Poemas de Saudades
Peço Perdão ...
Amigão te peço perdão, por todas as vezes que me constaste sobre a saudade da sua amada que partiu, retornando à pátria espiritual, e só consegui te assegurar que ela vivia agora a verdadeira vida, e que o reencontro de vocês está escrito nas estrelas, portanto real e inevitável.
Mãezinha, pai e filhos peço perdão a vocês, por todas as vezes que me procuraram para falar da saudade do ente querido e só consegui falar à vocês sobre a eternidade da vida, acolhimento fraterno e a certeza do reencontro na brevidade do tempo, nas esferas espirituais.
Peço perdão, por não conseguir estancar às suas feridas, sei bem que nada que possamos dizer poderá um dia "sarar" está enorme ferida que sangra o íntimo da alma.
Peço perdão, por não saber o que dizer da cama vazia, da cadeira predileta, do berço vazio, do café na mesa e da agradável companhia, dos abraços e do brilho dos olhares que com certeza completavam vossas vidas.
Se conseguirem me perdoar, agora posso dizer, que está é uma batalha do eterno combate de cada um, é uma prova que só vocês pode viver, é um combate sem vitórias, mas com certeza o mestre Jesus e os Benfeitores amigos os recompensarão com aprendizado e elevação, em sua dita verdade "Meu reino não é deste mundo".
Enquanto sofres, ergue a cabeça, lute e compreenda, nunca e jamais será uma guerra de um homem só, e sua vitória não será só sua, toda relação tem dois lados e quando nos comprometemos com as verdades eternas em resignação e sabedoria, um dia...um dia, colheremos os louros da vitória num reencontro que de tão eterno nos trará alegria e felicidade nunca vista ou imaginada, regada aos eternos cânticos celestiais nas mais belas paragens deste mundo.
SAUDADE
Saudade, suspiro queixado na mente
O sol poente duma situação passada
Aquela melancolia no tempo gravada
O perdido dantes encaixado na gente
Uma poética opaca que a poesia sente
Vazio insistente, motim, a alma calada
Migalha nostálgica em uma dor selada
E, no peito a alta solidão, inteiramente
Sofrente sensação que a noite sustenta
Que espinha, apimenta e tanto inquieta
Uma angústia que embala e apoquenta
Exala um sentimento de ligação direta
Ao sofrimento, o ocaso que desorienta
Um tal regular versejar de todo poeta!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12, setembro, 2022, 17’00” - Araguari, MG
Nevoeiro dos Sentidos -
Os mortos dos meus mortos
trago nos sentidos,
num berço de saudade
os trago adormecidos.
Ai,saudade efemera sem paz
que vive em mim
pobre mortal de Deus nascido!
Minh'Alma sepultada
neste espesso nevoeiro
adormece os mortos
no frio dos meus sentidos,
mas se acordado
os sinto adormecidos,
despertam depois quando adormeço.
E em cada noite que me deito
liberto-me da matéria,
abraço-os, recordo-os...
Esvai-se o nevoeiro espesso
e numa imensidão aerea
sonho, acordo e adormeço.
"quasi madrugada"
Sinto-me um TODO enquanto Alma singular quando atinjo o além-forma. É o extase total desta minha Humana existência...
‘’Infância, doce infância’’
Hoje, a lua espreita, me motiva a recordar.
Ah! A saudade em mim se deita
E a infância vem-me abraçar.
-
Saudade, dos cantinhos, que fui deixando pra trás
Revivo agora, aqueles lugares, que me trazem tanta paz
Tantas aventuras, no rio, na campina…
Tantas travessuras de quando eu era menina
-
Lindas canções!
Que por horas seguidas, ouvia papai assobiar.
Reabrem-se emoções, e a nostalgia, faz-me chorar.
Tenho guardado, no intacto baú da memória
A minha infância tão bela, parte da minha história.
-
As deliciosas comidas, no fogão a lenha, que mamãe fazia,
Com tanto amor e capricho, tão bem que sabia.
Aquele leite quentinho com açúcar, farinha de milho e canela
Recém ordenhado no curral, era especial, memória tão bela.
