Poemas Sombrios
Certa vez, enquanto caminhava
pelo vale das sombras, apenas a
o silêncio e a escuridão reinavam
Porém, você chegou e iluminou
o caminho.
Me fez perceber que
não é tão ruim ficar na luz.
Entretanto, o destino conspirava
nosso amor, e em um golpe cer-
teiro nos derrubou.
Discutimos sob o reflexo de sua
sombra. Por um motivo fútil, me
arrependo de ter aberto minha
boca.
Minha maior confidente havia ido
embora, agora às únicas coisas que
restam é um coração partido que
busca conforto em memórias.
O amor comum dança em sombras, Sussurra promessas ao sabor do vento. Busca em troca o reflexo de si, Na frágil taça do desejo, se contenta.
Mas o amor divino, eterno em essência, É chama que não se apaga nem vacila. Transborda em dádiva, sem pedir retorno, Imutável farol nas tormentas da vida.
Na vastidão do seu abraço sereno, Não há limites, nem condição. É o céu que acolhe todos os caminhos, A pura melodia de uma eterna canção.
Quando o sol da Cultura
Está baixo em demasia
Toda ou qualquer estatura
Tem longas sombras ao dia.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
02 Março 2025
O peso do medo
Dizem que há sombras na esquina,
sussurros frios na neblina,
olhos que espreitam na escuridão,
mãos que apertam sem compaixão.
Tranque as portas, feche o peito,
dobrem-se ao fardo do preceito.
Há sempre um monstro à espreita,
um castigo para a alma imperfeita.
No deserto, a voz bradou:
“O mar se abre a quem rezou!”
E os que duvidam, sem piedade,
são tragados pela tempestade.
Na fogueira, a chama dança,
queima o corpo, apaga a esperança.
A fé impõe o seu decreto:
“Negue-me e prove do inferno certo.”
Coroas brilham, aço brande,
o medo cresce e nunca expande.
Pois só se vê o que convém,
quem dita a lei nos faz refém.
Um novo rosto, um novo nome,
sempre há um lobo em meio ao homem.
Ora justiça, ora nação,
ora inimigo, ora oração.
E assim seguimos, sem acerto,
livres no corpo, presos por dentro.
Grades que o tempo não desmancha,
o medo pesa... e nos amansa.
"Em meio às sombras do passado,
Eu vejo o erro que cometi,
A dor que causei, o amor que perdi,
E sinto um remorso que não passa.
Meu coração, antes cheio de orgulho,
Agora está cheio de arrependimento,
Pela falta de cuidado, de atenção,
Pelo silêncio que deixou você sofrer.
Eu sei que não posso desfazer o tempo,
Mas quero que saiba que estou aqui,
Para ouvir, para aprender, para crescer,
E para amar, como nunca amei.
Perdoe-me, meu amor, por minha falta,
Por não ter sido o homem que você merecia,
Eu prometo que, se tiver uma segunda chance,
Vou fazer tudo para não perder você novamente.
Você é e sempre será a minha rainha,
A mulher que eu amo e respeito,
E, mesmo que não estejamos juntos,
Você sempre terá um lugar especial no meu coração."
Espero que isso ajude! Lembre-se de que desculpas sinceras são apenas o primeiro passo.
Pérola Cósmica
Num vasto universo, onde as estrelas dançam um ballet de luz e sombras, brilha uma pérola cósmica.
Uma essência de joia rara, um mistério envolto numa beleza profunda, que encanta quem se cruza no seu caminho.
De olhos que brilham como constelações, que refletem a sabedoria das galáxias e a intensidade de mil histórias não contadas.
Cada olhar é uma viagem, um convite a explorar os segredos do cosmos que habitam seu ser, de luminosidade única, capaz de aquecer corações e iluminar nas noites mais escuras.
Uma presença tão magnética quanto os corpos celestes. Ao seu lado, o tempo parece suspenso, num mundo que se dissolve numa sinfonia de sussurros e risos.
