Poemas de Saudade de Poetas Portugueses
Proletário
Sujeito explorado financeiramente pelos patrões e literariamente pelos poetas engajados.
Nós poetas somos pessoas carentes
Que enxergamos o mundo na sombra da letra
Nós poetas somos pessoas envolventes
Que mostramos ao mundo nossa arte
Através da letra.
Um brinde aos românticos incuráveis, aos poetas insanos e aos embriagados de paixão.
Um brinde aos bregas que dão flores, aos que escrevem cartas feitas à mão e choram no chuveiro ouvindo alguma canção do Caetano.
Que se mantenham vivos os que não tem medo de amar e se entregam de corpo e alma às borboletas em seus estômagos que voam boca à fora em forma de versos e poesia derramada em seu peito feito casa e acolhe o pranto, chorado entre quatro paredes que escorre pelo rosto, finalizando seu percurso no início de um sorriso singelo.
Somos românticos incuráveis querendo eternidades mortais e vivendo milênios em décadas de amores irracionais.
POETAS E LOUCOS
Dizem que poetas são estranhos, criaturas do avesso, mas fazer o que? se meus olhos vivem ainternalizar o mundo.
Me desculpa os poetas de verdade
Por não fazer nenhuma beldade
O que faço é ofensa a arte
E plausível de descarte
Poetas são seres de luz,
Que transformam a dor em poesia,
Que transformam a tristeza em beleza,
Que transformam a vida em poesia.
Poetas são artistas da palavra,
Que pintam com as letras do alfabeto,
Que criam mundos e universos,
Que transformam a vida em poesia.
Nós poetas que temos no coração um milhão de versos e palavras
mas que provavelmente nunca serão faladas ou cantadas
Nós poetas que não sabemos amar pouco e tudo vira motivo de poesia
e sempre que vemos objetos ou pessoas criamos na mente uma nova fantasia
Nós poetas que sofremos com a dificuldade de falar o'que sentimos
acho que é por isso que pouco dormimos
Nós poetas que ao invés de dizer “ah isso aí foi coisa de momento”
nós dizemos “ por você eu nunca senti tão lindo sentimento”
Nós poetas que dedicamos vários versos pra você
mas provavelmente você nunca vai saber
Nós poetas que nos escondemos em livros e poetas
mas nunca sabemos qual é a palavra certa
Eu normalmente escrevo sobre mim e minhas vivências
mas as vezes penso se os outros que escrevem como eu passam pelas mesmas experiências
De qualquer jeito ninguém liga né? São só versos insignificantes
mas às vezes fico me perguntando como são os outros poemas
e algumas outras questões instigantes
Cada vez me questiono mais e represento isso letra por letra
Esse aperto no peito e esse nó na garganta tem me prendido
mas aqui eu não me sinto nem um pouco perdido
Hoje eu não vim falar de dor ou do amor mas vim falar de nós todos
que teremos nossos poemas e rimas enterrados com nossos corpos
Nós poetas que vemos lindas noites estreladas
e fazemos versos sobre nossas atitudes estranhas
e que nunca sequer serão faladas
Sinfonia da Natureza
Na beleza, versos se entrelaçam,
Poetas criam versos da natureza,
Nas flores, nos rios e no céu,
A inspiração surge num doce véu.
O mundo necessita de poetas
Poetas esses
Que entende o amor
O ódio
O desejo
A tristeza
Para trazer assim
O conhecimento aos não poetas.
Uma derradeira homenagem aos e às poetas
que agora estão poetando ao lado do Amigão.
POETANDO DO ALEM
Marcial Salaverry
Além de aqui poetar,
do além poetarei
depois que me for,
se tiver lá um teclado a meu dispor...
Poetando, de ninguém
fico aquém,
e sempre poeto para alguém,
não importando a quem...
E se estiver além do além,
ou se ainda aqui, como Matusalém,
levando meu poetar para além,
ou para o além...
Antes da Net, era um ilustre "quem?"
algo mais do que simples ninguém,
mas se poetando, chego a alguém,
como me disse um certo "alguém",
que muita competencia tem,
claro, que seguirei poetando do além...
Se às queridas amizades deixo meu adeus,
agradeço estar agora na companhia de Deus,
que me fez a poesia amar,
e com alegria, minha alma poetar...
Poeticamente renomeio
a linda Mocho-diabo,
Poetas também servem
para dar nomes quando
esquecem aquilo que
é precioso guardar;
Mocho-anjo é como
deveria se chamar
porque sempre traz
encanto aos olhos
de quem a beleza sabe
apreciar neste mundo
que só se importa mesmo
no próprio umbigo se afogar...
Nas ruas de São Luís, onde poetas repousam,
A Praça exalta versos, em honra aos seus laços.
Ferreira, Catulo, Nauro e Sousândrade,
Caminhamos pelos versos que a memória invade.
Bandeira, José, Gonçalves na trama,
Maria Firmina, Dagmar, e Lucy na chama.
Palavras que dançam como folhas ao vento,
Na Praça dos Poetas, o tempo é momento.
