Poemas Imaginação
ILIMITÁVEL
Queria sair de si e ganhar o mundo,
conhecer lugares, pessoas, prazeres,
sentir o vento no rosto,
sentir a chuva no corpo,
sentir algo ao qual nunca havia vivido antes.
Impossível...
Então mergulhava nos livros:
aventura, ficção, romance, poesia
queria voar, correr, viajar sem sair do lugar
sem fermentados, sem ilícitos, nem destilados,
sem alucinação ou devaneios,
apenas a imaginação como passaporte
pra ir até onde sua mente o permitia chegar.
E conseguia facilmente ir a qualquer lugar
a qualquer hora
mesmo preso naquela cadeira de rodas
que o fazia ganhar o mundo
sem sair do lugar.
“És como o perpétuo surreal
Das cores que minhas lentes
Captando num segundo vital
Dão vida às vidas de minha mente.”
Devagar vou longe.
Divagar me leva onde?
De vagar, devagar, divagando
Percebi...
Minha imaginação
É muita areia pro meu caminharzinho!
Reconheço que não sou um leitor assíduo e que nem tenho um relacionamento antigo com a leitura, entretanto, nos últimos anos, vejo o bem que faz em ler bons livros, pelo menos, de vez em quando, diversas histórias, surpreendentes, engraçadas, misteriosas, daquelas prendem a nossa atenção, pausam a realidade que nos cerca, que encontramos sentidos profundos nas entrelinhas, os parágrafos são emocionantes, uma aventura diferente da outra,
transitando entre as páginas, passando tanto pelas narrativas reais quanto pelas fantasiosas, frases marcantes, palavras valorosas, tirando lições importantes, instigando o imaginário, vibrando pelas vitórias e descobertas dos personagens, satisfazendo algumas suspeitas, um mundo incrível de possibilidades, um lugar onde não sou nenhum incômodo, que posso usar como um abrigo, afastado de qualquer transtorno, longe dos conflitos,
Rota fuga de certas circunstâncias desagradáveis, que desgastam o corpo e o espírito, além de trazer um pouco de alívio para uma mente cansada, então, se estou lendo, consigo algo que me proporciona um momento muito restaurador em vários aspectos por menor que seja a sua duração, deixando o meu ânimo fortalecido, usando o senso de realismo e o gatilho para minha imaginação presentes em um livro numa significativa interação.
Que a noite me traga acalento
Que os sonhos me tragam inspiração
Regando meu pensamento
Com a luz da imaginação
Trem da felicidade
.
Tem somente uma regrinha,
Digo logo de antemão:
Gostar de tomar café,
Para entrar neste vagão.
Entre e sinta-se à vontade
No trem da felicidade...
E solte a imaginação!
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
No vasto reino da mente, onde tudo pode nascer,
Habita a criatividade, um poder a florescer.
É a faísca que acende, é o sopro divino,
Transforma o vazio em um destino.
Com pinceladas de imaginação, cores no ar,
O artista tece sonhos, sem se limitar.
Cada traço, uma história; cada cor, uma emoção,
A tela da vida, uma eterna canção.
A criatividade dança, livre e sem amarras,
Nas notas de uma melodia, nas palavras raras.
É a poesia que flui, o escultor do tempo,
Dando forma ao amor, ao pensamento.
Nesse mundo sem fronteiras, onde tudo é possível,
A imaginação é rainha, poderosa e invisível.
Ela molda universos, inventa a magia,
Na arte, encontra-se a mais pura alegria.
Então, celebremos a mente, esse palco sem fim,
Onde a criatividade e a imaginação são um jardim.
Florescendo em cada ideia, em cada visão,
A arte é o fruto, a mais doce canção.
Sonhos e Quimeras
Na calma fria que a noite inspira,
Nasce o canto do velho menestrel,
O Vale o acolhe, a musa suspira,
Em quimeras doces, seu doce pincel.
A musa brilha, um quadro encantado,
Monalisa em sonho, sorriso sutil,
O poeta, perdido e enamorado,
Busca a rota do enredo febril.
A melodia distante embala o prazer,
Néctar que invade ternura e paixão,
Mas o tempo cruel insiste em deter
A doce imagem da imaginação.
O amor verdadeiro, fiel e leal,
Alegra e consola em qualquer jornada,
Na dor ou no riso, sempre imortal,
Fugaz não é; é luz consagrada.
Elisabeth, mulher tão perfeita,
Pujança e carinho em harmonia,
Insubstituível, alma eleita,
Que modula minha vida em poesia.
Um dos benefícios que considero em ter um imaginário fértil, atuante, incansável, é poder ser transportado quando eu quero, instigado por uma linda paisagem para um lugar incrível como o tranquilo e belo Condado.
Cenário cativante de filmes e livros, onde a maldade aparenta ignorá-lo o máximo que consegue, um campo verde, vasto, que vai além do alcance da vista, pessoas alegres, relevos desenhados pela natureza.
Uma comprovação da ciência divina, a realidade mesclada a minha imaginação intensa, realista, somadas a minha percepção poética, versos, emoções sinceras, diversos pensamentos, imaginações inquietas.
Imaginando e vivendo ao mesmo tempo, uma daquelas experiências temporárias, todavia, profundamente, satisfatórias, tanto que agora faço dela uma poesia, um breve e recente momento que já guardo na memória.
"Aí quando alguém me pergunta, quase descrente de um instante de inspiração (ou vislumbre do Eterno?):
- "Mi não foi minha imaginação?"
Eu penso... e a sua imaginação é a edícula do edifício do seu EU? Ou é aquele espaço vizinho que te encanta, assanha e assusta?
