Poemas de Separação
A Traição
É o homicídio de uma alma, por uma boa parte da vida…
O adiar ou o eliminar de sonhos.
Quando se furta a paz e ignora-se o amor…
É o auto desvalorizar-se, e tornar-se sombra, passado…
É pobreza de espírito, um desviar de caráter…
Ver no outro, um nada.
Nesse golpe fatal, derrama-se lágrimas e angústia…
Uma dor cortante, constante.
Um náufrago em um mar de tristezas…
Ao traído é o que resta, o desamor, a amargura e a dor.
No melhor dos casos, aconfusão do recomeço.
Esquecer
Vai ser fácil esquecer você ...
Basta não olhar o céu...
Não lembrar do mar...
Vai ser fácil esquecer você...
Basta esconder a simpatia...
Abandonar a ilusão...
Mascarar a alegria...
Viver na solidão...
Vai ser fácil esquecer você...
Basta não lembrar do seu sorriso...
Daquele seu meigo olhar...
Vai ser fácil esquecer você...
Basta de nada lembrar,
Nada olhar,
Não viver, nem amar,
Esquecer sua importância em minha vida,
Vai ser fácil esquecer você !
Basta eu mesma,
Esquecer de mim.
Me condenaste ao limbo
Eu sou a página virada,
o sonho que não vingou,
a felicidade que acabou,
o tudo que tornou-se nada...
Sou a ironia velada
do momento que passou,
e da lembrança que restou,
sou a saudade jamais exaltada...
Triste dor... A sua indiferença,
me conduziu ao buraco em que estou.
Se de sua vida você me exclui
a inexistência do que outrora fui,
faz de mim o que agora eu sou...
Ausência, ausência; ausência.
Se faz sol lá fora, temporal em mim
Cê foi embora, eu fiquei aqui
Sozinho em casa, tentando seguir
Juntando os cacos que sobraram do fim
Feito furacão, levou tudo em mim
Cê passou e me deixou assim
Já sei, outra vez você partiu sem avisar
Pensei que ia ser diferente mas não vai mudar
Quando eu te quis
Eu deixei de me querer
Me diminuí para
Na sua vida caber
Caí no seu amor
E perdi a noção
Do que isso faria
Com o meu coração
Chega, chega, chega
De passar a noite em claro
Chora, chora, chora
Que dessa vez eu não volto
Deixa ou não deixa
Eu que vou me permitir
Chega, chega, acaba por aqui
Não, eu não tenho
Previsão de voltar
Se você quer saber
Meu silêncio vai te falar
Não adianta mostrar
Pra quem não quer ver
Eu nunca vou precisar
Só de metade de você
Hoje é o fim da tua regalia
Da tua história de querer me abusar
Nunca fui o homem da tua vida
Nunca fui tanto para você me declarar
Estive certo por tanto tempo
Mas você soube bloquear meus pensamentos
Feriu meu peito deixando a paixão desaguar
Tem vezes que eu penso que é melhor
Largar isso tudo e não arriscar mais
Tem vezes que eu penso que é mais fácil
Não querer demais
Tem vezes que eu penso que é melhor
Bailar a solitude e deixar o cais
Mas você é o mar desse naufrágio
E dói demais
superar
a tristeza de não ter mais você
e seguir como se o rio esquecesse o leito antigo
procuro as palavras para te cobrir
mas me faltam letras
tropeço nas sílabas do teu nome
(mesmo que já não possa lembra-lo inteiro)
já vivo sem você
costuro cavalgo comungo
só não sei
como partir inteira
retomar pedaços
fatias
de um corpo que foi meu
(as marcas da história de cada um)
as marcas da nossa história
emolduram
um jeito velho de ser
um jeito esquecido e velho
de ser mulher
desisto de te amar
por uns instantes olho a madrugada
que colore de cinza as estradas
da minha cabeça
temos poucos anos e uma bagagem densa
Bem que eu podia ter te dado um buquê de flores
De vez em quando respeitado as suas dores
Te levado pra conhecer o mar
Ou toda sexta te levado pra jantar
Se eu pudesse voltar no tempo
E salvar o casamento que eu afundei
Te amaria mais te entenderia mais
Assistiria aquele filme contigo
Eu, _________
Agora sem cor.
Sem viço,
Sem brilho,
Onde está o meu sol?
Minha cor
Meu perfume
Meu brilho e
Minha luz...
Sigo seco e oco.
A alma sofre!
E o Ser padece.
A mente desliga.
E o corpo segue,
Sem ver...
Janeiro/2003
APARTADO
Cansei-me de tentar o teu enredo
Na tua poética sem frase e afeto
Meu versar anuviei por completo
Tal o pôr do sol atrás do rochedo
Sentimento da tua alma, segredo
Teu, perturbado eu, neste soneto
Foi meu desejo, não mais secreto
Se chorei foi somente por degredo
Cansei! Sossegado está o cerrado
Esfriou sobre o desprezo concreto
A quem um dia estava apaixonado
E desse meu turvo silêncio discreto
Leia entre linhas um sofrer calado
Que assim tem o apartado adjeto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’01” – Triângulo Mineiro
TRANSIGIR
É descer do teu degrau
e tentar conciliar.
Quando a relação vai mal,
para um pouco pra pensar.
Sai logo desse suplício,
termina esse litígio,
vai tua vida aproveitar.
Eu só queria entender
Porquê que você foi embora
O meu coração só tinha espaço pra você
Volta aqui de novo só pra eu te dizer
Se você quiser chegar
Te dou motivo de sobra pra você ficar
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