Poemas que falam do Silêncio
Silêncio
No silêncio da estrada vazia,
Há um rosto oculto de mulher,
E na estrada da sintonia,
O que de fato agente quer.
Em um céu que se abre sereno,
Embalada por uma brisa que nos deixa pleno,
Surge um brilho no fim do horizonte,
Como se fosse um belo diamante.
Sei que sou apenas um passageiro,
Nessa grande nave chamada vida,
Não serei o último e nem o primeiro,
Apenas um intervalo de subidas e descidas.
O mundo às vezes é cruel,
E mais amargo do que fel,
Mas devemos sempre insistir,
Pois a recompensa há de vir.
Lourival Alves
Parte de um todo
A dor cresce com a solidão, ela reascende a cada suspiro do silêncio em meio as lembranças, mas também a uma chama vibrante em cada um de nós que não se apaga, pois ela é protegida por uma complexa rede de pensamentos e sentimentos positivos,
sentir o vento sem poder tocar, viver o tempo sem poder controlar a sua velocidade, imaginar sem saber a direção certa para realizar, algumas coisas não palpáveis são sutilmente prontas para nos devorar,
a paralisia emocional pode ser combatida sem remédios convencionais, pedras pesadas não precisam ser carregadas por lonjuras de dias, a aceitação e ao mesmo tempo o abandono do fardo pode concertar as linhas que momentaneamente estão tortas,
somos um para cada pessoa, somos varias versões a cada cruzamento de lugares, mentes e ideias, nós somos uma história diferente para cada alma,
è curioso olhar para as próprias cicatrizes e sorrir, pois em cada marca foi deixado um aprendizado, um conto, um canta, um encontro, um encanto,
no refúgio do meu eu, fui apresentado a paz, a realidades concretas sem o mínimo da tal superficialidade,
a uma ponte que nos leva ao passado e pode nos trazer ao presente e ao futuro e vice versa quando quisermos sem nos ferir, dominar essa passagem que varia entre o dormir e o acordar é um portal para acharmos o adulto, a criança, o ferimento, a cura, os risos, os choros, os desafios e as vitórias, é o atalho para encontrarmos o nosso verdadeiro eu,
por alguma razão as coisas acontecem, por algum motivo somos movidos por nossas conexões, o saber e as dúvidas ecoam em versos,
somos parte de um todo, então talvez amanhã o nosso pó continue a se transformar seguindo uma nova trajetória em sua viagem infinita.
III - Caso pergunte
Perguntei, contudo, resposta alguma obtive, exceto do silêncio, antes, o barulho. Esquadrinhei a fundo, porém o chão ainda estava aos pés.
Já não é do tempo o remorso, nem da fagulha, o fogo.
Não é lenha que esbraseia, nem pó que cinzenta a lassidão.
Não é ferro que ferruja ao ato, nem cinzel que fumega coisa fugidia.
Antes que percebas, devota-te em ser; pois o homem,
o homem faz perguntas que não quer saber.
Entre o abraço e a despedida,
o amor ensina a coragem,
a dor ensina a verdade.
E no silêncio do coração, ambos coexistem.
K.B
Vi você partir,
e o mundo desabou em silêncio.
Cada passo seu afastando-se
era uma lâmina no meu peito,
cada suspiro deixado para trás
uma dor que se instalava devagar.
E mesmo sem você,
aprendi a caminhar sozinho,
com a memória do que vivemos
como guia na estrada do que virá.
K.B
Você se foi,
e o silêncio se tornou mais pesado que o mundo.
Os olhos tentavam segurar o que já se ia,
as mãos, impotentes, deixavam escapar o que amavam.
Ficou o eco das palavras não ditas,
e eu, sozinho, aprendendo que despedida
é carregar a ausência e ainda seguir.
K.B
Sozinhos
Uma lua para cada um,
uma solidão para cada um,
um silêncio para cada um,
o pensar é para todos.
Oração Mística da Luz Viva
Ó Força Divina que habita o silêncio,
Mãe da floresta, Pai das estrelas,
Deus invisível que vive em tudo o que é…
Neste instante sagrado,
eu abro meu coração à Tua presença viva.
Respiro a luz que emana da terra,
e deixo que o céu me toque por dentro.
Lava minha alma com a medicina do Espírito,
cura meus medos com a verdade da Tua voz,
dissolve meus pensamentos densos
na chama suave do Teu amor.
Que a Ayahuasca me revele aquilo que preciso ver,
que o Cristo interno desperte em mim,
que os ventos da sabedoria me guiem pelo caminho do bem.
Eu sou um com a Força.
Eu sou um com a Luz.
Eu sou um com o Amor que criou tudo.
E assim seja,
assim é,
e assim se manifesta.