Energia que envolve e fascina, atraindo almas como planetas em órbita. Suavidade das auroras.
Sorriso que ecoa a melodia das estrelas em cada canto do universo. Transforma momentos simples em eternidades, fazendo de cada instante uma nova descoberta, uma nova galáxia a ser explorada.
Combinação perfeita de beleza e mistério, um tesouro que nos lembra da grandiosidade do amor e da vida. Inspiração ao sonho, à busca da magia que reside em cada pequeno detalhe do nosso próprio cosmos.
E assim, sob o brilho de sua luz, aprende-se que o amor simples e verdadeiro é, de facto, a mais bela das constelações.
" ESCONDIDO "
Do amor, vaga nas sombras, escondido,
seguindo em seu disfarce improvisado
temendo pôr alguém, junto, ao seu lado,
talvez por ter, seu coração, ferido!...
Repulsa tem de, um dia, ver-se achado
nos braços de um desejo seu querido
e se encontrar, pela paixão, rendido
por novamente, louco, ter amado.
Prefere, então, manter-se em seu segredo
fugindo o tempo todo nesse medo
de que o amor, de novo, o reconheça…
Assim, vaga nas sombras, lá, sozinho,
fugindo de outro alguém no seu caminho
e crendo que não mais, amar, mereça!
Nas sombras da ausência, eu me perco,
Tentando encontrar palavras que não sei usar,
Peço desculpas por não ser o que você espera,
Por vezes, meu carinho se esconde no olhar.
Você é a razão do meu despertar,
A luz que ilumina meu caminho incerto,
E mesmo quando falho em demonstrar,
Saiba que em meu coração você é o mais certo.
Teus risos são melodias que me fazem viver,
E sua presença é o abrigo que eu busquei.
Sei que às vezes me falta o jeito de dizer,
Mas te amar é a única coisa que sei.
Prometo aprender a expressar meu afeto,
A cada dia, tentarei ser melhor.
Porque você é a razão do meu desejo secreto,
A única coisa que me faz sentir o amor.
Então me perdoe pelas palavras perdidas,
E pelas vezes em que não soube te abraçar.
Meu amor por você é profundo e sem medidas,
E sempre será a razão de eu querer lutar.
A Canção Silenciosa da Solidão
Na vastidão da noite, onde as sombras dançam,
A solidão se aninha, um abraço frio e denso.
Um eco silencioso, uma melodia triste,
Que ressoa na alma, um lamento persistente.
No vazio do quarto, as paredes sussurram,
Histórias não contadas, segredos que se acumulam.
O coração anseia por um toque, um olhar,
Mas encontra apenas o reflexo de um vazio sem fim.
As lágrimas caem, como pérolas noturnas,
Iluminando o caminho da dor e da angústia.
A alma se curva, sob o peso da ausência,
E a solidão se torna a única companhia.
Na escuridão da noite, a esperança se esvai,
E a solidão reina, um manto de melancolia.
Mas, no silêncio profundo, uma voz sussurra,
Que a solidão é apenas um capítulo, não o fim da história.
Pois, mesmo na escuridão mais densa,
A luz da esperança ainda pode brilhar.
E, no tempo certo, a solidão se dissipará,
Como a névoa da manhã, revelando um novo amanhecer.
Um fracasso.
Em versos tristes, a alma se revela,
Um labirinto de sombras, onde a dor se instala.
O fracasso, um manto que me envolve e pesa,
E a cada passo, a esperança se dispersa.
As lágrimas, como rios de desilusão,
Afogam os sonhos, a doce ilusão.
O espelho reflete um ser desvanecido,
Onde a alegria se perdeu, em um passado esquecido.
A solidão, companheira constante,
Acalma a alma, em um abraço distante.
As palavras, como navalhas afiadas,
Cortam a carne, ferem as esperanças frustradas.
Mas em meio à escuridão, uma faísca teima em brilhar,
A chama da resiliência, que insiste em não se apagar.
Pois mesmo na queda, a força se encontra,
E no fracasso, a oportunidade de recomeçar.
