Poemas e Poesias
Uma rosa-vermelha
da doce cor encarnada
da paixão uma centelha
poema d’alma enamorada
O amor com uma rosa-vermelha dada,
não carece de mais nada.
O Poeta
Era uma vez um lindo poeta.
Triste, tão triste mas que produzia
lindos poemas da dor que sentia.
Sua poesia atravessou oceanos
e atingiu as pessoas com sua tristeza poética.
Encontrou outra alma triste
que por ele se encantou
Começaram um duelo de amor
e tudo se transformou.
Duelaram entre temas, exaltando suas tristezas
sem nenhuma alegria, mas nas letras tudo se faz magia.
E nessa trama de dor se construiu uma chama de amor.
Ah! e os poemas, viraram uma partilha, pétalas de flor
recheados de amores e fantasias.
Encantando a todos que admiram poesias.Escritos numa cartilha de postagens
como pílulas de alegrias a quem precisa de coragens.
Não somos meros personagens,
aproveite toda e qualquer emoção
e seja um eterno leitor
do que tingir de cores seu coração.
Nem sempre o amor
cabe num poema,
é maior que o universo,
é difícil de explicar,
porém, cabe todinho no coração,
num abraço, num beijo,
num aperto de mão,
num toque de olhar...
o poeta nem sempre
sabe o que fazer
com a inspiração
por isso há versos
que não cabem num
poema
e transformam-se
em canção.
*Um poema de amor.*
Nas vielas habitam mendicidade da minha alma
Algo presente é a tristeza por dizimar o amor obtém a razão
Por relevância obteve a alegria.
Muitos pelos quais atavam a esperança, dizem que a razão é.
Nela está e sempre esteve. O ódio é servido como prato único
Assim como o amor, mas o amor, o amor é o prato desprezado por tantos
Que se torna ele o nada.
O amor, habita em mim. Como a alma habita o céu, Deus obteve a si o que a si proporcionou.
Quando o carnal apresenta a teu cerne a nobreza do Espírito, a de você nunca soltar.
Satã afirma de dentro dos Infernos: abençoado seja aquele que nunca provar a Dor carnal.
A dor que me flagela pelo fato de existir no mais comparável. Ao fato de se obter a traição é inconcebível.
Tal qual peço “Não abandonai o que lhe deixaste prazeroso”
O amor assim como a dor proporciona o lamentável. Os que separam os termos são apenas as possibilidades.
Ela tão linda como uma rosa ou jasmim, apresentou a mim o que era amar
Ela tão linda parecia um broto de flor no céu azul do mar.
Ela tão linda disse a mim que a vida só fazia sentido
Que a vida era boa, e nunca sentiria o pesar da realidade.
Pesar esse que senti na noite de domingo quando vi a cabeça dela a rolar
Ela tinha partido.
Nisso ela morrera
Mas algo ela me deixou
A realidade é inevitável.
- Escrito por: Seu amigo kr.
“O linear não concebe as mais infinitas possibilidades.”
Pequena poetisa
quando menina
já sentia a poesia
nas flores do jardim
no cheiro do jasmim
nas variadas flores
de todas as cores
no canto do passarinho
olhava tudo com carinho
a poesia estava em todo canto
e isso já não causava espanto
para a pequena poetisa
que não conhecia as letras
mas sentia a sinestesia
em tudo que via e ouvia
assim era a pequena poetisa
sonhadora, observadora
descobrindo a beleza da vida
como pequena espectadora
da poesia viva
a Poesia atingiu o auge de sua tristeza
me carregava nos braços em tal momento
colocou-me no chão e me abraçou
disse que precisava me abandonar, que eu sabia onde ir
soturno, desci as profundezas de mim mesmo
arrastando-me em paredes lamacentas nos túneis de minha dor
era lá que eu devia estar
haviam escritos nas paredes do meu íntimo
tal qual profetas apocalípticos anunciavam dores e morte
se era poesia rasgada pelo desamor iminente, eu não sei
rastejei por sentimentos abandonados
e alegrias não vividas ante a verdades consumidoras da alma
não lembrei como fazer uma oração
e com minhas palavras blasfemas de sempre abri a boca
ante o que escorria de minhas palavras, Deus fechou seus ouvidos
os anjos rasgaram suas vestes de alto a baixo
tremeram os céus
na terra putas lambiam os dedos e as ilusões
de homens que pagaram por um pouco de amor
no momento que eu estava a pagar por simplesmente Amar
a morte pois ensaiou-se como um novo início
e acenou-me com um sorriso sedutor..
**O preço
POEMA
O que é que é poema?
Será samba sem tambor?
Ou um rock sem guitarra?
Será prece sem louvor?
Ou é canto sem coral?
É cura pra todo o mal,
um remédio para a dor.
Talento e criatividade estão londe de serem poesia,
24 horas não são um dia.
O ano não termina na meia-noite com fogo de artifício.
Nem é a mensagem do fim que rompe o namoro.
A poesia ganha corpo
Ganha cor
Ganha veste
A poesia se traveste
De onda de puro furor
Condena a majestade
Ao ínfimo chão gelado
E traz ao trono o infame
De versos adocicados
A poesia emudece
Quem cansa de ouvir falar
Entretece seu tecido
Como um rio vir a ser mar.