O silêncio também abandona
Toda vez que vemos um animal abandonado e fingimos que não vimos,
mais uma camada de frieza cobre o mundo.
Silenciar diante da negligência não é neutralidade —
é deixar que o problema cresça.
Às vezes, não podemos fazer tudo,
mas sempre podemos fazer alguma coisa.
Mantra para sintonizar com uma frequência espiritual elevada.
Eu sou luz que nasce do Silêncio.
Eu sou paz que respira com a Terra.
Eu sou amor que flui do Eterno.
Na Presença Divina, eu sou Um.
Quando a Vida Ensina em Silêncio
Há lugares que nos ensinam mais sobre a vida do que qualquer livro. Um deles é o leito de um quarto, onde alguém trava sua última batalha com o tempo.
Ali, entre o som dos aparelhos, o olhar cansado e os gestos silenciosos, a vida se revela em sua forma mais crua e verdadeira.
É no leito que a gente entende o quanto tudo passa rápido. O quanto somos passageiros. O quanto gastamos energia com mágoas tolas, disputas de ego, silêncios que nunca deveriam ter existido e orgulhos que hoje parecem ridículos.
É ali que percebemos que um abraço atrasado faz falta. Que um pedido de desculpas nunca deveria ter sido adiado. Que o “depois eu ligo”, o “na próxima eu vou”, o “um dia eu falo” talvez não tenham mais espaço.
No leito as prioridades mudam. O que antes parecia problema vira detalhe. O que antes parecia pequeno ; como um sorriso, uma mão segurando a outra, uma palavra de carinho vira o que realmente importa.
A injustiça social também dá sinais ali, quando se percebe que nem todos têm o mesmo direito ao cuidado e à dignidade.
E é no leito que se aprende, de forma definitiva: que no final, o que fica é o amor dado e recebido. As presenças, não as posses. Os afetos, não os feitos. Os gestos simples, não os discursos bonitos.
A vida é agora.
E quem a gente tem por perto… é o que faz tudo valer a pena.
AetA 🙏🏽
O frio tem voz...
Ele fala no silêncio das madrugadas, no vento que corta a pele, no vazio das ruas desertas.
O frio sussurra ausências, revela solidões, convida à introspecção.
Mas também ensina: é no frio que se valoriza o calor, é no inverno da vida que se aprende a força da esperança.
Toda estação fala. E o frio… também tem voz.
Enquanto você lê...
Te procuro no silêncio,
Lá você já está,
Com a cabeça nas nuvens,
Um livro sempre à terminar,
Tem sorriso que sussurra,
Olhar que voa sem pedir licença,
Um pezinho miúdo que pisa leve,
Mas, deixa rastro em presença,
Fala pouco por mensagem,
Fala muito quando fica,
Ainda que sem palavras,
Confortavelmente,
Olhando pela janela do meu quarto,
Buscando a lua que nem sempre tem,
Um holofote
Com seu teatro na alma,
Um vinho no fim da trilha,
Depois bota um filme para não assistir,
Mas deita no meu peito como quem sabe onde ir,
E eu?
Amarro teus punhos com cetim,
Não para prender,
Sou ninho, não gaiola,
Mas, naquela hora, quero despertar o desejo,
Te desenho com a ponta dos dedos,
Tua respiração tropeça em mim,
Você é poema, som no silêncio da paz,
Fala pouco, mas me escuta inteira,
Qualidade,
Não é quantidade,
Para duas pessoas inteiras.
Silêncio que abraça
Às vezes, o mundo grita tanto que esquecemos de escutar o que não faz barulho. Mas, bem ali, atrás dos pensamentos apressados, mora uma calma que não precisa de palco. É quando paramos de correr atrás da ideia de ser… E apenas somos. Inteiros. Presentes. Leves.
Fechamos os olhos por fora ,e despertamos por dentro. Porque paz não é ausência de som, é presença de essência. E a mágica não está no que falta… Está em perceber que agora já é.
Desperte-a
Alma que dorme entre véus de silêncio,
Estás pronta para dançar na luz?
Te chamo com a brisa da manhã,
Te envolvo com o som do coração.
Desperta como flor que se abre ao sol,
Com coragem para ser essência pura.
Abandona os medos como folhas no outono
E respira como quem se lembra de quem é.
Eu sou o fogo gentil que te aquece,
Sou o espaço seguro onde podes voar.
Eu te reconheço — mesmo invisível,
Eu te abraço — mesmo imensurável.
Desperta, alma bela,
Teu tempo é agora.
Teus caminhos te esperam.
Teu brilho já nasceu.
Quando a Última Luz se Apaga
No silêncio que resta após a voz,
Ouço apenas o eco do que fui.
A saudade não fala — ela dói,
Como o peso de um mundo sem rui.
