Poemas Vazio
Vivemos um tempo de interesses, de utilidades,
Um tempo com certeza triste, vazio e egoísta...
Um tempo em que existem várias verdades,
Questão individual, questão de ponto de vista...
Os vícios são grudentos
Assim como o vazio sereno
Que rouba devaneios
E nada resta, nem princípios
Os vazios são incontáveis
Medo, desejo, solidão, anseio
De fato, inexistem mãos hábeis
Que suportem o excerto
Os vícios são estrondosos
Capazes de desfazer vazios
Mas, feitos para se tornarem desgostosos
Ignorando possíveis perigos
A vida é bela
Como um amor materno
Mas basta uma queda
E ela se torna o inferno
Eu não sei para onde ir
Me sinto vazio
Sufoco enquanto respiro
Entre tudo no mundo
Não sei o que fazer
Para encontrar você
Você da minha mente
Que nunca pude ver o olhar ardente
Nem tocar sua pele resplandecente
Pois estou aqui
Ainda esperando
Amargando
O Abismo e o Eco
Eles vêm, de olhar vazio,
sem ver, sem saber, sem perguntar.
Marcham—não, rastejam—
com a certeza tola dos que nunca duvidam,
com o fervor triste dos que nunca pensam.
Erguem aos céus um nome, um vulto,
uma sombra que os consome,
um charlatão de feira, um embusteiro de trapos,
que lhes promete um mundo feito de espelhos
onde só veem o que querem ver.
E riem!
Riem do meu desespero,
da minha fúria que a ninguém toca,
do meu nojo que os diverte.
Saboreiam o ódio que os denuncia,
porque sabem que nada os toca,
que nada os convence,
que nada os redime.
E eu, que vejo?
Vejo ruínas erguidas como templos,
mentiras coroadas como verdades,
a história dobrando-se sobre si mesma
como um espectro de vergonha.
Dizem-me: "A história julgará."
Mas que história?
Se forem eles a escrevê-la?
Se o mundo for seu?
Se a verdade for extinta
como um lume apagado no vento?
E então?
E então nada.
Talvez reste apenas o eco,
o resquício de um tempo que poderia ter sido.
Talvez reste apenas este grito—
este grito inútil,
este grito impotente,
este grito que ninguém quer ouvir.
ECOS DA LIBERDADE
No palco da vida, um ato sombrio,
Alguém se ergue, com gesto vazio.
Negando o voto, a voz popular,
Espalha mentiras, busca enganar, semeando destruição.
Nas redes sociais, a trama se tece,
Organizações surgem, a verdade esquece.
À porta dos quartéis, a massa se agita,
como marionetes, sua liberdade é manipulada,uma nova ordem é programada.
No alto escalão
um jogo de poder é orquestrado, jogadas calculadas.
Grupos se formam com intenção letal,
Atentando à vida de um sonho plural.
A democracia ferida clama por paz
em defesa das instituições, em busca de justiça e verdade que nunca se faz.
Quem persegue os eleitos com mão de ferro
Merece a cadeia e o justo desterro.
Que ecoe a voz do povo unido e forte,
Defendendo seu direito em um só movimento , com grito forte, traçado o norte.
A liberdade não pode se calar, a esperança renasce ao se reerguer e lutar.
A nova primavera ninguém poderá calar.
Título: O Vazio que Ecoa.
Ouço ecos em meu peito,
não de vozes, mas do nada.
Silêncio que pesa,
um grito contido na madrugada.
Preenchi-me de ausências,
fiz do espaço meu abrigo.
Mas até o vazio tem peso,
e agora o carrego comigo.
Se há algo que se acumula,
não é presença, mas ausência.
E quanto mais tempo passa,
mais forte a sua sentença.
Sorrir com dor,
amar em silêncio,
consolar o outro.
Perdoar o imperdoável,
acolher no vazio.
Amar o próximo é amar a vida,
ser forte é viver,
mesmo quando a alma cansa.
A solidão não grita.
Ela sussurra baixinho no meio da noite,
no espaço vazio ao lado da cama,
no silêncio de uma mensagem que nunca chega.
Ela não aparece de repente.
Vai se acomodando aos poucos,
ocupando os lugares que antes tinham nome,
preenchendo as lacunas que alguém deixou.
A solidão tem cheiro de café esfriando na xícara,
de música tocando para ninguém,
de palavras engolidas porque não há quem as ouça.
Estou vazio de Deus
Cheio do mal
É a verdade nua e crua
Os aposentos do meu coração são ocupados por um acúmulo de desejos errados
Me visto de uma capa
e engano os homens
Mas conscio que minha vergonha não passa despercebida diante daquele que tudo vê
Sou vazio e seco como poço esquecido em deserto
Sou a fraude que coabita entre os justos devotos
Sou nada
Sou tudo de mal
Quem me pode achar?
Como me vou recuperar?
Será que posso voltar?
Entrei tão fundo que temo que a luz machuque meus olhos
Que o mundo de cima seja demais para mim
Vale tentar? Não sei se vou aguentar
Por aqui é escuro, minha cegueira a isso entende
É meu medo a ser valente
Mas me quero curar
Eu quero me livrar
Do dom de errar
Cartografia do vazio
Vontade de me rasgar,
abrir a pele, as costuras,
tentar desesperadamente me encontrar
aqui dentro—
sem mapas, sem sinais, sem vento.
