Poemas que dizem sobre Contos de Fadas
OS POETAS
Como afloram os sentimentos
Nos poemas que se faz,
Transmitem em todos num só momento
A paixão que agente traz.
Decantamos a beleza e o amor
Para levar ao mundo; humildade, carinho e paz.
Aliviar no povo seu sofrimento e dor
Dando a ele um novo alvor.
Nesse mundo de desafetos
O homem não pode continuar
Nós, Poetas, podemos colaborar,
E da transformação podemos participar.
Esse dom que recebemos
Não é para ser guardado
E sim, para ser exteriorizado.
A nós ele só foi emprestado.
No plano em que vivemos
Cada um tem sua missão.
Infelizmente! Alguns levam o ódio
Ah! Mas o Poeta! Leva o amor ao coração.
Autor – GUERREIRO DA LUZ (EAS)
Postado por Di..Resende
Sempre vão existir frases e poemas, cada qual com uma mensagem e um apelo diferente.
No fundo nada disso vai resolver seus problemas.
Bom mesmo é seguir seu coração e tentar ser feliz.
Quem ama não analisa.
Não exige nada além de amar e ser amado.
Ainda mais que pra morrer hoje, basta estar vivo.
Vazios
Em todas as cartas que me lembro, escrevi apenas vazios de você.
Nos poemas estão claros os espaços brancos,vazios de você.
Foram poucas as crônicas que cometi,
e em todas elas está a presença inevitável dos vazios de você.
Ainda assim, tentarei agora um romance.
Cheio de nós dois.
Jaak Bosmans
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POEMAS POR ENCOMENDA
Não se faz poemas por encomenda...
Não se faz poemas só por tristezas e
Não se faz poemas só de amor ou alegria...
Poemas são como lágrimas que vertem
por tristeza ou felicidade,
Mas vertem somente quando a alma quer falar
fluindo como as marés que
dia vão, dia vem...
Não me peça para escrever poemas.
Dá-me teu carinho, tua compreensão
e terás o mais belo poema
no abraço ou no beijo que te der,
se me der o teu amor
haverá sempre um belo poema
em tudo que te disser!
SONETO DOS POEMAS MAL ESCRITOS
Quanta bobagem eu leio em teus poemas
São poemas que, para mim, não dizem nada
Eu prefiro emudecer e não escrever
Se tiver que desenhar tuas vãs palavras
Teus poemas são de fato: inexpressivos
Os teus temas quando lidos: doem ouvidos
Os teus versos são no fundo: mal escritos
E vive-los faz brotar - um mal sentido
Teus poemas são lamentos e tristezas
Lá no fim, só demonstram tua pobreza
Sem contexto, sem paixão, não têm clareza
Então veja e emudeça nas palavras
Teus poemas - mal escritos - causam náusea
Sem vernáculo, sem idéias e sem alma
NO BAU
ENTRE POEMAS E CRÔNICAS
VOU ABRINDO MEUS LIVROS
QUE TRAGO DENTRO DE MIM
DAS HISTÓRIAS DE MUITAS VIDAS
FICA ALI NUM CANTINHO
MEU BAÚ EMPOEIRADO
MEU FIÉL COMPANHEIRINHO
DENTRO DELE... QUASE TUDO
MEUS SONHOS ESPERANÇAS
ONDE COLEQUEI OS PEDAÇOS
DE TUDO QUE JÁ VIVI
NELE FALO DA VIDA DE FLORES
DAS VIDAS DE MUITAS VIDAS
NA FAMOSA ENTRELINHA
TU PODES VER TANTAS COISAS
ATÉ ESCUTAR MINHA ALMA
O MEU CORAÇÃO PALPITAR
AQUI EU FALO COM GRAÇA
DE TODAS AS NÃO DESGRAÇAS
EU DOU RISADA COM A VIDA
QUE ME LEVOU DE MANCINHO
NÃO ME DEIXOU SOZINHA
ME DA SEMPRE MUITAS HISTÓRIAS
DE AMORES QUE NÃO VIVI
DE OUTROS QUE NUNCA TIVE
DAS COISAS QUE EU NÃO FIZ
DO QUE FIZ E NÃO GOSTEI
DOS AMIGOS QUE ENCONTREI
DE OUTROS QUE NUNCA OS VI
DE TANTOS QUE JÁ SE FORAM
OUTROS NEM TÃO AMIGOS
MAS MEUS FIÉIS COMPANHEIROS
DAS NOITES DE MADRUGADA
SANDRA MELLO-FLOR
Poemas e rosas
Nos poemas as belas frases
Nas rosas as lindas pétalas
Petulante sou, um pouco
Um pouco de mim mesmo, talvez
Acho que me falta um pouco de você.
Sua insensatez me completa
Minha ignorância te desespera.
