Poesia
Pode até
Parecer poesia
Mas não é
O modo como a gente
As diferencia
Conta muito mais
Uma coisa entre o vento
que corre e que varre
E o ventre da terra
que produz e reproduz em paz; que multiplica
Entre a morte, que não morre e que não erra
E o tempo, que apesar de não ser eterno
Ao que tudo indica
Corre eterno, eternamente
A noite que se vai, pra dar lugar ao dia
A noite que chega no final do dia...e fica
Pode parecer poesia
Porém, essas são perfeitas
Outras, hoje a gente ajeita
Amanhã, as modifica
Pois precisam ser refeitas.
Edson Ricardo Paiva.
Agora é outro dia
Poesia de que?
Hoje é dia de nuvens
São só palavras que se vão no vento
Amanhã é outro dia
Pode ser que elas voltem
E que nos contem por um momento
O que era que estava escrito
Numa manhã de Sol qualquer
Poder ser manhã de um Sol que se sente só
Sentindo um nó na garganta
Por ver-se só, lá acima da tempestade
Numa tarde de chuva que nos invade
Só que é aquela chuva que não chove
Poesia de quê?
Poesia de tarde, poesia que vem de cima
Que não faz chorar e nem sentir
Poesia de nuvem, que não comove
E esconde o Sol que nos olha
Sem nada nos olhos, nem no olhar
Cada dia é outro dia
Pode ser que hoje, ainda
Elas chovam sobre nós por um momento
Trazendo uma noite estrelada, uma noite linda
Dia de esperar, não era
Era dia de espera só
De olhar o Sol detrás da nuvem, igual criança
Com o todo nos olhos, tendo estrelas no olhar
Escrevendo poesia de esperança.
Edson Ricardo Paiva.
Escrever poesia
Foi a forma tardia que eu encontrei
Pra contar aos meus filhos
meus irmãos
e principalmente
Àqueles que não me conhecem
Coisas que eu vivi
Que gostaria de viver
e principalmente
As coisas que eu nunca vi
Não passei e não senti
Eu precisaria viver mil vidas
Pra poder escrever tudo isso
e tudo isso ser verdade
Eu as escrevo simplesmente
Pra poder expressar
e principalmente
Não deixar que fuja
Aquela inspiração que me invade
lentamente, sorrateiramente
Em algum lugar da mente
Que eu nunca vou saber qual é
Dizem que o Poeta mente
Creio que seja verdade
Mas eu às vezes acho
Certas mentiras muito lindas
e acredito que serão bem vindas
Nas almas e no coração
De muita gente que as vai ler
E dizer pra si mesmas
Que o Poeta fez um bom serviço
Pois elas sim, sentiam tudo isso
Mas não sabiam como dizer.
Tem hora que a gente
sente vontade
de escrever poesia
mas não algo
Simplesmente convencional
Mas algo concretamente
Abstrato
Que falasse sobre alguma coisa
Que pesa sobre a gente
Apesar de flutuar
Algo lírico e poético
Mas que machucasse
Como se uma flor caisse
e fizesse
Alguém chorar
Como nunca chorou
Por nada
Eu queria ser poeta
Conhecer a maneira correta
De ferir somente o coração
Como uma canção bonita
Que fica na memória
e faz sentir saudade
de um lugar onde nunca esteve
ou se esteve, não se lembra
Mas tem vontade de estar
Agora
Eu não sei como se escreve
Algo que faz alguém sorrir
Enquanto chora.
Qual será o poema mais bonito
que já foi escrito?
Eu o vejo todo dia
Não é poema, é poesia
Recitado com o Verbo Divino
A primeira vez que o lí
Eu ainda era menino
E nem ao menos compreendia
tanta beleza que via
Quando olhava o Céu e as Estrelas
Havia comida à mesa
E borboletas e formigas
no quintal
E às vezes dentro de casa
E mesmo sem nunca tê-los visto
Eu sabia que existiam
As Florestas, O Mar e o Amor
O Amor de Deus
A me dar atenção
E a emprestar-me
a compreensão
e poder ver tudo isto
Era-me algo tão natural
Que um dia então
Eu quase que pensei
Que eu era mau
Ao descobrir
Que nem todo Mundo
Enxerga as coisas
Sempre igual.
Anos atrás eu escrevia
Minha poesia rupestre
Escondida à luz do dia
Inexistia um guia
Não carecia de mestres
E também não havia
Erros mortais
A queimar em alguma pira
Como em qualquer
Livro que eu já tenha visto
Um misto de verdade e invenção
Me adentrou o coração
Um ser que tocava lira
E encomendou-me um poema
Que tivesse o amor como tema
E eu fui atender a tal pedido
Sem saber
Que o diabo é pai da mentira.
Um Texto sobre a Poesia da Relatividade.
