Coleção pessoal de maluvianna

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Ter a certeza de um novo nascer do sol.
Um novo começo sem nenhum final.
Mais uma folha em branco, mais um céu azul.
Mais um ano novo, mais um carnaval...

NOSTALGIA

Eu só queria voltar pra minha adolescência, as vezes...
Quando todo mundo ouvia Charlie Brown ao invés de um MC qualquer coisa.
Se reunia pra tocar violão. Ia no show do Forfun no fim de semana. Surfar bodyboard. Tomar moranguito no recreio e a havaiana custava 10 reais no máximo...
Saudade de quando sertanejo era brega e ouvia-se outros estilos de música na rua, além de funk e sertanejo. Pagodeiro não usava camisa de banda indie. Camisa do Ramones muito menos. Tatuagem e coquinho.
Me sinto confusa nesse mundo onde todo mundo quer ser diferente, se tornando todos iguais.
Saudades de esperar o top 10 pra ver se minha banda favorita ficou em 1º lugar, ou o lançamento de algum clipe da Avril Lavigne. Saudade de comprar revista com posters e pendurar tudo no meu quarto. Fazer testes idiotas da Capricho.
Saudade quando geral se reunia nas casas pra conversar, e quase ninguém tinha celular. Saudade de quando não existiam tantas brigas ridículas pra saber quem é mais coxinha ou anarquista.
Ver seu seriado favorito na tv e ter que esperar uma semana até poder ver o episódio seguinte, sem Netflix.
Comer a vontade sem engordar. Jogar war. Escrever cartas. Não ter mil contas pra pagar, ou falta de emprego. Juntar dinheiro pra comprar um CD.
Saudade Brasil sem crise. Saudade menos preocupações, sem tantas pessoas queridas e ídolos se matando. Sem ter que me preocupar com o relacionamento abusivo da amiga e a falta de humanidade das pessoas.
Saudade das reuniões da minha família na infância e os natais com muito mais gente. Saudade orkut e msn.
Sei lá, sabe, é tao clichê, que quando a gente vê, o momento já passou. E não demos valor. Eu era feliz e não sabia.
Ia na locadora alugar filmes pro fim de semana, cantava Californication no karaoke, ia na matinê e só usava All Star.
Com 13 anos ser drogado não era cool. Maneiro era andar de skate e jogar handball. Ficar 5 h na fila do cinema pra ver Harry Potter e passar mais tempo na casa da sua melhor amiga do que na sua própria casa. Ficar mais de 1h no telefone e pedir música na Rádio.

Preciso de pessoas, lugares e instantes.
Nada igual a nada parecido.
E não me venha com metades ou falta de assunto.

Me dê de você o seu melhor sorriso,
me mostre seu mundo.
Sua música favorita e um retrato mal tirado.
Prefiro te ver sorrindo do que te ver calado.

Sabe, as vezes eu tenho medo.
Medo de me expor e de ser eu mesma.
Pois tanta intensidade, as vezes assusta.
Nadando num mar de pessoas rasas.
É meio difícil ser profunda.

É uma vontade de gritar e fazer explodir a alma.
É um enjoar de tudo.
E não se contentar com pouco.
E é até por isso que escrevo.
Pra desabafar de novo.

As pessoas não mudam,
elas só mostram quem elas realmente são.
E deixam saudades do que nunca existiu.

Nada substitui nada.
Ninguém por ninguém.
Palavra por palavra.

A BELEZA DA FÉ

Menina bonita,
que tem luz própria.
Mas se ela sofre,
faz poesia.
Se ela é forte,
se perde na sorte.
Ela encanta e irradia.

Veja menina,
veja a beleza na tristeza dessa vida.
Tenha fé na força divina
e você não estará mais sozinha.

Mas tá tudo bem,
em constante sintonia.
E assim, de repente, a tua loucura combina com a minha.

ELA GOSTA DO SOL

Ela nunca entendeu,
quem não gostava de sol.
Quem preferia ficar em casa,
ao invés de viver o dia.
Ela preferia sentir o vento
e o cheiro da maresia.

Ela respirava muito profundo,
assim como seus amores...

Ela preferia por os pés na areia,
ao invés do chão gelado.
Ela preferia te ver sorrindo,
do que te ver calado.
Ela nunca entendeu,
quem não gostava de a(mar).

As vezes temos que perder,
naquele clichê,
de ficar longe, pra aprender.

Moro em qualquer lugar,
desde que seja perto do mar.
Tão confusa olhando de cá,
tal retrato de saudade antecipada.

Aos poucos se conquistando.
Sem precisar provar nada a ninguém.
Até não sentir mais dor.
Por os pés na areia branca,
sentar no Arpoador.

Sem sentir saudade.
Se sentir em casa.
Se sentiu amada.

Ela vive perdida,
num desconexo contexto
de liberdade e ilusão.

A tempestade que abala,
quer chover de novo.
Mas vou ser forte
e menos confusa,
menos egoísta e mimada.

Quero te ver sorrindo,
deixarei seu céu limpo,
sem viver vida amarga.

Como você não existe igual.
Porto seguro.
Paz sem final.

Você já faz parte da minha loucura.
Te amo e me desculpa por isso.

TERRA DO NUNCA

Ela vive a realidade,
mas se afasta assim que pode.
A realidade que foge,
enquanto tenta alcançá-la.

Ela finge, se acomoda.
Ela está sonhando acordada.
Ela vive suas loucuras.
Fugindo sempre pro mundo da lua.

Experimenta a dureza do chão,
enquanto ela ainda não descobre,
por qual caminho se consegue "cair para cima".

Porque a sua sabedoria,
ainda é loucura pro mundo.

Essas pessoas desesperadas por atenção,
na verdade, estão desesperadas por amor.

Saudade não é uma coisa que precisa ser explicada ou entendida. Saudade só deve ser sentida e respeitada.
Saudade é coisa bonita só no papel.

Sem pensar no depois,
descobrir os defeitos,
o gosto, o jeito.
Atitudes e vicissitudes,
nada que se compare ou se invente.
Nada que se explique, só se sente.
Deixa o vento levar.
Deixa fluir.
Deixa estar.
Que o que for pra ser, ficará.

Sou como tempestade,
que vem do nada,
faz uma bagunça danada e quando menos se espera, acaba.

E aí vem outra vez,
num outro dia, talvez,
na mesma semana ou num outro mês.
Indomada e imprevisível.