Poemas e Poesias
Linhas
Tal qual o vai e vem da maré,
tal qual o grão de areia arrastado,
assim seguem alguns corações
por alguma tristeza, despedaçados !
Eu estava conversando com o tempo
e ele me explicou coisas inimagináveis que infelizmente eu vim a esquecer
ele também me diz que ele e o amor andam lado a lado, e mandou que eu não mais fizesse perguntas, ou então as respostas iam me enlouquecer
Eu perguntava tudo para o tempo, mas ele não me respondia, mas não parava de correr, contra o tempo ninguém pode, mas a que custava responder?
mais tarde, novamente o tempo passava
eu envelhecia, o tempo corria e se distanciava, não chegava a hora, eu gritava, chorava, clamava pra ele que comigo voltasse a falar
"POR FAVOR NAO ME DEIXE SENHOR TEMPO, eu sei que tens a resposta dos meus problemas, eu confiei a ti que curasse a minha dor"
pela primeira vez eu vi o tempo parar, sem dizer uma só palavra, ao mesmo tempo dizia coisas tão perfeitas, tão magníficas, que nem mesmo pude apreciar
eu envelhecia cada segundo mais, o tempo me abraçou, e junto me levou a sua jornada ao futuro
ele me abraçava, enquanto eu, já sem forças, não tinha, ironicamente, mais tempo pra chorar
o tempo novamente parou e me mostrou tudo que eu havia perdido, enquanto chorava de dor, enquanto eu clamava por amor, enquanto apenas esperava uma resposta, uma resposta que o tempo não poderia me mostrar
ele por fim, novamente me abraçou, e se desculpou por ser tão rápido
e no fim eu chorei, eu entendi que o tempo não trazia as respostas
o tempo me trazia perguntas, e cabia a mim mesmo respondê-las, ou deixá-las de lado
eu fiz a pior das escolhas, eu pedi ao tempo algo que ele não podia fazer
antes de finalmente fechar os olhos e descansar, juntei minhas forças enquanto esvaziava toda minha dor e sofrimento
"senhor, será que posso voltar no tempo?"
Calitheya
Para conhecer como a conheço
Para conhecer como a deve conhecer
O vislumbre pungente deve você se abater
Se o silencio respeitar
Absorto na dor estar
Seu reino de profundezas há de perpetrar
Edificada sob alma atormentada
Faça moradia com seus similares
Muitos residem silenciosos em seu reino
Num ignorante estado conservador permanecem
Desiludida, as paredes de seu reino enegrecem
Provindo do odioso intento do suplício
Jorrando liquido repulsivo em logro enegrecido
Em formatos deformes o reino prossegue vivo
Sem movimentações estelares, sem aparente guia
Consciência é uma palavra esquecida há tempo insondável
Desnecessário ato de pensar, em seu reino desgosto não haverá
Uma fuga é impossível, usufruir da moradia há de tentar
Coberta fria e úmida serão suas conhecidas na macabra epifania
Sem glória genuína, erga-se abaixo, na santificada misantropia
Reine com Calitheya
Seu reino misantrópico é pura monotonia
Uma alegria traçada aos moldes de outra vida
Que não mais te quer, que não mais a quer
Qualquer um se torna valor em seu reino
Aprisionado na matéria mais que repulsiva
Incontáveis seres vivem em solitude
Desapegam-se de suas histórias
Sem um elo como guia, inertes ficam
Sem nova procura de uma guia
Torne-se rei ou rainha
De um novo mundo pautado a abominação
Os valores que já não existiam
Hão de perecer de vez, pois nunca existiram
Calitheya clama sempre, bem abaixo do brilho guia
O eterno reino, submerso na própria agonia
Será você o rei ou rainha ?
preciso de respostas~
eu aqui em mais uma madrugada
me coloco a perguntar
o que pouco me sobraria
se não pudesse te amar
ou o que me restaria a não ser chorar
meus olhos se afogariam e me encontraria em alto-mar
lamentando sua ida e tentando entender
e qual seria o motivo de continuar sem você?
contaria para lua sobre o teu último sorriso
que eu quase caio em um deslizo
e me perco novamente
mas aliás
que mal me faria se és você que me salva de novo
e todo dia é como algo tão novo
e que tanto me satisfaz
aonde eu estava com a cabeça em pensar que seria capaz
que ao invés de trazer me tirei a paz que pouco me restava
e agora sinto aqui em uma rua amargurada como se me rasgasse o peito com uma facada
e tento pensar lá frente
"será que em teu sorriso ainda farei morada?"
