Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
"Te procuro, enlouqueço
Te encontro, enlouqueço
Por que você não me diz o que eu realmente quero?
Me procura, enlouqueça
Me encontra, enlouqueça
Você era a única coisa, da qual eu tinha certeza. Enlouquece a minha cabeça!"
PEDAL DO TEMPO
Lá vai ele...
Pela noite afora
não sabe a hora
não pensa o agora
... Descida abaixo,
não se aquieta
nem quieta!
Chulep, chulep...
Com a bicicleta
vento na venta,
frio na testa.
Passa estrelas...
Passa lua
passa calçadas
da velha rua...
Passa praça
sono e guarda
passa com asas
passa em casa...
Passa medo
das sombra sua
e os segredos
da falcatrua...
Passa vida...
Pelas carreiras
água fervendo
tampa e chaleira,
lá vai ele
com suas asneiras
passando o tempo
passa de balde
em sonho não sabe
que tudo e besteira.
Chulep, chulep...
descida abaixo
pedala, pedala
sempre por baixo
descendo avenida
as placas dos planos...
elas falam e não fala,
nem se da conta
que com sonhos vai
estão te levando...
Como nossos pais
... Seus anos e rugas
chegando, chegando
costas de tartarugas...
Lutando, lutando.
Antonio Montes
RODA DA COMUNICAÇÃO
Seu veículo de rodas, rodando...
Não será tão importante,
como seu meio de...
comunicação, comunicando.
Mas as rodas, irão lhes comunicar...
Que o seu tempo, comunicando
... Parou de rodar.
Antonio Montes
VERTIGENS
Em seus lábios
Me adocei...
Lambuzei-me no seu corpo...
Tive vertigens?
Não sei
O que sei é:
Que te amando...
Te amei.
Antonio Montes
PONTO
Sou ponto
estou pronto
no ponto
p'ra me tornar
ponto.
Que afronto!'
Não sou tonto
disse ponto
e pronto...
Como ponto
ficarei ponto
tornar-me-ei ponto
em ponto
no lugar do ponto
e ponto.
Antonio Montes
SEM VOCÊ SEM BRIM
Eu não sabia, que era em abril
que a pauta se abria...
Temporada de brim
goles toscos, de gim,
eu abri... Mas agora,
que você foi embora...
Eu fiquei aqui,
como camaleão
a se camuflar nas horas.
Sem partir,
sem sorrir...
Estou assim, sem mim,
me sentindo ruim...
Todo broco, todo moco
estou de fato, sem tato
embrulhado em saco
Ficando oco.
Confesso a ti...
Que assim, sem brim
e sem esse gole de gim...
Não estou feliz, e sim!
Cada vez mais micuim.
Antonio Montes
SEU FOGO
O fogo do seu corpo
me queima...
Não com o alto grau,
do crepitar da sua pureza
mas sim!
Com as curvas da sua desventura
e com o grau da sua beleza.
Antonio Montes
A VENDA
Para o bem do seu desempenho
vendeu-me com seu preço...
O preço que eu não tenho.
Agora, não sei o meu peso
perdi o meu endereço...
No apreço, do meu empenho.
Antonio Montes
LAGRIMAS NA ESTAÇÃO
N'aquela estação, eu chorei...
Chorei, não pude conter aquela...
Lagrima, expelida pela sua partida.
Então, veio a saudade extravasando
e eu atirei, meus choros de sentimentos
sob os ventos da despedida.
N'aquela estação, eu chorei...
Chorei o amanhã da minha vida
nos braços da minha dor desvalida.
Chorei igual condenado ao tempo
sob o escuro da solidão concebida
chorei sobre as águas das lagrimas, caídas
N'aquela estação, eu chorei
chorei pela partida d'aquela vida.
abandonando a minha vida sentida.
Antonio Montes
GALHO TORTO
Insaciável ganância,
empoleirada no galho...
_ Um pássaro... _ Não!
Um fardo sem fundo o prazer...
Político dotado de infunda,
coerência e toda sede de
afluxo do mundo.
Esse poder aquisitivo,
que nunca para de crescer...
Essa fome de causar fome
sempre apta, a ver perecer.
Se ele se salva... Ok, ok
eu você, tu e todos...
Podem morrer.
Antonio Montes
O VENDE VENDE
Não cansas-te de fazer divisões no mundo,
dividindo-o em, cercas, muros e muralhas
Quantas vezes com suas desculpas
dividisse o amor...
Quantas vezes, usando o nome do amor, fizeste guerras para galgar a paz...
Até, tentou dividir o redentor....
Agora, depois de tanto... Tanto tempo!
Dividiu o espaços no ar, em linhas e coordenadas
mapearam tudo, só para poder, melhor guerrear.
Já mapeou as estrelas, e também as águas dos
oceanos... Já vendeu torrão no céu, vendeu,
cadeira ao lado de Deus...
Já jogou veneno no mundo
só para aniquilar os irmãos seus.
Atualmente, estão tentando mapear
as terra do paraíso, ate andaram vendendo
pedaços lá do alto!
