Poemas Góticos de Amor
❝ ...Nem tudo precisa ser dito, as vezes sou mas silencio
que palavras... Não me abro facilmente e meus maiores
medos estão trancados em sete chaves para ninguém
notar...❞
---------------------------------- Eliana Angel Wolf
O silêncio tem três funções importantes:
1) Silenciar para não ferir ou magoar alguém.
2) Silenciar por recalque ou inveja de alguém.
3) Silenciar por ciúme, de alguém melhor.
Gosto muito de estar só as vezes . de poder ter o silêncio por companhia.
As vezes fico perdida em meio as lembranças , pensamentos , e é nesse momento que tenho um encontro comigo mesma , isso é bom e me faz bem !
Quando isso acontece é onde encontro paz e muitas vezes respostas de que preciso .
Não sou adepta a barulhos , pessoas que falam alto , gosto de quem é sereno , tranquilo que me traz paz e não a rouba !
Não gosto de multidão , prefiro o sossego do meu lar do que uma grande festa !
Gosto de estar assim quieta, de ler, de escrever principalmente, muito mais fácil do que falar, registrar em linhas meus pensamentos, meus sentimentos e é como se de uma maneira ou de outra eu fizesse as pazes comigo mesma.
Como se eu pudesse resgatar em mim algo que o tempo levou.
SOLIDÕES
Nunca pensei
Que esse silêncio
Que gritava de ti
Poderia me encontrar
E me fazer companhia
Ali calada
Pensando em nada
Estava alguém
Desacompanhada
Lia livros
Ouvia músicas
Ria com amigas
Mas lá voltava
Novamente
Para aquele lugar
De nenhuma gente
De repente
Nasce a ousadia
Fui lá
Para conversar
E as solidões
Antes presentes
Deram lugar
Aos dois contentes
De se afastar
Das solidões
INTEIRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Só lhe peço em silêncio, quase prece,
que revele um querer; uma vontade;
venha livre, por força da não força
e da sua verdade mais fiel...
Não me atenda, consulte o seu afeto,
a saudade, o conselho de su´alma,
o decreto que vem do coração
como lei que se cumpre pela graça...
Dessa vez não serei o predador
ou aquele pedinte habitual;
pregador nem pregão; só quem espera...
Venha inteira, serena e desatada,,
sem a carga formal do meio sim,
meio não, meio fim desde o começo...
NO VÃO DO SILÊNCIO...
(Nicola Vital)
Às vezes, me sinto tão perdido!
Como se perdido fosse o existir.
No reluzir do sol,
Fecho os olhos e não me encontro
Meu infinito sou eu...
A noite e seus fantasmas
Me convém!
No vão do silêncio noturno
Escuto o ladrar dos cães
A guardar as mansões
Perdidas de medos...
Quão seus guardas sem bravura
Bradam de pavor do existir
Que lhes restam.
O silêncio é a canção dos sentidos,
Berço das palavras do coração
Na tua essência
Na tua beleza
No meu peito
O teu poema
Madrugada.
O silêncio chega a pesar.
Sinto falta dos ruídos.
Posso ouvir o nada lá longe.
Sinto a escuridão
Segando meus olhos ávidos por luz.
Converso comigo para me distrair
Mais o tempo não passa.
A caneta companheira me acalma
Desenhando as palavras
Obediente, só escreve o que eu quero.
Acariciando meu ego
Fazendo o tempo passar
Sem que eu perceba.
SP 04/10/2016, 03:35 hrs.
entrei no trem
estava um silêncio atípico
três minutos depois...
o homem entrou vendendo seu peixe
o neném despertou querendo leite
a chuva começou a bater na janela
e como sempre o barulho em mim ficou tão alto
que minha atenção envolveu-se nas cenas
o caderno acabou ganhando sons de uma caneta rasbiscando
e o coral de desconhecidos foram intrusos que acabaram presos nesse silencioso poema.
FLOR
É preciso mais que uma flor
Para expressar a solidão que o
Teu silêncio causou em mim
Por instantes alguma coisa floresceu
No chão agreste de minha vida
Um inverno de lágrimas inunda meus olhos
O que restou do meu jardim eu recolhi
Num vaso
Uma rosa
Sem espinhos
Sem sépalas
Uma rosa vermelha de pétalas frias
Como a chuva que você fez chover em mim
Nem essa flor consegue expressar
A solidão que teu silêncio deixou em mim.