Nada óbvio
O amor não é nada óbvio
Você, amor, não é nada óbvia
Mesmo que eu te olhe por horas e horas
Nem sei ao certo a cor da sua imensidão
Falo dos seus olhos, de que cor eles são?
Meu lugar preferido?
A palma da sua mão…
Não, não, aí é onde está meu coração…
Seu braço!
É, esse definitivamente é o meu espaço
Mas não gosto de espaço
Entre nós duas, não quero nada com espaço…
Sabia que tem estrelas no espaço?
Mas eu tenho um universo inteiro do meu lado
Tenho meu universo, se tenho ela no abraço
Já pensou no futuro?
Eu, você…um gatinho?
Talvez…
Me diz, se eu te olhar de pertinho
Você me beija sem pensar nem uma vez?
Conte ao vento quanto frio sentiu,
Conte ao sol o quanto o esperou ,
Conte a lua o que sua ausência gerou , depois, tome um banho de rio, e conte as águas o que ela não lavou e, viva de queixumes, atrasos de sua vivência que você só proclamou.
Bela Vista do Toldo
O aroma do mate trazido
pelos ventos faz lembrar
da tua gente indígena,
a memória profunda
afastada pelos séculos
e destes curiosos versos.
Balança a araucária
do meu destino,
o Contestado em mim
continua vivo,
salve Bela Vista do Toldo!
Os povos italianos,
poloneses, alemães
e ucranianos, semearam
lavouras prósperas
e ergueram uma cidade
acolhedora e sedutora.
Erguida unção mística
que traz o signo da vida,
os teus mistérios fascinam
e me fazem seguir a tua trilha,
salve Bela Vista do Toldo!
Na Festa de Nossa Senhora
da Glória e sob a benção
da Mãe eu me abraço
com o teu gentil povo,
Bela Vista do Toldo é puro ouro.
O aroma do mate servido
e a viola plangente
conta a História nas notas
da tua gentil gente,
salve Bela Vista do Toldo!
Em cada CTG me encontro
com você até o dia clarear,
Bela Vista do Toldo jóia
bonita de grutas escondidas:
meu porto seguro e amor de morar.
Homens poetas sarados são incríveis. Homens aventureiros galanteadores são inesquecíveis. Homens românticos são imbatíveis.
Meu coração é do tamanho do universo.
NUNCA DESISTIR - AMOR PRÓPRIO
A vida é isto, reflexão, compaixão, perdão, oportunidade, aconchego, família, amor e... Um caminho livre para seguir e ser poético e feliz.
O meu peito sangra as mais lindas palavras Que escorre de dentro da minha alma, Misturadas com riso fácil e uma lagrima Atormentada
Ela não serça ela não para..
Oh que motivo vão!
Poetas choram suas dores na ponta de Uma caneta, que as derrrete em mil palavras
Fazem uma tempestade de soluços, Arrepios alegrias,tristezas, agonia alivio e Emoção
Eu não sou a pessoa certa pra definir amor, mas aprendi que o amor é o que nos mantém vivos, e saber que existe você é uma razão forte pra eu seguir vivo.
Trata-se de um princípio de Jesus, sentir e acreditar no que é forte, verdadeiro e único, porém, invisível, algo semelhante a fé, semelhante ao amor real que não podemos ver, mas apenas sentir independentemente da distância que exista.
Pra mim isso é amor, e é esse o significado que você tem pra mim. Sigo te acompanhando e te admirando todos os dias. Sigo torcendo pra te ver sorrindo todos os dias, de perto ou de longe. Sinta um abraço interminável.
A minha perspectiva de vida era poder estar sempre em sua companhia.
Acordar de dia abrir os olhos e sentir sua energia...
Ilusão, ilusão apenas ilusão...
Mera expectativa, essa minha de quer ter você como minha todos os dias.
