Poemas Sombrios
PRECISO SEPARAR-ME DOS SONHOS
Preciso, tenho de separar-me dos sonhos
Vaguear por as sombras que me afagam
Na panaceia que me acena de tanta dor
Preciso separar-me de mim no meu olhar
Num corpo que acolha-me sem me perder
Nas nostálgicas colheres de açúcar que me dás
E aos poucos teres a capacidade de embalares
A alma para um longo abraço contra o meu peito
Mas só vejo e sinto um tempo que se torna frio
Nos versos escritos nos cubos de gelo no copo
A dor é calculista, ela instiga-me, repulsa-me tanto
Preciso flutuar sem sobressalto no soalho da madeira
Da velha mansão abandonada que eu já tanto amei
Mas o brilho da escuridão cega-me e alucina-me
A mente, o corpo onde perco todas as minhas forças
Que levam-me a caminhar a travar uma dura batalha
Contra esta agonia que é um fragmento da perfeição
Tenho, preciso separar-me para encontrar os meus sonhos.
MATARAM O REI -
Mataram o Rei! Há sombras pelo ar ...
Há nevoeiro sobre as Quinas da Nação!
Mataram a Alma de Portugal!
A nossa Pátria perdeu-se do coração!
A Coroa dos Heróis desfez-se em pó!
Passámos a beber do mesmo graal:
o cálice de D. Amélia, tão só,
qu'inda assim perdoou a Portugal!
E de que fibra fora eleita tal Senhora,
que de lágrimas desfeita, sem destino,
tendo ao colo, amortalhado, o seu menino,
entregou o Coração a este povo,
sofreu calada, recomeçou de novo,
dia-a-dia, triste, só mas sonhadora?!
Ricardo Maria Louro
Em profunda Admiração a D. Carlos, a D. Luis Filipe e a D. Amélia de Orleães.
D. Amelia:
"A dor cobriu tudo. Esvaziou-me o Espírito. As recordações desapareceram. Estou incapaz de chorar. Inerte."
Alma transgressora
As sombras do passado bruxuleiam suas trevas como um eco no tempo,
sussurram pesares sobre os meus passos incertos,
espalham aos ventos: meu descaminho é desvairado
Minh’alma transgressora sob o sol de um verão eterno desfalece
enfrenta demônios incorpóreos de um rebanho servil,
cai em gargalhadas a sós
e cai novamente, em pranto,
da presente falência de humanidade.
O futuro é ilusão, sentenciam-se extinguir
a raça e o sangue
e o amor que não cabe em mim
As sombras retornam, vez e outra, no tempo,
são as mesmas sombras projetadas pelos corpos pútridos do maldito rebanho,
de almas vazias de transgressão
De frente para as sombras.
Encarando meus medos!
A sensação de lutar um campeonato é semelhante a de ir à guerra, tu não quer perder, tu te preparou, tu pagou para estar lá com suor e sangue, tu usou teu ego da melhor forma para te elevar e lá no dia tua mente se volta contra si mesmo de uma forma misteriosa, e derrepente você enxerga o adversário pequeno, mas o monstro na sua mente gigante, e então é você contra 2.
Sampa Variedades
Selva de pedras, sombras de poluição,
Muita gana e dramas, sonhos e razões,
Os medos, a pressa, as preces, os começos,
Muita busca, muitas histórias, muitos cenários e muitos personagens.
São muitas sombras engendradas
nos genes e na cultura —
a luta lá em nós mesmos
só pode ser um drama (in)gente.
LA
LANÇANDO SOMBRAS
A fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. —1 Coríntios 1:29
A história conta que Michelangelo pintava, com um pincel em uma das mãos e segurava uma vela na outra, para evitar que a sua sombra cobrisse a obra-prima em execução.
Esta é a atitude que devemos adotar se realmente quisermos apresentar a obra-prima da glória de Deus em nossas vidas. Infelizmente, nossa maneira de viver procura chamar a atenção sobre nós mesmos: nossos carros, roupas, carreiras, posições, nossa esperteza e nosso sucesso. E quando a vida gira em torno de nós mesmos será difícil para os outros notarem a presença de Jesus em nós. Jesus nos salvou para refletirmos a Sua glória (Romanos 8:29), mas quando vivemos para nós mesmos, nossas sombras se espalham e não espelham Sua presença.
Quando os cristãos em Corinto estavam muito convencidos de si mesmos, Paulo advertiu-os: “a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Coríntios 1:29) e lembrou-lhes o que Jeremias disse: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (I Coríntios 1:31; Jeremias 9:24).