A cada dia conto histórias e mentiras pra você
Parece acreditar, mas não se convence
Foi no verão passado que te perdi, o vento te levou
Levou-te pra bem longe
Longe de mim, longe do mundo.
Estou cansado de meias palavras
De tanta insegurança, de tanta saudade.
Me sinto só, sem você por perto.
Sou ou penso ser poeta.
Faço poemas do vento, da chuva, do sol, trago-os ao pensamento.
Assim como quando fecho os olhos e imagino as estrelas no céu, formosas e belas.
Faço poesia do sorriso das crianças, vejo nelas o futuro a bondade da esperança.
Eu não sei se sou poeta ou se sou um sonhador, mas poesia me completa e me inspira para o amor.
Amo tudo de lindo que existi, e aprendi amar também o feio, pois na verdade nada neste mundo é feio e às vezes o olhar que enxerga o feio é muito mais feio do que aquilo que esta vendo.
"Como gostais"
(a comédia e o drama)
Poemas! Ah...Poemas!
Isto me alegra com tanta tristeza
que sempre me desperto para uma dor,
que tenho cada vez mais certeza,
que é a proximidade de amores possíveis,
mas ainda passíveis!
De longe percebo olhares e de perto
não atrevo a levantar a cabeça.
Tímido de cicatrizes e louco
por ainda amar sozinho.
Tenho retratos mas, só do passado.
Agora fotografo apenas o futuro, mas sem revelar.
Este ainda é um enigma que me pertence!
Te convido a uma taça de Veuve Cliquot,
mas apenas para ver teus lábios tocando as bordas
do que pode ser ainda um amanhecer de almas...
Olha que chata essa minha voz fininha,
que fala disparada fazendo cantigas.
Eu crio poemas e canto as rimas,
Cante Comigo, nao quero pagar mico sozinha!
Meus poemas nao contam história,
Invento derrotas, fracassos e vitórias
Dou gargalhadas, enquanto o fracassado chora,
Viveu minha vida? Consequencias Agora!
Há,eu sou louca pela vida.
Apaixonada pelos seus desafios,
Assisto os seus conflitos
Passo as fases lutando nesse grande jogo esquisito!
Poemas
Poemas que me levam sei lá pra onde.
Deixam de fazer sei lá o que.
Como posso descrevê-los, se não sabê-los
Como assim dizer.
Frases sem construção. Poemas sem expressão.
Versos que não fazem sentindo. Poemas sem sentimento
Não me comove aqui por dentro.
Falo por falar. Escrevo por escrever.
Vai pra onde? Não sei o que vais fazer.
Poemas não são tão simples assim de se escrever.
Muito menos de se entender.
Como vais dizer? Como vais sentir?
Sentimento vem da alma. Palavras do coração.
Poemas são dádivas, que merecem toda admiração.
Nesse poema falta tudo, ao mesmo tempo nada.
Tudo que eu disse aqui veio assim do nada.
Como terminá-lo, como deixarei.
Assim mesmo eu farei.
Pronto até a próxima de uma só vez.
ENIGMA
Você e seu jeito misterioso
escreve teus poemas através de enigmas
mas, sei que ai dentro mora um ignívomo
que sabe qual a direção e a quem os destina
Leio tudo procurando aplacar esse fogo
que aquece quando o frio da alma,
não distingue o calor do frio logo,
o engano nunca traz a calma
Acabo mergulhando nos vazios
nos vãos do sonhos líricos vindo de você
que ao lê-los provoca-me arrepios
Esta chama aquece-me nesse momento
que mesmo não a sendo para mim,
consigo senti-la queimando aqui dentro
Um Ser às vezes racional. Outra deixo-me levar pelo vento.
Cazuza
Grande poeta, que até hoje consegue passar suas idéias através de suas musicas e poemas.
Falando agora de ponto de vista particular, me ensinou que antes de tudo, temos que fazer o que tivermos vontade, sem se importar com a opinião de terceiros. Temos uma só vida e ela é nossa, só nós podemos discernir entre o que certo e o errado para nós mesmos. Mas vai ter sempre alguém para discordar
, e é ai que você precisará ignorar, e assim deixá-los mais embravecidos.
Vamos falar o que pensamos sentir sem esperar reciprocidade, viver sem esperar um final feliz e sim fazer o caminho valer à pena.
Nós somos um só, uma vida, a NOSSA vida, ninguém pode vive-la por nós. Mas muitos vão deixar de viver, para falar da sua.
Por que viver não é só viver, viver é diferente de existir. Existir, até um verme faz isso, como Cazuza dizia “Você está vivo: esse é o seu espetáculo!”
Então vamos nos mostrar, vamos viver. Isso que importa, a nossa vida, nossos sentimentos, nossas idéias. Pra que escolher as palavras? Falar bonito para que?! “tudo é tão simples que cabe num cartão postal” disse ele.
