Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Suas mãos são meu conforto,
seu abraço é o meu porto,
meu porto seguro onde espero estar
sempre que voltar
para casa, em teus braços me reencontrar.
Podemos até brigar,
trocar farpas até cansar,
podemos até nos separar.
Chorar, nos enganar, e nos afastar.
Mas nada disso vai me importar,
pois em seus braços é onde eu quero estar.
Você é o meu ponto de chegada,
mas também é o meu ponto de partida.
Você é a minha estrada,
mas também a minha morada.
Teu cheiro, teu sorriso, tua companhia.
Você é a minha alegria.
Você torna meu dia a dia
cada vez mais inesquecível,
assim como você,
minha esposa irresistível.
Meu abrigo,
meu ombro amigo,
com você eu sigo
até onde seja inatingível,
pois com você tudo se torna possível.
Você é a minha mulher,
incrível do jeito que é.
Você faz tudo florescer,
com você eu quero ser
tudo aquilo que eu puder.
Eu te amo, minha mulher.
“Chamei meu passado para conversar
Separei três cadeiras para presente, futuro e passado sentar
O presente estava vazio
O futuro incerto
O passado decepcionado
Conversamos sobre a vida
Vimos o tempo voar”
“O mesmo pôr do sol de todo dia
O mesmo nascer do sol
Meus olhos os enxergam como diferentes
E todo dia vejo
O pôr do sol mais lindo da minha vida”
“O que você deixou
Só eu e você vamos saber
As palavras profundas que te disse
Só eu irei saber
Tuas mágoas largadas no chão da sala
Cabe a mim tentar te esconder
Dos meus pensamentos”
(Ser) tão
Quando, à tarde, o sol risca o céu de encarnado
E a vida debreia seu ritmo normal
Vejo advir um ser tão bonito
Com um jeito sincero, de um povo sereno
Onde falar sorrindo é tão natural
Ser tão realista, da cerva trincada
Do banho de rio, da alma lavada
Que pede conselho e não desafina
Como sanfoneiro em festa junina
Um ser tão livre, que anseia por mais
Que nunca desiste e não volta atrás
Mas luta e persiste, pegando a estrada
Na mala um sonho, sem rumo, sem nada
Qual flecha atirada, não voltam jamais.
Sol
Fique comigo quando o sol nascer
No pôr do sol te amarei como nunca
Quando o céu escurecer ainda estarei te amando
Até que a lua nos separe.
VEREI QUE É PRIMAVERA
Verei que é primavera se o poente
cobrir com raios rubros nosso leito,
e a flor do nosso amor (que era perfeito)
surgir desabrochando lentamente.
Verei que é primavera se meu peito
sentir brotar o ardor que estava ausente,
e, então, tendo-te perto novamente,
unir as partes do que foi desfeito.
Verei que é primavera se chegares
e o teu perfume em todos os lugares
vier recompensar tão longa espera.
O inverno da saudade irá sumindo,
deixando, em seu lugar, o amor florindo,
e ao ser feliz verei que é primavera...
RECIPROCIDADE
Se queres ser respeitado,
respeita o outro primeiro.
Se queres ser muito amado,
sê no amor o dianteiro.
Aprendi com a idade
que, com reciprocidade,
conquisto o mundo inteiro.
Mãe é o plural e o singular,
um tesouro do maior valor,
em nosso coração sempre irá ficar,
Mãe, meu primeiro amor !
Desejo Feliz Dia das Mães à todas, biológicas ou não.
Toque de sua retina
Com um olhar ele me faz Musa,
Deusa , diva, nua
Afrodite.
Vênus em ascensão.
Acelera meu coração.
Me coloca no altar e venera
Me faz sua, mulher, Eva
sua lady, Monalisa.
Depois me faz menina
Pura pequenina
E assim ele me fascina.
Tudo isso só com o toque da sua retina.
SEARAS QUENTES DE TI
Para me sentir livre
O sol acariciava-me o rosto
No caminho pelas searas
Que o vento silenciava
E deliciava-me de beijos
Trilhos estreitos de pedras
Entre as papoilas de trigo
Cegonhas que pelos lameiros andam
Passos nas memórias perdidas de palavras
Nos longos abraços dados por nós
Sorrisos de lágrimas que se reduzem no silêncio
Entre o musgo já seco entre as fragas
Das horas esquecidas despojadas de nós.