Pense na sua vida como uma tela sobre a qual está sendo pintado um quadro. O que você gostaria que as pessoas vissem: a obra-prima da presença de Jesus ou sombras da sua vida? Não se interponha entre uma grandiosa pintura em execução. Viva para que outros vejam Jesus em você. —JMS
A vida do cristão é um quadro onde outros podem ver Jesus. Joe Stowell
Traz luz para as sombras
Escala montanhas
Pra me encontrar
Derruba muralhas
Destrói as mentiras
Pra me encontrar
Sombras de dúvidas
Ganharam espaço
Dentro de mim confusões
Tentaram me levar à trevas
Daí me recordei
De como lutei contra
Meus sentimentos
Dez mil toneladas deles
Agora não valem
Pena pesarem menos
Que folhas A4
Não valem mais que 10 centavos.
Alguém moveu as pedras do jardim você não vê?
gosto de rir por dento
de você
enquanto as sombras passeiam
pela casa
de manhã coamos
um café
“tão bom”
o que você diz sempre
faz rodar de novo
a colherinha
Sempre gostei do frescor e silêncio
da noite.
As ruas com poças
ainda da chuva.
Sombras coloridas nos olhos
um homem passa
um carro passa
um rato passa
não há ninguém além da noite
já começo de amanhã.
muito linda...
lhe digo sempre te desejo
mais e mais,
entre sombras
os devaneios em pranto,
o julgo do céus,
mero pecado
amar por amar,
viver por amar,
nas linhas da imensidão,
lhe dão verdades num pecado,
sois anjo tanto amou,
bem acido como noite morre com dia,
se faz o desejo ate fim do prazer,
sendo digno o desejo de vive,
amar é o amor amado
simples como tal chuva
que derrama sob diva as lamurias dos céus.
Fagulhas da fogueira de vaidades,
sobre as sombras do amor,
a afronta se doma na libertinagem
sonsa alma na pandemia
se torna se translucida
na fome a ânsia de viver...
até insanidade se tornar irreal,
simples singularidade altiva
sobre o clássico tom de cinza...
oportunidade explicita,
boa companhia que transpõem
o gosto da tua carne...
fruto do maior do doce viver...
transe momentâneo...
expressa se o amanhecer,
nas magoas apenas o calor do corpo,
suor que se da com o amor.
O que somos no dever do desastre,
alucinações de uma vida perfeita,
nas sombras a perfeição do desejo
fardo da morte purificação,
se existe tem um fim...
nos mare sem fim os acordes da humanidade,
sobre essa a infame fruto do desacordo
límpido ar na amargura,
de fato os amplos fatos torna se tornados
na singularidade da incompreensão
os caminhos da escuridão,
o clássico do caminho da luz para exclamamento,
o final do firmamento...
A noite é o amor,
diante a madrugada há paixão,
notando a vejo como anjo nas sombras
anjos cantam no clima a luz te ama...
virtuosa e abrangente nos da vida
e transcende no além que queremos existir...
MINHA RUA (soneto)
Das tuas sombras dos oitis a saudade ficou
És a rua do príncipe dos poetas, laranjeiras
Coelho Neto, onde sonhei de mil maneiras
E alegre por ti minha felicidade caminhou
Das tuas pedras portuguesas, o belo, cabeiras
Ao chegar de minas só fascinação me criou
Se triste em ti andei também o jubilo aportou
Me viu ser, indo vindo emoções verdadeiras
Em tuas calçadas a minha poesia derramou
Criando quimeras, quimeras tais derradeiras
Da Ipiranga a Pinheiro Machado o tempo passou
Em ti a amizade os vizinhos em nada mudou
Carrego tua lembrança, lembranças inteiras
Rua da minha vida, estória comigo onde estou...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro, 16 de 2017
Cerrado goiano
ao dia 16 de fevereiro 1976,
quando chegamos ao Rio de Janeiro...
SONETO AMEDRONTADO
O medo amedrontado está em mim
Poetando sombras de uma tristura
É um vazio cheio duma vil amargura
Num silêncio: mudo, surdo, sem fim
E neste vácuo sem a essencial figura
Entrajam faltos ornados de serafim
Dum temor com seu satírico festim
Assestando o poetar na ossatura
Então, do medo se alimenta, assim,
Cada vez mais tétrico fica, e procura
Um tal arrimo, sem doçura, carmim
E a ousadia onde fica? E a ternura?
Se o medo no medo, é trampolim!
E o fado sem medo, é vã ventura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
_Nas sombras revelas a derradeira alma_
_O somos e vivemos faz parte do destino_
para mais ou menos vivemos.
existimos num paradoxo qualquer.
ainda assim existimos,
na flor do esquecimento somos poeira,
para tantos do pó para o pó...
RENEGO A LUZ
Meu eu egoísta é só um rogo
que não se apague seu escuro,
nas suas sombras é que eu vivo,
no lado oposto do muro.
Aqui tu tens desafogo
ainda que seja n´ obscuro
venta-lhe um vento que é uivo,
é a procura ao seu ser puro.
Lobo faminto, lhe assombra
na realidade do sonho,
alia-me e a você é contra
E lhe traz pesar medonho
e em mim sombras, ele encontra
e eu soluções lhe imponho.
Não posso matar meu ego
Pois é só em ti que me encontro,
E a luz que enleva, eu renego.
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