Poemas sobre arte
Caro discípulo,
O tempo passa depressa, mas continuo aqui. – Perseverante e inabalável. Se você consegue sentir minha energia e lembra-se da nossa história no tatame, é porque ainda permaneço em seu coração.
Existir apenas não bastava,
Ela tinha sede de viver,
Para que a vida não lhe escapasse.
Porque viver era uma arte,
Viver, é uma poesia divina.
Eu vi um pássaro,
estava tentando comer uma uva,
pintada na imagem em um quadro,
Talvez não fosse fome de frutas,
fosse fome de arte mesmo.
§
O tempo
O broto puro da terra sai
Enquanto a folha madura
De velha e triste se vai
No louvor de sua altura
O tronco se entrega à escuridão
Deixando felicidade alguma
O lento e súbito clarão
Dos anos que a terra consome
Do belo à sua podridão
A implacável fúria invisível
Ainda viva enquanto dorme
Faz o silêncio audível
O furacão que o céu tocava
Vai do branco ao torto cinza
A uma brisa fria que se acaba
E o destino que se realiza
Ergue a tumba de sua era
Velando a dor que avisa
A doce morte e sua adaga
Ao que um dia do sol vivera
Fadado agora à eterna amargura.
O céu
A noite solar, o dia lunar
Água de prata ao mar
O vento que voa frio
O raio que nuvem partiu
O crepúsculo aos olhos
Resplandece as rochas negras
E os que desciam mórbidos
Ascendem às doces sedas
A suprema obra majestosa
Que tudo alcança, tudo vê
E a ti, nu, faz à mercê
De uma vasta nuvem gloriosa
As harpas da deusa estrelada
Cantam às flores azuis
E a bela deusa dourada
Fulgura em seu leito de luz.
O Vazio
Fala pra mim, ó vazio
O que é que tu tens
Que faz de todos bens
Um nada mais que vil
A letra já é numero
O papel já é manchado
E a mancha já escura
Faz do nada algo bordado
Num ombro todo o ouro
No outro a beleza
No meio nenhum louro
Só a nuvem de tristeza
E na longa estrada que desce
Guiado por ti, podre vulto
O ser outrora culto
Fecha os olhos e obedece.
O Herói
Os tambores da luta gritaram
E os sinos da terra tocaram
Dos deuses a grande fúria
Veio o fim da eterna injúria
O menino da nuvem nasceu
Com a adaga divina em mãos
E quando a sombra cresceu
Lutou ao lado de irmãos
As árvores da vida choravam
E os rios da morte cantavam
O lobo noturno era atroz
E a flecha de fogo veloz
O homem do menino veio
E a adaga à espada luziu
O mal que era inteiro
Tornou-se um fraco vazio
As lanças e escudos se ergueram
A esperança num belo clarão
Os ossos das trevas tremeram
Perante o poderoso guardião
Por anos lutou pelos campos
Montanhas do medo livrou
Por mares e rios navegou
Quebrou os mais altos encantos
Dos reinos tomou a coroa
Dos homens virou o senhor
Da era tornou-se a proa
Das sombras tornou-se o terror
Mas o tempo sua glória abalou
Na vasta planície de ouro
Sua última batalha lutou
E sucumbiu a coroa de louro
Seus feitos e honra viveram
E o herói foi sempre louvado
Como o rei do trono dourado
Cujos anos nunca morreram.
O Anjo Negro
Anjo negro, estrela do crepúsculo
Fala agora onde estás
Tira minha alma desse reduto
Pois somente tu me alegrarás
Estende tua mão agora
Tira de mim esse peso
Não deixa que nasça a aurora
Mata esse medo
Por sobre o chão de pedra negra
Eu logo hei de caminhar
E a luz que passa a fina seda
Com minhas mãos hei de apagar
Me envolve em teu abraço
E me dá com a adaga forte
Faz do meu passo
A casa de tua sorte.
Crepúsculo do Mundo
Onde está a espada?
Onde está a coragem?
A princesa encantada
O salvador de passagem
O tempo já levou
Ou a verdade se encarregou?
Sendo a areia ou a visão
Findaram a bela criação
Onde está a doce arte?
As linhas fortes da alma
Ou o som do sol da tarde
Sofreram dor ou trauma?
A sinfonia alta e regente
Fugiu do encontro com a aurora
A flauta que erguia a serpente
Fez dela uma sombra de outrora
Onde está o sábio
Aquele da mente hábil?
Outra vítima do humano
Que fez da coruja um pelicano
O mestre dos quatro elementos
Já fraco, menor e antigo
Fez do vácuo profundo um amigo
E sumiu como um grão aos ventos
Onde está o rei guerreiro?
O senhor da honra e da glória
Sucumbiu no ouro da vitória
E o nada virou seu inteiro
A torre dos homens caiu
E a árvore da vida secou
O leão das sombras rugiu
Quando a cova do mundo fechou.