Então vamos ter atitudes, vamos falar o que der na telha, vamos esquecer a vergonha, você é isso aí e acabou.
ENTRE OS MEUS INIMIGOS, COLIBRI!
São seus
Meus, são seus
Poemas, só teus
Sentimentos te pertencem
Mesmo os ruins...
Não há o que justifique
Não existem explicações
Eu que já não suporto essa dor,
Queria ter sete corações
Não foi o melhor
Talvez o pior dos beijos
Não por culpa minha
Mas havia receio em ti
E agora tu me ignora
Como se não soubesse meu nome
Esse coração que cansado chora
Precisa agora de um codinome.
Nada de beija-flor,
Pode deixar o beijo
Mas nada de flor.
Principalmente as vermelhas...
Se possível, pinte-as de outra cor!
Poesia
De onde vieram os poemas?
Primeiros eles eram pensamentos,
Da minha vida sem muitos contentamentos
Que resolvi em minha alma guardar.
E como uma reação química, sofreram pressão,
Que senti em cada veia do meu coração,
Mas eu não posso pronunciar.
Foi neste ponto que em palavras se transformaram
Felicidade e dor causaram
No momento tão delicado que é escrever.
Por fim meu poema em ti se contempla.
Os seus olhos, os verdadeiros poetas,
Que perceberam a beleza destas palavras ao ler.
Quem sou eu ?
Quem sou eu pra tentar te conquistar
Com meu jeito de falar,
Com poemas e canções?
Quem sou eu pra tentar te convencer
Com esse meu jeito de ser,
Se tu sabes tudo de mim?
Mas a uma diferença
Quando é de coração pra coração
Mas a uma diferença
Quando é de coração
Quem sou eu pra tentar te conquistar
Com meu jeito de falar,
Com poemas e canções?
Quem sou eu pra tentar te convencer
Com esse meu jeito de ser,
Se tu sabes tudo de mim?
Mas a uma diferença
Quando é de coração pra coração
Mas a uma diferença
Quando é de coração
Às vezes, a maior prova de amor
É esquecer tudo que sou
E abrir mão de mim
CÂNDIDA ADÉLIA,PRADO DE POEMAS
Mestra na sala de aula, mestra em recontar a vida. Adélia Prado escreve como quem fala para a vizinha, numa conversinha mansa, descansada, cheia de vocativos, remetendo a pessoas que espera serem velhas conhecidas do leitor. É a tia Ceição, a lavadeira Tina do Moisés, a Dorita. Mestra na emoção.
Não aquela emoção grandiosa das tragédias gregas. Não a emoção espetacular das tragédias das tevês. Não. Descreve e narra as emoções pequeninas, que povoam os corações de todas as pessoas. Como quando a gente promete visitar alguém e não vai, e fica se sentindo constrangido, depois. Como quando a inquietação atinge um casal, que começa a perceber dificuldades na relação a partir de mínimas evidências - "Abel e eu estamos precisando de férias. Quando começa a perguntar quem tirou de não sei onde a chave de não sei o quê, quando já de manhã espero não fazer comida à noite, estamos a pique de um estúpido enguiço."
Foi com essa sabedoria que coroou a sua participação na Feira Literária Internacional de Parati, de 9 a 13 de agosto. Disse ela: "poeta é o que consegue perceber o ordinário, qualquer tolo repara o incomum".
Com essa placidez de rio Itapecerica, que banha a sua mineira Divinópolis natal, Adélia espicaça o leitor e o ouvinte a obter funduras de pensamento. "O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta."
Foi exatamente sobre isso que conversou a poeta Adélia Prado, na Festa Literária Internacional de Parati. Disse que a nossa vida ficou "esvaziada de realidade". Estava numa mesa de debates, apropriadamente denominada Bagagem, título de seu primeiro livro. A pergunta que se fazia era esta: que livro você levaria para uma ilha deserta? Ela escolheu "A transparência do mal" de Jean Baudrillard. E explicou, docemente: "Escolhi esse livro porque ele mostra que o individuo é um ser único. Sem o horror, não há a possibilidade do amor. Sem o mal não existe o bem".
Arrebatou platéias, em Parati, como arrebatara antes o patrício Carlos Drummond de Andrade, que vaticinava no Jornal do Brasil, em 1975, numa crônica, a senda de sucesso da poeta. Levou muita gente às lágrimas, pela comovente simplicidade com que abordou assuntos tão variados quanto amor e política. Sobre política, lamentou que os brasileiros não tenham um "consciente político coletivo", arma, segundo ela, "capaz de dar um jeito no País". Disse mais: "Nem mesmo juventude transviada nós temos, no sentido de que eles não têm uma via para se desviar dela".
