Poemas sobre Ruas

Cerca de 1668 poemas sobre Ruas

⁠Passeio pelas ruas do espinheiro

quero
pelos olhos da cidade
apreciar papoulas
abertas de par em par
para deleite dos cãezinhos
e colares de pérola de maiorca

(a pressa atropela a solidão do homem
que vende pipoca na esquina

o vento do carro
levanta a saia da moça lilás
para felicidade dos operários
já libertos do andaime
e da rigidez das horas)

quero
pelos olhos da cidade
sentir cheiro de pão e de fuligem
de brisa e de cimento
e testemunhar o preciso instante
em que o beija-flor afaga
a papoula aberta de par em par

Inserida por pensador

⁠Hoje a cidade de São Paulo está fria e molhada.

Há muita gente nas ruas.

Gente que não tem nada.

Há prédios inteiros desocupados.

Há gente usando máscara.

Há povos desesperados.

Enquanto isso, na ciranda, há um grande reboliço...

Estão todos se perguntando: O que Felipe Neto diria disso?!

Inserida por nihilista

A pobreza vivida nas ruas do centro
tem sido vítima direta da hipocrisia
dos nossos governantes e 'patrocinadores'.
A própria população discrimina meus
irmãos que nada podem fazer a não ser
catar lixo para comer. Mesmo assim temos
artistas das cores, dos quadros, das músicas...
Aqueles que transformam a obra mais prima
que temos em arte, a vida.
Tento uma direção, mas logo encontro um
obstáculo, e outro... Outro. Indiferença,
como esta eu não posso lutar.

Tiraram minhas armas, menos uma.
A minha ideia. Religião, novela, futebol, o ópio do povo.

Centro das angústias do estresse de São Paulo.
Praça da Sé: Uma criança, um mendigo bêbado no chão.

Mais uma alma feriada, menos uma mãe feliz.

Realidade não se vê, se enxerga.

Artigo - 2017 [Carta Capital].

Inserida por laboratoriopensar

⁠AO LADO DELA

Andar do teu lado
De mãos dadas pela rua
Pelas ruas
Dividir comigo a sua graça

E com toda a sua graça, você me leva
E o tempo não leva
A nossa lembrança
E ela permanece no tempo

Eu me sinto perfeito
Quando estou bem pertinho de você
Sempre que estou bem perto

Quero te prender a mim
Como um talismã sobre o meu coração
Você me dá proteção

DATA: 28/07/2021
CIDADE: PARAÍBA DO SUL - RJ

Inserida por linjetico

⁠⁠⁠Dias nublados
Sem chuva
Apenas cinza
Escuridão dentro
E fora de casa
Silêncio nas ruas
Nem sempre precisamos
Da chuva.
Mas necessitamos de dias nublados dentro e fora da alma

Inserida por BarcelosPonce

⁠noite fria
com ventos nas ruas cantando sem rima
uma mulher gelada e nua em plena rua
acenando a mão para o céu.
e o gelo caindo sobre o véu da noite
gelando-me a carne sem piedade
eM todas as noites frias, ficava contemplando serena
o frio, plantado na alma do ser que habita
as faces das nuvens cinzentas
queria ser fogo e esquentar a terra
mas cada vez mais me encolho
com receio de virar pedra...
...........
e vem o dia...
sem a dança do sol nos arredores dos montes...
ciça b. lima
( in "balada do inverno triste " do livro "só poemas" )

Inserida por touchegrs

⁠Inspiração

O sol está nas ruas, nos parques, nas praias, montanhas, no Universo, em todos os lugares e ao se pôr é de uma beleza tamanha que nenhum poeta encontra palavras, métricas e rimas para cantar o seu fogo, seu jogo de cor, sua alteza, sua reza como ele realmente se apresenta.

O pôr do sol já foi tema para declarações, já acendeu luzes e ascendeu desejos, já abriu flores e fechou solidões, já enfraqueceu dores e intensificou amores, já causou lágrimas e já foi motivo de sorrisos... o se pôr...

Assim como a semente precisa de dor para brotar, o sol precisa morrer para surgir a lua. Oh magnânima, comovedora, altruísta, sedutora lua que em todas suas fases revela-se aos poetas, namorados, seresteiros.

