Poemas Góticos de Amor
Silêncio
O egocentrismo tem a capacidade de se mostrar como inconveniência emocional
Porque se falar a verdade e oprimir a autoestima, aí seria um ato desleal
Se as tuas críticas construtivas desconstituisse a autoridade de alguém
Não teria muita ajuda e desmotivaria a pessoa também
E se as tuas sinceridades magoassem o coração
Aí o silêncio seria a única opção!
O bico da caneta escreve,
O silêncio que não emudece,
O bico da caneta escreve,
O papel que cada palavra aqui adoece,
O bico da caneta escreve,
O fim triste desta prece,
O silêncio é a resposta mais
profunda e sensata. O tempo
fecha ferida, mas dor na alma
não passa.
- Jota fs
Num buraco infindo,
Despenco-me,
Por detrás da máscara,
Encontro-me,
No silêncio de um mosteiro,
Ouço-me,
Trajando uma nova vestimenta,
Desnudo-me,
Tempo para tudo,
Refaço-me,
tricotando palavras
Sentada no banquinho que coloquei na beira do abismo.
gosto do silêncio que ele traz.
Gosto da solidão que nele há.
Gosto de estar.
Na fúnebre sensação de ser somente o vazio incondicional
De ser o eco daquilo que quis ser e não consegui
Do meu medo enraizado
Do sorriso disfarçado
Do meu grito silenciado.
Sentada aqui
Não descobri nada de novo
Abismos não trazem respostas
Somente a proposta indecente
perfeitamente atraente
Para um desesperado...
Hesitação.
Mesmo que não haja o novo
A dúvida me corrói
O infinito é tão lindo!
E pertence-lo me parece uma boa opção
A medida que tricoto minha nova personalidade
Percebo que estou aqui só por vaidade.
Entrelaçada como malha... Tricoto minhas falhas...
Em um simples passo
Em um passo
Passo o tempo
Em descompasso.
Passo o vento,
O silencio, o espaço.
Flores imaginárias
Extraordinárias, exuberantes
Pena, solitárias
Passo a chuva,
O frio, calor,
Ardor e paixão,
Em desilusão.
Tudo isto passo
Na distância tranquila,
Imutável.
De um passo.
Outro poema dedicado a Léa, passageira de meus pensamentos e emoções.
A gente tenta entender
Tem horas que parece até
Mas a vida, essa é senhora do silêncio
Dona da verdade
Na paz dessa oportunidade de calar ou não
E de novo a gente morre
De novo e de novo e de novo
Morre dessas coisas que te vem do coração
E que te corre sem sangrar
Que te sangra sem que se perceba
Te vai numa oração que também morre
Sem subir aos céus
Oculta atrás de um véu
Na tristeza que outra vez se oculta
Na beleza das palavras por dizer
Que na verdade, elas também são ditas
No segredo da oração que não se escuta
Mortas, mas também bonitas.
Edson Ricardo Paiva.
TOQUE
Como faz falta tocar as pessoas.
Se tornou parte do que precisamos fazer em silêncio e somente com quem podemos manter no dia a dia.
Tocar fisicamente e até sentimentalmente parece algo extremamente distante.
Não existem mais trocas de energia física, apertos de mão e abraços calorosos.
O silêncio de quem cala guarda todas as verdades e todas as mentiras.
As palavras, quando não trazem a verdade, revelam apenas uma única mentira.
Então confio em quem fala, que declara e escancara, se não a sua verdade, apenas a sua única mentira.
Dizem que a distância faz lembrar
Alguém que amamos e ficou no passado
Mas é certo que o silêncio ajuda a curar
A dor de quem já foi machucado
Dar o perdão a quem provoca a dor
Nos liberta da mágoa afiada
Mas é difícil perdoar com amor
A quem nunca pediu pra ser perdoada
Aprender com os tropeços
É lição que deve ser ensinada
Quem sabe, desde o começo
Alguém era pra você, a própria tropeçada
Se calarmos a voz daqueles que tem a coragem de falar
Por aqueles gritam em silencio.