Eu penso... a minha imaginação é a sala de estar, o quarto, o banheiro, a cozinha e cada tijolo que compõe o meu EU. A minha imaginação é o vento que desalinha tudo que eu insisto em ajeitar, para caber na lógica tão querida, dos normais. Ela é a tempestade que inunda e apodrece minhas certezas; é o olho bendito que acompanha cada broto que nasce da minha loucura, do meu espanto, dessa inquietação anárquica que dissolve tudo, que não é abençoado pela minha imaginação."
Pesadelo:
Cai o crepúsculo anunciado no horizonte.
O avanço da noite envolve a floresta fria.
O vento serpenteia entre as montanhas.
No centro da vasta escuridão se revelam os segredos dos espíritos que habitam a mata...
Segue o ritmo de um tempo que não é mensurado...
No breu da noite a magia da luz reflete nos seres os tons de prata.
O murmúrio do silêncio evoca o rolar das águas sobre as pedras...
Tocas e cavernas serão abandonadas...
Todos saem sob o camuflado do verde musgo, e os que foram vistos serão devorados...
Corre tempo, corre vida, corre perigo.
Correm as águas, corre o vento, Corre ao abrigo...
Logo vem o clarão da aurora rompendo a escuridão...
Os mistérios se escondem sob as raízes da mata, E na imaginação dos homens que nela habitam...
As cores da montanha agora se avistam...
No coração da floresta, pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Mensageiro silencioso
No abraço do mensageiro silencioso o perfume foi deixado,
Sem pedir, provocou arrepios e desencadeou um colapso de sensações,
Sem deixar promessas, surpreendeu a minha imaginação,
Tão envolvente como uma música, tão provocante como o aroma das flores, um segredo o mensageiro silencioso deixou e depois sumiu no sereno da noite e nem um rastro ficou.
Faz bastante diferença para a mente depois de alguns desgastes, problemas e estresses da vida, graças a Deus ainda conseguir manter um olhar atento, usando as lentes de uma imaginação fértil, ativa e intensificada por um prisma poético,
Que facilicita a perceber a linda simplicidade que está por perto e a ressignificar cenários prejudicados semelhante um belo entardecer expondo um pôr dol majestoso refletido nas águas de um esgoto a céu aberto
Como se fossem uma extensão de tal arte celeste enriquecendo a bela exposição resultando em deslumbramento e em refrigério, aquecendo e avivando um simples momento de contemplação, expressados neste poema de minha gratidão.
“Em que momento da história a medicina deixou de ser espiritual para ser apenas científica?”
— Nina Lee Magalhães
Entusiasmado, trilhando pela natureza, passei por um trecho muito bonito nas proximidades de uma grande cachoeira, que logo mexeu com o meu imaginário, apresentando uma folhagem bem verde, alguns galhos bastante resistentes e contorcidos, envolvendo rochas escuras, parecidas com degraus esculpidos naturalmente na direção de um portal para um lugar escondido.
Talvez, uma possível passagem para uma floresta encantada, uma rica diversidade de cores e formatos, espécies raras de plantas, animais, criaturas mágicas, preservada na sua totalidade, considerando que poucos humanos tiveram a oportunidade de encontrá-la e de uma forma misteriosa, saíram e foram impedidos de retornar, guardam apenas belos vislumbres deste canto tão singular.
E receio que imaginar seja por enquanto o único meio de acessá-lo, o que é muito compreensível, já que algo assim precioso não deve ficar exposto com tanta facilidade, torná-lo acessível seria um risco desvantajoso, um claro desrespeito, entretanto, para minha sorte, tenho uma imaginação fértil que é muito detalhista, basta uma simples imagem para ela entrar em ação, eu fecho os meus olhos e posso ver um mundo esperando por mim a depender da inspiração.
Um fruto ser de tão puro que és
Um plano estratégico do meu coração
Rafael me salvou e me iluminou
Meu pequeno gigante, meu herói
Agora que você chegou só penso em te ninar
Te abraçar, correr, brincar e pedir o tempo pra parar
Cantar, ler, escrever e ver as estrelas no céu
Meu pequeno gigante, Rafael
Você me mostrou que o amor existe
Que o mistério da vida irei superar
desejo a você, Rafael, meu filho, meu herói
Que nada lhe empeça de voar
Que voe além da sua imaginação
Que seus sonhos te guiem em busca do que lhe atrai
É o que deseja meu filho... o seu pai.
A ARTE DE SONHAR ACORDADO
Fantasias em vão surgem sem pranto
Fantasias vêm e vão num manto
A todo instante querem preencher
querem correr, se esconder, sem querer.
Tumultuam tudo, deixando tudo confuso.
Já não sei mais o que fazer/ser, no escuso
Elas brincam comigo, blefando, flertando, difícil contê-las
O que fiz por merecer, nesse novelas?
A história se repete em tormento...
Uma boa forma de lidar com pulsões e desejos?
Aqueles que não são aceitos pela sociedade, ensejos
Hm... a maior parte de reprimidos, sentidos alheios
Inconscientes e profundos desejos proibidos, anseios
Talvez... um Colete À Prova da Angústia...
Uma forma de se proteger, criando fantasmas num mundo só seu...
Ficar sonhando acordado pode ser menos cruel do que muitas realidades surreais de sofrimento e dor...
Hoje prefiro ser EU, desejos!
16/07/2024
...(a.c)...
Eu gosto de viver no meu mundo paralelo, onde o sol é azul e o céu é amarelo.
Eu gosto de viver no meu mundo solitário, lá eu tenho tudo o que quero, faço o que quero pois é tudo imaginário.
No meu mundo o meu corpo fica e meu pensamento sobe, eu gosto de viver no fantástico mundo de Bobby.
Autor: Raone Fonseca
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