Quisera eu sentir-te nos meus braços, sentir tua calma na minha palma para construir poemas sem dilemas, sentir tua paz que satisfaz, rimar-te no meu inspirar. És vida no resplandecer, descanso no cansaço, preenches espaços vazios dos insanos sombrios, misturas com o oceano, és serenidade na eternidade, sonho no adormecer.

*Diz a lenda que o Sol e a Lua sempre foram apaixonados um pelo outro, mas nunca puderam encontrar-se e Deus, na sua infinita bondade, criou o eclipse para haver o encontro quatro vezes ao ano.

(Bia Pardini)

Inserida por bia_pardini


invisibilidade —
quem mora nas ruas
tem superpoderes

morador de rua
não precisa de celular
ninguém vai ligar

não era bicho
era nossa gente
revirando lixo

mente aberta
militar não limita
liberta

Inserida por giovanimiguez

O MITO DO NATAL:

Nesta noite de natal
Eu saí por três vezes às ruas...
O que eu queria!?
Era apenas encontrar o precursor desta noite.
E em todas as casas que percorrí
As portas estavam fechadas, havia sim, um clima de festa
O som que se ouvia era festivo.
Mesas fartas, músicas comerciais, deleites e comemorações.
Em um ímpeto de curiosidade
Fixei meu olhar às frestas daquelas portas
E em nenhuma delas vislumbrei o aniversariante.
Sai um pouco desolado.
Me recolhí e fiquei a me perguntar.
Por que tanta euforia se todo dia é dia de natal?
E todos os dias ele nasce em todo o universo.
Mais tarde o sol ainda não chagara, e o som da música já se fazia mais fraco.
Pela quarta vez eu deixava o sono ainda não dormido
E o encontrei!
O Arauto. Cansado, malcheiroso e não parecia ter nascido naquele dia!
Todos já entorpecidos em sua própria festa não o reconheceram.
E fecharam-lhe as portas.
Ao romper da aurora, caia a ribalta, as portas se abriam para um novo dia.
Não era mais natal... E ele ali inerte ao solo onde descansava invisível aos olhos de seus anfitriões.
Sem cheiro, sem alento, sem recordações!
Não era mais natal, não era mais natal.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠Novos amanhãs
Nas ruas a população
move-se mascarada
- atônita-
Uma pontinha de vida
chora ...
Lagrimas mundiais
unem nações
Espalha-se a fome
e a dor tudo fecha,
Mas há o sol
acompanhando o mar
projetando novos amanhãs.
Raios de fé
ondas de esperança
dizendo que ainda
devemos sonhar.

Inserida por Moapoesias

⁠O LIXO DO NATAL

Demétrio Sena - Magé

Está nas ruas chuvosas e precárias de minha cidade, Magé, o lixo de Natal. Houve comemoração no mundo inteiro, mesmo com essa festa macabra e longa do Coronavírus. Umas mais modestas e respeitosas, outras bem mais extravagantes e "nem aí" para o sofrimento alheio.

Nos guetos, becos e vielas, houve os olhos de quem assistiu às festas na expectativa de revirar o lixo do Natal, no dia seguinte, para roer os ossos da ostentação, do barulho e do "nem aí". Pessoas sombrias e silenciosas, entre os restos de luzes multicoloridas fabricadas para estampar, com requintes especiais de crueldade, as diferenças sociais.

E para contribuir com o cenário, a vingança pós-ano eleitoral, dos prefeitos não reeleitos ou mal sucedidos em suas apostas: A não coleta do lixo de Natal, porque as prefeituras não honraram seus compromissos com as empresas contratadas e, os coletores, que ficaram sem seus proventos finais ou o décimo terceiro, não saíram para realizar a coleta.

Eis a performance do Natal: contrastes de ostentação e miséria, expectativas trabalhistas frustradas e vinganças políticas que penalizam, proporcionalmente, as classes cotidianamente mais sacrificadas. O lixo do Natal vai muito além do que os olhos veem.

Inserida por demetriosena

⁠Veste o verso os terços.
Sai com a benção de ser ele poeta das belezas.
Anda vagando pelas ruas, com a beira do mar carregada na ponta dos olhos.
As curvas, o brilho da lua supri cada irradiar da íris daquela moça, diz o verso.