Estaremos negando os direitos de todos e até mesmo daqueles
Que usam o poder hierárquico, para silenciar a coragem daqueles que também falam por eles.
A democracia não é feita pela vontade ou defesa de um grupo, mas pela vontade e defesa de uma nação.
Troca de olhares
São fatalidades
De instantes
De movimentos nos ares
Falar em silêncio profundo
Demasia de um detalhe observar
Plantei-me uma semente de silêncio
Em meio a uma floresta
De outros pés de sons intensos
O silêncio, que era bom, vingou
Germinou como quem nasce
Se plantado em lua crescente
Desde então, esse só cresce
Incessante, insistente
Chega até dar medo
O outro nome que a isso se empresta
é pé de segredo
O silêncio, se é que eu sei
Não tem nenhum compromisso
Não tem lugar onde chegar, nem idade
Pois desobedece o tempo
É uma planta temporã, sem lei
Pode ser que, se plantada de manhã
Se agigante
Pode ser que se atrase
Talvez pareça até ter fases
Da lua, pra que cresça
O nome disso é verdade
Pode parecer que sim
Pode parecer que quase
Mas no fim
Um dia, numa madrugada fria
Quando todo mundo
Tá incauto e dormindo
O silêncio dá seus frutos: imbróglios
São tantos
Que os outros dez mil sons se calam
Fingem mudos, se embalam
Olhos astutos, mudos lábios
Mono silêncio, uníssono
É quando esse som grita até
Chega a ser bonito de se ver
E não se ouvir.
Edson Ricardo Paiva
(O poeta de outrora)
“Hoje o silêncio persiste
Vejo tudo ao meu redor
Com o prisma de sempre
Mas algo mudou aqui
Aquilo que traduziria
Visto por meus olhos
Com a mente ou coração
Sem qualquer dificuldade
Para a compreensão
Do resto da massa
Hoje tornou-se infrequente
Aquilo que outrora
Era tão compreensível
Transfigurando banalidades
Em versos complexos
Mas totalmente entendíveis
A qualquer um ser
Que se dispôs a ler
Mas hoje me tornei expectador
Admirando atentamente
Os vários versos belos
Declamado por vários
Que me fazem lembrar
O poeta de outrora
Ainda posso senti-lo
Aqui dentro de mim
Mesmo que em silêncio
Então sigo em frente
Aguardando seu retorno
Onde irá declarar
Tudo aquilo que dantes
Permaneceu guardado
Por bastante tempo.
Não por vontade própria
E nem por algum acaso
Mas sim por um motivo
Não se sabe ao certo qual
Pois somos pequenos
Para entender a vida
Então vamos viver
Com a certeza em mente
De que nem tudo
Está sob nosso controle”.
No meu silêncio!... meus neurônios me atordoam.
A vida sempre apresentando seus devaneios ...
louco!... Não!... Apenas em atividade cerebral...
"SILÊNCIO"
O silêncio é como uma brisa mansa
Que suavemente alcança
A profundeza da minha alma
Que lembrança, saudade e nostalgia
Dentro de mim fique calma.
Passei o dia inteiro
com meus princípios,
dores no meu peito
e em profundo silêncio
chorei e fui dormir;
parece que comigo
você só quis se distrair.
Fui despertar do nada
durante a tempestade
em plena madrugada,
me peguei vidrada
em totalmente em você,
o tempo se encarregará
deste feitiço desfazer.
Como você não pode
me amar como mereço,
tirar a minha foto debaixo
dos teus olhos foi
a melhor opção a fazer,
mas você não precisava
ter mostrado para me ferir.
Contei a minha vida
e você sem perguntar
me arremessou
aos anéis de Saturno,
e nem era noite de luar:
os espinhos do roseiral
estão no corpo sideral.
Amo as rosas a ponto
de ignorar os espinhos,
lambi as minhas feridas,
porque prefiro o meu
coração limpo para
um amor sem jogos
de sedução perversos.
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