-
Saudade de correr no pomar do quintal, daquele antigo casarão,
Que escondia tantas histórias, inclusive de assombração.
Saudade das amizades da escola, onde se preparava o futuro
Dos meninos a jogar à bola, do sorriso puro.
Onde um professor lecionava do pré à quarta série,
Onde brincávamos felizes debaixo d´uma intempérie.
-
Amigos eram tantos, não sei onde estão.
São estes os encantos, dos tempos que já la vão.
Saudades do vovô, da vovó, dos meus tios e primos
Do sentir que não estamos sós, dos abraços e mimos.
-
Doces tempos, que não voltam mais.
Sonhos desfeitos, caminhos perdidos.
Tantos, que já se foram, mas jamais serão esquecidos.
-
Oh! Meu Deus, agradeço-te a Ti
Por me permitires guardar na memória
Toda a minha história, tudo o que eu vivi.
.
Rosely Meirelles
NARRATIVA
Sobre a folha, aquela poesia plural
No verso, sentimentos empilhados
Nas saudades, os suspiros arfados
Na quimera, a ventura sem igual
E, tudo, numa poética sentimental
De especiais eventos, ali pintados
Em cadencias e tons apropriados
Dando a escrita um traço visceral
É dum sussurro com certo legado
Cochichado de um intimo secreto
De um momento, assim, inspirado
Então, a poesia, se faz num trajeto
E o poeta não mais se senti calado
Narrando as sensações no soneto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/09/2022, 20’53” - Araguari, MG
ALÉM DISTO OU AQUILO
Trago nessa narração a forte saudade
Como se fosse um dramalhão à revelia
Que me manuseia e da agitação irradia
Uma falta, tão sentida e tão de verdade
Trago na prosa um desejo pela metade
Pesada de suspiros, com uma alegoria
Já passada, abarrotada de melancolia
O duro dantes sem qualquer piedade
Trago lágrimas, choradas, de tristeza
Leveza roubada da alma, sem afago
Trago os versos nus e sem gentileza
Tudo trago, numa poética sem vacilo
Também, cântico de sedução, trago!
Pois, amar, vai além disto ou aquilo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2022, 16’38” – Araguari, MG
cade aquele brilho no olhar quando me visa
cade aquele abraco apertado de quando sentia saudades
cade aquele sorriso quando se pegava pensando em mim
cade o amor que vc tanto dizia
hoje se foi e me sinto tao vazia.
Não dê amor pra quem merece bala
Atrás do money tô acelerando pela estrada
Saudade de você no olho a olho, cara a cara
ARCA VELADA
Guardei na poesia os meus segredos
As saudades, lembranças. o que pude
Tranquei na cadência aqueles medos
Na rima, a tal dor, asperamente rude
E, fui buscar o que não tinha, amiúde
Aquilo que apraz, os olhares, os ledos
Ai, conservei nos versos a boa atitude
Mas, muitas me fugiram pelos dedos
O momento, passou breve, rude sina!
Assim, como a inspiração que ilumina
Mas, a esperança sempre apaixonada
Ah! quanta poética sensação arquivada
Nesta arca velada... ah! quanta rotina!
Versando paixão e a alma enamorada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 setembro, 2022, 17’37” – Araguari, MG
Dúvida, dor, saudade.
Está sendo difícil e doloroso imaginar todos os momentos
ver que você está indo e eu ficando
lembro de todas as risadas e momentos, e me deixam feliz
porém, me consomem e me deixam com medo, me deixam inseguro
Pois não sei se irei te ter em minha vida novamente.
As músicas que me lembram o seu sorriso se transformaram em músicas
que me fazem chorar.
E não está tudo bem, sinto que não vai ficar, é muito forte para suportar
a perda de um amor.
Queria saber se você também sente isso, a vontade de ir correndo e escutar ''eu te amo'' como se fosse um filme clichê que faz todos chorarem.
Mas parece que o mundo é muito mais cruel que isso. Eu sinto um aperto no coração e um choro na minha garganta que me impossibilita de gritar ou de me levantar, tento ficar em paz, porém sinto que sem você eu não consigo
A saudade de todos os dias, as risadas que eu pude dar, os abraços e tudo que passei com você foi a melhor coisa que aconteceu para mim.