Mirante que abraça o horizonte vasto,
Vendo o Maranhão, onde o passado é contrasto.
Entre versos e olhares, a cidade se revela,
No poético trajeto, a alma se encantela.
"Corações Ancestrais", São Luís em poesia e pin-hole,
Nas páginas, o tempo se desenha como um farol.
Cada verso, um eco de corações que resistem,
Pin-hole, artista da luz, em cada imagem persiste.
A cidade, um poema entrelaçado nas vielas,
Corações ancestrais, guardiões de memórias singelas.
O pin-hole, como um portal para o passado,
Em cada clique, um diálogo com o tempo marcado.
Palavras e imagens dançam nessa sinfonia,
São Luís, em cada rima, uma poesia viva e vazia.
Corações ancestrais, pulsando nas linhas,
Pin-hole, capturando instantes como pequenas vinhas.
A rima que se pedala
as palavras dos poetas
nas estrofes é aquela
que se chama bicicleta,
Ela é só para quem sabe ler
sem ver a alma secreta
das coisas e das pessoas
sem oferecer garupa e acerta.
Caros escritores e poetas brasileiros,
Se há um conselho que vos posso dar é este: escrevam como quem planta árvores cujas sombras talvez nunca venham a usufruir. A literatura é um campo vasto e fértil, mas, muitas vezes, o retorno que desejamos vem muito além de nossos dias ou das expectativas imediatas. Não façam das vendas a medida de seu valor, nem do marketing o motor de sua criação.
Vender livros no Brasil é, de fato, um desafio. Muitos caem na armadilha de transformar a arte em produto, sufocando a espontaneidade e a beleza das palavras com a pressão de cifras e números. No entanto, a posteridade não se apressa, ela se alimenta do que é genuíno, do que transcende o tempo. Focar nas vendas pode desviar o olhar da verdadeira essência do que vocês são chamados a fazer: criar algo que ressoe na eternidade, um legado que possa ser descoberto por aqueles que ainda virão.
Escrevam para o coração do amanhã, sem pressa e sem pretensões desmedidas. Deixem que o reconhecimento venha, se e quando ele tiver de vir. Mas, acima de tudo, escrevam para a alegria da criação, para a satisfação de expressar o que é verdadeiro, belo, e, muitas vezes, invisível aos olhos imediatos.
Não permitam que o desgaste das expectativas mercadológicas roube a nobreza de vossa missão. Quem escreve para marcar seu nome no tempo raramente se deixa abater pelas dificuldades do presente. Afinal, o que é a posteridade senão um presente estendido às gerações futuras?
Persistam.
POETAS MORTOS
Ensandecidos: Vagueando à multidão
Eu vejo alegria, ansiedades e chorar...
E dentre o meu peito falta vida, me falta ar
Por sentir os temores da ilusão...
Insanidades, eu vejo a toda alma o coração
Por falsidades que os fazem fadigar,
E, ensandecida, navegando sobre o mar
Eu vejo a minh'alma à solidão...
Versos entoam dos meus sentimentos:
Tão Igual é nosso sonhar, nossos lamentos
Por virtudes nosso luar ser de alegria...
A sofrer sinto-me brando, sou louco?
Eu sou d'um Poeta o fogo intenso e absorto
A mentir o nosso amor: Que fantasia!
Inspiração para os que amam
Musa dos poetas
Das marés a regente
Da terra o natural satélite
lindo enfeite
Para os que sabem apreciar
Encanto e eterno deleite
༻… Que Seria De Nós༺
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Palavras
de muitos fazem escritores
de outros tantos poetas
É o que dizem
Pode ser
Pode não ser
Não sei bem
E se palavra não tínhamos?
… que seria de nós
Seria a vida um dó
se não existia a palavra
Que faríamos nós
de e com tanta letra
Sem palavra
dizeres se iam
silêncio berrava
Escritores se iam.
… que seria de nós
Sei lá
Não me é possível imaginar
Deixem para lá
nem quero pensar
Sem as letras
como construir
poéticas fantasias
para a vida fluir
… que seria de nós
Pobres criaturas
seríamos por aqui
almas secas de ruas
por aqui e ali
Coração seco
Sem poesia
Sem eco
O mundo seria
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Tc.24022024/29
Trauma dos poetas
Por que o trauma dos escritores?! Nos que não temos culpa de nada, o que diria Fernando Pessoa? Que as pessoas são vãs e os sentimentos vazios passageiros. É que eu nunca serei ele e você nunca estará por inteiro.
Mas nesse mundo nem todos tem passagem para pasárgada onde tudo é perfeito, onde somos amigos do rei, vós resta obedecer as leis, acompanhe o destino a seguir seu próprio caminho; só lá inventará sua própria pasárgada o seu lugar perfeito.
Rabisco
A solidão chama
Os poetas,
Para acender
Uma chama,
Em sua cama,
Se levanta,
Para compor,
Seus traços,
Esse abraço,
Em seu regaço,
Me amasso
Feito papel rabiscado.
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