A poesia empertigada
Sobre a sobra da centelha
Engana os olhos incautos
Refrigera, queima, beira
À loucura ensandecida
Ao brio do terno pastor
Fulgura o novo tempo
Canta o cântico d'amor.
A poesia hiberna dentro
Da pele de quem consome
Seus atos, aços clementes
Seus pesos, uivos e fomes.
VIDA DO VERSO
Sempre a sussurrar sentimento incerto
O poema à sensação se faz aventureiro
Ao poeta deixa aquele gostinho aberto
Sempre, em busca dum sonho certeiro
Da paixão ao amor, tem trova em alerta
Mas, nunca deixando de ser por inteiro
Na prosa que tem aquela medida certa
De poética, vem o sentimental primeiro
Na rima, a imaginação como fronteira
Do seguro a ilusão, a pluralidade beira
É inspiração, pois, do destino escorre
Enquanto, na prosa tem aquela batida
Tudo é só encanto, abrandando a vida!
É arte, narração, senão, o verso morre...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 de agosto, 2022, 13’13” – Araguari, MG
*dia de NS D’Abdia da Água Suja, Romaria, MG
Poema para Valesca
Para vir homenagear
Esses versos encomendei
E deixar como legado
A linda mulher que encontrei
Desde filha dedicada
E mãe sempre presente
Profissional bem respeitada
Amiga de tanta gente
Estes versos vão falar
De alguém de competência
Que vive no movimento
Respeitando a própria essência
Em toques e alinhamentos
Despertando sentimentos
Estando sempre a remar
No balanço das águas
Ou no ritmo de esticar
Alongando músculos, treinando corpos
Aliviando dores, salvando vidas
Valesca nos envolve
Afaga almas, nos dá calma
Porto seguro, nessa ilha veio aportar
E a natureza contemplar
Muitos vivas para você
Nesta data e sempre mais
Tu tens a boca tão linda
Mas, seu olhar fala poesia
Cada olho tem a magia
Que a tonalidade brinda
E te digo mais ainda
Teu olhar tem a sedução
Que na mira da visão
O cabra perde o sentido
Pois a flecha do cupido
Acerta o coração.
O seu rosto é perfeição
Seguida da pele macia
Quantos beijos eu daria
Se em uma ocasião
Com o desejo e paixão
E todo esse frisson
Debaixo d'um edredom
E a língua na sua orelha
Chegasse à boca vermelha
Para arrancar seu batom.
O POEMA ERRADO
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Drummond
Vou ao reino das palavras com a tranquilidade de quem trouxe de lá uma ou duas páginas valorosas. São minha permissão. Entro quando quero, extraio as palavras de onde repousam em estado de dicionário, e as acomodo para viagem na forma de poemas perfeitos. Todos se corrompem na passagem, alguns irremediavelmente. É por esse motivo que tantas linhas imprecisas são escritas. Tenho impulsos de retornar ao reino das palavras e vasculhar incansavelmente pelo poema certo. Ele ainda está lá. Mas desse já não tenho a chave, e ninguém mais a poderá ter. Perdeu-se. Olho para o poema embaralhado que possuo, sentenciado à inexistência, e me compadeço do seu destino. Sorrio. A inexistência é uma condenação impossível.
O poema errado
Com a vida diante dos olhos
Escrevi minha história
Manchei os campos com meus passos
Maculei a água com minha sede
Julguei merecer que me sorrissem
Um sorriso puro e ingênuo
Que já não sorri sem tristeza
Fui amado com um amor perfeito
Que hoje tem a marca da minha estupidez
Quisera ter entendido o que é ser humano
O que é ser imperfeito
Quisera ter entendido o propósito de todas as coisas
Segundo o qual nada existe em vão
Não se vive sem culpa
Mas não se existe sem razão
Se em tudo eu tivesse errado
Não choraria por não ter tocado
A flor que deixei morrer no jardim
A flor não temia a morte
A vida era o seu fim
POESIA ( I )
O poeta pinta em palavras
Às vezes vivas
Naturezas mortas
O Poeta esculpe em versos
Às vezes em jardins
Estátuas pálidas
Em pedras nuas
Telas transparentes
Exposta a própria alma
Inepto vivente, louco
Ou nada disso
O Poeta diz o que sente
Inventa o que não sente
Diz o que pensa
E diz sem pensar
Flerta com a sabedoria
E ela às vezes flerta com ele
A inteligência, a lógica, a razão
Em sua magnitude fazem reverência
À simplicidade do poeta
POESIA (II)
O poeta precisa as palavras
Precisas palavras
Vertidas em poesia
Dizem do poeta
O que palavras não podem dizer
O poeta precisa da poesia
Ela é que não precisa do poeta
SE A TUA POESIA NÃO VINGAR...
Come os frutos das tuas palavras
que outros não quiseram provar,
sorvendo o líquido doce da tua intenção
que jorra da tua fonte de criação.
Se a terra em que plantaste o poema é ressequida,
sorri, dentro de ti, pelo solo fértil que ofertas à vida.
Se a tua poesia não vingar em plateia ou publicação,
outros tantos poetas,
no ofício gratuito e incessante da palavra talhada,
por certo te vingarão.