Eu só quero o silêncio,
sonho acordado.
Som maduro e luz,
por montanhas azuis
O misterioso pensamento
em que posso voar!
As expressões calmas.
Oh, que alegre tristeza tu me provocas,
vêm de idades mais profundas,
onde podes tocar os teus silêncios.
Hélder Fonseca
VAGA INQUIETAÇÃO
A noite era o silêncio dos teus passos
Tu não vinhas e era já de madrugada
A inquietude era o silêncio sem abraços
E afinal à minha porta não há nada.
Era o sonho de sonhar e de querer ver-te
Esperança vaga numa vaga inquietação
Quanto dói ao lembrar e ao saber-te
Lá longe tão distante em solidão.
És mais frio que a frieza que há na rua
Sou mais triste que a tristeza que me dás
Teu olhar vem do silêncio que há na Lua
Ou talvez da solidão que o vento traz.
Não encontro outro caminho além de ti
Não me sinto no calor dos teus abraços
Adeus que já não te quero como quis
Quando a noite era o silêncio dos teus passos.
VARANDO A MADRUGADA
O teu silêncio
me diz tanto
que nem quero ouvir
se abrires a boca...
melanialudwig
O que fazer quando Deus diz "Não" ou fica em "Silêncio"?
-Romanos 12;12
Tenha Fé, seja paciente e creia que essa foi a melhor resposta que o pai pode dar ao filho.
7 de dezembro de 2016
LÁGRIMAS DO CORAÇÃO.
Márcio Souza
Às vezes o coração chora em silêncio, para poupar aos olhos as lágrimas do sofrimento.
O choro ameniza as dores.
Márcio Souza
Nas asas
Do silêncio o vôo perfeito acontece...
E na calmaria, segue flutuando...
Sem nada a dizer: apenas sentindo o vento sagrado
Guiando com serenidade as direções que se podem ter.
No céu do seu viver.
Anoitece...
E o silêncio aproxima-se
O coração respira
A alma vibra
E a noite chega
Para enfeitar-me de sonhos
Numa realização
Que chegará no brilho do sol
Que me espera para viver...
No despertar da vida
Que acordará meu mundo
Na página
Do meu livro que voltarei à escrever...
No silêncio
Da minh'alma a voz de DEUS
Reluz...
Trazendo-me
Certezas num lindo foco de luz
Onde EU clareava à minha mente
Que outrora encontrava-se perdida num escuro
De muitas incertezas...
Nas quais
EU trancafiava os meus pensamentos
Para um abismo
Que não me pertencia, porém aproximava-se
Lentamente do meu frágil momento
De tristezas
Que já partirá
Sem nada dizer... apenas se foi...
E EU voltei... à vida que me era dada com alegria
Por um amor que me vestia...
Naquela tarde tão bela, onde as palavras soaram...
No brilho do sol
No qual os meus olhos contemplavam...
Agradecendo o conselho silencioso no qual me fez respirar
Aliviada outra vez!
Neste momento debruço-me no sonho e converso com o silêncio coisas que somente eu e ele sabemos...E ele atento, compreende meus anseios, minha incansável determinação...Tudo bem, que às vezes levo bronca dele, pois crio expectativas, sim crio, alimento-as! O silêncio diz: -Crie galinhas! pois elas nos dão ovos.. E ovo é tão bom...ainda mais quando vem temperado de suor, perseverança... Aprendi então a não criar tantas expectativas e a ouvir mais os meus silêncios.
E ele fala e às vezes quando estou distraída, ele grita e me faz ouvir minha voz interior. O silêncio causa delírios nos verbos e assim eu escuto a cor, vejo os sons, sinto o sabor das músicas...tão bom sentir delírios...tão bom ouvir o silêncio...
E verbo que é verbo precisa do silêncio e eu aprendo com ele a deixar a vida seguir sem a ansiedade, aflição e o descompasso das expectativas. O silêncio alivia minha'lma.
Mergulho
em pensamentos e vou até você..
Te beijo em silêncio..
Sinto teu cheiro e tenho teu corpo mais uma vez..
Só mais uma vez!