Enxergamos despedidas
Tempo e lugares distantes
Borboletas antigas
Buscando uma pétala vaga
Pra descansar as velhas asas
Vagando sobre flores desbotadas
Que recobrem um resto de alegria
Que flutua na memória
Uma pintura
Uma palavra do Mestre
Arte rupestre do acender das luzes
Traz de volta à vida outras luas passadas
A felicidade primordial, rudimentar
A única que foi real
Vem romper com a ruptura
Em formato de palavra dura
E mostra uma flor que não víamos naqueles dias
Provando que o tempo não retrocede
Senão como saudade
Que nem mesmo a sede, uma vez saciada
Há de voltar às nossas vidas
Se despede, se despe de nós
Vai zunir nas asas de uma velha abelha
Fazer morada nas telhas
De uma casa há muito demolida
Tudo está pra sempre lá
Porém velho, desbotado e sem vida
Talvez seja essa a relatividade do tempo
A velha roseira ao meu lado
Sempre trará flores novas
A roseira nova do passado
Não há provas que tenha existido.
Edson Ricardo Paiva.
A poesia nasce no coração, vai para a mente e sai em formas de palavras citadas.
O poema nasce na mente, vai para o coração e sai em formas de palavras declamadas.
A música nasce pelo som, cresce no coração, vai para mente e sai pelas palavras cantadas.
Poesia: O poeta
O poeta é inspirado pela dor que retrai dentro de si,tentando disfarçar entre versos ou palavras o que seu coração senti e não deseja aparentar.
Pois o sentimento que sente é só seu e não deve apresentar,
pois pessoas só querem sentir o que aparentemente bom. By: Jefferson Allmeida
Poesia e pensamentos....
O tempo passou você chegou o inverno demorou,
o inverno chegou você se afastou e tudo mais se desmoronou.
Autor: Jefferson Allmeida
Poesia:
Nova etapa da minha vida chegou o frio passou e Deus simplesmente sempre me amparou...
Autor: Jefferson Allmeida
Poesia:
Encontros
Encontrar algo nem sempre é fácil,as vezes acontece de encontrar algo que não imaginamos,
mas te encontrar foi um dos presentes que eu sempre quis.
Autor: Jefferson
Estou sem fome da vida,estou desiludido.
Fui enganado pelos contos de cada romance e poesia.
E agora o que eu vou fazer da vida se sou sou mera ilusão do artista?
Sou homem velho e cansado,tenho minha certa idade para te contar.
Meu nome é Guilherme mas não gosto de afeto,tenho muitos defeitos pois a vida me fez amargo e a sim é a realidade.
Pessoas vêm e vão e não me importo mais com isso,pois é da natureza humana ser "mesquinho".
Ainda me pergunto por quê eu existo?! Vai entender o autor que finge ser apenas o leitor.
Guilherme Arantes. Pseudo Autor.
Jefferson Almeida.
A poesia é feita para sentir, e não para ler.
O poeta derrama na folha aquilo que sente.
E não vem ao caso se esse sentir é imaginado ou vivo.
Se, ao deitar os olhos em uma poesia, o leitor for capaz de sentir as palavras, então ele também se torna poeta daquela poesia. Por vezes até mais do que aquele que escreveu inicialmente.
-Razões Da Poesia
Enfim chego ao final,
E então concluo
Que o escritor é imortal.
Pois mesmo que tudo passe,
O que fez não será em vão
Pois estará em algum coração.
O sentido de escrever?
Este não há,
Simplesmente, é!
A razão do poeta?
É a mesma do respirar,
É essência do seu ser.
Poesia calada
Virás me abraçar
Inevitavelmente, virás
Talvez seja na noite
Ou mesmo no dia
Mas ainda que sem aviso
Chegarás
E me tomarás em teus braços
Num aconchego fatal
Sem lástimas ou soluços
Deixando fluir apenas
Uma lágrima sorriso
Do partir silencioso
Virás resoluta
Sabendo me encontrar
E para onde levar
Toda a poesia calada
Que de mim não saiu
As palavras guardadas
As tantas que fiz
Ressoarão no ar
E se perpetuarão
Nos olhos que as lerem
Quando mais não me virem
No abraço que virá
Serei então eu
A poesia calada
Por vezes declamada
Certa da hora chegada
De noite ou de dia
Virás resoluta
Sabendo me encontrar
E para onde levar
Toda a poesia calada
Que de mim não saiu
As palavras guardadas
Queria tanto proteger
Esse lindo sonho teu,
Minha poesia transcrever
O que ninguém entendeu!
Entender o amor
Que transborda nas águas da aflição.
Prever um mundo sem dor,
Sem mágoa no coração.
Sem perdas,nem separações.
Tanta briga,falta de perdão,
Discórdias,calúnias e decepções
Tudo isso estraga a união!
A união deveria nos fazer brilhar,
Como as estrelas do céu a encantar.
Produzir uma nova aliança a confirmar,
Para no meu coração a tua luz habitar!