Filosofou: "O que confere dignidade é aquilo que dá sentido à vida."
Falou de pedagogia: "Liberdade absoluta é liberdade nenhuma. Liberdade é ter compromisso com alguma coisa".
Falou de caridade: "Você já nasce experimentando uma orfandade. São Francisco fez um texto muito bonito em que diz 'eu, velhozinho miserável'. Isso é reconhecer a necessidade da ajuda".
Falou de inspiração: "As paixões humanas são as mesmas em Nova York, em São Paulo e na roça. Não tem importância ficar lá".
Lá quer dizer Minas Gerais. Lá, lugar do qual dizia Guimarães Rosa: "Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais".
Adélia Prado conhece. Porque tem alma de poeta, porque faz da poesia o pão espiritual, a fonte vital. Porque é uma mulher que tem inspiração para escrever isto: "Uma ocasião, meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante. Por muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia, constantemente amanhecendo."
Adélia é poeta porque é cândida. A cândida Adélia, prado de poemas.
Soam lá fora, todos os ritmos de alma e são proclamados todos os poemas mais amados. Moça bonita, singela, tuas mãos vão encontrar as dele, sem mais pensamentos de mar, fundos, gélidos. O cheiro que se tem é de carmim, a vida é bela... É bela quando seus corpos se encontram. Olharam a janela esperando a chuva, esperando o sol, esperando qualquer tempo mesmo que miúdo para que passasse, para que trouxesse o destino de uni-los, de prega-los um no outro. Não disse mais nada, aquele dia pouca coisa foi precisa, pouca coisa foi dita. Os olhos também tinham fala, a respiração e nenhuma calma. A paz que se instalou nos olhares que se cruzaram, feito nó. O coração que palpitou e gritou, deu pontadas, mergulhou-se num ritmo de bateria de escola de samba, a fala que sem pedir licença, saiu... sem mais delongas. Tinham saudade, os dois, saudade do que nunca até então, tinham vivido. Todo o resto era bobagem.
A primavera chegou, ele aumentou os passos, acordou cedo do único cochilo que havia conseguido dar, iria vê-la. Partiu, com rumo, dessa vez, ao amor. Ao amor. Esperou mais sete horas até subir a rua de sua casa, até bater em sua porta. Se encararam. Ouve os braços e abraços, tantos laços. E os corações se debatiam, sem mais ideias do que era felicidade.
Entrou, enfim. Suspirou o coitado.
Lá estava a moça de pele clara e rosto fino, cabelos caídos em torno dos ombros frágeis, a unica poesia viva na vida do pobre rapaz. Lá estava ele, enfim, havia chegado, de maneira apressada a moça precisava sorrir. Precisava. Sorria, porque a alegria não cabia calada.
Respirou fundo e disse: "Enfim em teus braços me achego."
Olhava-o, encantada, a moça.
- "Lugar onde quero viver e morrer. Onde sei que serei eterno." - Prosseguiu o rapaz enquanto agarrava sua menina pela cintura e desabotoava o vestido rendado. Ela prosseguiu, meio roca e trêmula:
- "Para que dentro de mim e dentro de ti, seja a casa de toda a poesia sem fim."
Rasgou-se todo o véu, e foi assim que ele a beijou nos lábios pela primeira vez, estava enfim, liberto.
Sozinho
Andou a esmo,subiu em palcos,disse poemas, fez canções...
Extraiu liras de cordas bambas, se desequilibrou na vida
Encerrou atos, cerrou cortinas...Foi luzes e sonhos...
Cobriu o rosto, escondeu lágrimas, engoliu prantos.
Não sorriu,filosofou,baixou decretos escreveu artigos.
Fez-se rei sem majestade, usou cetros e coroas.
Engravidou de solidão, se embriagou de vinho barato;
Percorreu calçadas avenidas ,bares e bazares...
Nadou contra a corrente, se desnudou de ser.
Lançou palavras ao vento que se fizeram eco.
Pediu abrigo ao destino, pediu um tempo ao tempo,
Atravessou a rua,cambaleou, avançou o sinal
Bebeu no bar da esquina, tapou os olhos com as mãos.
Parou no banco da praça, chorou por ele e por nós.
Estendeu a mão ao homem que passava ali
Desceu a escada em frente, caiu na sarjeta ao lado,
Revolveu-se no próprio vômito, ergueu os braços,
Retirou as roupas rotas, mostrou-se ao mundo...
Cego, surdo, mudo. Lançou palavras ao vento
Pediu abrigo ao destino, pediu um tempo ao tempo.
Bateu de porta em porta voltou-se para a calçada
Fez uma prece sem nexo, sorveu o último gole,
Mergulhou na solidão dos ébrios e em delírio febril
Dormiu seu sono sem volta...