Depressão..
Nas sombras da alma, a tristeza se aninha,
Um manto de angústia, que a vida definha.
A solidão, companheira constante,
No peito aperta, um nó sufocante.
O vazio ecoa, em cada passo incerto,
Um labirinto escuro, de um destino deserto.
As lágrimas caem, em noites frias,
Reflexo da dor, em melodias sombrias.
A amargura da solidão, um fardo pesado,
No coração ferido, um grito abafado.
A esperança se esvai, como areia entre os dedos,
Restando apenas o eco, de medos e segredos.
Na escuridão da alma, a melancolia floresce,
Um jardim de espinhos, onde a alegria não cresce.
A solidão, um véu que cobre a visão,
Deixando apenas a dor, em eterna prisão.
Sede de Justiça
As sombras frias cobrem o dia,
O vento uiva na escuridão,
A fé dispersa, vaga e tardia,
Sofre oprimida na solidão.
O mundo chora, já se degrada,
A honra some sem compaixão,
Os justos partem, deixam pegadas,
Brilham seus nomes na imensidão.
Mas clama o povo, clama em lamento,
Grita em angústia, sede e terror,
Segue o destino sujo e sangrento,
Perde-se o brilho, morre o esplendor.
Por entre os esgotos da vil maldade,
Túmulo frio do amor que se esvai,
Surge um futuro em ondas de agrura,
Grita a justiça: “Vem! Não se vai!”
Chama da Esperança
Na vastidão da noite escura,
uma luz de esperança reluz,
Nas sombras que a lua procura,
a chama do sonho seduz.
Na escuridão da alma, um lamento ecoa,
Em sombras profundas, a dor se aloca.
No silêncio da noite, os demônios dançam,
Emaranhados em sombras que avançam.
Sangue se mistura com lágrimas frias,
Em um mundo de angústia, onde as almas se perdem.
A lua, testemunha silente do desespero,
Enquanto corações partidos clamam por alívio.
Em cada canto escuro, um segredo escondido,
Em cada suspiro, um grito contido.
A escuridão abraça, sem piedade ou perdão,
Num poema dark, ecoa a solidão.
Mas mesmo na penumbra, há beleza oculta,
Em meio ao caos, uma luz sepulta.
Pois onde há sombra, também há luz a brilhar,
Num eterno conflito, onde a esperança ousa se manifestar.
SOMBRAS
Guardo poemas soturnos e cinzentos
Numa inspiração desbotada, sem luz
Suspiro no verso sentido, que traduz
A minha poética, cheia de tormentos
Tem tons, inquietos, ais e lamentos
Nos sussurros, a poesia me conduz
Choro e apertos numa pesada cruz
Poetizando estes árduos momentos
E cada sentimento, então, aí figura
Sofrência, enchendo de desventura
A prosa que só queria, apenas amar
E triste, poeto e sinto, sofro e enleio
Vejo tudo feio, tenho o coração cheio
E, a noite sombria, a passar devagar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 abril, 2024, 19’32” – Araguari, MG
É pela fé que acredito na redenção, mesmo quando me vejo cercado pelas sombras do pecado.
(ver Hebreus 11:1, Romanos 10:10, 5:1-2 e Salmos 32:5)
meias noites
Na meia-noite, monstros dançam,
Como sombras, somem sem paz.
Afundam em mim, como Dab Tsog,
Sufocando, deixando-me sem folego.
Acelerada: minha respiração,
Visão turva, sem direção.
Pele pálida, lábios feridos,
Em tormento, perdido, ferido.
Ergo as mãos em desespero,
Mas no eco, apenas um lamento.
Negados os pedidos, sem saída,
Será frescura essa agonia tão dolorida?
Racham as paredes em meu quarto,
Nas ansiosas meias noites, sinto o esparto.
Às 3:33, num pesadelo profundo,
Flutuo, meu ser queimando no mundo.
Lágrimas negras, em torrente,
Caindo, inundando a mente.