Não, não... Não encha o céu de divisa,
não coloque muros nas alturas, pois ainda
não fizeram moedas que lá possa comprar.
Eu sei, eu sei... Existe gambelação, e vendem por
ai, entradas na céu, mas isso não passa de:
cega ganância e exploração.
Antonio Montes
Traços poéticos
É nas manhãs silenciosas
Quando não tem ninguém perto que ele mostra o que ele é
Faz nascer do zero, as mais belas criações
Ele corre os riscos
Em cada curva tem um pouco dele
Lapidando cada traço ele eleva a arte, as linhas se encaixam, rimam, ele ilustra a vida, ele também é poeta.
E por apreço poético, ele que desenha os seus poemas, agora está desenhado em palavras, porque poeta também pode ser poesia.
-Bia Brandão.
Teu lar
Diga-me
Além de estar aqui dentro de mim
Onde você se encontra?
Olha não demora.
Eu (tua casa) estou em desordem
Quando chegar não repara a bagunça e os destroços. . .
É que a saudade inflamável causou um incêndio em meu peito.
Incêndio que só teu abraço apaga.
E você ainda não chegou.
Olha não demora
O teu lar, que sou eu, está em chamas. . . Teu lar está prestes a ser cinzas... o vento e o tempo podem levar.
Ps. quem vai lhe abrigar?
Obra de Arte
Não, eu não sou de quem me rasga o peito, dilacera, machuca, faz motejo, me bagunça, vai embora, e quando volta, não é para arrumar.
Eu não sou de quem vê somente a aparência, de quem é cego por vaidade, de quem só acha que me conhece de verdade, que não enxerga o que sou por não conseguir enxergar além daquilo que aparento ser.
Eu sou de quem saber ter, de quem sabe ser, ser amor ... Sou de quem traz calmaria, de quem não tulmutua, sou artista do amor, e de mim já faz parte, afirmar que ser tua, não é nenhuma obra de arte.
PORQUE NÃO
Porque não, porque não
... Porque não, janela,
fresta visão, tiro suspense
prata da lua, passos na rua
uivado do cão.
Porque não, porque não
... Porque não, samba no pé
roda ciranda, passos na tua
carreira na calçada,
sombras da bruma, saia rodada.
Porque não... Caminhos finos
desatino de seus tino
nos ouvidos nos seus timbres
os rumos da grande estrada
negocio em faro fino...
Porque não, porque não,
... Porque não seu Adão...
Tradição feito por ela
o neto da sua costela
arandela da grande área
os crimes da candelária...
O imposto posto, o não quis
os desvio dos seus grilos
seguindo para outro país.
Porque não, porque não
... Porque não, seu João,
o banho do seu batismo
dizimo disso adquirido
condenação dos seus queridos
o lavado de duas mãos...
Porque não, porque, não...
Antonio Montes
PSIU! MEU CORAÇÃO
Cala-te o meu coração
não chore pelo presente ausente
enquanto o futuro nos espera
e nos faça menos inocentes
Não clame por alvoroço
deixe-me quieto em minha solidão
pois com ela poderei sonhar
e dar asas as fantasia de minha paixão.
Cale-te o meu coração
escute ao menos o silencio
a sua clamura me faz cego
e todo o clima fica propenso
Deixe um pouco dessa lagrima
para que venha derramar-se amanhã
assim meus olhos não secarão
e eu posso sorrir sobre o divã.
Cale-te o meu coração
para que eu possa entender
se a razão desse seu clamor
é a esperança para o meu viver
Não deturpe as imagens
gravadas na minha mente
arriba, arriba esse teu astral
deixe de ser tão inocente.
Antonio Montes
NÉGO
Nego, nego... Porque não?!
Nego porque sou negro
... Assim como tição
Chamam-me de preto, como negro...
Sou rei da classe pobre,
herdei as dividas da cruz e as mazelas
da escravidão.
Nego, nego mas não me entrego
... Fui chicoteado, acorrentado,
esquecido no mourão, por isso nego...
Mas, tanto faz...
Nunca respeitaram o meu ego.
Por outro lado... Aonde me apego?
sou desgraçadamente banalizado, pelo seu ego
E o impostamento da minha desgraça
serve para a sua distração!
O que sobra para mim, são dores e lagrimas
subjugadas ao nó is da sua imposição...
Por isso, eu nego...
Nego as facetas do cão.
Antonio Montes
Quem eu sou?
Não sou nada
Apenas mais um número
No meio de tanta gente
Apesar de ser grande
Sou pequeno
perante o mundo
Sucesso...
É chegar onde queria
E não
onde os outros imaginaria.
Sucesso é sentir prazer
Progredir a cada dia
Ser feliz
O resto...
É hipocrisia.
Beijo
Seco
Molhado
Estalado
Roubado
Beijo demorado
Tímido
Desajeitado
Não importa a frequência
Nem sua localização
Pode ser nos lábios
Na bochecha
Testa
E até nas mãos
Beijo
É afeto,carinho
Despedida
Paixão
Um beijo apaixonado
Rouba coração
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