Poemas de Terror
Meus sentimentos são os móveis mais pesados da casa, é preciso dois para carregá-los. Nunca fui uma pessoa materialista, mas confesso que tenho ficado paranoico com a minha mobília velha e sem mudança. Passei a observar minha casa. Poderia ter mudado a copa, a sala ou até mesmo o quarto. Resolvi mudar-me.
Nós conseguimos extinguir: a Tartaruga gigante de Galápagos,o Rinoceronte-negro-do-oeste, a Foca-monge-das-caraíbas, o Golfinho baiji, o Pica-pau-bico-de-marfim... Mas ainda não somos capazes de extinguir o Aedes aegypti.
Ficar no escuro com pessoas mortas não assustava. Só os vivos representavam perigo. // Livro: Intensidade.
Imagina você está andando no beco de noite, sozinho e você olha para tua sombra e ela está sem chapéu, sendo que você está de chapéu! Boa noite...
As artes das trevas sempre deixaram bastante espaço para criatividade. // Livro: Sombras da noite.
SERÁ QUE VOCÊ TEM ALGUMA DÚVIDA?
Mas claro que tinha. Descobriu de repente que tinha uma quantidade enorme de perguntas a fazer. A única coisa que havia, no entanto, era que não queria ouvir as respostas. //Livro: Cão Raivoso
não havia lógica no mundo que conseguisse de fazer diminuir a sua sensação de fracasso. Talvez só o tempo viesse eu conseguir tudo aquilo, mas mesmo assim esse esquecimento nunca seria completo. // Livro: o Cão Raivoso
Suponho que a maneira como você perde é um indicador muito melhor para o caráter do que a forma como vence.
Pouco importa, não é? Porque quando você decide algo, não quer ver, não quer ouvir, nem pensar.
Num mundo em que tantos já morreram,provocar mais morte é certamente omais graves dos pecados. //Livro: A dança da morte.
A natureza possuía seus próprios métodos para lidar com o excesso populacional. Livro: A dança da morte
Esta cidade contou histórias sobre mim. Histórias horríveis. Mas ninguém percebeu que eu tenho minhas próprias histórias assustadoras.
O livro de Sarah Bellows. Histórias que se escrevem sozinhas e que ganham vida. Quem começou com isso?
Uma coisa é preocuparmo-nos com a morte de outro, ao longe. Outra é, de súbito, tomar consciência da própria putrescibilidade, de viver na vizinhança da própria morte, de contemplá-la enquanto possibilidade real. À partida, é esse o terror suscitado pelo confinamento a muita gente, a obrigação de, por fim, responder pela sua vida e nome.