Sai a moça da janela de casa para ver o verso passar, grita ele, nu e bêbado na rua.
(Tudo isso porque ele queria sair da própria nuca. )

:- Sou verso sim, poesia. Porém sou parte de ti, da tua alegria, mas não sou eu quem a faz poesia, é a dobra da tua paz. Não me culpe por não completar a tua rima, tua correria. Eu vivi a te completar. Lhe pergunto minha linda, quem ira de me versar nas ruas para ser tão linda quanto tu era ao me ter?
O amor não tira a beleza do outro poesia, o amor unifica a clareza dos detalhes, sem falar de dor.

E agora sinto nas cambalhotas que o coração da no peito, o que era esse tal de amor. Eu entendi poesia!! Sim, eu entendi.
O amor tem voz de leitor, precisa ser interpretado, conhecido, saboreado, sentido, para chamar de amor.

Inserida por WesleyNabuco

⁠O delineado dela é seu escudo
Sai pelas ruas de São Paulo
Com seu skate cheio de rasuras em baixo
Ela é diferente e só quer sentir algo que faça sentido
Ouça seus pensamentos vulneráveis confusos
Dê uma ou mais chances pra ela te mostrar que o que guarda por dentro é lindo
Só não ache que ela não pode ser o seu próprio abrigo
Olhe para ela como nunca, só nunca ouse tirar seu brilho.

Inserida por KaylainyChagas

⁠Atenta aos sinais do tempo,
Me vi perdida pelas ruas dos sem fim que há em mim.
Sou flor que se fez pedra para habitar o mundo,
Mas que não desiste de acreditar na força do bem que nutro aqui...

Inserida por lavinialins

⁠Era meados de abril, quando sua vida estava mais arruinada que as ruas de Hiroshima e Nagasaki. Talvez aquele seria o momento que mais precisaria da companhia e cumplicidade da pessoa amada, mas, em um piscar de olhos, ela soltou sua mão com a mesma frieza do bombardeiro B-29, pilotado pelo coronel americano Paul Tibbets na Segunda Guerra Mundial e, simplesmente, colocou um fim naquilo que seria o ''até que a morte os separe''.

Naquele momento, algo que parecia infindável, simplesmente findou-se! Por conseguinte, percebeu que estava dentro de um processo de luto que parecia ser eterno. Era como se o pouco da estrutura que tentou constituir durante anos, estivesse desmoronando sobre sua cabeça.

Mas aos poucos recuperou sua racionalidade, e percebeu que nunca esteve sozinho. Pois sempre teve um Deus cuidando de seus passos e blindando cada momento. Foi então que passou a recuperar seu amor próprio. Amor este que, com a mesma intensidade de sua desfragmentação, foi sendo reconstruído.

Logo após, na calmaria de sua solidão, lembrou-se de tantas batalhas que enfrentou, resistiu e sobreviveu! Das feridas que pareciam incuráveis, mas com paciência e discernimento foram cicatrizadas. Veio então à sua lembrança a imagem de quem realmente era!

E, ao se reencontrar, percebeu que o fim de uma relação não significaria o fim do livro de sua vida, mas apenas um capítulo marcante e de grande relevância. Descobriu o verdadeiro sentido daquela pessoa ter cruzado seu caminho e concluiu que cada momento foi eterno enquanto durou.

Inserida por carlos_silverio

⁠#ESTRADAS

Pelas ruas vago, em desatino,
E a todos pergunto se não lhe viram...
E a dama da noite em céu estrelado...
Fica para mim sorrindo...

Oh, se Deus sobre a terra derramasse...
E de mim se compadecesse...
Um pouco mais de vigor daria...
Para que mais força eu tivesse...
Em encontrar seu amor...

Vem à triste morada do poeta...
Um sonho à inspirar...
Dourar os versos meus...
Fazer-me mais sonhar...

Transmuda o negro véu da escuridão...
Que a vista me detém...
Estende os sonhos meus pelo universo...
Traga até mim quem tanto quero...
Enquanto eu cá espero...
Ser só seu...

O tempo corre pouco e pouco...
Na vida que se esvai...
As esperanças me consomem...
Dando lugar aos meus ais...

Por terra vão caindo, em pó...
Meus desejos já desfeitos....
Desdobre-se cortina de mistério...
Uma vez mais lhe peço...

De noturnas essências perfumadas...
Continuarei, enquanto puder...
A procurar...
Até lhe encontrar...
Em minhas estradas...
Para lhe amar...