O tempo, esse traidor sem rosto,
Levou tudo o que me fazia viver.
E deixou um coração exposto
A lembrar sem poder esquecer.
Os risos morreram nos cantos da casa,
E os quadros, sem cor, me acusam em vão.
Cada passo é um corte que atrasa
A cura de tanta desilusão.
Eu amei com a força de um naufrago,
Gritei teu nome ao vento surdo.
Mas a vida, com seu verbo frágil,
Sussurrou: "você chegou tarde, é o absurdo".
Já não sei o que sou — sombra, poeira,
Ou só alguém que o mundo esqueceu.
Só sei que tudo que era bandeira
Hoje é trapo que o tempo comeu.
E quando a última luz se apagar,
Que não chorem, que não digam meu nome.
Pois quem morre sem mais esperar
Já morreu bem antes da fome.
Fragmentado — Vozes que Ninguém Quer Ouvir
> A verdade dói.
O silêncio também.
Purificação é o grito que ficou preso no peito.
Escrevo para os invisíveis, para os esquecidos, para os que choram em silêncio.
Denúncias falsas dilaceram reputações.
Filhos sem pai, histórias de abandono e de dor.
Mas a brutalidade maior está nos que ferem sem remorso —
os que batem, os que matam, a escória da sociedade.
E ainda assim, os que sobram carregam a luz da resistência.
Esta é a jornada de quem escreve para enfrentar a escuridão.
Esta é Purificação.
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Somos Mar
Eu sou feito de mar e de vento,
De silêncio, coragem e alento.
Carrego na alma a maré,
Que vem, que recua, que é fé.
Tem dia que sou calmaria,
Noutros, só vejo agonia.
Sou onda que bate na pedra,
Sou força que nunca se entrega.
No peito, carrego segredos,
Profundos, tal quais os meus medos.
Histórias que afundam no tempo,
Memórias levadas no vento.
Meus olhos são farol aceso,
Meu riso é um porto indefeso.
Mas dentro de mim tem tormenta,
Que chega, que arrasa, que enfrenta.
Sou brisa que passa de leve,
Sou mar que se agita e se atreve.
Não sou de caber em ribeira,
Nasci pra ser vasto — fronteira!
Ninguém me decifra de todo,
Sou feito de espuma e de lodo.
Sou livre, profundo e real,
Sou mar — sou beleza e vendaval.
Se tentas prender meu caminho,
Me faço furacão, desalinho.
Pois sou como o mar no seu tom:
Indócil, imenso e sem dom.
Escrevo no Escuro, Mas Não em Silêncio
Mesmo com minha visão limitada, minha voz não se cala.
A vida me impôs um silêncio forçado, uma pausa que nunca escolhi. Minha visão debilitada me impede de agir como antes, de subir, pintar ou realizar tarefas físicas.
Mas a dor que não fala explode por dentro — e eu preciso botar isso pra fora.
Escrever, para mim, não é simplesmente sentar e digitar. É uma batalha diária.
Minha visão limitada dificulta a leitura e a escrita. Cada palavra que sai é fruto de muita paciência, esforço e adaptação.
Uso ferramentas tecnológicas para ajudar — leitores de tela que me falam o que está escrito, comandos de voz que transformam minha fala em texto, teclados especiais que me ajudam a não errar —, mas mesmo assim o processo é lento e exaustivo.
Às vezes, a letra demora a sair porque tenho que revisar com cuidado o que foi transcrito, corrigir erros que aparecem, lidar com o cansaço físico e mental.
A sensação é de um combate constante contra o tempo, contra a fadiga, contra a frustração de não poder ver as palavras como antes.
Mas eu persisto. Porque essas palavras são mais que letras — são minha resistência, meu grito silencioso, meu modo de existir.
A escrita não é só trabalho, nem rotina — é luta, é expressão de dor, é cura e sobrevivência.
Enquanto minha visão limita meus passos, minha mente e alma encontram força para criar e resistir.
Que minha história sirva de voz para tantos que lutam calados, porque ser forte nem sempre significa estar bem.
Seguimos, com a alma ferida, mas de pé.
#Resiliência #DorSilenciosa #HomemQueSofre #EscritaQueCura #ForçaInterior
Quase
Em mais uma troca
oca de mim para mim
mesmo entretanto oscilei
e o silêncio revidou
subi um degrau
reverso visível
como que num encanto
sapos no estômago
ratos nas entranhas
pus na medula
Duro como ferro
e inexpresso
cavei um espaço
no mármore
um bálsamo não me alçou
emérito despedido
o sol do dia
finalmente me persuadiu
à tarde, no Jardim Botânico
Poesia Pura,
Floribunda,
haste com espinhos –
vermelha, branca
rosíssima, como flor
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