Devaneio em meio a este anseio que castiga pelo corroer do desejo de um dia te roubar um beijo minha BOYZINHA.
Hoje são apenas desejos que se perpassam para além da fugaz paixão e se concreta no coração.
Quero aproveitar o ensejo dos trocadilhos entre desejo e beijo para deixar os outros desejos que o dia de hoje permite.
O que está acontecendo?
Por acaso está desistindo?
Não lhe vejo nem mais escrevendo...
E nem mais falsamente sorrindo.
Fiquei feliz em ver a máscara do rosto retirar
Mas no final pareceu nada adiantar
Ela parecia estar somente na interface
Mas essa estranha máscara, mais verdadeira do que a própria face.
Afinal, o que você veio a se tornar?
O jovem que eu conheci amava tanto viver
Mas sinto que em breve irá transbordar
Dia-a-dia você mais dor absorver.
Por fim te peço encarecidamente
Lute sem parar, até sua última energia se esgotar
Não perca essa luta com a sua mente
Pois contigo estarei até o seu último suspirar...
Ass: Gustavo A. Justino
Eram planos!
Traçados com tanto capricho
Pensados, quase algoritmo
Não tinha porque fracassar.
Cada detalhe no devido lugar
Com a pausa e o tempo preciso
Nada arriscado ou indeciso
Tudo cabia no meu desejar.
Nada era sonho ou devaneio
Por isso embarquei sem qualquer receio
Pensei ser possível se concretizar.
Agora percebo que nada falhou
Tão pouco o meu plano se modificou,
Foi só um vacilo no meu calcular
Coisa tão boba, mas muito comum
É que onde carece de ter mais de um
O outro também, precisa SOMAR.
Bom Jardim da Serra
Beijo de amor dado
no Mirante da Serra
do Rio do Rastro,
Eu te amo muito
e tenho muito o quê
te contar por onde
foi aberto o primeiro
caminho entre o Sul
e o Planalto Serrano.
Bom Jardim da Serra
a tua gente amável
sempre me faz voltar
ao meu destino que
foi escrito ali no teu
Caminho do Conventos,
Comigo vives nos meus
melhores pensamentos
e altos sentimentos.
Meu enternurado do Sol
no Cânion das Laranjeiras,
Gentil aroma de maçã
e o vento geladinho tal
como selvagem hortelã,
Só me faz acordar ainda
melhor para viver a vida,
E desfrutar desta cidade
fascinantemente divina.
O Inominável
Sua existência absurda jaz no topo
Não pertencente a leis universais
Vive trancafiado, separado da graça que antes o pertencia
Construído abaixo sua montanha de olhos devassos
De pele áspera e sangrenta
Atinge-o na constante agonia
Solvendo-o na familiar melancolia
Abraçando-o nas puras gotículas rubras
Na desesperança de retorno a moradia
Ao seu antigo lar na imensidão
Amaldiçoou novo mundo em obscura selvageria
Servindo de banquete malicioso
Montou seu reino maléfico sob pontudas angustias
Como antes fizera seu antepassado Azmuth
Os obcecados na magnífica rubidez vociferam
“Malithet, Inominável Lorde Rubro
Conceda-nos a graça de seu sangue
E voltai ao teu cosmos pertencente”.
Segue o dia, segue o verbo
ditando nos casos e acasos
desta vida em ações -
guarida, riso, choro,
tropeços - ninguém merece -
nem eu mereço,
mas quando chega a poesia,
escrevo, a obedeço !
Quero sentir das flores, só o perfume que inebria,
sob a canção do vento, voz pura em sinfonia,
quero sentir da calma chuva de outono
as gotas todas que passam por aqui,
quero ser borboleta e voar de encontro a ti,
quero sentir do amor, ah...esse como sol nascente,
em calor de beijos doces e que sejam sempre presentes
Para torar meu tédio.
O cordel é bom remédio.
Se você me insultar.
Mostro a ocês um jucá.
Um jeito simples de cá.
No meu torrão Ceará.
Terra de povo valente.
Com sua vida contente.
Pra doutô nium reclamar.
Wilamy Carneiro – Poeta cearense
26/04/2022
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