Meu castelo de barro se desmancha,
Na escuridão, a dor se lança.
Marcas surgem, em meu corpo, dores,
Sangue que acalma, em pulsos, fortes.
Em coma, apagado, aprisionado,
Na cela da mente, sou adolescente, condenado.
Em meio às sombras que dançam ao redor, o amor e o ódio travam uma batalha épica, como dois titãs colidindo em um campo de guerra. O amor, com sua aura radiante e gentil, tenta erguer-se acima das trevas, enquanto o ódio, com suas garras afiadas e olhos flamejantes, busca consumir tudo em seu caminho.
É uma luta que ecoa pelos recantos mais profundos da alma humana, onde as linhas entre o bem e o mal se tornam borradas e distorcidas. O amor clama por compaixão, perdão e redenção, enquanto o ódio sussurra palavras de vingança, crueldade e destruição.
Em cada coração humano, essas forças opostas se entrelaçam em uma dança perigosa, onde a linha que separa a paixão do desespero é tênue e frágil. Às vezes, o amor prevalece, iluminando o caminho com sua luz radiante e calor reconfortante. Mas outras vezes, é o ódio que triunfa, deixando para trás um rastro de ruína e desespero.
É uma batalha que se desenrola em silêncio, nas profundezas da mente e do coração, mas cujas consequências são profundamente sentidas em cada fibra do ser. Pois, onde há amor, também há ódio, e onde há ódio, também há amor, entrelaçados em uma dança eterna de dualidade e contraste.
E assim, a humanidade continua sua jornada através dos séculos, em busca do equilíbrio delicado entre o amor e o ódio, entre a luz e as trevas, sabendo que, no final, é a escolha entre essas forças que moldará o destino de todos.
Bom dia!
Confie sempre, mesmo nas sombras do mundo.
Mantenha tua fé, erguendo-a como luz celeste acima de ti.
Tudo passa e se renova, mas a confiança em Deus e em si mesmo permanece.
Caminhe, lute, sirva, pois a alvorada brilhará além da noite.
Hoje pode ser difícil, mas lembre-se de que amanhã será outro dia.
O Crepúsculo do Desejo
Nas sombras do meu coração, onde murmúrios ecoam,
Habita um amor sepultado, sob véus de luto e segredo.
Uma paixão fantasma, que nas trevas me assedia,
Um amor não correspondido, que como sombra, comigo vadia.
Nas tumbas de sentimentos, onde repousam os mortos,
Meu amor solitário vagueia, entre os esquecidos.
No jardim das almas perdidas, ele sussurra para a noite,
Promessas não cumpridas, num lamento sem açoite.
Como um vampiro, ele suga a essência de meu ser,
Deixando apenas a casca, um vazio a padecer.
Nas veias desse amor, corre não sangue, mas veneno,
Um elixir doloroso, doce e pleno de pequeno.
O céu de minha mente, outrora claro e vasto,
Agora coberto por nuvens negras, um tormento nefasto.
Cada estrela apagada, um sonho de reciprocidade,
Cada trovão distante, o eco de minha saudade.
Em noites de lua nova, quando a escuridão é completa,
A tua ausência é um espectro, na penumbra discreta.
Rondando os corredores de minha alma enclausurada,
Um amor zombeteiro, na escuridão encarnada.
Oh, como desejo libertar-me deste cárcere sentimental,
Quebrar as correntes desse amor brutal.
Mas como arrancar o próprio coração, motor de meu tormento,
Sem o qual a vida cessa, e com ele, só sofrimento?
Assim, na catedral do desespero, ao altar me prosto,
Ofereço meu coração, um sacrifício ao gosto
De um amor cruel, deus de minha devoção,
Que rege minha vida com mãos de perdição.
Esse é o crepúsculo do desejo, o ocaso do meu querer,
Onde amar é um inferno, um eterno padecer.
Entre sombras que dançam, e o frio que tudo consome,
Meu amor não correspondido, em trevas, encontra seu nome.