É difícil se acostumar com uma dor que você sabe que vai ser para sempre. Pois eu perdi o meu coração na estrada escura e sem minha luz eu não consigo encontrá-lo.
EU GOSTO
Eu gosto do teu gosto e,
da forma que o faz.
Da verdade da saudade.
Das escolhas que bem me traz.
Eu gosto de estar á gosto
De te sentir no meu...
Eu gosto de estar em ti,
de te sentir em mim.
De saber que o teu gosto,
se apaixonou pelo meu.
Sentir saudades dê ti !
Sentir saudades dê ti,
por isso estou aqui.
Sinto falta do teu beijo,
ó amada minha.
Perto dê ti, sinto -me que nem
uma beija flor, sugando os néctar
das flores.
Viver longe de ti, é o mesmo
que está no Deserto do Saara,
sem água e sem pão, longe
dê ti meu coração.
SAUDADES
A primeira das saudades
Que eu de ti me permiti
Foi saudade dos teus ossos
Que eu nunca mais senti
A segunda das saudades
Foi aquela dos teus braços
Do calor que eu repito
Só encontrei nos teus abraços
A terceira das saudades
Foi aquela do aconchego
Da quentura da tua boca
De um mal dado e pobre beijo
Mas a quarta das saudades
Foi aquela mais comprida
Que durou mais do que o tempo
Que ainda tenho de vida
Foram tantas as saudades
Que eu de ti me permiti
Mas aquela dos teus ossos
Foi a maior que eu senti!
Lígia Maria Scarello
Às vezes,
não é saudade.
É só um sinto sua
falta em carne e osso, e
um você faz falta na lista
das coisas que não tenho...
Às vezes, não é saudade.
É só um vazio de certas ausências
quando há presenças inúteis ao seu lado.
Os poetas amam e odeiam
os domingos.
Os odeiam por conta da saudade torturante
que costuma aparecer durante este dia
e os amam pelo mesmo motivo.
O amor nunca perece.
amor se disfarça
transfigura-se
fazer-se saudade é seu fim.
Se não se fez saudade, então esse amor jamais nasceu.
Não se "desama" o amor e tampouco lhe existe essa possibilidade.
Amor é a traiçoeira insensatez do sóbrio,
masmorra da alma para o próprio corpo.
Mas também é onde eu me encontro.
Não tive a escolha de encontrar-me aqui.
Amor vem por sorteio para que dois contemplados o carreguem no tempo.
E com pesar carrego meu amor; o amor que sou e o amor dos outros.
Em uma tarde amarelada dessas, envolto pela saudade
no pedaço do mundo que conquistei sob céu brasileiro,
eu irei morrer de velhice.
Assim como tudo que existe aqui.
Mas o amor...
O amor nunca perece
ENLEVO NA POESIA
Não quero por saudades na poesia
Quero é ter nos versos só sensações
Aquela alegria com ternas emoções
E um pouco de poética em quantia
Não quero por tristuras com clamor
Na prosa, eu quero a rosa, a paixão
Para, então, com a sorte ter razão
E, assim, narrar em versos, o amor
Preciso da poesia causando sentido
Não aquele sentimento tão dividido
Quero um olhar, os gestos, enfim,
Ter os cânticos sensíveis e o agrado
Sem temores, sim, o enlevo velado
Aí, tendo-a eu, e ela tendo a mim!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 setembro, 2022, 21’46” – Araguari, MG
"saudade é um bagulho doido"
parece que uma parte de mim não esta mais aqui,
e se pensar bem não esta...
sinto como se meu coração tivesse sido exilado,
querer sentir algo, já não consigo mais...
sinto saudades de nós,
aquela saudade dos "nós" que dávamos abraçados
enquanto a sua voz soava no meu ouvido...
saudades do teu cheiro,
daquele aroma que exala
diante os meus nervos....
aaaa os nossos beijos, só de pensar começo a soar (suspiro fundo)...
saudades é um bagulho louco,
e estou
enlouquecendo
a cada dia que
passa
mais e mais ..
essa carta é pra você, com todo Amor John
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