NO ÂMAGO DO SER
No âmago do teu corpo
Tento mascar as palavras
Que as trevas tentam calar
Ouço o sussurro da poesia
Toda volúpia que cabe em mim
Até o âmago do teu ser
Para que o meu olhar
Se perca no nada
Os mundos submersos
Rasgam a carne até ao tutano
Do verbo sentir adentro da iris
Na aparente inércia do meu olhar
DEMORA
Uma das donas da ambiguidade
Quando demora pra vir, saudade
Quando demora pra ir, felicidade
Quando o tempo demora a passar, esperar
Quando a demora é estar, apreciar
Demora no tempo
Demora com tempo
Demoras ambíguas
Demora comigo
Mas não te demores
Com jeito
Com vida e sem convite
Demora madura
Demora que atura
Demore o tempo que for
Desde que a demora não mate o amor
JOTA B
“Uma linha invisível conecta os que estão destinados a se encontrar, apesar do tempo, do lugar, apesar das circunstâncias.”
(Provérbio Chinês)
Amor… meu amor, parece que quanto mais te procuro, mais você desaparece.
Nem sequer um novo romance, nem sequer um bom dia ou boa noite.
O que será que planejas?
O que será que escondes?
Somente meu velho amigo tempo dirá
Se você guardou algo para mim
Se eu vou te encontrar…
O tempo vem passando e a vida se esvaindo
Eu ainda estou te procurando?
Eu ando seguindo o meu caminho
Não tenho me preocupado muito…
Porém agora tenho te permitido
Aparecer de momentos em momentos
Uma hora vai fazer voltar os batimentos
Vai se apropriar novamente de meu peito.
Tuas mãos
Tuas mãos
toque proibido
tocando o meu ser mais insano
toque leve que me afaga
apalpando os meus medos
reentrantes
Quero ter
tuas mãos
entre as minhas curvas
encaminho-me para deixar-te
me segurar por inteira
ah!
tuas mãos
doce toque perigoso
es segura
confiável
as quais me deixa louca
fonte desejável
do inevitável
do meu querer, permitir
tuas mãos nas minhas
sinuosidades
loucura
quero mais
vem para perto do meu
escuso
toca-me
com ternura e firmeza
delicadeza
sem pressa.
Quero tuas mãos
sempre perto
beija-las
tocá-las
deixá-las percorrer
pelas minhas dores
sem cura!
Dependo delas
Para reinventar-me, curar-me.
Dependência
para sentir o toque
que me acalma
quero cuidar delas
me faz viver
meu regalo
grata por todos os prazeres
que me ofereceste
sede
abro os olhos
anestesiada
procuro tua boca
como um caçador
procura por sua presa
aponto de sussurra
em alto e bom som
gemidos aos ouvidos.
ah!
Tuas mãos
Vivi pra senti-las.
Do telhado,
eu vi o rosto da eternidade
as pombas circulando
em meio ao vento,
o tempo, invisível
fluindo os sentidos,
no ar das inspirações.
o amor, as vezes é verde
semelhante a árvore
nela mora, muitos seres
deveres, históriase estações.
Enquanto meus átomos existirem
Por ti, estarão amando
Quem sabe em outra galáxia;
Nossos átomos ao acaso se esbarrem
Talvez se unam e formem uma unidade
E se percam assim, nessa imensidão de eternidade.
Teus atrevidos pensamentos
Olhar generoso que me invade
Mãos talentosas, corpos putos
Eu precisava despir a tua vaidade.
EU-JORGAL
Ó trovador que abre seu lábio antigo,
Diga a musa que ouve doce as cantigas de amigo:
Assim como tu sabes que mente para si,
És tola e eu tolo, mesmo sem a tua harpa,
Minha harpa é tua harpa, pois é para ti.
Chego até querer ir a tua corte com lira de maldizer,
Porem tua íris céu, cabelo ouro e branca rosada,
Expulsa de mim a sátira grosseira a cavalgada
Feito Segrel e seu cavalo perdido em toada .
Desde as melodias da antiguidade
Os trovadores sopravam realidades.
E tu dama a mim desfere lira de escarnio
Enquanto minha harpa compõe amor em grande ensaio.
Acordo triste, mas com sorriso no rosto
Essa noite Morfeu te trouxe como visita
A manhã é cheia de outras coisas
Você me visita nas notas do ofício
Mas o momento sem te ver parece desperdício
A tarde é cheia de mais outras coisas
Você me visita nas flores pelo caminho
Mas o momento vazio sem seu carinho
(Me dá vontade de dormir de novo
Só para ver se sua visita fica)
O Sol dança com a Lua
E nessa cena, aflito, meu coração chora
Me deito
Abraçado ao travesseiro
Imagino seu toque deitada no meu peito
Seu cheiro
Espero que visite meus sonhos outra vez
E quem sabe quando eu acordar um dia, todo dia não seja só visita, mas morada na minha singela rotina
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