Sandro Paschoal Nogueira

facebook.com/conservatoria.poemaz

⁠Montevideo

As ruas são como plumas
Até da chuva eu gostava
Tantas histórias não acabadas

Teu povo, Montevideo
É poesia
É prosa
É verso
No teu mundo totalmente imerso

Por lá já houve celebridade
Celebração
Futebol
Carnaval
Animação

Já houve calma de um mate de domingo
Já houve 40 dias de carnaval
Já houve minha voz que ecoa até hoje nas ruas no natal

Montevideo, você não sai de mim
É as ruas
É as praças
É o churros
O churrasco
É futuro, presente e passado

Você ocupa meus sonhos
Meu imaginário
É o melhor lugar para se estar quando está solteiro ou casado

Ah! Montevideo!
Já pensou se o mundo soubesse de você?
8 bilhões de pessoas iriam querer te conhecer

Ainda bem que não sabem porque eu iria morrer de ciúmes
O que eu iria fazer com aquele seu resto de perfume?

Falando em perfume, que cheiro é esse que tem?
Naquela noite perto do trem?
Te lembra Montevideo?
É tipo um cheiro de chuva quando cai na terra...
Não, não é isso
É tipo um cheiro de pele depois do banho...
Não, não
É cheiro de mar?
De amar?
Não...
É um cheiro de café passado?
De roupa limpa?
Não é o cheiro é a sensação
Sensação de liberdade de estar no mundão

Montevideo, porque você foi me deixar ir?
Minha única certeza era não querer partir

Eu sempre irei sentir saudades
Daqueles ladrilhos
Daquela cidade.

Inserida por AnaTubino

⁠EU
Está noite eu deixava minha Esperança e embarcava universo a fio.
Corria eu, pelas ruas dos meus sonhos, pelos becos de meus delírios,
E achava eu, na busca do sonho azul que tudo faria jus
Você não disse que era pra tudo ficar azul?
Então venha descolorir o que deixou “negro”!
A noiva que era bela ficou feia e magricela.
O sonho que parecia azul perdeu o norte e o sul.
Quando pensas que sabes estás ficando rude.
E nessa homérica viagem.
Às vezes, eu sinto ser multidão!
Olho pra dentro da criança e vejo o ancião,
O negro, o sábio e o tolo.
A mulher, o louco e o insano.
Logo ergo o olhar para dentro e vejo a escuridão.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠Curitiba ....
Em Curitiba
Respira Cultura
Em cada esquina
Blocos e becos todas as ruas
Em Curitiba
Em meio as árvores
Flores e parques
As suas vistas coloridas
E o sol quase todo dia tímido
Suas manhas carregadas de fascínio
Noites estranhas porém ,cheias de vida
As ruas praças e em toda parte
Paradas são tão convidativas
Curitiba é luz
Curitiba reluz
Mas quando se apaga
É quando eu vejo mais
Curitiba é mais
Suas feiras sempre originais
Prédios imponentes tão descentes
Vigiando cada um nunca ausente
O clássico é vizinho do moderno
Se combinam em harmonia e universo
Centro centrado que inspira o futuro
Mostrando no presente o passado
Nela ando e não me canso
Calçadas desenhadas em um ar místico
Raízes culturais e afins
Veias artísticas essa é Curitiba
De tons e notas rítmicas
Ah nossa bela Curitiba

Inserida por artistamarquesgouvea

⁠Máscaras que eu vejo

Máscaras, máscaras eu vejo:
Espalhados nas ruas;
Nas lojas;
Nos shopping;
Nos ônibus e metrôs;
Em todos os lugares está

Máscaras, máscaras eu vejo,
Tá todo mundo usando
pelo mundo afora...
Senão a saliva se espalha
pelo seu corpo inteiro...
E te contamina com perigoso vírus

Vírus que te causa a morte,
Vírus que se esconde
Feito ratos nos escombros da noite

Máscaras, máscaras eu vejo...
Mas máscaras não gosto
Máscaras não quero

Vacinas estão vindo...
Os testes vão se seguindo
O mal vai exterminando
e às máscaras vão caíndo,
mas outras vão vindo!

Máscaras, máscaras eu vejo,
Tá todo mundo usando
pelo mundo inteiro!
Máscaras, máscaras eu vejo...
Mas máscaras não gosto
Máscaras não quero!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

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