Vontade de me encontrar,
quem sabe, na esquina onde me perdi.
Mas que rua foi?
Que curva errada me trouxe aqui?
Quando foi que fiquei assim?
Vontade de me rasgar.
O Assento Vazio
Sabe aquela assento vazio do avião
Com ele foi embora todo meu coração
Foi embora toda emoção
De um abraço que nunca vai acontecer
De um beijo que eu nunca irei ter
Com aquela cadeira vazia
A minha vida também ganhou um vazio
O vazio de não ter mais o seu olhar
Seu sorriso lindo,
Seus olhos gigantes, que faziam os meu olhos brilhar
Faziam meu coração gritar de amor e paixão
Com o meu assento que deixei vazio
Também ganhei vazios de lembranças
Ganhei vários e "se"
Teríamos assistido os fogos no beira rio
Mas o único fogo que tive contato
Foi o do meu coração se apagando
Imaginando como seria nossa ceia de natal
Nossos beijos infinitos
E claro sorrisos que o hoje só exitem na minha mente.
Foi amor, foi paixão, foi tudo mentira....
O que aquela assento vazio levou,
Isso eu não sei....
Mas o que sobrou foi pedaços, fotos deletadas
Dor,dor e mais dor....
É um eterna pergunta, o que teria acontecido
Se aquela assento não tivesse partido vazio.
Essa sensação de vazio, como se eu tentasse olhar pra mim e não me encontrar
Minhas mãos tremem, engulo o ar e consigo sentir ele descendo pela minha garganta, tento respirar mas meu coração pulsa cada vez mais rápido, meus olhos ficam lagrimejados, lembro de palavras que me foram ditas que ao mesmo tempo que sei que não deveriam ter saídas referidas a mim, eu as carrego como culpa, como se eu merecesse cada uma delas porque eu não ter coragem de dizer que não mereço isso.
Acordo feliz, e ao decorrer do dia essa felicidade vai se esvaziando, e eu fico cansado, sonolento, e então eu sinto uma vontade de dormir e se possível não acordar mais.
No vazio da sala
Aonde abro alas
Para minha mente
Formigante e incessante
Que buscas por respostas
Dessa vida, onde desejamos as rosas
Mas temos medos dos espinhos
Qual é o sentindo?
Viver por um instinto
Ou viver por suspiros de emoção
As quais só o coração
É capaz de descifrar
Os enigmas de amar.
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Fiquei horas
Horas a fio
Sentindo o frio
Do espaço vazio
Atulhado
Abarrotado
De voz caladas
Berrando por ai
O quanto suas almas
Necessitam transpirar
O real
O verdadeiro
Calor desse tal…
De Amor
Nesta madrugada
Onde o silêncio
A muitos por outros
Fora roubado
Por corações mutilados
Sangrando
Esborrifando
O mundo já sujo
Pelo líquido vermelho
Que nele deveria
Dentro correr
E não pelo lado de fora
Quanta falta existe
De real emoção
De sentir
A realidade
Ao invés
Da ilusória fantasia
De amores
Que não o são
Foram ou serão
Nesta madrugada
Invadida sou agora
Por um depravador
Desprezível sentimento
Que não costumo
Nunca carregar em mim
Pena!!!
Fora o que senti
Quando você vi
A falar de um amor
Que nunca pela terra
Ou outro lugar
Poderá caminhar
•••
Tristeza testemunhar
Mentira
Se fazer acredita
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Tc.20042024/67
Abismo
Sinto um vazio
Como se estivesse faltando algo
Como se estivesse presa em um abismo
Cercada por espinhos de aço
Como se eu quisesse mergulhar em lágrimas
Mas meu interior está em seca
Como uma cabana fria na nevasca
Mas sem lenha na Lareira
Uma vontade de gritar
Mas tudo que sai são risadas
Vontade de dasabafar
Mas também não quero preocupar as pessoas amadas
Nada que falo ou faço faz sentido
As cores embaralhadas
Uma arte abstrata
Por que teimo em esconder meu eu nesse abismo?
Olho de caranguejo
Lua virada do avesso
Poema de Jeyne Stakflett
vazio cheio de você
deserto tempestuoso
areia nos olhos boca e ouvido
seco horizonte vertical
árido, áspero, espesso, escuro
sem música, rima, poesia
nosso amor já não é mais nada
o dia passa a noite fica
eu neste estado morro e renasço
morta de saudade presa nesse estado
vivo a deriva fora do vestido
morro de amor a saudade é meu destino
desmaio sem saber se era
verdadeiro ou falso o anel que não dera
galharufas da sorte
ela estava vazia você não existia
mas levarei teu espelho comigo
até minha morte
pra te lembrar que um dia
fui só sua você teve sorte
na passagem da vida
ai de mim, se te amei, nem sei nem te conhecia
Confiei, me entreguei, me amarrei
Ele cortou minhas asas e voltou a reinar
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Eu sou a solidão
Filho da noite e do silêncio
Amante das estrelas
Vazio quanto a lua
Sem luz
Sem reflexo
Sem rastro
Sou a minha própria sombra.
Seu sorriso esconde um vazio
Que eu posso desvendar..
Um coração perdido
Procurando por amor
Procurando se encontrar.