A janela
O belo símbolo da esperança
A que traz a luz e o vento
E o doce riso da criança
O velho que olha de dentro
A moça que fica debruçada
Olhando as vidas da calçada
O pássaro nela se senta
E a beleza dali aumenta
Com seu mais puro canto
Olha para fora da janela
E faz dela a tua porta
Para um mundo de encanto
Curarás qualquer mazela
Ou árvore que cresça torta
Tu verás um outro lado
Poderás lançar o dado
Com a tua sorte a testar
E com o pássaro a cantar.
A ponte da vida
Aos passos vagos e curtos
O homem na longa travessia
Enfrenta todos os vultos
Das ideias ele se sacia
As pontes da própria mente
Que ligam o gênio presente
Em sua genialidade total
Essa tão viva e também fatal
Ele atravessa a árdua ponte
As dificuldades do caminho
Endurecerem sua fria fronte
Fazem da água o vinho
O filósofo cumpre seu destino
Eleva-se ao saber divino
À outra margem tendo chegado
Vive então do bem dourado.
''O NUNCA''
Nunca comete um erro,e volta a repetir mais uma vez.
Nunca diz milhares de mentiras,enquanto que em poucas palavras dirias a verdade.
Nunca se vangloria por aquilo que não tens.
Nunca diz que eu amo-te,enquanto você não conhece o valor e o que significado do amor.
Nunca diz que eu não consigo,enquanto que você faz coisas que muitos não conseguem.
Nunca diz que eu conheço a verdade,enquanto que você não vive està verdade.
Nunca fala mal do teu proximo,porque você não sabe o que eles pensam de ti.
Nunca diz que eu só o melhor,porque o melhor é aquele que ajuda os outro a ser muito melhor ainda.
Nunca substima o adversàrio,porque a fraqueza nem sempre é derrota.
Nunca diz que eu só fraco,porque no meio dos fracos você pode se tornar forte.
Por isso nunca diga nunca,porque o nunca sempre acontece.
Nós dois, amor.
Nós dois em uma sintonia perfeita, na noite escura iluminada pelas estrelas, você me levaria para seu restaurante favorito. Eu escolheria a mesa fora do restaurante, ao ar livre, eu prefiro assim, sabe. Então, você pediria ao garçom sua comida preferida e eu pediria um delicioso macarrão com castanhas, eu adoro, meu amor. Você não beberia, seu coração iria me acompanhar esta noite com um suco de laranja bem gelado, sabes que não suportaria te beijar e sentir o hálito alcolico. Você perguntaria sobre minha próxima obra, porque mesmo aos dezoito anos já lançaria meu primeiro livro. Eu olharia o mendigo da esquina e levaria a ele um prato especial que você mesmo escolheu, porque você já faria parte da minha caridade. Estaríamos presos um ao outro, de fato, já sabias: estávamos destinados para sempre, e eu sou a pessoa perfeita pra você, e você repetiria isso sempre que eu duvidasse de mim. Depois voltaríamos juntos e no meio da madrugada te surpreenderia com uma poesia, e você me chamaria de sua poetisa. Delicioso é o amor que nos une, e que nos deixa próximo, já vejo nosso futuro. Te amo.
Quilos de maquiagem
em seu pescoço
para apagar as marcas
dos meus beijos.
Litros de bebidas alcoólicas
em sua despensa,
para detonar a solidez
do meu gosto.
Roney Rodrigues em "Contusão"
Eu furei o dedo
hoje cedo ao tentar
cortar o pão.
Não reclamei,
não chorei em vão.
Meu amor, eu sabia
Cortar o dedo
Não é nada,
pra quem cortou
o coração.
Roney Rodrigues em "Batom Vermelho"
Não quero sucesso
não procuro fama
desde pequeno
eu prefiro o canto do palco
nunca gostei do holofote
eu gostava do papel da árvore
da nuvem ou da estante
eu derramava lágrimas
ao ver Romeu e Julieta
mortos por causa do amor
eu não almejo o mundo
pra mim um banco
de madeira
um bom rock
e uma cerveja
já compensam o stress
que me espancou
a semana inteira.
Roney Rodrigues em "Sou da turma do canto"
Jardim da Alma
Num contexto geral a vida lhe surpreende
As flores brotam de novo naquele belo jardim escurecido
Onde até mesmo a gota de chuva tem um azul mais intenso
Árvores das mais belas e variáveis cores
Folhas que se movem ao fluir da brisa vinda do sul
Como a beleza inflita desse jardim
São os traços que te fazem ser quem você é
Não me surpreenderia se ninguém pudesse ver
Por que é através dos meus olhos que esse jardim é possível existir
Assim é que te vejo e sinto
Como em um jardim de beleza infinita, ar puro e com o cântico dos pássaros
Isso é apenas uma forma da vida sorrir para nós
E nos mostrar o quanto tão belo é a arte de amar...
A classe de atores do Rio de Janeiro cabe dentro de um palco.
A classe de entretenimento enche uns 100 Estúdios de TV
Arte é cultura, sabedoria, conhecimento, vivência e fascínio. Arte não tem fronteira, não tem limite, não tem preconceito. Onde cabe estas coisas é na mente fechada que não consegue diferenciar arte de entretenimento.
Entretenimento é distração. Até um cão é capaz de entreter alguém.
Se você nunca coube em um palco, não passa de chacota
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