."
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